Africa Basquetebol

30 outubro 2009

MOÇAMBIQUE : LIGA NACIONAL VODACOM - Beira novamente na crista da onda

AS repercussões do gigantismo evidenciado pelo Ferroviário da Beira, no seu terreno, na transacta dupla jornada, cujo clímax foi o claríssimo triunfo sobre o então líder Desportivo pela marca de 89-75, não se fizeram esperar. É verdade que o seu homónimo da capital do país, no dia seguinte, soube aproveitar-se da euforia chivevense para arrancar uma importante vitória, no entanto, não é menos certo que os adversários que se seguem, nomeadamente Maxaquene e Costa do Sol, não escondem o seu receio, numa altura em que a fase regular da Liga Nacional de Basquetebol Vodacom caminha para o seu epílogo.

Neste momento, faltam três jornadas para o final desta etapa, sinónimo de que, após este fim-de-semana, ficaremos com apenas uma ronda – a décima quarta, altura em que, definitivamente, iremos conhecer a posição de cada uma das quatro formações que transitarão para as meias-finais, a serem disputadas no sistema de “play-off”, à melhor de três.

Teoricamente, e em função da classificação actual, qualificados estão Ferroviário de Maputo, Desportivo, Maxaquene e Ferroviário da Beira. Os três primeiros somam 20 pontos cada, diferenciando-se somente pelo coeficiente, que é de 1,3461 para os “locomotivas”, 1,2519 para os “alvi-negros” e 1,2476 para os “tricolores”. Por seu turno, os beirenses têm 18 pontos, mais dois que o seu mais directo concorrente pela quarta vaga, o Costa do Sol.

As restantes três equipas participantes na prova possuem 13 pontos, Desportivo da Beira e Benfica de Quelimane, e 11, a Real Sociedade.

Com a cidade da Beira novamente na crista da onda, os “locomotivas” locais vêem-se com bastas possibilidades de alcançar o triunvirato da frente, desde que, claro está, consigam ganhar em ambas as jornadas. O primeiro oponente, esta noite, a partir das 20.30 horas, no pavilhão dos Desportos, é, coincidentemente, o seu adversário mais directo: Costa do Sol. Prevê-se uma partida bastante equilibrada e empolgante, com os beirenses favoritos em todos os pontos de vista, mas também, com os “canarinhos” interessados em vingar-se da “chapa 100” da primeira volta, em Maputo.

Às 18.30 horas, Desportivo da Beira enfrenta Maxaquene, com tudo a conjugar-se para uma vitória sem grandes dificuldades para os “tricolores”. Ainda esta noite, em Quelimane, mais concretamente no pavilhão da Favezal, Benfica recebe Ferroviário de Maputo, a partir das 20.30, enquanto no recinto do Estrela Vermelha, na capital do país, Real Sociedade joga com Desportivo.

A festa da bola-ao-cesto no Chiveve, em redor da fase regular da Liga Nacional de Basquetebol Vodacom prolongar-se-á até amanhã, com o grande embate entre Ferroviário da Beira e Maxaquene, que em ocasiões anteriores travaram jogos espectaculares e mostrando que ambos entendem muitíssimo bem da matéria.

Desportivo da Beira-Costa do Sol é o outro desafio marcado para o pavilhão dos Desportos, enquanto, em Quelimane, os “encarnados” terão pela frente o Desportivo.
Esta dupla jornada, que compreende a 12ª e a 13ª, conclui-se no domingo, no pavilhão do Estrela Vermelha, quando Real Sociedade receber Ferroviário.

28 outubro 2009

ANGOLA : 1º de Agosto poderá resolver diferendo com Cipriano na Fiba-África

A direcção do 1º de Agosto pondera a hipótese de levar o diferendo com o basquetebolista Olímpio Cipriano na Fiba-África, órgão reitor da modalidade no continente, ou accionar a cláusula de indemnização, tendo em conta o incumprimento, por parte do atleta, do contrato entre ambos.

A informação foi prestada à Angop pelo vice-presidente para o basquetebol da formação “militar”, José Moniz, que se mostrou indignado com a atitude do jogador pelo facto de não treinar pelo clube mesmo estando vinculado até Dezembro deste ano.

De acordo com o dirigente, Olímpio Cipriano, de 27 anos de idade, não respeitou o acordo com os campeões nacionais e, sem explicação, deixou de treinar, perigando os objectivos do clube de reconquistar a Taça dos Clubes Campeões de África a ser disputada em Dezembro.

Explicou que, estrategicamente, o 1º de Agosto faz contratos com alguns jogadores influentes até Dezembro tendo em vista as competições africanas, um dos principais objectivos do emblema, que normalmente são disputadas neste período, como aconteceu com Cipriano.

"Nós temos grandes objectivos e as afrotaças é um deles. Olímpio é um jogador influente na nossa equipa e definimos metas a contar com ele. A sua ausência pode estrangular todo nosso programa. Mas como ainda estamos vinculados e o atleta não está a cumprir estamos a ponderar a possibilidade de accionar a cláusula de indemnização, que consta do contrato. Ou quiçá resolver o assunto na
Fiba-África", frisou, realçando que o processo está entregue ao gabinete jurídico da agremiação.

José Moniz informou ainda que o atleta de 1,92 metros enviou uma carta ao 1º de Agosto a solicitar dispensa antes do término do vínculo, salientando que havia chegado a acordo com outra colectividade, mas até ao momento não foi respondida e encontra-se na posse da área jurídica do clube.

Esclareceu que o basquetebolista, três vezes campeão africano pela selecção nacional, poderia chegar a acordo com os “rubro-negros” para ser dispensado depois da Taça dos Clubes Campeões de África independentemente de jogar ou não nas competições internas, citando os exemplos de Abdel Bouckar (Sport Lisboa e Benfica) e Baduna (Petro de Luanda).

"Nós poderíamos libertar o jogador em Janeiro depois de um acordo, como já havia contecido com Abdel e Baduna, mas antes ele tinha de disputar as afrotaças. Agora, após este tempo todo sem treinar, deixou uma lacuna no plantel e não temos alternativa senão tomar medidas para salvaguardar os nossos interesses", acrescentou, garantindo a contratação do cabo-verdiano Mário Correia.

Detentor do prémio de Jogador Mais Valioso de Angola (MVP), eleito em 2008, Olímpio Cipriano tem um acordo com a formação do Recreativo do Libolo do Kwanza Sul, segundo o director para o basquetebol do clube Jorge Varela.

27 outubro 2009

MOÇAMBIQUE : LIGA NACIONAL VODACOM - Resultados e classificação

10ª jornada

Fer. Beira-Desp. Maputo (89-75)
Benf. Quelimane-Maxaquene (70-87)
Costa do Sol-Real Sociedade (90-81)
Desp. Beira-Fer. Maputo (39-122)

11ª jornada

Desp. Beira-Desp. Maputo (47-87)
Fer. Beira-Fer. Maputo (69-88)
Benf. Quelimane-Costa do Sol (61-100)
Real Sociedade-Maxaquene (55-86)


J V D CESTOS P

FER. MAPUTO 11 9 2 977-728 20

Maxaquene 11 9 2 927-743 20

Desportivo 11 9 2 959-774 20

Fer.Beira 11 7 4 1001-856 18

Costa do Sol 11 5 6 945-868 16

Benf. Quelimane 11 2 9 807-1008 13

Desp. Beira 11 2 9 705-1068 13

Real Sociedade 11 1 10 781-1028 12

MOÇAMBIQUE : LIGA NACIONAL VODACOM - Chiveve “nocivo” à águia

JÁ ninguém se pode dar ao luxo de reivindicar a conquista da fase regular da Liga Nacional de Basquetebol Vodacom. Isto porque, após mais uma jornada dupla no fim-de-semana (décima e undécima), para além de a questão da liderança neste momento se encontrar completamente difusa, do Chiveve vem um grande aviso à navegação, com os “locomotivas” locais também com enormes possibilidades de atingir o primeiro lugar. “Nociva” para a águia, a cidade da Beira festejou o triunfo categórico do Ferroviário sobre o Desportivo por 14 pontos (89-75), facto que beneficiou os outros dois candidatos, designadamente Ferroviário de Maputo e Maxaquene, ora com os mesmos pontos (vinte) dos “alvi-negros”, criando deste modo uma situação em que a expectativa em redor das derradeiras jornadas será muitíssimo grande.


Se em anteriores ocasiões, mesmo a actuar na capital do país, a chamada de atenção dos beirenses não foi levada em conta, considerando tratar-se de uma situação fugaz, desta feita há realmente motivos para convencer e, acima de tudo, um alerta de que estamos perante mais um concorrente ao título e que, por mérito próprio, tem sabido se projectar e prestigiar a província de Sofala. O Ferroviário da Beira, que antes se digladiava apenas com o Costa do Sol pela quarta vaga que dá acesso às meias-finais (fase dos “play-off), doravante, passou a ocupar um estatuto de maioridade e que, aliás, foi bem vincado no confronto com os “alvi-negros”.

O Desportivo tinha somente uma derrota na prova e partiu para Beira com a forte convicção de regressar com dois triunfos nos confrontos com os representantes locais. Só que, na sua primeira noite no Pavilhão dos Desportos, na sexta-feira, os seus prognósticos e conjecturas falharam redondamente, ao enfrentar um Ferroviário destemido, cheio de personalidade e que fez questão de liderar os acontecimentos nas quatro linhas, acabando por fazer jus a um triunfo que teve o condão de proporcionar à fase regular da Liga Nacional de Basquetebol Vodacom mais expectativa e suspense quanto ao desfecho, numa altura em que estamos a três jornadas do seu epílogo.

No entanto, se o Ferroviário da Beira foi gigante frente ao Desportivo, com a tal vitória por 89-75, no dia seguinte, face ao seu homónimo de Maputo, já não teve “power” para aguentar a pedalada, acabando por tombar pela marca de 69-88. Este triunfo permitiu à turma de Carlos Alberto Niquice (Bitcho) reassumir a liderança do campeonato, beneficiando do melhor “cesto-avarage”, se considerarmos que soma os mesmos 20 pontos dos “alvi-negros” e do Maxaquene.

Aliás, na sua deslocação ao Chiveve, o Ferroviário da capital teve mais uma vitória, atingindo a centena de pontos, sobre o Desportivo local por 122-39.

SEM CONTEMPLAÇÕES

Fora do bulício beirense, Maxaquene e Costa do Sol não tiveram contemplações, tendo jogado em Quelimane e em Maputo. Só que estas duas formações perseguem na prova objectivos diferentes: os “tricolores” metidos na discussão pelo primeiro posto e os “canarinhos” cada vez mais distantes do quarto lugar que haviam preconizado, na perspectiva de se manterem na competição.

Na capital zambeziana, o Maxaquene foi bater o Benfica por 87-70 e, descendo para Maputo, derrotou a Real Sociedade, “lanterna vermelha”, pela marca de 86-55. O Costa do Sol também teve pela frente estes dois adversários, ganhando à Real Sociedade por 90-81 e aos quelimanenses por 100-61.

ANGOLA : FAB reconfirma disputa a 1 de Outubro na Huíla

A Federação Angolana de Basquetebol (FAB) confirmou para sábado a realização, na cidade do Lubango, a décima sétima edição da Supertaça Wlademiro Romero, que opõe o campeão nacional 1º de Agosto ao Petro de Luanda, finalista vencido da Taça de Angola.
Esta decisão da FAB contraria os propósitos dos petrolíferos da capital que pretendiam que a Supertaça se realizasse em 1 de Novembro.
A decisão obriga à interrupção do estágio que o Petro de Luanda realiza em Portugal, de preparação para a nova temporada, em que, além do campeonato nacional, tem de disputar, em Harare, no Zimbwe, a partir de 6 de Novembro, as preliminares da Taça de África dos Clubes Campeões.
O Petro, que regressa na quarta-feira ao país, viaja para o Lubango no dia seguinte, 48 horas antes da realização do jogo, visando uma melhor adaptação às condições climatéricas e ao piso do recinto do pavilhão da Nossa Senhora do Monte.
Quanto ao 1º de Agosto, viaja amanhã para a Huíla.O 1º de Agosto vai ao Lubango no máximo da força, com todas as unidades disponíveis, à excepção de Olímpio Cipriano que, no fim-de-semana, foi dado como certo no Recreativo do Libolo.
A verdade é que o jogador, confirmou uma fonte dos militares, tem contrato com o 1º de Agosto até Dezembro de 2009, pelo que só a partir de 15 de Janeiro, por altura da segunda fase de inscrição, pode ser inscrito por outro clube.
Para a Supertaça, as equipas só podem utilizar atletas inscritos e devidamente autorizados pela Federação Angolana de Basquetebol, cuja lista deve dar entrada na secretaria do órgão reitor da modalidade até 72 horas antes da disputa do prélio em referência.
Em relação à nova temporada, que abre, oficialmente, no sábado, com a disputa da Supertaça, a FAB tem programado para 13 de Novembro, o início do Campeonato Nacional sénior masculino, a disputa da fase final do Campeonato Nacional (9 a 20 Fevereiro de 2010) e da Taça de Angola (11 Fevereiro a 4 de Março) em seniores femininos, provas para as quais concorrem à organização as províncias da Huíla e de Luanda.

24 outubro 2009

ANGOLA : Petro para o futuro

Mais do que uma temporada em que tentará discutir o título de Angola, o Petro de Luanda está a lançar raízes para poder manter-se no topo do basquetebol africano durante muitos anos. A juventude impera no grupo de trabalho às ordens de Alberto Babo.

“Estou a construir uma equipa com perspectivas de futuro, reconhece o treinador português ao serviço dos petrolíferos, admitindo ter à sua disposição «jogadores com grande margem de progressão e potencial”. Por isso, Alberto Babo tem elaborado sessões de treino ligeiramente diferentes no estágio que está a ser cumprido em Melgaço, no Norte de Portugal. Algumas delas com carácter exclusivamente centrado nos pormenores técnicos individuais, no sentido de explorar o talento dos seus atletas para, mais tarde, ser colocado ao serviço do colectivo.

Adilson Ramos, Joaquim Costa, Miguel Kiala, Bráulio Morais e Vladimir Pontes são os jovens basquetebolistas— têm idades compreendidas entre os 19 e os 20 anos de idade, que poderão retirar os maiores benefícios da concentração em território portuguêse dos encontros frente a formações de Espanha e Portugal.

Exemplos vindos dos EUA

Uns furos à frente destes jogadores, mas ainda com capacidade para produzir muito mais, encontram se Divaldo Bunga (24 anos) e Emanuel Neto (25 anos). Nas últimas cinco temporadas, estes postes estiveram a jogar nos Estados Unidos da América, a terra do basquetebol, onde alinharam no competitivo campeonato da NCAA.

Ascensão meteórica

Estes dois internacionais angolanos tiveram uma ascensão meteórica dos seus atributos, fruto das experiências nas universidade de Montana State e Stony Brook, respectivamente. Bunga chegou a receber uma menção honrosa da conferência Big Sky, um título que não está ao alcance de muitos. Os dois gigantes angolanos são pedras fundamentais do Petro de Luanda e, num futuro próximo, aproveitando a experiência do treinador Alberto Babo poderão ter um papel marcante também na selecções angolanas que vão discutir os próximos Afro Basket.

por Pedro Barros, A Bola

ANGOLA : 1º de Agosto conquista 1º edição do Torneio Victorino Cunha

A equipa sénior masculina do 1º de Agosto conquistou sexta-feira, a primeira edição do torneio Victorino Cunha ao vencer a sua congénere do Interclube de Angola por 112-66, em partidas realizadas no pavilhão do Rio Seco.
Numa outra partida, o recreativo do Libolo derrotou o Asa por 86-71.
Na tabela classificativa o 1º de Agosto conquistou o primeiro lugar, o Libolo ocupou a segunda posição, o Interclube ficou no terceiro enquanto o Asa foi o último na quarta posição.
Promovido pela direcção do 1º de Agosto, o torneio é uma homenagem à Victorino Cunha, ex-treinador do clube militar pelos seus feitos ao serviço da equipa e da selecção nacional onde obteve entre outros troféus, sete títulos nacionais e três continentais.

23 outubro 2009

ANGOLA : "Queremos recuperar os títulos "

Com 30 anos, Eduardo Mingas é o basquetebolista mais emblemático do Petro, clube que se encontra em Portugal a estagiar. O poste internacional projecta uma temporada dura para o conjunto treinado por Alberto Babo mas sustenta que os títulos estão ao alcance da equipa. Fala ainda de si e da selecção nacional.


Qual a ambição do Petro de Luanda para o resto da temporada, tendo como base as conclusões retiradas do Campeonato Provincial?
Queremos fazer o melhor e alcançar os títulos perdidos nas duas últimas épocas. O Provincial foi positivo, apesar de não nos termos classificado melhor que o segundo lugar, após perder o jogo da final para o 1.º de Agosto, com várias infelicidades pelo meio

A que se está a referir?
Para além da derrota, não conseguimos realizar um bom jogo pois houve coisas que não estiveram ao nosso alcance. Perante esses factos, resta-nos, simplesmente, trabalhar para ganharmos dentro de campo e alcançar os títulos das competições em que estamos envolvidos: Supertaça, Taça de Angola, Campeonato de Angola e Taça dos Clubes Africanos, embora tenhamos a noção de que a nossa missão é muito complicada pois os adversários são muito fortes.

Sente-se como líder da equipa, pois é o único representante da Selecção nessa equipa?
Não me sinto como líder, sou só o terceiro mais velho... Tento é dar o máximo e ajudar os mais novos a incorporarem-se na equipa para fazermos um bom grupo. A equipa é jovem, pelo que as nossas dificuldades começam logo aí...Por isso, temos de lutar muito e unidos para estarmos num só caminho.

De que forma pode ajudar os mais novos, muitos deles pertencentes à Selecção de esperanças?
Para além de jogar, converso muito com todos, principalmente com os mais novos. Há muitos jovens e bastante humildes, dando para perceber, pela forma como trabalham, que têm vontade de aprender e ajudar o clube.

Esse diálogo que trava com eles tem como temas...
Principalmente, chamo a atenção para as coisas negativas que fazem, dentro e fora de campo, numa perspectiva construtiva .Repito para estarem atentos ao que o treinador diz e executa, de forma a serem competitivos e poder em ajudar o Petro.

O Alberto Babo é um treinador muito diferente daqueles que já teve na sua carreira?
Pelo menos não foi um choque. Não foi o primeiro técnico português da minha carreira. Já tive Alberto Carvalho, Luís Magalhães e Mário Palma. Apesar de filosofias diferentes, são todos bons treinadores e que procuram fazer entender os atletas do que pretendem e depois trabalhar nos seus planos.

Por que motivo o Eduardo Mingas nunca emigrou?
Posso dizer que não foi por falta de opções, convites não faltaram. Há cinco anos, tive a oportunidade de ir para o Benfica, que acabou por contratar o Abdel Boukar. Eu jogava no Inter e a direcção do clube não permitiu a minha saída. Já pelo Petro, recebi propostas de uma equipa de Moscovo e outra do Irão. E ainda há pouco tempo ouve qualquer coisa de Israel. Nestes casos, os contratos oferecidos não eram suficientemente interessantes para motivar a minha saída.

Ainda ambiciona experimentar um desafio fora de Angola?
Todo o atleta tem a ambição de querer o melhor para si. É um objectivo que ainda se apresenta no meu horizonte. Se surgir um clube interessado nos meus serviços e a proposta for boa para mim, depois terá de haver um entendimento com o Petro de Luanda...

Considera que o domínio de Angola no basquetebol africano pode estar em causa?
Os basquetebolistas da Selecção tentam dar o máximo para ganhar os títulos africanos, sendo que esta é a forma principal de motivar os jovens para a prática da modalidade. Se assim continuar, forma-se aqui um ciclo que está sempre a dar resultados.

Como explica a animosidade dos espectadores que assistiram ao Torneio Lusofonia, realizado em Julho último, para coma Selecção de Angola?
Os lenços brancos são coisa normal quando os adeptos não gostam do que estão a ver. O treinador Luís Magalhães foi honesto e suficientemente experiente para sublinhar que aquele torneio de Almada não era o nosso objectivo, mas sim trabalhar para aparecer forte no Afrobasket da Líbia, algo que se concretizou, com mais um título. Contudo, o povo angolano está habituado a ganhar e quer tudo de bom logo de início. Os mesmos adeptos festejaram depois tanto ou mais do que nós...

Mas o seu desempenho foi criticado. Chegaram a colocar cartazes com mensagens contra si...
Já estou habituado a essas circunstâncias. Foi sempre assim, pois joguei em equipas mais pequenas que perdia com as melhores. Mas eu era sempre aquele que mais se destacava, por isso, era o principal alvo dos adeptos dos clubes mais fortes. Os cartazes, julgo que tiveram a ver com uma controvérsia que tive com um adepto. Não liguei a isso, preocupei me apenas em fazer o meu trabalho.

ANGOLA : 1º de Agosto e Petro decidem troféu no Lubango

O desafio entre as formações do 1º de Agosto e o Petro de Luanda, referente à décima sétima edição da Supertaça Wlademiro Romero, prova que opõe o campeão nacional ao finalista vencido da Taça de Angola, inicialmente agendado para o dia 31 do mês em curso, na cidade capital da província da Huíla, Lubango, deverá ser transferido para o dia 1 de Novembro, a pedido dos petrolíferos, neste momento a cumprirem estágio de pré-temporada algures em Portugal. A petição de adiamento dos petrolíferos da capital deu já entrada na Federação Angolana de Basquetebol (FAB), mas à luz do preceituado nos instrutivos da Direcção de Organização de Competições do órgão reitor da modalidade, datado de 31 de Junho de 2009 e chancelado pelo Prof. Nuno Fernandes, será indeferida.
No instrutivo a que nos reportamos, a FAB indica que o período de estágio das equipas vai de 5 a 29 de Outubro de 2009 e que a disputa da Supertaça “Wlademiro Romero” seria jogada a 6 de Novembro, no pavilhão da Nossa Senhora do Monte, na cidade do Lubango. Entretanto, face ao engajamento do campeão nacional, 1º de Agosto, do finalista vencido da Taça de Angola, Petro de Luanda e do Atlético Sport Aviação nas preliminares da Taça de África dos Clubes Campeões, a partir de 6 de Novembro, na cidade de Harare, Zimbabwe, a federação remarcou a Supertaça para 31 de Outubro, situação que acabou por estrangular a programação da Associação Provincial da Huíla, entidade co-organizadora do evento.
Em função deste cenário, o Petro de Luanda tem poucas hipóteses de ver sancionado favoravelmente o seu pedido de adiamento, face à não observância do preceituado nos instrutivos da Direcção de Organização de Competições. De resto, a Associação Provincial da Huíla tem pouco espaço de manobra face aos transtornos que provocará uma eventual alteração.
A FAB vai nas próximas horas analisar o pedido de adiamento do Petro de Luanda, depois de ouvida a sua filiada da Huíla que, no fundo, também tem uma palavra a dizer neste imbróglio. De resto, a bem do espectáculo e do desenvolvimento da modalidade o bom senso vai imperar, até porque a federação não pretende um vencedor administrativo.
O Petro de Luanda face à violação dos regulamentos devia ser sancionado, pois quando partiu para o estágio sabia das normas, ainda assim fez as malas e abalou para o exterior.

ANGOLA : Morreu presidente da associação provincial do Huambo

O presidente da associação de basquetebol na província do Huambo, Jorge da Cruz Ramos, morreu esta madrugada, nesta cidade, vítima de prolongada doença, soube hoje a Angop.

De 38 anos de idade, o dirigente desportivo, eleito em 2004 e que cumpria seu 2º mandato consecutivo, foi basquetebolista do Sporting do Bié e Petro do Huambo em nas décadas 80 e 90.

Joca Ramos era docente de profissão.

ANGOLA : Sporting recebe Lusíada para Taça de Angola

As equipas seniores masculinas de basquetebol do Sporting de Luanda e da Universidade Lusíada de Angola defrontam-se hoje, a partir das 16 horas, no pavilhão anexo à Cidadela Desportiva, para a segunda eliminatória da fase provincial da Taça de Angola.

Para chegar a esta fase o Sporting de Luanda afastou na primeira eliminatória o Vila Clotilde, enquanto a Lusíada deixou para trás o Clube Desportivo da Universidade Agostinho Neto (CDUAN).

A fase provincial é disputada em duas “mãos”, estando o segundo jogo previsto para o dia 27 deste mês, no pavilhão 28 de Fevereiro.
O 1º de Agosto é o detentor do título.

ANGOLA : Torneio Victorino Cunha encerra hoje

O torneio de basquetebol sénior masculino denominado Victorino Cunha termina esta noite, quando se defrontarem às 19 horas, no pavilhão do Rio Seco, as equipas do 1º de Agosto e Interclube.

Duas horas antes, jogam Atlético Sport Aviação (ASA) e Recreativo do Libolo, para esta ronda que vai apurar o vencedor da prova, visto que as quatro formações somam três pontos em duas jornadas.

Promovido pela direcção do 1º de Agosto, o torneio é uma homenagem à Victorino Cunha, ex-treinador do clube militar, pelos seus feitos ao serviço desta equipa e da selecção nacional, com as quais conquistou, entre outros troféus, sete títulos nacionais e três continentais.

ANGOLA : Dirigente do Libolo confirma acordo com Cipriano

O director para o basquetebol do Recreativo do Libolo, Jorge Varela, afirmou quarta-feira que a sua formação tem um acordo com o extremo Olímpio Cipriano, detentor do título de Jogador Mais Valioso (MVP) do país.

Falando à Angop, o dirigente explicou que, apesar do compromisso entre o clube e atleta, o jogador de 27 anos de idade e 1,97 metros de altura continua ligado contratualmente ao 1º de Agosto.

Cipriano, que já representou o Sporting de Luanda, é uma das principais referências do basquetebol angolano. Além dos títulos nacionais conquistados ao serviço dos “militares”, e taça dos clubes campeões de África, conta com três troféus continentais com a selecção nacional (Argélia/2005, Angola/2007 e Líbia/2009).

O basquetebolista, conhecido pela sua elevação e capacidade de ultrapassar os adversários em situações de um para um, termina o vínculo com os “rubro-negros” em Dezembro deste ano.

O Libolo, quarto classificado do Campeonato Nacional, naquela que foi a sua estreia na competição, reforçou-se com Milton Barros e Carlos Morais, ex-Petro de Luanda, e está no mercado à procura de um jogador para posição cinco (poste).
Ainda assim, Jorge Varela aponta a melhoria da classificação como principal objectivo da equipa do Kwanza Sul na presente temporada.

MOÇAMBIQUE : Odisseia vivida em Madagáscar - Selecção de básquete sem dinheiro

UMA semana e meia no estrangeiro, em representação do país numa prestigiada competição continental, porém, sem sequer um centavo de “pocket money”, esta foi a odisseia vivida pelas jogadoras da selecção nacional no recente Afrobásquete Madagáscar-2009, no qual Moçambique desceu dois degraus, comparativamente ao anterior, ocupando a sexta posição na classificação final.

Como normalmente acontece nas deslocações da selecção para qualquer prova extramuros, as atletas, juntamente com os treinadores e massagista, achavam-se no direito de receber um certo valor referente às ajudas de custo, só que, para o seu desencanto, a Federação Moçambicana de Basquetebol, alegando se encontrar com os cofres vazios, não pagou rigorosamente nada, nem em meticais nem em moeda convertível.

Diariamente, em Antananarivo, com particular incidência nos últimos dias, a inquietação das jogadoras era indisfarçável, pois, segundo elas, mesmo reconhecendo as dificuldades da Federação e do país, no geral, devia ter havido alguma preocupação no sentido de pelo menos usufruírem de algo para o seu uso pessoal. Mais grave ainda, é que mesmo para a aquisição de artigos de higiene individual, como por exemplo pensos, não havia dinheiro, situação que deixou as moças bastante irritadas.

A despeito do seu magnífico esforço nas quatro linhas, no sentido de defender a Pátria com galhardia neste campeonato africano, o quotidiano financeiro das jogadoras era deplorável, dado que não tinham nenhuma possibilidade de adquirir, particularmente, um sumo ou um refresco, muito menos uma lembrança de Madagáscar para si e para os seus.
No último dia da estada da selecção na capital malgaxe, as atletas reuniram-se com o chefe da delegação, no sentido de lhe manifestarem o seu desagrado em relação ao não pagamento do “pocket money”. Não esgotado o assunto, as partes – Federação e jogadoras – concordaram em se encontrar amanhã, na presença do presidente da FMB, para os esclarecimentos finais, dado que outras oportunidades existirão e viajar sem sequer um tostão, segundo elas, jamais deverá acontecer, para o bem da própria selecção.

MOÇAMBIQUE : LIGA NACIONAL VODACOM - "Águias" em voo difícil

O FERROVIÁRIO da Beira é uma equipa que qualquer oponente sente dificuldades quando defronta, sobretudo quando se encontra na condição de anfitrião. O Desportivo, líder da Liga Nacional de Basquetebol Vodacom, irá viver precisamente esta situação, logo à noite, no pavilhão dos Desportos do Chiveve, a partir das 19.30 horas, altura em que se dará início ao seu embate com os beirenses, pontuável para a 10ª jornada.

Esperando-se uma partida bastante complicada para ambos os conjuntos, dado que atravessam uma excelente fase na prova, com o Ferroviário da Beira à procura de ganhar a batalha com o Costa do Sol no acesso aos “play-off” e o Desportivo a manutenção do primeiro posto, os artistas, seguramente, oferecerão o seu máximo em busca do melhor resultado.

Entretanto, particularmente para os “locomotivas” do Chiveve, a sua missão do fim-de-semana afigura-se mais complexa ainda, uma vez que, após o grande adversário desta noite, amanhã terão pela frente um outro colosso, neste caso o Ferroviário de Maputo, que nas suas últimas aparições sofreu dois desaires, embora a sua qualificação de modo nenhum esteja comprometida.

Já os “alvi-negros”, na deslocação à cidade da Beira, jogarão também com o Desportivo local, em desafio marcado para amanhã.

No grupo dos três candidatos da capital do país, o Maxaquene viaja para Quelimane e depois joga em Maputo. Na Zambézia, defronta hoje, às 20.00 horas, no pavilhão da Favezal, o Benfica local, para, no domingo, no recinto do Estrela Vermelha, se encontrar com a Real Sociedade.

Na luta pela quarta posição, o Costa do Sol, concorrente directo do Ferroviário da Beira, enfrenta equipas de menor dimensão, nomeadamente Real Sociedade, hoje, e Benfica de Quelimane, amanhã, no terreno deste.

PROGRAMA DE JOGOS

HOJE

Pavilhão do Estrela Vermelha
18.00h – Real Sociedade-Costa do Sol

Pavilhão dos Desportos da Beira
19.30h – Fer. Beira-Desp. Maputo

Pavilhão da Favezal
20.00h – Benf. Quelimane-Maxaquene

AMANHÃ

Pavilhão dos Desportos da Beira
15.00h – Desp. Beira-Desp. Maputo
17.30h – Fer. Beira-Fer. Maputo

Pavilhão da Favezal
20.00h – Benf. Quelimane-Costa do Sol

DOMINGO

Pavilhão do Estrela Vermelha
14.00h – Real Sociedade-Maxaquene

Pavilhão dos Desportos da Beira
16.00h – Desp. Beira-Fer. Maputo

CLASSIFICAÇÃO ACTUAL


J V D CESTOS P

DESPORTIVO 9 8 1 797-638 17
Maxaquene 9 7 2 754-618 16
Fer Maputo 9 7 2 767-620 16
Fer. Beira 9 6 3 843-693 15
Costa do Sol 9 3 6 755-726 12
Benf. Quelimane 9 2 7 676-821 11
Desp. Beira 9 2 7 619-859 11
Real Sociedade 9 1 8 645-852 10

22 outubro 2009

ANGOLA : Jordão confirma 1.º Agosto

Francisco Jordão voltou a vestir a camisola do 1.º de Agosto, ficando definida mais uma etapa da sua carreira. Depois de ter estado ausente do Campeonato Provincial, o poste acordou a renovação com os campeões nacionais já tendo alinhado no Torneio Vitorino Cunha pela equipa dirigida por Luís Magalhães.

Quem continua ausente das quadras de basquetebol é Olímpio Cipriano. O internacional angolano mantém a ligação ao 1.º de Agosto até Dezembro próximo, contudo está ausente dos trabalhos e das competições, admitindo se que possa mudar de emblema assim que expirar o vínculo ao conjunto de Luanda, sendo o Recreativo do Libolo o destino mais previsível.

http://www.planetabasket.pt

ANGOLA : Jordão confirma 1.º Agosto

Francisco Jordão voltou a vestir a camisola do 1.º de Agosto, ficando definida mais uma etapa da sua carreira. Depois de ter estado ausente do Campeonato Provincial, o poste acordou a renovação com os campeões nacionais já tendo alinhado no Torneio Vitorino Cunha pela equipa dirigida por Luís Magalhães.

Quem continua ausente das quadras de basquetebol é Olímpio Cipriano. O internacional angolano mantém a ligação ao 1.º de Agosto até Dezembro próximo, contudo está ausente dos trabalhos e das competições, admitindo se que possa mudar de emblema assim que expirar o vínculo ao conjunto de Luanda, sendo o Recreativo do Libolo o destino mais previsível.

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20 outubro 2009

ANGOLA : Romano perspectiva nacional mais competitivo dos últimos anos

O director para o basquetebol do Petro de Luanda, Benjamim Romano, afirmou hoje que o Campeonato Nacional, a ser disputado de Novembro deste ano a Maio de 2010, poderá ser o mais competitivo dos últimos 10 anos tendo em conta a composição dos vários plantéis.

Em declarações à Angop, o responsável pela modalidade no clube “tricolor” fundamentou a sua afirmação no facto de, pela primeira vez, surgir mais de três equipas candidatas ao título, fazendo alusão ao 1º de Agosto (campeão), Petro de Luanda (vice), Recreativo do Libolo, Interclube e Atlético Sport Aviação (ASA).

Na sua opinião, estão em condições de discutir o título, embora reconheça que os “militares”, fruto do tempo de trabalho juntos, são os principais candidatos e que o ASA, apesar das saídas de atletas influentes, “é uma equipa que temos que ter sempre em conta, quanto menos se espera está lá a fazer uma boa campanha”.

Explicou que o 1º de Agosto mantém o mesmo plantel com quem conquistou o título na época passada, que poderá se traduzir em vantagem comparativamente aos adversários. “São jogadores que treinam e jogam juntos a muito tempo, tanto no clube como na selecção nacional”, referiu.

Realçou que o Libolo e o Interclube reforçaram-se bem e que o Petro de Luanda está a ser reestruturado e apenas ao longo do Campeonato Nacional será definido o principal objectivo do clube.

“Na nossa equipa saíram e entraram jogadores, vamos ver como vai se comportar depois do estágio e analisar se está ou não preparada para lutar pelo título", ressaltou. Frisou que o Petro de Luanda é uma equipa habituada a discutir taças.

Os “petrolíferos”, eternos candidatos ao título, foram os que mais entradas registaram com os regressos dos postes Idelfonso Kiteculo, Divaldo Bunga, Emanuel Neto, Miguel Kiala todos formados nas suas escolas, mas a temporada anterior actuaram em outros clubes. A estes juntaram-se o base Afonso Rodrigues “Fefé” e o norte-americano Curtis Terry (base-extremo).

Com as contratações dos campeões africanos Carlos Morais (extremo) e Milton Barros (base), a formação do Kwanza Sul (Libolo) assume-se como um novo candidato ao título, depois do quarto lugar no ano de estreia.

Por sua vez, o Interclube, depois de três anos a “lutar” pelos lugares abaixo do pódio, reforçou-se com objectivo de regressar ao lote dos “grandes

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Nigéria, 67-Moçambique, 57: Nem no consolo nos consolamos…

É VERDADE que a turma de Nazir Salé, que no sábado havia se lançado para uma margem confortável perante Madagáscar, para depois sofrer a bom sofrer na ponta final, acabando por ganhar pela marca de 73-66, até não esteve muito abaixo do seu rendimento normal frente às nigerianas, conseguindo, inclusive, recuperar de uma diferença de mais de 10 pontos, no entanto, foi penalizada nos ressaltos e na ineficácia das postes, postas fora da acção. Acabou sendo Filomena Micato, com cinco triplos concretizados, a procurar o rumo certo, a par de Anabela Cossa, que anotou 14 pontos.

A defender-se primorosamente, com uma pressão sobre todas as jogadoras, facto que até irritou as nigerianas, a selecção nacional logrou anular as unidades de maior preponderância do adversário, porém, o ataque continuava problemático. Ana Flávia Azinheira procurava contrapor nas tabelas, só que sentiu a falta da acção relevante de Leia Dongue, desta feita aquém do que vinha efectuando, e de Odélia Mafanela, neste embate com poucas faltas, mas também sem marcar.

A base Charity Egenti e as suas companheiras Funmilayo Ojelabi e Adeola Olanrewaju, apesar da forma aguerrida de Moçambique, sobretudo na defesa, e ainda do facto de, a espaços, ter passado à dianteira no marcador, encarregaram-se de desequilibrar os pratos da balança, através de concretizações que abalaram o deslumbramento da nossa equipa. Adeola foi particularmente determinante, pois foi a rainha dos ressaltos e com múltiplas rotações, debaixo da tabela contrária, que terminavam em dois pontos.
Nos momentos capitais, isto é, em que se pedia mais dinamismo às jogadoras, as moçambicanas praticamente viravam a cara à luta, situação que permitiu à Nigéria se desenvencilhar da pressão e caminhar seguramente para os 10 pontos de diferença, no final da contenda.

FICHA DO JOGO


Árbitros: T. Mzali, Didier Shema e R. Haja
NIGÉRIA (67) – Nwamaka Abideli (0), Charity Egenti (18), Erdoo Vera Angwe (0), Tamunomiete Whyte (2), Funmilayo Ojelabi (21), Magdalene Ukato (0), Vivian Ewalefo (0), Udoka Sunday (0), Odun Rashidat Sadiq (9), Mactabene Amachree (0), Priscilla Udeaja (2) e Adeola Olanrewaju (15)

Treinador: Bacare Ayodele

MOÇAMBIQUE (57) – Valerdina Manhonga (0), Filomena Micato (15), Ana Flávia Azinheira (11), Anabela Cossa (14), Ana Branquinho (0), Cátia Halar (0), Leia Dongue (2), Aleia Rachide (2), Amélia Macamo (9), Marta Ganje (0), Odélia Mafanela (4) e Ondina Nhampossa (0)

Treinador: Nazir Salé
Marcha do marcador: 13-5, 25-21, 44-42, 67-57.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - A senegalesa é mesmo uma maravilha - Aya Traoré eleita MVP

INQUESTIONAVELMENTE, a melhor selecção presente no Afrobásquete Madagáscar-2009 foi a senegalesa. Tanto do ponto de vista colectivo, com uma equipa muitíssimo bem estruturada em todos os aspectos, como individual, fazendo alarde a uma mão cheia de jogadoras bem dotadas tecnicamente e alto sentido de responsabilidade, o Senegal acabou, deste modo, por chamar a si, justamente, o título de campeão africano e juntar, também, outros galardões conquistados pelas suas atletas.
Maputo, Terça-Feira, 20 de Outubro de 2009:: Notícias


A principal premiação individual, a de MVP (Melhor Jogadora), foi para Aya Traoré, uma extremo de excelente categoria, que joga e faz jogar a equipa, para além de magnífica capacidade de concretização. Aya, que usa a camisola nº 5, esteve em evidência em todas as partidas, contribuindo decisivamente para os triunfos da sua formação. Na final, diante do Mali, foi a melhor marcadora, com 19 pontos.

O título de Melhor Marcadora pertence à Costa do Marfim, através de Kani Kouyate (nº 10), autora de 125 pontos nos oitos desafios disputados pela sua selecção. As marfinenses, que apareceram com um time novo, porém, extremamente batalhadora, tendo lhes pertencido a única derrota do Mali na primeira fase (Grupo “B”), terminaram na quarta posição do certame, ao perderem no último despique com Angola por 57-76, com Kani a assinar 15 pontos – a melhor do jogo.

As malianas não quiseram ficar fora do pódio individual. Djene Diwara (nº 11) foi agraciada com o troféu de Melhor Ressaltadora, mercê de um total de 72 ressaltos ganhos. Djene, que na final de domingo marcou 13 pontos, arrecadou 12 ressaltos, sendo cinco ofensivos e sete defensivos.

Organizar o campeonato e não ganhar nada, seria uma autêntica humilhação para Madagáscar. E não foi pela simpatia do seu povo ou da sua equipa que as malgaxes ficaram com três troféus. Fizeram-no por merecer, com um time que, apesar da sua pacatez, tudo aprimorou para honrar a casa, sendo por isso justa a vénia rendida pelos espectadores e igualmente o reconhecimento do Presidente da Alta Autoridade de Transição, Andry Rajoelina.

Prisca Razananirina (nº 10) foi a Melhor Triplista – marcadora dos 6.25 metros, com 20 conversões, o que significa que, por essa via, anotou 60 pontos. A sua colega Maiwenn Andriamilandy (nº 8), a mais querida e aquela que faz as delícias dos adeptos, foi considerada Atleta Revelação do campeonato.

Mas Madagáscar não se ficou por aqui. Colectivamente, conquistou o título de “Fair-Play” de Mérito, enquanto a simpática e modesta selecção das Maurícias regressou para casa com a distinção de “Fair-Play” de Encorajamento. As mauricianas, últimas classificadas e que tomaram parte na prova pela primeira vez, fizeram-no na qualidade de convidadas da Zona VII, que habitualmente é representada nestes fóruns por Madagáscar e que desta vez se qualificou automaticamente na qualidade de organizador.
Em relação ao “Cinco Ideal”, o domínio senegalês é também irrefutável, com três jogadoras. As eleitas são as seguintes: Fatou Dieng, base (Senegal), Aya Traoré, extremo (Senegal), Nassecela Maurício, extremo (Angola), Nagnouma Coulibaly, poste (Mali) e Aminata Diop, poste (Senegal).

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Moçambique no poço do elevador da glória

ESTAMOS no meio. Entre os 12 participantes no Afrobásquete Madagáscar-2009, somos os sextos classificados. Olhamos para baixo, está o grupo das equipas menos cotadas comparativamente à nossa.

Olhamos para cima e, com alguma nostalgia, verificamos que selecções que até há bem pouco tempo vencíamos sem muitas dificuldades, estão disparadas e o seu limite é o céu. Sem efectivamente estar no fundo, porque esse lugar pertence às Maurícias, África do Sul e companhia, é importante reconhecer que Moçambique se encontra no poço do elevador da glória, caindo a cada campeonato e sem quaisquer perspectivas de, a breve trecho, recuperar as posições que desafortunadamente foi perdendo por demérito próprio. Em Antananarivo, perdido o comboio dos quartos-de-final, por via da derrota diante de Angola, ainda se conjecturava o quinto posto, porém, este foi parar às mãos da Nigéria, que domingo ganhou por 10 pontos – 67-57.

Despedir-se de uma prova com uma vitória, mesmo que não seja para conquistar um título, é sempre importante, particularmente para uma equipa que foi à grande ilha com a finalidade de discutir os lugares do pódio. Com a disposição de sair de Madagáscar com alguma honra, as moçambicanas apresentaram-se perante as nigerianas muito determinadas, procurando até tirar proveito de certas ausências de grande relevo na turma contrária, nomeadamente da estrela Mactabene Amachree – a jogar na Turquia ­– , que abandonou a sua selecção devido a algumas desinteligências com os treinadores, e da desequilibradora Udoka Sunday, a braços com uma lesão.
Aparentemente, estas ausências constituíam bom augúrio para a nossa equipa contrapor à previsível tentativa de se assenhorar dos acontecimentos por parte das nigerianas. Só que, para nosso desencanto, Moçambique não conseguiu explorar esses factores, entregando a iniciativa e o controlo do jogo à turma adversária, que agradeceu e soube fazer uso desses instrumentos para construir um triunfo que serviu sobremaneira para ainda reclamar alguma honra por parte da Nigéria, acabrunhada face ao afastamento das meias-finais.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

19 outubro 2009

Angola medalha de bronze no ''Africano'' de Antananarivo

A selecção nacional sénior feminina de basquetebol venceu domingo último a similar da Côte d'Ivoire, por 76-57, conquistando a medalha de bronze no africano da modalidade disputado em Antananarivo (Madagáscar).

A equipa angolana, que manteve o bronze no jogo das classificativas ao terceiro e quarto lugares, ficou arredada de disputar o Mundial de 2010, na República Checa, depois de perder para o Mali nas meias-finais.

As angolanas conseguiram resultados parciais convincentes e que espelham a supremacia em relação ao adversário (17-12, 24-12, 26-15), embora as ivoirienses tenham vencido o segundo quarto por 18-17.

Catarina Camufal foi a jogadora destacada na equipa angolana, com 13 pontos marcados, cinco ressaltos e quatro assistências, seguida de Luisa Tomás, com 12 e oito ressaltos. Do lado contrário, Kani Kouyate liderou a Cote d’Ivoire (15 pontos e cinco ressaltos).

A Nigéria bateu Moçambique, por 67-57, e terminou a participação no quinto lugar, enquanto as derrotadas ficaram com a sexta posição. Fruto da vitória sobre o Madagáscar, por 66-61, os Camarões acabaram em sétimo.

Na classificação geral, o Rwanda assegurou o nono lugar, ao vencer a Tunísia por 70-65, enquanto a África do Sul, 11ª, ao derrotar as Ilhas Mauricias, por 60-36.

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Haja respeito, às “leoas”!

UMA entrada verdadeiramente leonina, a condizer com o cognome da própria equipa, e uma vantagem sempre a rondar as duas dezenas de pontos, não deixaram dúvidas rigorosamente a ninguém em relação ao vencedor da sensacional final do Afrobásquete Madagáscar-2009, ontem à noite, no pavilhão do Palácio dos Desportos de Antananarivo. O Senegal, o grande Senegal, dono de uma das melhores escolas da bola-ao-cesto feminina, não ofereceu tréguas ao então campeão, Mali, vencendo-o convincentemente por 72-57 e, desse modo, regressar à conquista do título, nove anos depois de o ter feito na Tunísia. No dia do epílogo desta prova continental, e no qual Angola repetiu a medalha de bronze mercê do triunfo sobre Costa do Marfim por 76-57, Moçambique entrou em acção no início da tarde, perdendo diante da Nigéria pela marca de 57-67 e classificar-se na sexta posição.

A despeito de a turma anfitriã não disputar a final, os malgaxes não quiseram deixar os seus créditos por mãos alheias, enchendo por completo aquele novíssimo complexo de construção chinesa. O próprio Presidente da Alta Autoridade de Transição, Andry Rajoelina, trajando calças “jeans” e acompanhado pela esposa, juntou-se à festa de arromba que se viveu em Antananarivo e que foi muitíssimo bem acompanhada pela final de sonho proporcionada por duas formações que tinham contas a ajustar desde o último Afrobásquete, em 2007, em Dacar, com o triunfo a pertencer às malianas, perante o desconforto das organizadoras.

Com a lição devidamente estudada, desta vez o Senegal não ofereceu qualquer espaço nem tempo para a turma adversária se organizar. Entrando à alta velocidade e a controlar os cordelinhos da partida em todos os aspectos, as “leoas” vincaram desde logo a sua inquestionável superioridade. O básquete melhor elaborado das malianas foi reduzido a pó pelo pragmatismo das senegalesas, que sabiamente foram conservando ao longo de todo o jogo uma diferença de 20 pontos. Mesmo nos momentos de pouca inspiração, faziam questão de não perder a seriedade, permitindo às adversárias reduzir para 17-18 pontos. Era o máximo que sobrava para o Mali.

Entre dois conjuntos que se conhecem perfeitamente e que nas quatro linhas proporcionavam um espectáculo a todos os títulos magnífico, levando o público vezes sem conta ao êxtase, era natural que também se travassem duelos interessantes. Do lado do Senegal virtuosismo de Aya Traoré, a perspicácia da excelente base Fatou Dieng, a perfeitíssima mão canhota de Mame Diouf e a força e determinação de Mame Sy superavam clara e irrefutavelmente toda a resposta empreendida por Ba Maiga, a espectacular construtora do jogo maliano, Djene Diwara, bem nos lançamentos, e Djenebou Sissoko, que tentou equilibrar a luta nas tabelas.

A dimensão do basquetebol senegalês era tal que, em determinadas etapas da contenda, as malianas eclipsavam por completo. Aliás, via-se na forma destemida das “leoas” que a vingança seria de facto servida a frio. Tudo lhes saía a contento, tanto a atacar como a defender. Embora as duas selecções não quisessem arriscar em relação aos triplos, as tentativas senegalesas, nomeadamente através da baixinha e irrequieta base Fatou Dieng, foram bem sucedidas. O Mali rendia-se às evidências, perante um time prático nas suas acções, sobretudo na função primordial de procurar os dois pontos, fonte para a grande diferença que sempre soube manter.

Quando a buzina soou, com o marcador em 72-57 para o Senegal, a festa das “leoas” e das suas dezenas de adeptos era incontestável. A conquista do Afrobásquete Madagáscar-2009 era o justo prémio para a selecção que não somente foi a única invicta na prova como também aquela que nos momentos mais difíceis soube puxar da sua inteligência e acima de tudo do valor das suas unidades para chegar ao triunfo. E a lição de bem jogar ontem oferecido às malianas é o exemplo mais eloquente dessa grande virtude das novas campeãs africanas.

FICHA DO JOGO

Árbitros: Petr Sudek, Gorshkov e Foster

SENEGAL (72) – Fatou Thiam (0), Aya Traoré (19), Awa Gueye (4), Fatou Dieng (17), Mame Diouf (11), Ndeye Sene (0), Fatoumata Diengo (0), Aminata Dieye (0), Mame Sy (10), Oumoul Sarr (0), Aminata Diop (7) e Bineta Diouf (4);

Treinador: Gaye Moustapha;

MALI (57) – Kama Touré (0), Aiassata Maiga (0), Mariatou Diarra (2), Nassira Traoré (1), Diana Gandega (6), Ba Maiga (17), Nagnouma Coulibaly (1), Djene Diwara (13), Maiya Tirera (0), Mariam Sy 4), Aminata Sininta (2) e Djenebou Sissoko (11);

Treinador: José Ruiz

Marcha do marcador: 28-9, 47-23, 55-37, 72-57.

QUADRO DE RESULTADOS

Senegal-Mali (72-57)
Costa do Marfim-Angola (57-76)
Nigéria-Moçambique (67-57)
Camarões-Madagáscar (66-61)

Classificação final: 1º Senegal, 2º Mali, 3º Angola, 4º Costa do Marfim, 5º Nigéria, 6º Moçambique, 7º Camarões, 8º Madagáscar, 9º Tunísia, 10º Ruanda, 11º África do Sul, 12º Maurícias.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

18 outubro 2009

Angola falha presença no Mundial de 2010

A Selecção Nacional sénior feminina de basquetebol discute, hoje, a partir das 15h00, no Palácio dos Desportos de Antananarivo, com a congénere da Côte d’Ivoire, a medalha de bronze da XXI Taça de África das Nações.
Angola perdeu, ontem, o bilhete para a final e o consequente apuramento para o Mundial, ao perder, nas meias-finais, por 60-70, com o Mali, actual campeão continental.
Na outra meia-final, o Senegal venceu a Côte d’Ivoire, por 75-54. Em função destes desfechos, Mali e Senegal disputam a final da competição, às 17h30, já com o passaporte carimbado para o Mundial de 2010, na República Checa.
O combinado nacional angolano centraliza as atenções na manutenção do terceiro lugar, conquistado em 2007 no Africano de Dakar, diante de um oponente que pode complicar, em função do seu nível técnico-táctico e exibicional que não está longe do das angolanas.
Angola e Côte d’Ivoire têm contas a acertar, já que, na fase preliminar, a vitória sorriu às senhoras lideradas por Aníbal Moreira, por uma diferença de 10 pontos (65-55).
Na despedida, e já sem a força que as caracterizou ao longo da prova, espera-se que o seleccionado angolano faça uma partida equilibrada e consiga repetir a façanha da fase inicial.
Na final, Senegal e Mali, as duas melhores selecções da actualidade do continente, jogam pela medalha de ouro, num confronto em que a luta nas tabelas pode definir o vencedor. O Senegal, que persegue o seu décimo ceptro continental, aposta na força e na qualidade técnica de Aya Traore, Mame Sy e Fatou Dieng, os principais esteios do conjunto e responsáveis por dois terços dos pontos até aqui conseguidos na competição, enquanto do lado maliano sobressaem as prestações de Hamchetou Maiga, Djene Diawara e Djenedou Sissoko.
Na classificação geral, o Rwanda assegurou o nono lugar, ao vencer a Tunísia por 70-65, enquanto a África do Sul ficou com a décima primeira posição, ao derrotar as Ilhas Maurícias, pela marca de 60-36.
Nas partidas de atribuição do quinto ao oitavo lugares, o cartaz para hoje reserva as partidas Camarões-Madagascar para o sétimo e oitavo, enquanto a Nigéria e Moçambique lutam para o quinto e sexto lugares. Ontem, a Nigéria venceu os Camarões, por 62-51, e Moçambique despachou o Madagáscar, com triunfo de 73-66.

17 outubro 2009

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Angola, 68-Moçambique, 36 : Ruim para a nossa estirpe

INFELIZMENTE, perder com Angola já começou a ser um facto assumido pela nossa selecção feminina, ao contrário da supremacia que nos pertencia nas décadas passadas. Até se pode aceitar perder com as angolanas, pois trata-se de uma realidade indesmentível. Todavia, ser derrotado por números tão desnivelados como estes – 32 pontos de diferença – é que realmente não lembra ao diabo. E o diabo, neste caso, não é Angola. É, isso sim, a gritante incapacidade de acção e reacção demonstrada pela formação de Nazir Salé, que ontem – é preciso que reconheça – ficou sem soluções para se desenvencilhar da teia montada por Aníbal Moreira.

Aparentemente equilibrado, pelo menos na dinâmica de jogo inicialmente apresentada pelos dois conjuntos, pois Moçambique conseguia anular as adversárias nucleares e fechar o seu espaço de manobra, o desafio, no entanto, tinha dois actores distintos: um, apesar da pressão defensiva que recaía sobre si, pelo menos construía lances ofensivos e concretizava lançamentos às catadupas; e outro, também pressionado, mas sem quaisquer chances de esboçar jogadas vistosas e muito menos chegar aos dois pontos.

Resultado: a vantagem angolana foi disparando com toda a naturalidade e, por incrível que pareça, a nossa selecção somente conseguiu cinco pontos no primeiro período. Enfim, demasiado ruim para o nosso gosto e sobretudo para a nossa estirpe.

Habituados às brilhantes recuperações que têm sido protagonizadas pela equipa, ainda enchemos os pulmões de ar quando Leia Dongue entrou e começou a equilibrar o jogo nas tabelas, embora sem um visível efeito motivador no seio do conjunto, pois jogadoras como Anabela, Valerdina, Ana Flávia, Cátia, Aleia e Odélia eram pura e simplesmente abafadas nas suas penetrações pelas postes “palancas”.

Evidentemente que, sem possibilidades de lançar, nem a partir da zona curta nem dos 6.25 metros, outra coisa não poderia acontecer senão o descalabro. E este foi mesmo total, pois Nassecela Maurício chamou a si as despesas da vitória angolana, com concretizações a partir de várias posições, bem secundada por Luísa Tomás e Neto Rodrigues, duas postes de grande valia e igualmente boas atiradoras.

FICHA DO JOGO

Árbitros: Dabbagho, Mzali e Nguessan

ANGOLA (68) – Juliana Camufal (5), Ngiendula Filipe (8), Domitília Ventura (0), Felizarda Jorge (0), Isabel Francisco (5), Sónia Guadalupe (0), Irene Guerreiro (2), Luísa Tomás (10), Astrida Vicente (8), Nassecela Maurício (17), Neto Rodrigues (10) e Graciete Manuel (3)

Treinador: Aníbal Moreira

MOÇAMBIQUE (36) – Valerdina Manhonga (2), Filomena Micato (3), Ana Flávia Azinheira (4), Anabela Cossa (3), Ana Branquinho (3), Cátia Halar (8), Leia Dongue (7), Aleia Rachide (0), Amélia Macamo (4), Marta Ganje (0), Odélia Mafanela (2) e Ondina Nhampossa (0)

Treinador: Nazir Salé

Marcha do marcador: 16-5, 32-16, 54-30, 68-36.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

ANGOLA : ASA surpreende 1º de Agosto no torneio "Victorino Cunha"

O Atlético Sport Aviação (ASA) venceu esta noite o 1º de Agosto por surpreendentes 94-73, em partida da primeira jornada do
torneio "Victoriano Cunha", que decorre no pavilhão do Rio Seco em Luanda.

Apesar das saídas de jogadores influentes, como foram os casos de Adolfo Quimbaba, Filipe Abraão (1º de Agosto), Afonso Rodrigues (Petro de Luanda), os "aviadores" derrotaram os campeões nacionais por 21 pontos de diferença.

Na abertura da ronda, o Recreativo do Libolo, já com os reforços Milton Barros e Carlos Morais, provenientes do Petro de Luanda, venceu o Interclube por 94-89.

A segunda ronda acontece sábado com partidas ASA –Interclube, às 16 horas, e 1º de Agosto-Recreativo do Libolo, às 18h30.

Na terceira e última jornada (dia 23), o ASA defronta o Recreativo do Libolo, às 17 h00, enquanto o 1º de Agosto enfrenta o Interclube.

16 outubro 2009

ANGOLA : Selecção Nacional tenta nova vitória

A selecção nacional angolana sénior feminina de basquetebol decide hoje a passagem às meias-finais da vigésima primeira Taça de África das Nações de Basquetebol, quando enfrentar a sua similar de Moçambique, em prélio dos quartos-de-final da aludida competição, marcado para às 15H00, no Palácio dos Desportos de Antananarivo. Camarões-Côte d’Ivoire, Madagáscar-Mali e Nigéria-Senegal são as partidas complementares do quadro de acesso às meias-finais.
Angolanas e moçambicanas que voltam a medir forças três meses depois do último apronto, nos II Jogos da Lusofonia, com vitória por escasso um ponto, a balança pende para a equipa nacional face a sua melhor estrutura de jogo, às melhores médias de finalização e à eficiência do seu jogo interior, num conjunto onde se destacam, sem desprimor para as demais, as prestações de Irene Guerreiro, Nachissela Maurício e Sónia Guadalupe.
Com uma média de altura relativamente superior à sua oponente, é pouco crível que as nossas embaixadoras deixem os créditos em mãos alheias e desperdicem a oportunidade de marcar presença nas meias-finais, não obstante a diferença no ranking da federação internacional. Separadas por três degraus, Angola ocupa actualmente a quadragésima (40ª) posição do ranking mundial, com 17,6 pontos, enquanto Moçambique está na trigésima sétima posição, com 20 pontos.
Em caso de vitória, hoje, frente à rival de Moçambique, a equipa nacional joga as meias-finais com o vencedor do confronto entre o Mali e o Madagáscar, dia 17 de Outubro, às 20H00. Em caso de derrota Angola joga as classificativas do quinto (5º) ao oitavo (8º) classificados.
Para atingir os quartos-de-final, Angola terminou na terceira posição do grupo preliminar “B”, com 9 pontos, os mesmos do Mali e Côte d’Ivoire, primeiro e segundo classificados, respectivamente, mercê do seu melhor coeficiente de desempate. As angolanas somaram quatro vitórias, nomeadamente contra a Nigéria (60-45), Côte d’Ivoire (65-55), Tunísia (62-56), Rwanda (66-54) e uma derrota ante o Mali, por 63-51.
Os quartos-de-final desta XXI Taça de África das Nações, qualificativa para o Mundial 2010, na República Checa, abrem com o confronto entre as selecções dos Camarões e da Côte d’Ivoire, às 12H30, com favoritismo para as ivoirienses. Por volta das 17H30 jogam Mali-Madagascar, com provável triunfo das malianas, fechando a ronda o prélio entre a Nigéria e o Senegal.
Nas partidas de classificação do nono ao décimo segundo, o cartaz para a jornada de hoje inscreve as partidas Rwanda-África do Sul (14H00) e Ilhas Maurícias-Tunísia (16H00), no pavilhão gimnodesportivo de Mahamisina, arredores de Antananarivo, a capital da República do Madagáscar.

MOÇAMBIQUE : LIGA VODACOM-BASQUETEBOL - “Locomotivas” procuram consolidar o quarto lugar

A QUARTA posição na Liga Nacional de Basquetebol-Vodacom em seniores masculinos é tida como preciosa, visto que dá acesso à próxima fase, ou seja, aos “play-off”. Nesta altura, o Ferroviário da Beira é dono desta posição e pode consolidar tal estatuto desde que amanhã vença a Real Sociedade, em partida em atraso da nona jornada. O encontro realiza-se no pavilhão do Maxaquene a partir das 18.00 horas.

O Ferroviário da Beira soma 13 pontos, mais um que o Costa do Sol, e tem frente a Real Sociedade, último classificado, com oito, uma boa oportunidade para se isolar ainda mais na tão preciosa quarta posição.

Noutro embate, de acerto de calendário, mas da oitava jornada, o Desportivo da Beira joga hoje a partir das 18.00 horas, com a Real Sociedade. O pavilhão dos “tricolores” será palco deste desafio.
A Real Sociedade pode alcançar aqui a primeira vitória, visto que os “alvi-negros” não são tão fortes como os “locomotivas”.

Em caso de vitória a Real alcança o Desportivo da Beira na sexta posição.

Estas partidas deviam ter se realizado no fim-de-semana passado, mas devido a motivos organizacionais as equipas beirenses não conseguiram deslocar-se à cidade de Maputo.
O Desportivo de Maputo lidera com 17 pontos, mais um que o Maxaquene e o Ferroviário de Maputo, segundo e terceiro lugares, respectivamente.

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Moçambicanas prometem vingar-se, mas: Atenção à enguia Nassecela

ALTA e esguia, a jogar e residir na Espanha, Nassecela Maurício, nossa bem conhecida, ora pela selecção, ora pelo 1º de Agosto, Nassecela Maurício é a principal referência da turma de Angola. Uma equipa bastante combativa, que defende bem e rápida no contra-ataque, para além de um excelente jogo debaixo da tabela, por via das suas postes, as quais são, igualmente, boas lançadoras.

A base Domitília Ventura, mais magra e versátil, é a construtora do jogo e seguramente travará interessantes duelos com Valerdina Manhonga e Anabela Cossa, fazendo recordar as duas últimas finais da Taça dos Campeões de África, ganhas pelo Desportivo diante do 1º de Agosto. Irene Guerreiro, já com 40 anos, contemporânea de Esperança Sambo, Aurélia Manave e companhia, na década de noventa, ainda é uma guerreira de fazer inveja às mais novas.

Para além da concretização que é conferida a Nassecela Maurício, há a registar Rodrigues Neto, Luísa Tomás, Astrida Vicente e Nadir Manuel, as tais postes que fazem a diferença na formação orientada por Aníbal Moreira, o técnico que esteve à frente da selecção angolana de Sub-20 no Afrobásquete da categoria, em Maputo, há três anos.

Os cruzamentos entre Moçambique e Angola, nos últimos tempos, têm sido favoráveis à selecção do Atlântico. Senão vejamos: nos “Africanos” de Maputo-2003, as angolanas ficaram em primeiro na nossa série, embora nós tenhamos ido à final com a Nigéria, mercê do memorável triunfo diante do Senegal, nas meias-finais; em 2005, em Abuja, a vitória foi moçambicana, com dois decisivos lances livres de Valerdina Manhonga, então estreante no campeonato; em 2007, nossa derrota em duas ocasiões: no Afrobásquete do Senegal e nos Jogos Africanos de Argel; em 2009, nova derrota moçambicana, em Lisboa, nos Jogos da Lusofonia.
Esta noite, no pavilhão do Palácio dos Desportos de Antananarivo, a expectativa é muito grande entre as duas formações, e Moçambique promete a devida vingança. Bom, a ver vamos…

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Percurso das duas formações : Quatro vitórias e uma derrota

AS duas formações lusófonas presentes no Afrobásquete Madagáscar-2009 tiveram, no decorrer da primeira fase, um percurso igual, com quatro triunfos e uma derrota, tendo por isso terminado com nove pontos. Moçambique, no Grupo A, não precisou de fazer contas com ninguém para o seu posicionamento, enquanto Angola, no B, uma vez ter registado os mesmos pontos com Mali e Costa do Marfim, foi penalizada no “cesto-average”, descendo para o terceiro posto.

Os cinco desafios efectuados pelos dois conjuntos, por ordem cronológica das jornadas, são os seguintes:

Moçambique, 55-Camarões, 48
Angola, 66-Ruanda, 54
Moçambique, 37-Senegal, 73
Tunísia, 56-Angola, 62
Maurícias, 31-Moçambique, 121
Costa do Marfim, 55-Angola, 65
África do Sul, 47-Moçambique, 54
Mali, 63-Angola, 51
Madagáscar, 59-Moçambique, 71
Angola, 60-Nigéria, 45

No total, as moçambicanas anotaram 338 pontos e sofreram 258, registando um saldo positivo de 80, e as angolanas, por seu turno, marcaram 304 pontos e sofreram 273, igualmente com um saldo positivo de 31, no entanto, com a particularidade de em maior dos casos ter chegado aos 60 pontos numa partida.

Por outro lado, enquanto a turma de Nazir Salé praticamente foi mudando de melhores marcadoras por jogo, entre Ana Flávia Azinheira, em duas ocasiões (17 contra Camarões e nove frente ao Senegal), Filomena Micato (25 diante das Maurícias) e Leia Dongue (19 a África do Sul e 16 a Madagáscar), a equipa de Aníbal Moreira girou a sua capacidade de pontuação em Nassecela Maurício, embora haja a realçar, também nesse aspecto, o desempenho de Luísa Tomás.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Abençoado seja o nosso Índico

O OCEANO Índico é vasto. Vastíssimo. Banha países e continentes. Alguns desses países presentes no Afrobásquete Madagáscar-2009 e que a partir desta tarde, com a efectivação dos quartos-de-final, procuram alcançar o disputadíssimo título. No entanto, nós somos a pérola. A pérola deste Índico que se agiganta para uma conquista cuja hegemonia se reparte entre Senegal, Mali e Nigéria. O sonho de Moçambique ver consumado esse sublime objectivo passa, primeiro que tudo, por remover o grande obstáculo que enfrenta hoje e que dá pelo nome de Angola, uma formação hercúlea e que em Antananarivo vem realizando um campeonato a todos os títulos extraordinário.
Maputo, Sexta-Feira, 16 de Outubro de 2009:: Notícias


Quando forem 15.00 horas locais (14.00 de Maputo), dar-se-á início a esse duelo que se perspectiva electrizante, entre dois conjuntos que se conhecem perfeitamente e que, entre eles, a rivalidade extravasa todo o tipo de fronteiras.

Subindo e descendo juntas as escadas ou o elevador do Hotel Tana Plaza, na super concorrida Avenida da Independência, no coração da capital malgaxe, ou então partilhando a mesma sala de refeições, aparentemente nada conjecturava um frente-a-frente entre moçambicanas e angolanas, que estavam em grupos distintos. O percurso das “palancas”, apesar de enfrentarem as “feras” do continente, foi de tal modo brilhante que terminaram empatadas com malianas e marfinenses, porém, sofrendo no capítulo do “cesto-average”, facto que acabou ditando o encontro com o seu “indesejável” adversário do Índico.

A apreensão é mútua. As duas selecções fecharam a primeira fase com actuações de grande nível: Moçambique diante de Madagáscar com uma espectacular vitória por 71-59 e Angola face à Nigéria, na sequência de um brilhante quarto período que levou ao triunfo pela marca de 60-45. São dados que certamente as equipas procurarão capitalizar, embora os adversários e as situações sejam diferentes, até porque, no caso concreto, trata-se dos quartos-de-final e uma derrota é sinónimo irremediável de despedida da luta pelo ceptro.

A DEBUTANTE LEIA

À excepção do confrangedor confronto com as senegalesas, no qual as nossas atletas não tiveram reacção rigorosamente nenhuma, as moçambicanas têm, de uma forma global, sabido se comportar a contento. Frente às Maurícias tudo foi bastante fácil, mas, nos outros encontros, os desafios se revelaram muito difíceis, tendo sido necessário, invariavelmente, recorrer à recuperação no marcador para chegar ao triunfo. E, em qualquer dos casos, foi uma recuperação executada com perfeição, respondendo a equipa com galhardia e um excepcional poder de “matar” no momento decisivo.

Das unidades frequentemente utilizadas, se jogadoras como Ana Flávia Azinheira, Valerdina Manhonga, Aleia Rachide e Anabela Cossa são por demais conhecidas na nomenclatura da selecção e a sua actuação não é de espantar, as maiores honras desta equipa vão, indubitavelmente, para a debutante Leia Dongue, que tem sido excepcional, “baptizando-se” no Afrobásquete de forma destemida. Com uma grande capacidade de penetração e perspicácia debaixo da tabela, tem sido uma verdadeira dona e senhora das situações, com conversões por vezes incríveis. Tanucha, como é também conhecida, vezes há em que, inesperadamente, se dá ao luxo de protagonizar casos inesperados, como foi, por exemplo, diante das malgaxes, quando, dentro da linha dos 6.25 metros, preferiu sair para um triplo que deixou “todo o mundo” embasbacado.

Mas n\ao é somente ela em destaque como estreante no Afrobásquete. Cátia Halar e Odélia Mafanela têm sido espectaculares, mas com uma diferença: a primeira, introvertida e a não dar muito nas vistas, todavia, magnífica nos lançamentos – foi uma das que “liquidaram” as anfitriãs com os seus triplos – e no trabalho do jogo exterior, auxiliando sobremaneira as bases; e a segunda, mais extrovertida, dinâmica nos ressaltos e força nos impulsos, mas demasiado abaixo das expectativas no que diz respeito à concretização. Odélia, inclusive, desperdiça oportunidades de bradar os céus.

Filomena Micato, fabulosa diante das mauricianas e com triplos que ajudaram a crescer os números até à centena, peca por querer fazer tudo igual em todos os jogos. Isto é, tenta em vão três/quatro ocasiões fora dos 6.25 metros, mas, incrivelmente, insiste no mesmo diapasão, acabando por deitar abaixo óptimas situações de fazer jogar a equipa. Ana Branquinho já não tem a mesma “manga” doutros tempos, mas, quando sina a acompanha, não tem oposição. Ondina Nhampossa, Marta Ganje e Amélia Macamo são opções em relação às quais o treinador recorre poucas vezes.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

ANGOLA : Interclube e Recreativo abrem quadrangular "Victorino Cunha"

As equipas de basquetebol seniores masculinos do Interclube e Recreativo do Libolo abrem, sexta-feira, pelas 17 horas a jornada inaugural do torneio em homenagem a Victorino Cunha, a ter lugar no pavilhão do Codenm, uma organização do Clube Desportivo do 1º de Agosto.

No mesmo dia às 19 horas jogam para o enceramento da primeira jornada, no mesmo recinto, o 1º de Agosto e o Atlético Sport Aviação (ASA). A segunda ronda acontece sábado com partidas ASA –Interclube, às 16 horas, e 1º de Agosto-Recreativo do Libolo, às 18h30.

Na terceira e última jornada (dia 23), que marcará o encerramento do torneio, o ASA defronta o Recreativo do Libolo, às 17 h00, enquanto o 1º de Agosto enfrenta o Interclube.
A prova que se realiza pela primeira vez em Luanda, será disputada no sistema de todos contra todos a uma volta. A equipa que somar maior número de pontos sagrar-se-á campeão.

Victorino Cunha, técnico angolano, sagrou-se campeão africano com a selecção nacional em 1989, treinou as duas melhores equipas do País, Petro de Luanda e o 1º de Agosto, e actualmente é quadro da Federação Internacional de Basquetebol para África (FIBA).

ANGOLA : Victorino Cunha sugere abrangência de homenagens para demais técnicos

O ex-seleccionador de basquetebol Victorino Cunha manifestou-se nesta sexta-feira reconfortado devido à homenagem a si feita pelo 1º de Agosto, sugerindo a sua abrangência para mais treinadores angolanos.

O treinador de basquetebol falava hoje à Angop, a propósito do torneio em seniores masculinos designado “Victorino Cunha” a iniciar-se hoje, às 17 horas, no pavilhão do Rio Seco sob a égide do Clube Desportivo do 1º de Agosto.

Enalteceu e agradeceu o gesto da direcção do clube rubro-negro e do Estado-maior General das FAA e considerou a iniciativa digna de ser seguida por outras instituições desportivas.

Notou que acções exemplares como essa devem ser promovidas para reconhecer e reconfortar os técnicos angolanos que contribuíram para o progresso da modalidade da bola-ao-cesto no país.
“Gostaria de agradecer esta homenagem não só porque ainda me encontro vivo, como intervim desde 1977 e com empenho no desenvolvimento da equipa sénior masculina de basquetebol do 1º de Agosto”, realçou.
Victorino Cunha, de 64 anos, tornou-se o primeiro técnico campeão e conduziu três vezes consecutivas a selecção nacional ao troféu continental, nos Afrobaskets de Luanda-89, Cairo-91 e Nairobi-93.
Nesse palmarés, o treinador Vlademiro Romero (já falecido), com um título, o actual instrutor da FIBA. Mário Palma é o mais titulado com quatro taças.

O Interclube e o Recreativo do Libolo abrem as 17 horas, o torneio, defrontando-se as 19:00, o 1º de Agosto e o Atléctico Sport Aviação (ASA), para complemento da primeira jornada.
A prova disputa-se no sistema de todos contra todos a uma volta, o conjunto que somar maior número de pontos.
A prova, que visa além de tornar perpétua a figura de Victorino Cunha, é de periodicidade anual em reconhecimento ao contributo dado pelo também ex-técnico da equipa militar.

Além do basquetebol, o Clube do “Rio Seco” movimenta actualmente as modalidades de andebol, futebol, natação, atletismo e tiro aos pratos nos vários escalões.

15 outubro 2009

ANGOLA : Défice na formação motiva ausência de angolanos na NBA

O técnico-adjunto da equipa sénior masculina do Petro de Luanda em basquetebol, Edmar Victoriano “Baduna”, afirmou hoje que falta qualidade resultante da formação deficitária aos jogadores angolanos para actuarem na Liga Norte-Americana (NBA), a mais competitiva do mundo.

Em declarações à Angop, o antigo extremo da selecção nacional disse que os atletas angolanos não correspondem às exigências do campeonato pelo facto de trabalharem pouco na base, tendo em conta a falta de condições.

"Os jogadores nos juvenis e juniores não treinam regularmente e nem absorvam a devida carga física, porque as condições logísticas em casa não são das melhores. Quando transitam para os seniores arrastam esta lacuna consigo", disse.

Explicou que para jogar na liga norte-americana tem que ter em conta uma série de factores, como adaptação à cultura desportiva, trabalho de base e empenho, dos quais os angolanos ficam apenas pelo último item.

"Podem surgir excepções e um ou outro jogador, com alguma sorte, entrar na NBA, mas de uma forma geral é muito difícil para nós. Não nos preparamos física e tacticamente suficiente para se impor naquela competição. A nossa formação é deficitária e quando tentamos com mais de 23 anos, como aconteceu com alguns atletas, é muito complicado", frisou.

Realçou que os basquetebolistas angolanos são talentosos e empenhados. Apontou a assinatura de protocolos entre a federação angolana e universidades norte-americanas como forma de adaptar os atletas à cultura desportiva daquele país e perspectivar a presença destes na NBA como uma das soluções.

"Países como Senegal e Nigéria fazem isso anualmente e entre 15 e 20 que enviam para os EUA um ou outro é que consegue entrar na liga. Já o nosso caso é diferente. Vão tarde, por conta própria, e encontram muitas dificuldades. Mas com o potencial que temos, se fizéssemos um trabalho idêntico acredito que teríamos lá vários representantes", acrescentou.

Baduna citou exemplos de Kikas Gomes e Roberto Fortes, que estudaram nos Estados Unidos, e, apesar do talento reconhecido, não jogaram na NBA, embora o primeiro tenha tentado. "Acredito que qualquer um deles gostaria de estar lá, mas porque não estão?", questionou.

Apesar da hegemonia africana, com 10 títulos conquistados, e a presença entre os 12 melhores do mundo, Angola não conta com qualquer jogador no melhor campeonato do mundo. Victor Muzadi, Gerson Monteiro e Olímpio Cipriano não foram felizes nas suas tentativas.

14 outubro 2009

ANGOLA : 1º de Agosto homenageia Victorino Cunha

Um torneio quadrangular de basquetebol em seniores masculinos realiza-se nos dias 16, 17 e 23 deste mês (Outubro), em Luanda, em homenagem ao ex-seleccionador nacional, Victorino Cunha, numa organização do Clube Desportivo do 1º de Agosto.

Segundo o director-geral dessa agremiação, Fernando Barbosa, em declarações ao Jornal dos Desportos (JD), as equipas do 1º de Agosto, Atlético Sport Aviação (ASA), Interclube e Recreativo do Libolo já confirmaram a sua presença na prova denominada "Victorino Cunha".

O dirigente desportivo adiantou que, além de tornar perpétua a figura do também ex-técnico do D’Agosto, a iniciativa tem o objectivo de aumentar o nível competitivo das formações intervenientes.
"Organizamos o evento por haver necessidade de lembrarmos aquele que deu sempre tudo de si em prol dessa modalidade", realçou Fernando Barbosa, enaltecendo o esforço, a persistência e o trabalho do homenageado, que fez com que o clube atingisse altos patamares.
O Jornal dos Desportos indica, na sua edição desta quarta-feira, que o evento é de periodicidade anual em reconhecimento ao contributo dado pelo Victorino Cunha ao clube militar.
O Interclube e o Recreativo do Libolo abrem o torneio às 17 horas de sexta-feira, no pavilhão do Codenm, defrontando-se às 19:00, o 1º de Agosto e o Atléctico Sport Aviação (ASA), para o desfecho da primeira jornada.

A segunda ronda acontece sábado com partidas ASA-Interclube às 16 horas e 1º de Agosto-Recreativo do Libolo, às 18h30.

Na terceira e última jornada (dia 23), que marcará o encerramento do torneio, o ASA defronta o Recreativo do Libolo, às 17 h00, enquanto o 1º de Agosto enfrenta o Interclube

Sagrar-se-á vencedor da prova a disputar-se no sistema de todos contra-todos a uma volta, a equipa que somar maior número de pontos.

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Noite de pequena decisão antes das grandes decisões

EM princípio, esta não devia ser uma decisão que nos levasse a preocupações transcendentais. Trata-se apenas da definição de lugares, pois a transição para os quartos-de-final, essa, está absolutamente garantida. No entanto, apesar da sua pequenez e até de ser pueril, não deixa de ser uma decisão que a Moçambique interessa, hoje, no Palácio dos Desportos de Antananarivo, a partir das 18.00 horas locais (17.00 de Maputo). Frente às malgaxes, que vêm tendo um comportamento irrepreensível neste Afrobásquete Madagáscar-2009, espera-se uma noite verdadeiramente infernal para a nossa selecção, que procura atingir o preconizado segundo lugar no Grupo A, facto cimentado após o triunfo de ontem diante da África do Sul por sete pontos (54-47).


Esta pequena decisão, que somente interessa aos dois conjuntos, acontece na véspera do início das grandes decisões, tendo em conta que, após o descanso de amanhã, na sexta-feira terão lugar os quartos-de-final, no sábado as meias e, no domingo, a ansiosamente aguardada final, cujos protagonistas ainda são uma autêntica incógnita, mas que terão já garantida a participação no Campeonato do Mundo, no próximo ano.

As possibilidades de a nossa selecção se classificar na segunda posição, atrás do Senegal, são mais consistentes comparativamente às da turma anfitriã. Disputadas quatro jornadas, Moçambique regista três vitórias e apenas uma derrota, ante as senegalesas, enquanto Madagáscar ganhou em duas ocasiões e perdeu em outras tantas, frente aos Camarões e ao Senegal, com este último na noite de ontem.

Entretanto, hoje, derradeiro dia da primeira fase, teremos no Grupo A, para além do Madagáscar-Moçambique, os embates África do Sul-Camarões e Senegal-Maurícias. Para o Grupo B, Angola, depois do grande desafio de ontem com as campeãs africanas, enfrenta Nigéria, enquanto Ruanda joga com Costa do Marfim e Mali tem pela frente Tunísia.


ÁFRICA DO SUL, 47-MOÇAMBIQUE, 54 : LEIA PARTIU A LOIÇA E… ARRUMOU A CASA!


NÃO! Não confundam Leia e Aleia. Existe Leia Dongue, jovem de 18 anos, do Desportivo, e a fazer o seu primeiro Afrobásquete, e Aleia Rachide, de APolitécnica, já com várias presenças na selecção. Neste caso, e na presente crónica, referimo-nos à “alvi-negra”, que teve ontem uma tarde estupenda, carregando a equipa às costas. Excelente tanto a marcar como a defender e a ganhar ressaltos em várias posições, Leia foi a principal obreira do sofrido triunfo moçambicano sobre as vizinhas sul-africanas, com um esquema defensivo que inicialmente baralhou as pupilas de Nazir Salé.

Bem a defender e rápida na contra-ofensiva, a África do Sul assumiu o jogo com naturalidade, mercê de uma disposição táctica em relação à qual Moçambique demorou a desmontar. A eficiência no tiro de curta distância, fortemente incentivado pela corpulenta Ledwaba, galvanizou a sua equipa, dado que também se assenhoreou do comando do marcador, embora não lograsse uma diferença muito grande.

Foram necessárias muitas rotações até que as moçambicanas assentassem perfeitamente a sua forma de jogar. O segundo período foi um bom prenúncio – saíram a vencer por quatro pontos (22-26), mercê de uma recuperação encetada quando a equipa passou a ganhar os ressaltos, após um momento em que tudo pertencia às adversárias.

O pós-intervalo trouxe um Moçambique completamente diferente. Aí, sim! Leia Dongue, com uma extraordinária inspiração, partiu a loiça e… arrumou a casa. Nos ressaltos, lá estava ela com determinação e a fazer pontos. Na boa combinação com Anabela Cossa, através de passes longos, punha as sul-africanas embasbacadas. Foi uma fase que verdadeiramente marcou a contenda e lançou a nossa selecção para o triunfo, embora no quarto período tenha voltado novamente a sofrer, ao permitir que as adversárias, a espaços, encurtassem a distância. Mas, enfim, estamos mesmo habituados a ganhar sofrendo, num desafio em que os dois conjuntos se digladiaram nos triplos.

FICHA DO JOGO

Árbitro: Lassana Diakaté e Ojeabubu Kingsley

ÁFRICA DO SUL (47) – Cathywa (0), Samuels (0), Ledwaba (18), Mtswehi (0), Maloantoa (0), Modiselle (8), Moutwantse (4), Molema (4), Njokwemi (4), Khoabame (0), Monknatni (2) e Sathula (7)

Treinador: Daniels

MOÇAMBIQUE (54) – Valerdina Manhonga (4), Filomena Micato (0), Ana Flávia Azinheira (2), Anabela Cossa (5), Ana Branquinho (6), Cátia Halar (2), Leia Dongue (19), Aleia Rachide (9), Amélia Macamo (2), Marta Ganje (0), Odélia Mafanela (5) e Ondina Nhampossa (0)

Treinador: Nazir Salé
Marcha do marcador: 16-11, 22-26, 35-45, 47-54.

QUADRO DE RESULTADOS

GRUPO A
África do Sul-Moçambique (47-54)
Camarões-Maurícias (109-36)
Madagáscar-Senegal (39-90)

Classificação: 1º Senegal, 8 pontos; 2º Moçambique, 7; 3º Camarões, 7; 4º Madagáscar, 6; 5º África do Sul, 5 e Maurícias, 4.

GRUPO B
Costa do Marfim-Nigéria (44-41)
Ruanda-Tunísia (53-59)
Mali-Angola (63-51)

Classificação: 1ºMali, Angola, C. do Marfim 7 pontos; 2º Nigéria, 6; 3º Tunísia, 5; 4º Ruanda, 4.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

13 outubro 2009

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Hoje, no Ginásio de Mahamisina : Que venham as sul-africanas!

DEPOIS do intervalo de ontem, que foi antecedido de uma vitória gordíssima (121-31) sobre as Maurícias, que venham as sul-africanas, hoje! Em partida a acontecer no Ginásio de Mahamisina, mesmo ao lado do Palácio dos Desportos, palco central deste Afrobásquete, a partir das 14.00 horas locais (13.00 de Maputo), Moçambique obriga-se a vencer, de forma a continuarem intactas as suas aspirações de transitar para os quartos-de-final na qualidade de segundo classificado.

Nos outros encontros do Grupo A, destaque para o Madagáscar-Senegal, em que, a despeito de todo o favoritismo das “leoas”, estas serão verdadeiramente infernizadas pelo público, a puxar pela sua selecção.

O outro jogo coloca frente-a-frente Camarões e Maurícias.

Em relação ao Grupo B, as atenções estarão viradas para o grandioso embate Mali-Angola, isto é, entre o primeiro e o terceiro classificados do último Afrobásquete, 2007, no Senegal. Não menos importante é o desafio entre Camarões e Nigéria, dado que ambos os conjuntos lutam pela qualificação para a segunda fase. Ruanda-Tunísia, os dois últimos, completa o quadro.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Cada dia é um grande desafio!

NOUTRAS circunstâncias, provavelmente já proclamássemos, seguros da nossa vida, que o segundo lugar no Grupo “A” está garantido em definitivo, tendo em conta o desaire perante o Senegal e os compromissos que agora se seguem. No entanto, fazendo uma avaliação objectiva àquilo que tem sido este Afrobásquete Madagáscar-2009, as incertezas e surpresas que o caracterizam, o seleccionador moçambicano prefere, desapaixonadamente, primar pela prudência, sem que isso seja sinónimo de fraqueza e nem tão pouco do abdicar do principal objectivo que persegue: a conquista do título. Decorridas três jornadas, com um saldo de duas vitórias e uma derrota, Nazir Salé afirma que cada dia é um grande desafio para a sua equipa, sobretudo hoje e amanhã, em que diante da África do Sul e das anfitriãs terá de decidir se o segundo posto efectivamente lhe pertencerá ou não.
Maputo, Terça-Feira, 13 de Outubro de 2009:: Notícias


É evidente que a transição para a segunda fase da prova não está em causa, pois existem quatro vagas em cada grupo e um deles, com toda a segurança, pertencerá a Moçambique. Mas, qual das vagas? Eis a pertinente questão que importa escalpelizar, depois de ontem ter sido cumprida a folga geral do campeonato. Uma folga, porém, activa, dado que nenhuma selecção ficou no hotel a descansar ou então a passear pela cidade de Antananarivo. Todas elas dedicaram o dia ao trabalho e, especificamente, a moçambicana efectuou dois treinos: um no período da manhã e outro ao fim do dia, para além de uma sessão de vídeo na qual o treinador incidiu a sua prelecção na correcção de determinados aspectos tácticos mal interpretados nos jogos anteriores, com particular realce frente às senegalesas.

Embora a sua aposta vá claramente para a segunda posição, Nazir Salé acha ser extremamente importante não menosprezar a capacidade – que qualifica de grande – das sul-africanas e das malgaxes, particularmente destas, que a jogar em casa têm sido extraordinárias e com um magnífico apoio do público. Madagáscar, que começou por “despachar” as também insulares mauricianas, perdeu a seguir diante dos Camarões, mas, no domingo, foi a segunda equipa a atingir a “chapa 100”, depois de Moçambique, vencendo a África do Sul pela marca de 101-76. Números muitíssimos bons para ambos os conjuntos e que serviram de chamada de atenção para os adversários que se seguem, nomeadamente Moçambique, com quem disputam o tal lugar a seguir ao já garantido pelas “leoas”.

MUITA SERIEDADE

Rotulado como teoricamente o mais fácil, o treinador moçambicano não concorda que o Grupo A seja assim de facto, justificando a sua asserção com base, primeiro, na forma disputadíssima como se vem desenrolando, à semelhança, aliás, do Grupo “B”, apesar de este aglutinar conjuntos de maior quilate; segundo, naquilo que se viveu na noite de domingo no Palácio dos Desportos, no embate entre Madagáscar e África do Sul. Ao intervalo, registava-se uma igualdade: 40-40. Porém, no segundo tempo, as malgaxes, fortemente incentivadas por cerca de cinco mil ruidosas almas, dispararam como uma flecha para os 100 pontos.

“Na minha óptica, e sem desprimor dos nossos adversários, o segundo lugar depende só e somente de nós e, para tanto, os próximos dois embates são decisivos para a prossecução deste desiderato. Tivemos no sábado, contra o Senegal, uma partida em que a equipa não se encontrou e as atletas foram demasiadamente receosas. Aguentámos o primeiro período, mas depois veio o descalabro: no segundo apenas conseguimos 14 pontos contra 32 das senegalesas. Foi a partir desta realidade que residiu a diferença e que acabou por nos ser fatal. Ora, sem fugir do nosso objectivo, vamos encarar estes dois desafios com muita seriedade e sempre com a perspectiva de vitória, para, cumprida essa etapa, pensarmos no que virá mais à frente”, disse Nazir Salé.

Segundo ele, tanto um como outro oponente merece o mesmo respeito. Analisando as sul-africanas, diz que possuem uma excelente percentagem de tiro curto, tendo, no domingo, atingido os 100 por cento nos lances livres, contrariamente ao que acontece com a nossa selecção, cujos índices são bastante baixos, tendo o exemplo mais flagrante e arreliador sido diante do Senegal. “Contra as Maurícias elevámos um pouco a nossa eficácia, também porque o tipo de adversário assim o permitiu, mas, contra a África do Sul, é preciso reconhecer que não será fácil. Aliás, embora a sua competição interna não seja muito consistente, tiveram, no entanto, a vantagem de usufruírem de mais tempo de trabalho conjunto e, de permeio, um torneio internacional em Angola, facto que lhes permitiu solidificar mais a coesão do grupo e o volume de treino em preparação deste campeonato”.

No que diz respeito a Madagáscar, o “mister” recorre ao facto de, mesmo estando a perder por 20 pontos, o apoio do seu público ser incessante, para ilustrar o grau de dificuldades que a selecção terá. Tendo em conta estes pressupostos, Nazir Salé revela que já preparou o grupo para passar por cima destas vicissitudes e somente se compenetrar nos seus objectivos, que têm a ver apenas com o triunfo.

LUFADA DE AR FRESCO

Nesta primeira parte da prova, Moçambique teve dois embates muito difíceis, o segundo dos quais com uma exibição confrangedora. Depois veio a lufada de ar fresco contra as Ilhas Maurícias, em que até se deu ao luxo de fazer história: a primeira centena do campeonato e a maior diferença: 90 pontos (121-31). Na análise do seleccionador, esta partida veio mesmo a calhar, porquanto possibilitou a elevação dos índices de confiança, sobretudo em termos de eficácia, e de predominância da equipa, apesar das claras facilidades oferecidas pelas adversárias.

“Foi bom termos tido um jogo desta natureza, o grupo continua a acreditar que pode fazer melhor, pois cada dia é um grande desafio que se impõe à nossa frente. Precisamos de corrigir alguns aspectos importantes, todavia, a vontade de todos nós é de dar o melhor para que efectivamente Moçambique consiga o melhor e aquilo que de facto merece. A motivação é muito grande e a vontade de trabalhar não pára. Estou satisfeito com todas as atletas, pois são um grupo de trabalho exemplar. Tudo é feito em sintonia, com pontualidade, assiduidade e cumprimento das regras. Do nosso lado, vai um grande abraço ao povo moçambicano e que reze e torce por nós”, concluiu Nazir Salé.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo para http://www.jornalnoticias.co.mz

12 outubro 2009

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Entre o céu e o inferno!

HÁ dias em que realmente maldizemos do sol, afirmando que não devia ter nascido para nós. Em contrapartida, outros há em que gritamos a plenos pulmões que efectivamente o sol é nosso, o mundo nos pertence e mais ninguém existe sob o seu tecto. Estas duas realidades distintas foram vividas durante o fim-de-semana pela nossa selecção no Afrobásquete Madagáscar-2009. Primeiro, foi o inferno, na noite de sábado. Uma noite verdadeiramente para esquecer, com uma pesada derrota diante do Senegal por 37-73, numa partida em que a turma moçambicana experimentou uma autêntica travessia do deserto nesta ilha. Depois, ontem, a esperada bonança diante da modesta selecção das Maurícias: 121-31, com o nosso país a fazer história, ao se tornar na primeira equipa a registar a centena de pontos neste campeonato.
Maputo, Segunda-Feira, 12 de Outubro de 2009:: Notícias


Ambos os factos eram previsíveis, no entanto, os números do desaire perante as senegalesas terão sido um tanto ou quanto exagerados, se se tomar em linha de conta os registos dos confrontos entre os dois conjuntos. Mas, verdade seja dita e reconhecida: a turma de Nazir Salé nada fez por merecer outro resultado, pois as “leoas” assim o não permitiram. Praticamente, as moçambicanas não tiveram acção nem reacção, chegando a passar longos minutos sem sequer fazer um ponto.

Mas, como sói dizer-se, não há fome que não acabe em fartura, e essa fartura verificou-se ontem perante as mauricianas, com um basquetebol ainda amador, porém, ousado, particularmente nos lances livres, que é o maior “calcanhar de Aquiles” da nossa bola-ao-cesto. Foi uma partida com uma única direcção e os 90 pontos de diferença a serem suficientemente eloquentes para traduzir a diferença competitiva entre os dois contendores. Os triplos que não existiram face às senegalesas – ou melhor, que pertenceram em abundância às “leoas” – choveram aos cântaros, com particular realce para Filomena Micato, a melhor marcadora com 25 pontos, Ana Flávia Azinheira 19, Ana Branquinho 18 e Cátia Halar 17.

Hoje, é o dia reservado ao descanso geral das selecções, retomando-se a prova amanhã, numa jornada em que Moçambique defronta a vizinha África do Sul, a partir das 14.00 horas de Antananarivo (13.00 de Maputo). Trata-se do início da busca do segundo lugar do Grupo “A”, atrás do poderoso Senegal, sendo necessário, para tanto, ganhar às sul-africanas e às animadíssimas anfitriãs malgaxes, que têm estado a gozar de uma grande simpatia e apoio do seu público, facto que as galvaniza sobremaneira.

Neste Afrobásquete Madagáscar-2009, o nosso país está também representado pelo conceituado árbitro internacional Artur Bandeira, já chamado a intervir em dois grandes desafios, designadamente Mali-Nigéria e Mali-Costa do Marfim.
MAURÍCIAS, 31-MOÇAMBIQUE, 121 : BONANÇA EM DÓ MAIOR


NÃO se pode afirmar que a nossa selecção passeou a sua classe, dado que, perante um time com ingénuos conceitos básicos da modalidade, outra coisa não havia senão construir a vitória, o mais folgada possível, mesmo que para isso não fosse necessário apresentar um grande espectáculo. E foi na verdade o que se viu: Moçambique não precisou de um grande esforço e até foi fazendo deste embate um ensaio de determinados aspectos tácticos para os desafios que se aproximam.

O início até foi arreliador, face a uma atroz incapacidade de concretização. Mas depois, com o treinador a efectuar mudanças profundas na equipa – um cinco inteiro a substituir o outro – o acerto veio e ficou de vez. Jogadoras como Filomena Micato, Marta Ganje, Amélia Macamo, Ana Branquinho, pouco utilizadas noutras circunstâncias, foram as que emprestaram mais gás ao time, como seu “show” de triplos, a aproveitar a ausência de marcação defensiva por parte das insulares.

Com uma e outra falha de somenos importância, tudo se desenrolava a contento para as moçambicanas, que ora roubavam bolas às adversárias, ora interceptavam lançamentos, oferecendo pouco campo de manobra às mauricianas. À medida que o tempo se escoava, a probabilidade da centena de pontos ganha forma e, à excepção de Odélia Mafanela, todas as atletas já tinham marcado. Mas esta, num gesto malabarístico, à americana, converteu, finalmente, os seus únicos dois pontos, já ao suar da buzina.

FICHA DO JOGO

Árbitros: Diakité e Kngsley

MAURÍCIAS (31) – Sawmi Veloketsa (2), Tsabelise Nemorin (9), Madhave Remi (0), Emile Der Mar (4), Loree Davy (2), Somavrod (6), Martin St. (0), Vanessa Speville (1), Jusselin (1), Cindy Labelle (5), Tatiana Riviere (0) e J. Benjamim (1)

Treinador: Batterie

MOÇAMBIQUE (121) – Valerdina Manhonga (7), Filomena Micato (25), Ana Flávia Azinheira (19), Anabela Cossa (5), Ana Branquinho (18), Cátia Halar (17), Leia Dongue (9), Aleia Rachide (5), Amélia Macamo (3), Marta Ganje (4), Odélia Mafanela (2) e Ondina Nhampossa (7)

Treinador: Nazir Salé

Marcha do marcador: 7-20, 13-64, 23-91, 31-121.
QUADRO DE RESULTADOS

Maputo, Segunda-Feira, 12 de Outubro de 2009:: Notíci
GRUPO A

Sábado
Moçambique-Senegal (37-73)
Madagáscar-Camarões (39-67)
Maurícias-África do Sul (29-70)

Domingo
Maurícias-Moçambique (31-121)
Camarões-Senegal (39-68)
África do Sul-Madagáscar (73-101)

Classificação: Senegal seis pontos, Madagáscar, Moçambique e Camarões cinco, África do Sul quatro e Maurícias três

GRUPO B

Sábado
Tunísia-Angola (56-62)
Mali-Costa do Marfim (52-62)
Nigéria-Ruanda (79-49)

Domingo
Ruanda-Mali (48-72)
Nigéria-Tunísia (65-49)
Angola-Costa do Marfim (65-55)

Classificação: Angola seis pontos, Costa do Marfim, Mali e Nigéria cinco, Tunísia e Ruanda três.

* Alexandre Zandamela, em Antananarivo

ANGOLA : Selecção feminina já apurada para os quartos-de-final defronta Mali

A selecção nacional sénior feminina de basquetebol defronta terça-feira às 18 horas, a sua congénere do Mali, para a quarta jornada do grupo B, depois de ter já garantido domingo o apuramento para os quartos-de-final do campeonato africano da modalidade que decorre no Madagáscar

As comandadas de Aníbal Moreira derrotaram na terceira ronda, a sua similar da Côte de Ivoire, por 65-55.

Cartaz da quarta jornada:

Angola - Mali
Camarões - Ilhas Maurícias
Cote d Ivoire - Nigéria
Madagáscar - Senegal
Africa do Sul - Moçambique
Rwanda - Tunísia

A prova que arrancou no passado dia 9 regista hoje a primeira pausa.

Resultados da terceira ronda disputada domingo:

Grupo A

África do Sul - Madagáscar 73-101
Camarões - Senegal 39-68
Ilhas Maurícias - Moçambique 31 -121

Grupo B

Cote d Ivoire- Angola 55-65
Rwanda - Mali 48-72
Nigéria-Tunisia 65-49

Angola encerra a fase de grupos na próxima quarta-feira, quando defrontar a Nigéria (16 horas).

As selecções nacionais de Angola e do Senegal comandam as séries A e B com seis pontos cada.

10 outubro 2009

ANGOLA : Petro estagia em Portugal

Com seis jogos de controlo assegurados, a equipa sénior masculina de basquetebol do Petro de Luanda viaja amanhã, em voo de carreira, para Portugal, onde realiza um estágio pré-competitivo de 20 dias, para preparar o ataque à conquista do título de campeão nacional sénior masculino de basquetebol.
Apesar do mais recente compromisso ser a disputa da Supertaça Wlademiro Romero, o cinco tricolor, agora moldado a Alberto Babo, técnico português que substituiu no cargo o angolano Alberto de Carvalho “Gin000guba”, aposta forte, este ano, no resgate da mística perdida para o et0erno arqui–rival desportivo, 1º de Agosto.
Nesta senda, os petrolíferos vão trabalhar afincadamente na região de Melgaço, localidade que se situa entre Portugal e Espanha, de acordo com o director para o basquetebol do Petro de Luanda, Benjamim Romano.
“O objectivo é disputar seis a oito jogos. Neste momento já temos marcadas seis partidas. Vamos tentar aumentar esse número para mais dois, o que seria ideal”, disse Benjamim Romano, que na ocasião não dispunha do nome dos adversários do vice–campeão nacional.
No estágio, o técnico luso pretende dotar a equipa de melhor entrosamento técnico-táctico, sem descurar a componente física, um dos aspectos fundamentais para chegar-se ao topo de qualquer modalidade desportiva.
Em entrevista concedida ao Jornal de Angola, Alberto Babo reconheceu ter pela frente árduo trabalho para chegar ao patamar que pretende, que enumerados por essa ordem são: a conquista do Campeonato Provincial, da Supertaça Wlademiro Romero, do Campeonato Nacional e da Taça de Angola.
Reforçados com cinco jogadores, os bases Curtis Terry e Fefé Rodrigues, o extremo Miguel Kiala, e os postes Divaldo Bunga, Emanuel Neto e Ildefonso Kiteculo, direcção, equipa técnica e atletas alinham todos no mesmo diapasão: sagrarem-se campeões é a meta.
Durante a preparação no estrangeiro, a formação do Eixo–Viário pode receber mais um reforço, cuja posição e nacionalidade Benjamim Romano, à semelhança de outras entrevistas, escusou-se a responder: “o reforço continua nas nossas contas. Poderá eventualmente juntar-se a equipa no estágio. Ainda não sabemos. Vamos continuar a aguardar”, concluiu.
Recorde-se que o Petro de Luanda perdeu esta temporada o concurso do base Milton Barros, o extremo Carlos Morais, e os postes norte-americanos Fredericky Gentry e Heshimo Evans, bem como os angolanos Abdel Boukar e Victor Muzadi. Com excepção dos dois primeiros, os restantes foram dispensados por opção técnica.

AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Sob o signo da reconciliação

O BASQUETEBOL trouxe a paz para Madagáscar, ou os malgaxes fizeram da bola-ao-cesto uma plataforma ideal para se reconciliarem e acabarem de vez com os momentos de tensão que se vivem na grande ilha do Índico. Esta é uma constatação real que se acha num povo desavindo, repartido em várias facções, mas que desde ontem se aglutinou num único, tendo como pano de fundo mostrar ao continente que é capaz.

A cerimónia de abertura do Afrobásquete de Femininos Madagáscar-2009, que decorreu ao fim da tarde no moderno Palácio do Desporto, foi uma demonstração de que, afinal, os malgaxes podem estar juntos e a mesma voz falarem de si ao mundo e a África, em particular. Apesar de nalgumas passagens do seu discurso ter sido apupado, sinal de que ainda é preciso trabalhar mais para uma verdadeira reconciliação, o Presidente do Governo de Transição, Andry Rajoelina, fez mesmo questão de sublinhar, repetidas vezes, que, mais do que palavras, Madagáscar tem, doravante, uma oportunidade de mostrar ao mundo que é um povo unido e que o basquetebol, o desporto, é capaz de ser a força motriz para esse desiderato. Para além dos discursos da praxe, foi num ambiente de muita cor, alegria e dança que se deu início formal a este evento, que junta 12 selecções, a saber: Madagáscar, Moçambique, Senegal, África do Sul, Camarões e Maurícias, no Grupo A; Mali, Nigéria, Angola, Costa do Marfim, Tunísia e Ruanda, no B.

Para a turma moçambicana, o começo conheceu grandes sobressaltos, pois, a despeito do triunfo sobre as camaronesas por 55-48, a verdade manda reconhecer que foi somente nos derradeiros segundos que se respirou de alívio. Os Camarões, que de maneira nenhuma aceitaram ser grelhados ou fritos com facilidade, dominaram a contenda durante o primeiro tempo, chegando até a criar a sensação de que iriam vencer. No entanto, mercê de um jogo magnificamente inteligente, a nossa selecção acabou por acertar em todos os aspectos, ganhando como se lhe impunha.
Hoje, dia reservado à segunda jornada, a equipa orientada por Nazir Salé enfrenta um desafio extremamente complicado, diante do Senegal, um dos principais candidatos ao título. A ter lugar a partir das 20.00 horas daqui (19.00 de Maputo), este jogo acontece depois de as senegalesas terem também vencido ontem, pela marca de 75-34, a modesta África do Sul.

* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo