Depois da brilhante vitória frente aos Camarões, por 84-83, para os quartos-de-final, a Selecção Nacional defronta hoje, a partir das 16h30, no Palácio dos Desportos e Cultura de Antananarivo, a sua congénere da Nigéria, para a primeira meia-final da XXVI edição do Campeonato Africano das Nações da “bola ao cesto”. Galvanizados com o triunfo de quinta-feira, os pupilos de Jaime Covilhã estão dispostos a entrar com a mesma determinação, por formas a alcançarem a tão almejada final da edição número 26 do Afrobasket/2011, prova selectiva aos Jogos Olímpicos de Londres.
Num espaço de aproximadamente dois anos, angolanos e nigerianos voltam a cruzar o mesmo caminho. Em 2009, no africano da Líbia, os angolanos superiorizaram-se frente os nigerianos. A semelhança do que aconteceu nos quartos-de-final, a Selecção Nacional terá mais uma vez um osso duro de roer, a julgar pela qualidade de basquetebol que tem apresentado. Aliás, nigerianos e tunisinos são as únicas duas selecções que ainda não conheceram o sabor amargo da derrota.
Quinto classificado no Afrobasket da Líbia, em 2009, a Nigéria está disposta a arrebatar o seu primeiro título africano. Em 26 edições de Afrobasket`s já disputados, os nigerianos conseguiram apenas três medalhas de prata e duas de bronze. Entratanto, no seio do conjunto angolano não se fala noutra coisa senão no triunfo. Os jogadores estão cientes das dificuldades que irão enfrentar na partida de mais logo mas, todos querem superar mais um obstáculo rumo à final.
A partida de logo mais será a nona entre as duas selecções em fases finais. O primeiro confronto aconteceu em 1987, na Tunísia, e Angola venceu por 87-67, ao passo que o último jogo aconteceu em 2009, na Líbia, novamente triunfo angolano, por 93-85. Angola venceu as oito partidas realizadas até aqui. Carlos Morais, Joaquim Gomes “Kikas”, Milton Barros, Domingos Bonifácio, Leonel Paulo, Felizardo Ambrósio e Armando Costa terão mais uma vez a missão de carregar o “cinco” nacional para mais uma vitória.
Camaroneses perdem por falta de comparência
A selecção dos Camarões perdeu ontem por falta de comparência com a sua similar da República Centro Africana (20-0), em partida para às classificativas do quinto ao oitavo lugares do Afrobasket/2011. Os camaroneses que na véspera haviam perdido para a Selecção Nacional de Angola, por 84-83, em partida referente aos quartos-de-final, não compareceram ontem no Pavilhão dos Desportos e Cultura de Antananarivo, a fim de defrontarem a República Centro Africana.
Em virtude desta atitude a FIba-Afrique decidiu averbar uma falta de comparência. Já o Senegal, carrosco de Angola, derrotou a selecção de Marrocos, por 96-75. Senegal e República Centro Africana disputam hoje, as classificativas do quinto e sexto lugares, respectivamente, ao passo que Camarões e Marrocos vão discutir o sétimo e oitavo lugares, respectivamente.
MC
Excurcionistas estão em peso
Mais de uma centena de excurcionistas vão juntar-se a claque de quase cinco dezenas de adeptos, para empurrarem os decampeões africanos que hoje, a partir das 16h30, defronta a selecção da Nigéria para às meias-finais da XXVI edição do Afrobasket, rumo a conquista do passe para a final da referida competição. Os excurcionistas provenientes dos vários pontos do país seguem hoje para a capital malgaxe, palco da XXVI edição do Campeonato Africano das Nações da “bola ao cesto”. Deste modo, os decacampeões africanos que se sentiram órfãos fundamentalmente durante a fase preliminar da edição número 26 do Afrobasket/2011, vão poder contar com o apoio incondicional da claque.
MC
“Herói” da Nação está apto
O extremo base do Atlético Petróleos de Luanda e da Selecção Nacional, Carlos Morais, está totalmente recuperado da pancada que levou no nariz na vitória suada, frente a selecções dos Camarões, referente aos quartos-de-final, por 84-83. O jovem atleta que tem sido a mais valia da Selecção Nacional que luta pela conquista do décimo título africano e consequentemente o apuramento aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, treinou-se ontem sem qualquer limitação e vai seguramente fazer parte do cinco inicial. Carlos Morais voltou a ser decisivo na vitória apertada dos angolanos frente aos camaroneses, depois de o ter sido nas partidas anteriores, onde o combinado nacional não jogou com a pinta de decacampeã africana. MC
Moral da Selecção está alto
Numa sessão virada essencialmente para a recuperação do desgaste físico, em face do esforço empreendido pelos decacampeões africanos, na vitória drámatica, diante do Camarões, foi visível o moral alto que os pupilos de Jaime Covilhã apresentaram ontem, no treino derradeiro antes do embate de mais logo, frente a Nigéria, referente às meias-finais do Afrobasket/2011.
Durante a sessão de treinos, a equipa técnica, liderada por Jaime Covilhã, voltou a trabalhar os aspectos defensivos, trunfo que serviu para derrubar a selecção dos Camarões que estava disposta em terminar com o reinado dos decacampeões africanos que perseguem o décimo primeiro anel continental e, consequentemente, o apuramento a maior cimeira desportiva do mundo, no caso, Jogos Olímpicos de Londres, 2012. Angola procura a sua sexta presença consecutiva em Jogos Olímpicos, depois de ter se estreado em Barcelona, Espanha, em 1992, seguindo-se as participações em Atlanta, Estados Unidos da América, em 1996, Sidney, Austrália, em 2000, Atenas, Grécia, em 2004 e Pequim, República Popular da China, em 2008. MC
Tunisinos e nigerianos continuam invictos na prova
As selecções da Tunísia e da Nigéria são as únicas que continuam invictas na XXVI edição do Campeonato Africano das Nações da “bola ao cesto”, vulgo Afrobasket, competição que hoje faz disputar às meias-finais. Tunísia, medalha de bronze da XXV edição do Campeonato Africano das Nações, prova disputada na Líbia, em 2009, e Nigéria, quinta classificada do referido certame têm realizado uma campanha sensacional. Aliás, a invencibilidade das duas selecções na prova que caminha para o seu final atesta perfeitamente o excelente momento de forma que ambas atravessam.
Entretanto, Angola e a Costa do Marfim, campeão em título e vice-campeão, respectivamente, já perderam durante a fase preliminar da XXVI edição do Afrobasket que decorre em Antananarivo, capital do Madagáscar, deste o pretérito dia 17. Os senegaleses que ficaram nos quartos-de-final foram os carrascos dos angolanos, ao passo que os camaroneses vergaram os ivoirenses. As três primeiras classificadas no Afrobasket de 2009 estão nas meais-finais da edição número 26 do Campeonato Africano das Nações.
Egipto e Mali surpreendem pela negativa
As selecções do Egipto e do Mali constituem as principais decepções da XXVI edição do Campeonato Africanos da Nações que hoje faz disputar às meias-finais. Egipto, cinco vezes campeã de África, quedou-se no décimo primeiro lugar, contra o décimo posto do africano da Líbia, em 2009. Por sua vez, os malianos desceram um degrau, comparativamente, ao Campeonato Africano das Nações da Líbia. O Mali quedou-se no nono lugar, contra o oitavo de 2009. Entretanto, as selecções de Moçambique e da África do Sul melhoraram a prestação no Afrobasket de Antananarivo, ao posicionarem-se no décimo e décimo quarto lugares, respectivamente.
Em 2009, os irmãos do índico ficaram na décima quarta posição, ao passo que os sul-africanos haviam ocupado o décimo quinto posto.
O estreante Chade ficou com o décimo quinto posto ao passo que a selecção do Togo foi a lanterna vermelha da prova. Eis a classificação do 9º a 16º: 9º Mali; 10º Moçambique; 11º Egipto; 12º Rwanda; 13º Madagáscar; 14º África do Sul; 15º Tchad; 16º Togo.
Vitória suada de Angola ainda é motivo de debates
A vitória apertada da Selecção Nacional obtida frente a selecção dos Camarões, na última quinta-feira, por 84-83, referente aos quartos-de-final, continua a merecer acesos debates nos mais variados pontos da cidade de Antananarivo, palco da fase final da XXVI edição do Campeonato Africano das Nações da “bola ao cesto”. No “day after”, ou se quisermos, um dia depois da tão importante vitória, as conversas nos hotéis, bares, taxis enfim, girava à volta do jogo Angola-Camarões, que foi uma autêntica final a moda NBA, a maior Liga de Basquetebol do Mundo.
Aliás, o confronto entre angolanos e camaroneses é apontado pelos críticos da modalidade como sendo a melhor partida até aqui disputada e quem sabe, a melhor da XXVI edição do Afrobasket/2011. Os críticos foram ainda unânimes em afirmar que a Selecção Nacional conseguiu exibir-se a decacampeão africano e se conseguir manter o mesmo nível a conquista do décimo primeiro anel continental e consequentemente o apuramento aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, será um facto consumado.
Melo Clemente
Covilhã pode fazer história
O técnico angolano, Jaime Covilhã, chamado a última da hora para salvar a Selecção Nacional, poderá fazer história caso vença a final da XXVI edição do Campeonato Africano das Nações, vulgo Afrobasket, aprazada para amanhã, domingo, dia em que o Chefe da Nação angolana comemora o seu septuagésimo nono aniversário.
Jaime Covilhã, técnico que se destacou ao serviço do Clube Central das Forças Armadas Angolanas (1º de Agosto) como adjunto do luso-guineense Mário Palma e posteriormente como principal, da mesma agremiação, poderá aumentar a lista restrita de técnicos angolanos que tiveram o privilégio de apurar a Selecção Nacional para a maior cimeira desportiva do mundo, no caso, os Jogos Olímpicos. Para tal terá que ultrapassar o adversário de hoje (Nigéria) para às meias-finais e voltar a vergar na final o seu opositor. Victorino Cunha e Alberto de Carvalho “Ginguba” são os únicos treinadores angolanos que protagonizaram tal façanha. MC
Angola:O país mal amado
A hegemonia da Selecção Nacional de basquetebol em seniores masculinos que já perdura há mais de duas décadas, a nível do continente berço da humanidade. Ao contrário do que muito boa gente pensa, tem incomodado quase toda a África e fundamentalmente a estrutura da Fiba-Áfrique que não se cansa de torcer pelo desmoronamento do domínio dos angolanos. O domínio exercido pela Selecção Nacional que data de 1989, ano em que o país acolheu a prova pela primeira vez e ganhou-a até aos dias hoje, com um ligeiro interregno em 1997, quando perdemos na final frente ao Senegal, em casa deste. Angola só tem somado “inimigos atrás de inimigos”.
Se para milhares e milhares de angolanos espalhados pelo país inteiro e pelo mundo a fora a conquista de vários títulos africanos tem constituído um orgulho para a Nação que se chama Angola, o mesmo já não se pode dizer dos nossos “irmãos” africanos que ao invés de trabalharem arduamente para inverterem o quadro, lutam para terminar a qualquer custo com o domínio dos angolanos. Já foi assim na Líbia e está a ser assim aqui em Antananarivo, capital do Madagáscar, país que acolhe a XXVI edição do Campeonato Africano das Nações, prova selectiva aos Jogos Olímpicos de Londres.
A derrota dos angolanos, ainda na primeira fase, diante do Senegal, foi vivamente festejado não só pelos senegaleses como é obvio mas, como também pelos membros da Fiba-África que a tudo o custo querem colocar um outro país no top de África. Quinta-feira, frente aos Camarões, em partida referente aos quartos-de-final, foi extremanete vergonhoso ver altos responsáveis da Fiba-Afrique a festejarem antecipadamente à passagem dos camaroneses que lideravam confortavelmente o placar a dois minutos do fim.
Mas, o querer e sobretudo a força de vontade dos angolanos superou a força dos bastidores e mais uma vez a Selecção Nacional saiu ilesa da grande batalha, apesar do extremo base Carlos Morais ter saído ferido do confronto. A cabala dos inimigos de Angola saiu mais uma vez pela culatra. E perante a supremacia angolana, os detractores não tiveram outra saída senão parabenizar os angolanos, embora de forma cínica.
Melo Clemente, em Antananarivo