Africa Basquetebol

31 agosto 2007

Afrobasket2007: Ministro Barrica enumera ganhos desportivos, políticos e sociais

O ministro da Juventude e Desportos, Marcos Barrica, afirmou hoje, em Luanda, que são incomensuráveis os ganhos que a realização do Afrobaket2007 trouxe para o país nas vertentes desportiva, política e social.

Falando ao programa informativo da Televisão Pública de Angola "Bom dia Angola", o governante apontou como ganhos na dimensão desportiva a qualificação de Angola para os Jogos Olímpicos de Pequim (China) em 2008, bem como a conquista do nono título continental.

Na vertente política, segundo Marcos Barrica, o Afrobasket2007 relançou a imagem do país e a confiança que a comunidade nacional e internacional possuem relativamente às autoridades governativas, tendo em conta a capacidade demonstrada em realizar eventos desta envergadura e com os padrões recomendados internacionalmente.

Do ponto de vista social e cultural, destacou a construção dos quatro pavilhões multiusos nas províncias de Benguela, Cabinda, Huíla e Huambo, bem como a reabilitação do pavilhão principal da Cidadela Desportiva.

Disse que à volta deste evento existem sempre outras vitórias, como a mobilização das pessoas que agem e interagem, além da dimensão pessoal.

"Repare que a movimentação que se fez para que a prova acontecesse com êxito desejado foi necessário ensaiar novas rotinas de trabalho e testar outras competências de liderança. Criaram-se postos de trabalho, seleccionaram-se pessoas para determinados cargos. Portanto, são incomensuráveis os ganhos", frisou.

Marcos Barrica afirmou que, com os pavilhões erguidos devido ao Afrobasket2007, ficam aliviadas as despesas em termos de infra-estruturas para o Campeonato Africano das Nações em Andebol em Janeiro de 2008, em Angola, nas classes masculina e feminina.

A Organização do CAN de futebol em 2010 mereceu igualmente o comentário do ministro. Referiu que a organização do Afrobasket2007 será mantida na perspectiva do CAN de andebol e de futebol.

Explicou que a comissão organizadora sofrerá alteração do ponto de vista técnico.

30 agosto 2007

ANGOLA : Português Francisco Jordão assina pelo 1º de Agosto

Poste troca Petro de Luanda, pelo qual jogou dois anos, pela equipa militar

Josefa Tomás*

O poste português, Francisco Jordão, assinou terça-feira última contrato válido para uma época, com a equipa do 1º de Agosto.
Francisco Jordão que jogou durante os dois últimos anos pelo Petro de Luanda, equipa pelo qual se sagrou campeão angolano de basquetebol, vai continuar assim em Angola.
O internacional encontra-se neste momento em Portugal, onde se concentra hoje, em Carcavelos, para o estágio final antes da partida (sábado), para Sevilha, cidade onde a selecção portuguesa vai disputar o Eurobasket, juntamente com a Espanha, Letónia e Croácia.
Falando ao Jornal português “Record”, Francisco Jordão disse que nem todos os pormenores do contrato foram acertados com a equipa militar.
"O contrato é válido por uma época com um ano de opção. Faltam apenas alguns pormenores, mas não são impeditivos para a transferência se realizar", disse terça-feira Francisco Jordão.
Francisco Jordão pode vir a encontrar na mesma equipa o poste cabo-verdiano Rodrigo Mascarenhas, jogador que se notabilizou ao serviço do FC Porto.
Mascarenhas só não assinou o contrato com a equipa do 1º de Agosto, terça-feira última devido à ausência do seu representante, que não chegou a Luanda na data prevista, segundo fonte do Clube militar.
Tão logo regresse a Luanda, a questão deverá ficar resolvida, segundo a mesma fonte.
Já no 1º de Agosto está o base estremo, Marques Vincent Houtman, de 28 anos de idade, que representou a selecção cabo verdiana, no Campeonato Africano Sénior Masculino de Basquetebol (Afrobasket/2007), que encerrou na última semana em Luanda.

29 agosto 2007

CABO VERDE : "Bravos guerreiros" em festa pela Cidade da Praia

Foi uma festa "bedju" a que aconteceu hoje na Cidade da Praia para receber os "bravos guerreiros", incluindo um desfile pelas principais artérias da capital e uma recepção no Pavilhão Vavá Duarte, onde discursou o Presidente da República Pedro Pires.


O ambiente era de festa pelas ruas da capital. A animação começou logo no Aeroporto, onde os jogadores da selecção nacional de basquetebol foram recebidos por centenas de fãs e um grupo de tabanka, que logo subiram para o carro de desfile para os acompanhar.

Os jogadores envergavam, orgulhosos as suas medalhas, que mostravam a todos, partilhando assim com o povo cabo-verdiano a sua conquista. Entre o Aeroporto, Fazenda, Várzea, Achada de Santo António e Váva Duarte, as bandeiras crioulas esvoaçavam, no carro que levava os jogadores, nas motas e nos carros que faziam a sua "escolta".

Vitocas, um dos veteranos da selecção, disse que "quando põe a medalha na boca, sabe-lhe a ouro". Para o jogador, foi isso que Cabo Verde conseguiu neste Afrobasket 2007.

Na chegada ao Pavilhão, foi feita a apresentação de todos os jogadores e da equipa técnica e os mais aplaudidos foram Vitocas, Rodrigo Mascarenhas, o capitão da equipa Marito Correia, Marques Houtman e o mestre dos "bravos guerreiros", Emanuel Trovoada.

Marito foi quem falou pelos seus colegas e chamou a atenção para a necessidade de se dar mais apoio ao desporto. O jogador disse ainda que "este é um grande feito não só para Cabo Verde mas também para África".

Para o secretário de Estado da Juventude e dos Desportos, Américo Nascimento, "Cabo Verde ganhou com humildade e querer e assim conseguiu bater grandes potências africanas". Salientou que "a meta estabelecida antes do início da prova era o sexto lugar, mas que a força e a determinação fizeram a selecção ir mais longe".

O Presidente da República, Pedro Pires, também estava feliz com o feito dos rapazes do basquete, e, em crioulo, falou "desta vitória da vontade, determinação, amor à camisola e à bandeira".

Pires agradeceu pelo "presente oferecido ao povo cabo-verdiano", povo esse que "vibrou com aquele último cesto contra o Egipto".

A festa segue nas imediações do Estádio da Várzea, com muita música e a presença dos "bravos guerreiros".

ANGOLA : Seleccionador nacional quer Miguel Lutonda nos Jogos Olímpicos

Apesar de ter anunciado publicamente a sua retirada da Selecção Nacional que conquistou a 25 do corrente mês o nono título africano, Miguel Pontes Lutonda, base de 35 anos de idade, continua a ser opção do seleccionador nacional, Alberto de Carvalho “Ginguba”, para os Jogos Olímpicos de Beijing, China, a disputar-se em 2008.
De acordo com Alberto de Carvalho “Ginguba”, técnico que inscreveu pela primeira vez o seu nome em letras de ouro, com a conquista do Afrobasket 2007, o base do 1º de Agosto (Miguel Pontes Lutonda) é ainda peça fundamental do “cinco” nacional, por isso, vai tentar demover o atleta afim deste representar as cores da bandeira nacional nos Jogos Olímpicos de Beijing, China, em 2008, asseverou “Ginguba”, que vai fazer a sua estreia em competições do género.
“Sabemos que o atleta decidiu em retirar-se da selecção, mas ainda assim, eu quero contar com Miguel para os Jogos Olímpicos de Beijing, em 2008. Portanto, até a realização dos Jogos Olímpicos muito coisa ainda vai acontecer. E espero muito sinceramente poder contar com Miguel Lutonda nos Jogos da China. O Lutonda é nesta altura imprescindível dado a sua experiência daí a nossa insistência em leva-lo para uma vez mais ajudar a elevar o nome de Angola no mais alto patamar”, disse “ Ginguba que se mostrou confiante em demover o grande “General” da sua decisão.
Entretanto, ainda de acordo com o seleccionador nacional, para os Jogos Olímpicos de Bejing, China, em 2008, o grupo a ser convocado não deverá fugir muito deste que conquistou a 25 do corrente mês, no Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva, o nono ceptro para o país, quinto consecutivo. O seleccionado angolano derrotou na final
a sua congénere dos Camarões por 86-72, numa final inédita. Recorde-se que os oito títulos de Angola foram conquistados por Mário Palma, luso-guineense, (quatro), Víctorino Cunha, angolano, (três) e o malogrado Wladimiro Romero, angolano, (um).

MOÇAMBIQUE : Selecção feminina prepara Afrobásquete: Falhado estágio na Espanha segue-se agora Portugal

A SENSIVELMENTE um mês do Campeonato Africano de Basquetebol de Seniores Femininos Senegal-2007, e depois da revolução operada na equipa técnica, que consistiu no afastamento do espanhol Alberto Blanco e sua substituição por Nazir Salé (Nelito), a sede do estágio da Selecção Nacional também conheceu uma mudança, da Espanha para Portugal, estando prevista a viagem do time para o próximo domingo.

Embora o ambiente no grupo de trabalho não tenha sido afectado, face à turbulência que se gerou após o regresso dos Jogos Africanos de Argel, prova na qual a nossa selecção se quedou na quarta posição e a Federação Moçambicana de Basquetebol, em função do carácter irascível do treinador espanhol, decidiu romper com Alberto Blanco, a verdade manda dizer que o início do ciclo preparatório, já na era Nazir, coadjuvado por Simão Mataveia, não conheceu o dinamismo que se esperava.

Para além da mudança da equipa técnica, que naturalmente cria alguns desequilíbrios, juntou-se a deslocação do ISPU a Banguecoque, capital da Tailândia, palco das Universíadas-2007. As “universitárias”, que fornecem grande parte das atletas à selecção, solicitaram ainda os serviços das “locomotivas” Ruth Muianga e Deolinda Gimo, situação que reduziu drasticamente o número de jogadoras disponíveis para os trabalhos de preparação.

Mesmo com estes transtornos, Nazir Salé afirma que os dias em que se conseguiu juntar todo o grupo foram bastante proveitosos, até porque existe já uma sincronia entre os treinadores e as atletas, o que claramente facilita o trabalho. Os treinos decorrem diariamente, à noite, no pavilhão do Estrela Vermelha, com total entrega das jogadoras.

PRÉ-SELECÇÃO COM 17 ATLETAS

Cancelado o estágio na Espanha, mais concretamente em Vigo, a selecção vai agora para Portugal, país vizinho daquele, onde Nelito espera, por um lado, uma maior concentração das seleccionadas e, por outro, jogos de rodagem que lhe permitam aferir a capacidade competitiva da equipa e sobretudo a correcção de alguns movimentos, a partir das constatações de Argel.

Neste momento, encontram-se na selecção 17 jogadoras, estando previsto que sigam viagem para o estágio em terras lusas 12. Para o Senegal, serão chamadas dez deste grupo, pois as craques Clarisse Machanguana e Deolinda Ngulela irão ter no local da prova. Eis as actualmente convocadas:

Anabela Cossa, Valerdina Manhonga, Nádia Rodrigues e Kátia Halar (Desportivo); Iracema Ndauane, Amélia Macamo, Ana Flávia Azinheira, Vaneza Júnior, Tânia Wachene, Ana Branquinho e Aleia Rachide (ISPU); Carla Silva, Ruth Muianga, Ondina Nhampossa, Deolinda Gimo e Janete Monteiro (Ferroviário) e Nika Gemo.

Recorde-se que o Afrobásquete Senegal-2007 decorrerá entre os dias 21 e 30 de Setembro. Moçambique estará no Grupo “A”, em Dacar, tendo como cabeça-de-série a selecção anfitriã. As outras equipas são: Tunísia, Costa do Marfim, Madagáscar e Mali, campeão africano de Sub-20, título conquistado em Dezembro último, em Maputo.


ANGOLA : Escola de basquetebol na Lunda Sul em dificuldades

A escola de basquetebol para iniciados, juvenis e juniores em ambos os sexos Costa-Sport de Saurimo enfrenta dificuldades materiais e infra-estruturais para o desenvolvimento da modalidade na Lunda Sul.

Em declarações hoje à Angop, o responsável da escola, João Manuel da Costa, disse que existe grande interesse dos jovens, sobretudo, estudantes, em praticar o basquetebol. Porém, realçou, a falta de campos, bolas, equipamentos e dinheiro faz com que os jovens não participem com regularidade.

Referiu que têm sido realizadas provas inseridas no projecto de massificação com os atletas dos escalões disponíveis, nomeadamente da equipa da Sociedade Mineira de Catoca, a mais organizada nesse sentido.

O proprietário da instituição sublinhou que, apesar das dificuldades, está a preparar uma formação júnior que irá participar nos Jogos Nacionais Escolares, a realizarem-se no Bié em 2008.

A escola existe há dois anos e conta com 56 atletas.

28 agosto 2007

CABO VERDE : "Bravos Guerreiros" recebidos em euforia no Aeroporto da Praia


Algumas dezenas de pessoas - envergando t-shirts, onde se podia ler "Cabo Verde, nôs orgulho" e agitando bandeiras nacionais - receberam, ao início da tarde de hoje, no Aeroporto da Praia, os jogadores e a equipa técnica da selecção nacional sénior masculina de basquetebol. Os "bravos guerreiros" chegaram "ansiosos" para partilhar com os cabo-verdianos a conquista da medalha de bronze no Campeonato Africano de Basquetebol, que aconteceu em Angola.


Mané Trovoada, o selecccionador, ainda na zona de recepção das bagagens, afirmou ao "asemanaonline" que os segredos da vitória foram a "humildade, o querer, a força de vontade e o acreditar".

O seleccionador contou que, quando o avião da TAAG (cedido especialmente pelo Ministério dos Transportes de Angola) se começou a aproximar da Praia, sentiu "uma ansiedade muito grande". "Senti uma ansiedade muito grande de poder partilhar com o nosso público este feito histórico", declarou.

Moisés Évora, enviado especial da RCV, e único jornalista cabo-verdiano a cobrir o evento em Angola, foi o primeiro elemento da comitiva a sair para o lounge do aeroporto. Foi recebido com alguns "vivas" e muitos abraços, havendo quem se aproximasse dele para o felicitar "pela excelente cobertura".


Os jogadores, entretanto, estavam desejosos de poder juntar-se à família e aos fãs que esperavam do outro lado da porta das "chegadas internacionais" do ADP. Vitocas, não aguentando a emoção, não esperou a bagagem chegar e acabou por vir à porta espreitar a pequena multidão que se foi juntando para festejar o terceiro lugar da selecção no AfroBasktet 2007. Um dos fãs entregou-lhe de imediato uma bola de basquete para autografar enquanto os outros pululavam de alegria e davam gritinhos de vitória. O jogador, que trazia ao peito a medalha, era todo sorrisos.


Reunidas as bagagens de toda a selecção, e depois de uma foto de família, os jogadores entraram na área onde estavam os fãs e a euforia tomou conta do lugar. Muitos abraços e beijos se partilharam entre os "bravos guerreiros" e os familiares e público que os aguardava.


Logo depois, a equipa entrou num veículo improvisado que a está a transportar num cortejo pela capital cabo-verdiana, ao som da música "só sabi na Praia" e de muitos "vivas Cabo Verde".


A festa vai continuar pelo dia de hoje e amanhã, culminando com a condecoração do Presidente da República, numa cerimónia que vai decorrer no Palácio do Plateau.



No entanto, Mané Trovoada, que a esta hora desfila com os seus pupilos pelas ruas da Praia, garante que a "festa vai durar muitos mais dias". "Vamos poder celebrar, por algum tempo, com a nossa família e o público, este trabalho meritório que fizemos".

RVS

MOÇAMBIQUE : Nono título e quinta presença nos Jogos Olímpicos: Básquete angolano mantém sua hegemonia em África

UM terceiro período espectacular garantiu, sábado à noite, uma vitória suada, mas absolutamente convincente, sobre os Camarões por 86-72, que permitiu à selecção angolana o seu nono título africano de basquetebol sénior masculino e quinta presença consecutiva nos Jogos Olímpicos.
Maputo, Terça-Feira, 28 de Agosto de 2007:: Notícias

A turma de Alberto de Carvalho mostrou sobriedade, colectivismo e concentração rigorosos, onde os postes acabaram por ser determinantes tal como os veteranos. Mas os camaroneses não facilitaram. Pelo contrário, valorizaram o triunfo de Angola.

A partida iniciou muito equilibrada, conforme mostra o empate a oito no fim do primeiro quarto. Dois pontos de vantagem e muitas dificuldades na luta das tabelas caracterizaram o histórico dos anfitriões, que chegaram ao intervalo com 33-31.

A constante alternância dos jogadores, particularmente os mais altos, foi a táctica adoptada pelo técnico camaronês para desgastar os postes angolanos, muito mais baixos. Depois da habitual equipa inicial, o seleccionador angolano cedo lançou Carlos Almeida e Miguel Lutonda.

Mas a superior estatura dos adversários obrigou Almeida, considerado melhor defensor angolano, a cometer três faltas a sete minutos do intervalo. Esta baixa importante afectou o rendimento da equipa.

VETERANOS DETERMINANTES

A tentativa de lançar os mais jovens não resultou e o treinador angolano voltou a apostar nos mais experientes. No terceiro quarto, com uma mescla de veterania e juventude em campo, a selecção executou o seu forte, uma defesa mais pressionante, que perturbou os camaroneses e forçou-os a perder ataques sucessivos.

Angola chegou aos 20 pontos de diferença a dois minutos do termo do período, mas permitiu a redução dos adversários para 16 pontos no final (67-51). Mas foi a etapa de jogo de maior rendimento dos anfitriões, apesar de uma falta técnica aplicada ao treinador quando a vantagem era de 11 pontos e da falta de bloqueios após lançamentos.

Com Lutonda de volta ao campo, era para ele que a bola ia invariavelmente. Na tentativa de o parar, o seu defensor directo se excedeu, proferiu palavras incorrectas ao árbitro e este aplicou uma falta antidesportiva, fundamental para o desfecho do encontro que mantinha a diferença de dez pontos.

Já com cerca de um minuto para jogar, há uma substituição que ficará para história: Lutonda dá Lugar a Luís Costa. Era a despedida do craque, que deste modo se terá retirado da selecção angolana.

O seu sucessor marcou os seus únicos dois pontos e os últimos da final (86-72). Assim se confirmou a festa do nono título e a quinta presença olímpica consecutivas, recordes absolutos na “bola-ao-cesto” continental.

ANGOLA : José Carlos Guimarães rejeita convites do estrangeiro

O seleccionador adjunto de Angola José Carlos Guimarães pretende continuar a exercer o cargo e trabalhar para o desenvolvimento do basquetebol na província de Cabinda, apesar dos convites para orientar outras selecções africanas.

Segundo apurou a Angop países como a Cote D´Ivoire, Senegal e África do Sul estariam interessados nos serviços do campeão africano. Contactado pela Angop para abordar o assunto, José Carlos Guimarães respondeu apenas que "é normal", mas que o seu futuro próximo passava pela província de Cabinda, onde leva a cabo um projecto para massificação, e pela selecção nacional, com a qual conquistou sábado a Taça de África das Nações (Afrobasket2007).

"Estou bem na selecção e em Cabinda, o basquete angolano está a crescer e as condições de trabalho melhoram ano após ano", sublinhou o técnico afirmando que pretende continuar no país por muitos tempo.

Quanto aos convites para treinar outras selecções José Carlos Guimarães confirmou o contacto com alguns países sem no entanto citá-los.

"É normal que alguns países que contrataram técnicos europeus e americanos se interessem por treinadores angolanos tendo em conta o nível do nosso basquetebol e seguindo exemplo de Cabo Verde", respondeu quando foi questionado sobre os prováveis contactos.

MOÇAMBIQUE : “Basket/Show”: Estrela Vermelha jubila Matola inconformada

Este é a formação vencedora do primeiro “Basket Show”
Este é a formação vencedora do primeiro “Basket Show”

A EQUIPA da Escola Secundária Estrela Vermelha jubilou, sábado, ao conquistar a primeira edição do “Basket/Show”, vencendo na final do torneio a sua congénere da Matola por 33-29, quebrando o favoritismo aparentemente anunciado pelos matolenses, desde que iniciou a fase de eliminatórias, envolvendo as oito formações que se destacaram na fase de grupos.
Maputo, Terça-Feira, 28 de Agosto de 2007:: Notícias

Estrela Vermelha será distinguida ao alto nível, no próximo sábado, pela organização da prova, durante o encerramento do torneio, a ser abrilhantado pelo jogo de estrelas e que será antecedido do desfile das 12 escolas que participaram no evento.

Nesse dia, serão distribuídos prémios às três melhores equipas, nomeadamente Estrela Vermelha, Matola e Noroeste, depois de esta última ter derrotado Josina Machel por 22-16. O quinto classificado foi Francisco Manyanga, que venceu Kitabu por 30-17, e o sétimo Zedequias Manganhela, ao bater Polana pela marca de 33-18.

Vindo de grupos diferentes, mas apuradas em circunstâncias quase semelhantes, Estrela Vermelha e Matola protagonizaram uma final brilhante e a vitória dos amarelos acabou sendo definida pela eficácia na concretização das oportunidades criadas, enquanto os matolenses acusaram nervosismo, tendo sido neste aspecto que cometeram muitas falhas.

TRAJECTÓRIA DO VENCEDOR

Maputo, Terça-Feira, 28 de Agosto de 2007:: Notícias

QUARTOS-DE-FINAL

Manyanga-E. Vermelha (35-37)
Matola-Kitabu (50-22)
Polana-Josina (27-33)
Noroeste 1-Zedequias (31-26)

MEIAS-FINAIS

Noroeste 1-Matola (27-33)
Josina-E. Vermelha (23-27)

FINAL

E. Vermelha-Matola (33-29)

ANGOLA : Questões financeiras motivam Houtmam a trocar FC do Porto pelo 1º de Agosto

O base cabo-verdiano Marques Houtmam trocou o FC do Porto pelo 1º de Agosto de forma a evoluir mais e pelo facto de receber uma boa proposta financeira, sem no entanto adiantar os valores.

Hoje em conferência de imprensa, no acto da sua apresentação, o atleta eleito melhor base do Campeonato Africano (Afrobasket2007) que decorreu em Angola, considerou o basquetebol angolano muito evoluído e que pretende aprender mais.

Sublinhou que Kikas Gomes e Olímpio Cipriano influenciaram na sua decisão de representar os "militares".

"Eles conversaram comigo e eu vi como a selecção angolana joga, isto motivou-me a aceitar a proposta do 1º de Agosto e experimentar uma nova aventura", salientou.

Acrescentou que o objectivo é vencer todas as provas em que o clube participar.

Com 28 anos de idade e 1,91 metros, Marques Houtmam, que nasceu nos Estados Unidos, jogou no campeonato universitário dos EUA pelas equipas do Unassa Dartmath, onde teve uma média de 2.5 assistências por jogo e marcou 1.200 pontos, na Associação Nacional de basquetebol (NABC) na formação dos All-American, além dos Boston Frenzy. Em Portugal representou o Torres Vedras e o FC do Porto.

Marques Houtmam foi um dos destaques da selecção de Cabo Verde que surpreendentemente terminou o Afrobasket na terceira posição.

ANGOLA : Base cabo-verdiano reforça 1º de Agosto

Base da selecção cabo-verdiana, Marques Houtmam, reforça 1º de Agosto

Luanda, 27/08 - O atleta da selecção cabo-verdiana de basquetebol Marques Houtmam, eleito melhor base do recém-terminado Campeonato Africano da modalidade (Afrobasket2007), assinou um contrato válido por uma época, com mais uma de opção, com o 1º de Agosto.

A informação foi prestada hoje, em conferência de imprensa, pelo presidente do clube, Raúl Hendrick. Durante o acto que contou com a presença do jogador, o líder da formação "rubro-negra" considerou a contratação de Marques Houtmam uma mais valia que se vai juntar aos outros bases da equipa.

entretanto, garantiu que nenhum jogador será dispensado. "Não faz parte da nossa política dispensar atletas porque perdemos muito com isto. Agora pretendemos apenas emprestar aqueles que tenham poucas hipóteses de ficar", explicou.

Referiu que continuam no mercado a procura de reforços, de forma a colmatar as debilidades nas posições quatro e cinco (extremo-poste e poste).

Quanto a Francisco Jordão não confirmou a sua contratação, mas salientou o facto de continuarem em busca de mais jogadores. "O único atleta confirmado é o Marques Houtmam, se chegarmos a acordo com outro vamos informar", sublinhou.

Por sua vez, o técnico Jaime Covilhã, indicado como treinador para a próxima temporada, disse que o base cabo-verdiano vai tornar a equipa mais forte e aumentar a qualidade nas posições um e dois (base e base extremo).

"É uma boa aquisição, ele tem vantagem por jogar em duas áreas e vai ajudar o 1º de Agosto na conquista dos seus objectivos", acrescentou, informando que o clube rescindiu contrato com o base norte-americano John Gray.

Presente no acto esteve também o extremo-poste Rodrigo Mascarenhas. O basquetebolista que destacou-se no Afrobasket, fazendo parte do cinco ideal, deverá assinar pelos "militares" nos próximos dias.

De acordo com Raúl Hendrick, o atleta tem que cumprir com algumas obrigações antes de firmar contrato com o clube garantindo que jogará de "rubro e negro" na temporada cujo inicio está marcado para Outubro com a disputa do Campeonato Provincial.

O 1º de Agosto que, não vence o Campeonato Nacional a dois anos conta com os bases Miguel Lutonda, Armando Costa, Walter Costa e os bases/extremos Carlos Almeida e Mayzer Alexandre.

27 agosto 2007

ANGOLA : Víctor de Carvalho está disponível para os JO

Capitão recua na decisão de abandonar a selecção e vai permanecer até no próximo Afrobasket O capitão da Selecção Nacional de Basquetebol Sénior Masculina, Víctor de Carvalho, que sábado conquistou o nono título africano, mostrou-se disponível para os Jogos Olímpicos de Pequim (China).
Em declarações à Angop, o extremo do Petro de Luanda disse que pretende representar o país na maior festa desportiva do universo se estiver bem fisicamente, e se for opção técnica, no próximo Afrobasket.
"As pessoas falaram comigo e aconselharam-me a ponderar, e eu ainda me sinto bem fisicamente", justificou.
Víctor de Carvalho, de 38 anos de idade, havia anunciado o seu abandono do "cinco" nacional depois do africano.
Quanto ao seu sétimo título conquistado (Víctor é o segundo mais titulado da selecção angolana) afirmou que foi fruto de muito trabalho e empenho do grupo que na sua opinião esteve sempre unido.
"Desde o primeiro ao último dia a nossa equipa esteve sempre unida, este foi também um dos factores do êxito. Encontramos um adversário à altura, mas provamos ao mundo e à África que somos os melhores do mundo", acrescentou.
Angola carimbou sábado o passe para os Jogos Olímpicos de Pequim (China) ao vencer na final a sua similar dos Camarões por 86-72.

26 agosto 2007

ANGOLA : Afrobasket2007: Seleccionador quer mais equilíbrio entre equipas

O seleccionador nacional sénior masculino de basquetebol, Alberto de Carvalho "Ginguba", espera que com a conquista do nono título por Angola possam surgir mais equipas em todos os campeonatos do país.

Falando à Angop na gala de consagração, na Fortaleza de São Miguel, em Luanda, o técnico disse que os investimentos feitos pelo Governo na construção e reabilitação de infra-estruturas deverão proporcionar o aparecimento de mais equipas.

"Angola tem muitas chances de continuar a manter a hegemonia do basquetebol masculino, mas é necessário que haja mais equipas fortes e que a competição interna não deva se cingir em três ou quatro equipas", realçou.

"Os empresários devem dar o seu contributo junto daqueles que pretendem apostar no desporto", sugeriu.

Segundo Ginguba, Angola é um país com virtudes vencedoras, onde o destaque recai para o basquetebol masculino e andebol feminino, que estão nas grandes cimeiras mundiais e continentais, embora haja outras mas a título individual.

ANGOLA : Afrobasket2007 - Modalidade merece maior divulgação e investimentos

Satisfeitos com o desempenho dos angolanos na conquista da nona Taça Africana de basquetebol sénior masculino, após vencer sábado na final os Camarões, por 86-72, alguns citadinos do Huambo, consideram que a modalidade deve continuar a merecer divulgação e investimento.

Indicaram que as palavras encorajadoras do presidente da República, José Eduardo dos Santos, na cerimónia de abertura, contribuíram na vitória pelos angolanos no Afrobasket2007, pois cada cidadão, jogador ou não, sentiu-se na obrigação de vencer.

"O público apoiou fortemente a equipa, transmitindo aos jogadores a energia necessária para conquistar o trofeu", frisou João Ventura, estudante universitário.

Para o arcebispo do Huambo, dom José de Queirós Alves, o Afrobasket2007 trouxe ganhos satisfatórios para a população. "Esperamos que o governo continue com este exercício de desenvolvimento rápido das cidades, que não parem os trabalhos, pois Angola precisa", afirmou.

De resto, a população da cidade do Huambo viveu intensamente o triunfo da selecção nacional até altas horas da noite.

AFROBASKET 2007 : Grupo da morte valeu pela emotividade e espectacularidade

Série B foi disputada no Lubango pelas equipas do Egipto, Senegal, Mali e Côte d’ Ivoire

Morais Canamua,
no Lubango



No lavar dos cestos, se pode dizer que o grupo B, considerado a partida como sendo o grupo da morte, correspondeu às expectativas embora, como é obvio, as surpresas não se colocaram de parte.
As selecções do Egipto, Senegal, Mali e Côte d´Ivoire protagonizaram, durante as três primeiras jornadas jogos de roer as unhas e impróprios para cardíacos, dada a carga emotiva e competitiva que emprestaram.
Se, por um lado, na primeira jornada, quer os malianos quer os ivoirenses caíram aos pés dos seus adversários, no caso Senegal e Egipto, tidos a partida como potenciais candidatos ao título, na segunda, os que haviam baqueado redimiram-se dando a volta por cima.
De facto, Mali e Côte d´Ivoire viriam a dar a volta por cima triunfando na segunda jornada, diante do Senegal e Egipto, o que veio apimentar ainda mais o grupo, já por si picante. Adivinhava-se então uma terceira jornada escaldante onde a determinação de cada uma das equipas era determinante para a passagem à fase seguinte.
No final das contas, faraós e ivoirenses passaram, deixando para trás dois colossos do basquetebol continental, Mali e Senegal. Mais do que isso estava subscrito que afinal no desporto e no caso no basquetebol, não há vencedores antecipados.
O relevante de tudo é que os mil e um constrangimentos de fórum organizativo não chegaram para manchar a prova. O público marcou presença significativa em todas as partidas.
O Multiusos do Lubango manifestou sempre boa casa com público vibrante e ensurdecedor enaltecendo assim a festa do basquetebol.
Este facto ficou marcado na memória dos dirigentes, técnicos e atletas das equipas que aqui evoluíram, pois ficaram admiradas como é que não jogando no Lubango a selecção angolana, o povo manifestou alto sentido de fair play, carinho e sobretudo respeito.
Outra nota relevante foi o facto de se ter primado, à última hora, pela hospedagem das equipas no Grande Hotel da Huíla, o que viria a facilitar todas as manobras operacionais. Dum modo genérico, a prova ficou igualmente marcada pelo facto de a população do Lubango se ter expressado de forma muito natural, mostrando a sua cultura e seus hábitos e costumes.
Os forasteiros, nas poucas oportunidades que tiveram de dar um passeio na urbe, degustaram e souberam retribuir o carinho. De certeza, eles levaram um bocado desta terra onde a mulher mumuíla é o símbolo.

Organização acabou bem

Do ponto de vista organizativo, nem tudo esteve bem no início. Quase tudo atrasou. Até a venda de bilhetes ao público sedento atrasou e teve efeitos negativos.
Por outro lado, já no segundo e terceiro dias, a máquina organizativa deu a volta por cima e conseguiu situar-se num bom plano.
Dum modo geral, tudo funcionou a contento e acabou bem. Para os jornalistas que vieram para cobrir o evento, as mínimas condições foram criadas. Se no primeiro dia houve imensas queixas, por falta de sistema de internet, nos dois restantes já houve elogios.
Da mesma forma, toda maquinaria adjacente a todo sistema organizativo funcionou, com destaque para o fã park, que até ao dia da grande final esteve em pleno, com projecção televisiva, jogos de diversão, concursos e outros adicionais que serviram para colorir a festa.
Longe de ser uma tarefa árdua e espinhosa, a realização do grupo B na cidade do Lubango foi uma ocasião ímpar para medir a pulsação dos amantes do desporto em geral e do basquetebol em particular e um tónico para o desenvolvimento da modalidade a nível local.
Valeu a festa em que todos nós ganhamos!

Um “recado” para Angola!

Hoje jogo Eu

António félix

Hoje, domingo, não tem como as conversas do dia não gravitarem em torno da conquista de ontem, essa de Angola voltar a subir ao pódio da bola ao cesto africana, pela nova vez. A toda hora e em qualquer lugar, o feito está na berlinda. E por isso mesmo, haja pândega e fanfarra quanto baste para de Cabinda ao Cunene darmos largas ao ceptro. Valeu a pena o investimento. Ganhámos com respeito e os Camarões perdeu com dignidade e, por isso mesmo, quero voltar a falar um pouco desse digno vencido:
Dois jornais camaroneses, que muito li durante os dias que precederam à final (ontem), saíram à rua em Yaoundé e Doualá em letras garrafais com um título, à modo de pergunta, quase coincidente : Para os Leões Indomáveis, quem é o adversário (obviamente uma referência a Angola)? Outra pergunta era: para Patrick Bouli e seus colegas não será impossível arrebatar o título do Afrobasket de 2007?
Faz-me lembrar uma pergunta igual que os militares em tempo de metralha costumam fazer: o que importa ao inimigo madrugar, se nós não dormimos?
Interrogações como essas, além de ousadas, são por demais altivas, feitas por quem teoricamente subestima o seu adversário.
E, mais palavra, menos palavra, foi essa a mensagem; foi esse ousado jogo psicológico até ontem usado pelo treinador dos Camarões. Há quem diga que no fundo, tinha boas razões. É que, depois de 45 anos de competição, os Camarões puderam, enfim, disputar ontem a sua terceira final de um Afrobasket.
Quis o destino que fosse com Angola, mas (perdeu), fica só o consolo de se ter qualificado automaticamente para os Jogos Olímpicos de Beijing, em 2008, na China.
A lição e o “recado” que fica é que os Camarões mostrou que, no porvir, está em condições de tudo fazer para evitar o domínio de Angola, que continua a mandar, depois de outros « império » edificados e já caídos em “ruína”, como o Senegal, Mali, RCA, Nigéria e Egipto.
Como bem falamos ontem neste jornal, haviam competido só nos anos de 1972, 1974 (com um terceiro lugar na República Centro Africana) e 1991.
É um país, uma selecção que deve a partir de agora ser levada em conta porque já foi visto que vai no futuro fazer a Angola o mesmo “curto circuito” que fazem os países acima citados.
Pelo menos matéria humana tem. Falta-lhe, talvez, as mesmas facilidades de preparação que Angola tem. Já se referiu bastas vezes como fez das tripas coração para chegar a Luanda e o facto de ter trazido, à última da hora, mais jogadores da sua diáspora, do que os domésticos, atesta o deficit que teve na preparação. É uma pena o que acontece em África.
Todavia, já para o “Afro” de 2009, na Nigéria, a Angola fica o “recado” desse emergente Camarões !

ANGOLA : Início de sofrimento fim de fortes emoções

Tal como se esperava, Angola e Camarões protagonizaram ontem uma final que correspondeu às expectativas.
Com vitória dos angolanos por 86-72, num jogo bastante equilibrado no início mas dominado depois por Angola até o apito final, as duas selecções animaram a partida do princípio ao fim, com os anfitriões a chamarem no final o triunfo, que lhes garante, assim, o seu nono título africano das nações.
Revivamos os principais momentos da partida com o filme do jogo feito durante aproximadamente duas horas e meia.
18:31- Entrada das duas selecções à quadra de jogo para os habituais exercícios de aquecimento, levando o público, que já lotava por completo o pavilhão da Cidadela, ao delírio.
18:32- A bandeira nacional é colocada a girar por todas as bancadas do pavilhão.
18:33- É anunciada a chegada ao pavilhão do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Nas bancadas ouve-se uma explosão de exaltação.
18:43- O trio de arbitragem pede o recolhimento das equipas para a entrada oficial na quadra.
18:47- Anúncio oficial dos integrantes das duas selecções. Miguel Lutonda volta a confirmar a sua grande popularidade, ante o barulho que se faz sentir ao ser pronunciado o seu nome.
18:52- O público, que pintou o “santuário” da Selecção Nacional com as cores nacionais (vermelho, preto e amarelo), coloca-se todo de pé para entoar em uníssono o Hino Nacional. No final um barulho ensurdecedor!
19:00- Inicia o jogo com posse de bola para os Camarões, que não conseguem converter no seu primeiro ataque. Na resposta de Angola, Gomes Kikas leva um tampão!
19:02- Eduardo Mingas faz os primeiros dois pontos do jogo, concluindo exitosamente uma jogada espectacular de Milton Barros.
19:04- Os Camarões empatam o jogo mas Eduardo Mingas na resposta desfaz o marcador para 4-2.
19:05- Nas bancadas, o público pede o lançamento em campo de Miguel Lutonda.
19:08- A quatro minutos do fim do primeiro quarto, acontece o primeiro “smach” da noite. Olímpio Cipriano é o artífice que vibra a plateia, fazendo o oitavo ponto para Angola.
19:12- A dois minutos do fim do quarto inicial, os Camarões voltam a empatar o jogo (8-8).
19:13- Lutonda entra pela primeira vez em campo. Tenta o seu primeiro triplo mas o espigão manda de volta a bola.
19:17- Novo empate no marcador (10-10), a demonstrar o equilíbrio na partida.
19:20- Víctor Muzadi acerta o primeiro triplo do jogo, no primeiro minuto do segundo quarto, seguindo-se mais um de Lutonda, que na jogada a seguir marca mais dois, dando o primeiro grande diferencial (18-13) para Angola.
19:39- A um minuto do fim do segundo quarto (29-28), os Camarões beneficiam de dois lances livres mas desperdiçam a oportunidade de passar em frente no marcador, convertendo apenas um ponto (29-29).
19:41- Fim do segundo quarto com vitória angolana de 33-31.
19:57- Início do penúltimo (terceiro) quarto, com mais dois pontos de Milton Barros.
20:01- Angola consegue a sua primeira grande diferença pontual no marcador, mais de dez pontos, vencendo por 45-34.
20:06- Angola eleva a diferença pontual para quinze pontos (50-35).
20:20- A um minuto do fim do terceiro quarto, depois de conseguir o controlo absoluto do jogo, os angolanos alargam a vantagem para vinte pontos (65-45).
20:21- O terceiro quarto termina com vitória do “cinco” nacional por 67-51.
20:23- Inicia o último quarto.
20:30- Angola continua a deter o controlo do jogo mas os Camarões encetam uma recuperação no marcador.
20:44- Os Camarões continuam a subir de produção e conseguem diminuir a vantagem angolana para dez pontos (82-72), a um minuto do fim.
20:47- O tempo entra em contagem decrescente, as mais de seis mil almas colocam-se de pé para testemunhar a nona vitória de Angola em Campeonatos Africanos “Afrobasket’s”. Luís Costa anota os dois últimos pontos e cela a contagem em 86-72.

AFROBASKET 2007 : Kikas eleito MVP

Joaquim Gomes "Kikas", poste do 1º de Agosto e da Selecção Nacional conquistou o troféu de MVP (Jogador mais valioso) da XXIV edição do Campeonato Africano das Nações de Basquetebol em Seniores Masculinos.
"Kikas" que foi decisivo na luta das tabelas durante a competição, a par de Eduardo Francisco Mingas, dedicou a conquista do troféu de MVP e do nono título africano ao povo angolano no geral e aos colegas e familiares em particular.
"É bastante gratificante para mim conquistar o troféu de MVP, mas gostaria de dizer que só foi possível graças ao empenho dos meus colegas. Por isso gostaria de dedicar estas conquistas ao povo angolano e aos meus familiares e colegas", finalizou Gomes Kikas visivelmente satisfeito com a consagração do título africano.

Esforço de Vounang foi insuficiente

Silva Cacuti

O camaronês Lazare Adingongo, seleccionador dos Camarões utilizou nove dos 12 jogadores que trouxe (maioritariamente dos Estados Unidos e da França) na tentativa falhada de destronar Angola do título africano da categoria. Os camaroneses alinharam assim:
Cristiam Bayang - Jogou 10 minutos e meio e teve pouca contribuição nas acções ofensivas da equipa. Parecia pré-destinado a fazer um tampão defensivo, aos contra-ataques do conjunto angolano, uma missão na qual esteve alguns furos abaixo do ideal.
Joachim Ekanga - Durante quase 30 minutos de jogo, converteu um triplo e cinco lances livres. Foi um dos jogadores mais bem sucedidos nas acções defensivas. Esteve bem.
Frank Ndongo - É jogador mais jovem trazido por Adingongo. A sua prestação resume-se na concretização de um lance a curta distância e noutro lance livre.
Parfait Bitee - Foi a primeira opção do seu treinador para a posição nº1 mas, não se deu bem. Acusou excessivamente a responsabilidade do jogo.
Patrick Bouli - Entrou melhor que o seu companheiro, da posição 1. Jogou e fez jogar. Sabia conter a bola, nos momentos apropriados. Quando a tivesse, procurava sempre, com o olhar, a orientação do treinador. Bouli esteve sempre em desvantagem no confronto directo com Miguel Lutonda.
Alex Nkembe - Jogar a final de um campeonato africano pareceu pesado demais. Apesar de ser o segundo atleta mais alto do conjunto (2.04), viram, do banco dos suplentes, a derrota na final.
Jean Pierre Ellong - Tal como o seu colega, Alex Nkembe viu o jogo no Banco.
Romeu Tatchoum - Não foi utilizado.
Brice Vounang (18) - Soberba exibição. Melhor marcador e melhor ressaltador (10) do jogo. O possante jogador esteve em todas. Defendeu, ressaltou e assistiu. Protagonizou uma exibição que mostrou o seu inconformismo com a marcha do marcador. Brice (25 anos) tem potencial para outros campeonatos.
Luc Mbah (7) - Subscreveu outra grande exibição. Os momentos de equilíbrio no marcador estiveram ligados à sua presença em campo. É um estratega nas assistências. Foi indicado para o cinco ideal do Afrobasquet.
Joseph Owona (0) - Durante os 11 minutos, que esteve no campo, passou ao largo da disputa da final.
Gaston Essengue (14) - Um lutador nato. Juntou o seu esforço ao dos mais inconformados com a condição de derrotados da final. Deu luta nas tabelas, debaixo das quais jogou quase todo o tempo. Inteligente, forte no um contra um e no jogo sem bola, Essengue deu trabalho a Kikas e Eduardo Mingas.

ANGOLA : Ataque foi alma de uma selecção demolidora

Conjunto angolano justificou que é mais forte a jogar sobre pressão

Paulo Caculo

O conjunto angolano precisou acelerar à fundo para provar que a sua superioridade em campo é uma consequência natural da sua acção demolidora. Num colectivo onde quase tudo funcionou com perfeição, sobretudo nos dois últimos quartos, deve-se realçar o excelente jogo defensivo evidenciado pela equipa nacional.
De resto, o colectivo angolano acaba por justificar que é mais forte a jogar sob pressão e sabe dar resposta a todos os pedidos de um jogo com elevados níveis de competitividade. Eis, no entanto, os registos de cada um dos obreiros do nono troféu continental do país;
Carlos Morais: Foi seguramente a par de Kikas, Milton Barros, Lutonda e Eduardo Mingas um dos melhores jogadores do conjunto angolano neste Africano. O jovem sabe jogar. É uma mais-valia em que a selecção pode continuar a contar.
Eduardo Mingas: Foi o jogador mais valioso do jogo, pois foi aquele que mais pontos conseguiu fazer. A forma como festejou o título descreve muito bem os momentos de emoção que proporcionou aos adeptos. Esteve em grande no jogo, tendo sido das suas mãos onde surgiram 18 importantes pontos, numa altura em que a selecção parecia descer de produtividade.
Lutonda: Protagonizou uma despedida em grande da Selecção Nacional. É incrível a forma como não falha nos lances livres. Como recompensa, além do título, fica registado o grande tributo prestado pelo público ao grande "General".
Milton Barros: O jovem terminou em grande o campeonato. A sua qualidade técnica e velocidade, mais uma vez, voltaram a ser fundamentais para que este título fosse uma realidade.
Luís Costa: O jogador do Petro de Luanda fez os últimos dois pontos que fizeram com que Angola atingisse os 86 pontos. Mas, antes disso, nas poucas oportunidades que teve para entrar no jogo, soube desempenhar bem o seu papel.
Olímpio Cipriano: Esperava-se mais dele nesta final. Não se sabe por que razão o "craque" da nossa selecção acusou baixa de nível, na fase derradeira da prova. Ainda assim, o extremo-base angolano arrebatou um troféu.
Kikas: Foi um dos eleitos do melhor cinco inicial do Afrobasket e o MVP do campeonato. Na verdade não constituiu nenhuma surpresa para quem acompanhou a sua prestação durante toda a prova. O poste angolano foi seguramente o pilar de sustentação deste nono troféu angolano.
Carlos Morais: É um dos jovens seleccionados de "Ginguba" com um futuro muito promissor. Sem Milton Barros no "cinco" ou com ele, Morais sabe assumir as "despesas" do jogo ofensivo nacional. Os seus passes são um meio-ponto.
Víctor de Carvalho: O nosso "capitão" é outro dos jogadores que pode sair de cabeça erguida, bem erguida mesmo, da selecção nacional. Este era o título que faltava à sua galeria. Os seus triplos vão deixar saudades, mas a sua marca ficou, mais uma vez, registada como o selo extraordinário de uma qualidade onde reside os êxitos.
Armando Costa: Nos seis minutos que esteve em campo, o base ajudou quer na defesa quer no ataque ao mesmo tempo em que foi fundamental na recuperação do jogo da equipa.
Carlos Almeida: jogou e fez por merecer. Grande exibição. A sua experiência acabou por ser um factor importante na manobra do conjunto.
Felizardo Ambrósio: Não deixa de ser um dos felizes contemplados com este título
da melhor forma. Não chegou a jogar esta final, mas deixou também a sua marca registada e seguramente é um atleta a se ter em conta para os Jogos Olímpicos.

ANGOLA : Campeã


País vibrou com a Selecção

25 agosto 2007

CABO VERDE : Cabo Verde ganha o Bronze

Cabo Verde conseguiu o seu melhor resultado de sempre num Campeonato Africano de Basquetebol, alcançado o terceiro lugar. A conquista do bronze no AfroBasket, num jogo emocionante frente ao Egipto, deixou os jogadores, equipa técnica e cabo-verdianos que estavam no Pavilhão da Cidadela, em Luanda, em polvorosa. A razão não é para menos, afinal Cabo Verde apenas perdeu com Angola, a detentora do título, ultrapassando todas as outras equipas que lhe passaram pela frente.


Mané Trovoada não conseguiu conter a alegria, falando em directo para a RCV. "Peço a todos os cabo-verdianos que vão ao aeroporto receber estes nossos guerreiros", disse o treinador da selecção nacional, com a voz embargada de emoção.

Cabo Verde bateu o Egipto por 53-51, marcando dois cestos decisivos nos últimos segundos e virando o marcador que era, mesmo na recta final da partida, desfavorável aos crioulos.

Os jogadores cabo-verdianos que foram para Angola com o objectivo de alcançar o sexto lugar, chegaram à terceira posição no AfroBasket 2007. Mas conseguiram também vencer algumas das melhores equipas da modalidade no continente, como a Nigéria e Egipto, e regressam a casa apenas derrotados pela equipa anfitriã e número 1 do baqueste em África, Angola.

No pavilhão estava a assistir o jogo, o embaixador de Cabo Verde em Luanda, Silvino da Luz, que exultou o Estado cabo-verdiano a dar mais apoio aos jovens talentos nacionais. Também o ministro da Economia, José Brito, que está de passagem por Angola, declarou ao enviado especial da RCV, Moisés Évora, que o terceiro lugar alcançado por Cabo Verde é a "vitória da juventude" e da "vontade e determinação em ganhar

AFROBASKET 2007 : Nigerianos alcançam modesto quinto lugar

A selecção nacional da Nigéria alcançou, ontem, o quinto lugar no Campeonato Africano de Basquetebol “Afrobasket/2007”, ao vencer a Tunísia por 83-82. Os tunisinos entraram logo com disposição de vencer, e mostraram isso logo no primeiro quarto em que triunfaram por 23-11.
No segundo período a equipa nigeriana fruto de uma maior entrega, correu atrás do resultado e quase alcançou os seus intentos, acabando por perder por apenas dois pontos, 63-38.
No terceiro período, a Tunísia voltou novamente a controlar o jogo tendo em quatro minutos estabelecido uma vantagem de doze pontos. Mas uma vez a Nigéria não se fez rogado, indo novamente atrás do resultado, o que conseguiu terminar o período perdendo por cinco pontos, 56-51.
O quarto período foi o mais competitivo, com as duas equipas a praticarem um bom basquetebol, recebendo do pouco público presente, muitas palmas. Foi uma luta renhida, em que as duas selecções ensaiaram algumas jogadas espectaculares. A dois minutos do final do quarto período, a Nigéria passou a frente do marcador, mas logo a seguir a Tunísia voltou a assumir o comando fruto de uma penetração de Amine Rzing.
A cinco segundos do apito final, o extremo base Chamberlain Oguchi fez um triplo que estabeleceu um empate de 69-69, o que levou as duas equipas ao prolongamento. Aí, Chamberlain Oguchi com 11 pontos, assumiu a vitória para os nigerianos ante uma Tunísia que lutou até ao fim. No final a Nigéria venceu por 83-82, conquistando assim o quinto lugar deste campeonato.

FICHA TÉCNICA


Com uma assistência de 100 pessoas na Cidadela Desportiva, as selecções jogaram e pontuaram assim:
NIGÉRIA (83)- Chuchill Odia( 1), Ibraim Badmus(0),Chamberlain Oguchi(21),Jeleel Akindele(12) Ibraim Yusuf(4),Abdulrahman Mohammed(0),Jayson Obazueye(14),Ejike Ugboaja(7),Tunji Awojobi(12),Stanley Gumut(2),Aloysius Anagoye(10), Olumide Oyedeji(0).
Treinador: Robert McCallum
TUNÍSIA (82)- Radhoune Slimane(11),Ali Amri(11),Nizar Knioua(0),Naim Dhifallah(6),Marouan Laghnej(8),Fouhed Stiti(1),Atef Maoua(10),Oualid Dhouibi(0),Omar Mouhli(7) Amine Rzig(13),Hamdi Braa(4), Mejdi Maalaoui(11).
Treinador: Adel Tlatli

AFROBASKET 2007 : Triplo de Tony Barros rende bronze a Cabo Verde

Selecção cabo-verdiana com o triunfo de ontem acabou por ser a sensação do campeonato

Francisco Carvalho


A Selecção de Cabo Verde conquistou ontem a medalha de bronze do Campeonato Africano das Nações, que hoje encerra em Luanda, ao vencer o Egipto por 53-51, num jogo muito emotivo na ponta final.
O triplo de Tony Barros, a cinco segundos do apito final, levantou os poucos adeptos do arquipélago presente no pavilhão principal da Cidadela Desportiva. Numa final muito escaldante, os jovens do arquipélago espremeram toda a sua energia, quando tudo parecia perdido.
A Selecção do Egipto, mais esclarecida desde o início do jogo, anulava toda a intenção ofensiva de Cabo Verde. A boa precisão nos lançamentos à cesta contribuiu para a vantagem até ao intervalo. 26-32, favoráveis aos faraós, era o resultado. Tony Barros, do lado cabo-verdiano, e Ashraf Rabie, do lado egípcio, comandavam com oito pontos cada as suas selecções.
Após o reatamento, Cabo Verde manteve a mesma toada de perda de bola, imprecisão nos lançamentos à cesta. O técnico angolano, Emanuel Trovoada, altera o sistema táctico e passa a apostar em penetração na zona restrita do adversário. A pontuação começa a crescer e renasce nos jovens do arquipélago a crença da vitória.
Em resposta a ousadia de Cabo Verde, Predrag Bandjarevic, técnico egípcio, coloca dois postes possantes na quadra. Os ressaltos ofensivos e defensivos eram ganhos todos e a pontuação volta a distanciar-se. No final do quarto, seis pontos de diferença mantêm-se desde o intervalo, 39 –45, favoráveis aos faraós.
Cabo Verde volta a quadra mais forte e aperta a defesa. Uma queda do poste egípcio deixa-o lesionado. Era o jogador mais importante dos árabes. Ashraf Rabie. O número quinze abre uma lacuna insubstituível. Egípcios entram em crise de tempo.
Liderados pelo Rodrigues Mascarenhas, Cabo Verde passa a ganhar os ressaltos e aproxima-se do adversário. 51- 50, favoráveis aos egípcios. Uma perda de bola, oferece aos ilhéus a oportunidade de chegar ao pódio. Após a circulação da bola, Tony Barros, bem posicionado fez o lançamento da consagração. Cabo Verde vibra de emoção e as mãos egípcias cobrem as cabeças. Soa o apito final e a alegria invade o pavilhão.

P. Bandjarevic (Egipto) : “É de ficar frustrado”

O técnico da selecção egípcia, Predrag Bandjarevic, disse em conferência de imprensa que se sentia frustrado depois de um jogo de estrema importância como o de ontem, diante de Cabo Verde. O quarto lugar da competição não estava na sua perspectiva.
“É de ficar frustrado depois de um jogo como esse em que tínhamos o controlo total. Viemos com jogadores para competir, apesar de termos muitas dificuldades durante os três meses de preparação. Não estou satisfeito com o quarto lugar”, referiu.
Questionado sobre as causas que ditaram a derrota, Predrag disse que havia muitos problemas dentro da selecção do seu país.

Emanuel Trovoada (Cabo Verde): “É momento de festa”

Para o angolano ao serviço da selecção de Cabo Verde, Emanuel Trovoada, o dia de ontem é histórico para aquele país do Golfe da Guiné, pela conquista do terceiro lugar.
“É um momento de festa e saio daqui como um homem de sorte, depois de 25 anos de ausência no meu país”, disse com lágrimas de satisfação nos olhos.
A conquista desse prémio, segundo Emanuel Trovoada, coloca a selecção de Cabo Verde entre as melhores de África e nos próximos campeonatos será de grande responsabilidade. “A partir de hoje, Cabo Verde será visto não como uma selecção de coitadinhos”, referiu. Emanuel Trovoada.

FICHA TÉCNICA

Com uma assistência de 200 pessoas na Cidadela Desportiva, as selecções jogaram e pontuaram assim:
CABO VERDE: António Moreira (0), Odair Sanches (0), Agildo Cabral (0), Aquiles Semedo (3), Mário Correia (10), António Monteiro (2), Marques Houtman (7), Aldevino Lima (5), Mário Neves (0), Victor Fortes (0), Tony Barros (11), Rodrigues Mascarenhas (15)
Técnico: Emmanuel Trovoada
EGIPTO: Mohamed Moustafa (0), Mohamed El-Garhi (0), Ramy Gunady (8), Wael El Sayed (5), Ibrahim El-Gammal (4), Amir Fannan (8), Mohamed El Einen (0), Sherif Smara (2), Ahmed El Said (4), Kareem Shamseia (8), Tarek El-Ghannam (0), Ashraf Rabie (12)
Técnico: Predrag Bandjarevic.

ANGOLA : Adeus do “general” acontece mais logo

Miguel Pontes Lutonda, ou simplesmente “General”, como é carinhosamente tratado nas lides da “bola ao cesto” vai despedir-se na noite de hoje do “cinco” nacional, na final inédita frente à selecção dos Camarões.
Aos 35 anos de idade, dos quais mais de metade ligados à modalidade, é nos dias que correm o basquetebolísta de maior referência quer a nível do país quer a nível do continente berço da humanidade.
A sua popularidade, para os entendidos da matéria, é superada apenas pelo lendário Jean Jacques da Conceição e Ângelo Victoriano, que ao serviço da Selecção Nacional conquistaram nada mais nada menos que seis e oitos títulos africanos, respectivamente para além de várias participações em Campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos.
Levado à Selecção
Nacional Sénior pelo malogrado Wladimiro Romero, isto no ano de1997, no Campeonato Africano das Nações de Basquetebol realizado em Dackar, capital do Senegal, certame onde o “cinco” nacional viu o seu ciclo de vitórias consecutivas (quatro títulos africanos) a ser interrompido, o grande “General” foi durante estes anos elemento preponderante dos octa-campeões Africanos, na posição um (base). Miguel Pontes Lutonda, 1 metro e 86 centímetros de altura, possuiu um rico palmarés de causar inveja a qualquer atleta de alta competição.
“Depois de dez anos ao serviço da selecção principal e outros sete nas selecções jovens chegou o momento de deixar lugar para os mais jovens e doravante dedicar-me exclusivamente ao meu 1º de Agosto”, asseverou Miguel Pontes Lutonda, ou se preferirem o grande “General”, que no africano de Marrocos, em 2003, arrebatou o troféu de MVP (Jogador Mais Valioso).
Quis o destino que o pavilhão Principal da Cidadela Desportiva que o sagrou pela primeira vez, como campeão africano de seniores, o voltasse a acolher na hora da sua despedida da Selecção Nacional.
“Quero despedir-me em grande com a consagração do título africano o que seria bastante confortante pra mim”.
Questionado sobre os Jogos Olímpicos de Beijing, China, em 2008, onde o “cinco” nacional deverá uma vez mais representar a África na maior cimeira desportiva mundial, o camisola 14,
respondeu que vai “jogar”, mas na condição de décimo terceiro jogador – entenda-se do lado da claque de apoio.
“Os Jogos Olímpicos de 2008 pra mim estão fora de questão. Repito encerro a minha carreira na Selecção Nacional após o jogo da final de mais logo, frente aos camaroneses”, assegurou Lutonda.
Em caso de vitória do “cinco” nacional, o base mais talentoso dos últimos dez anos em Angola e África chamará a si o seu quinto título consecutivo. Hoje, Lutonda fará a sua octogésima quinta
internacionalização.
Em cinco jogos disputados até aqui o grande “General” anotou já 50 pontos e fez 16 assistência, sendo por isso, o melhor assistente do “cinco” nacional.

Palmarés de Miguel Lutonda

Formado nas escolas do Grupo Desportivo da Nocal, onde se notabilizou como jogador de alta competição, Miguel Pontes Lutonda, rapidamente se transformou num jogador de referência no país e no estrangeiro.
“Forçado” a actuar na posição um (base) pelo malogrado Wladimiro Romero, enquanto dirigiu a Selecção Nacional, transferiu-se do Grupo Desportivo da Nocal para o Atlético Sport Aviação (ASA), em 1995, onde se sagrou campeão nacional por duas ocasiões.
Depois rumou para o 1º de Agosto, onde se encontra até aos dias de hoje. Ao serviço da equipa militar, o grande “General” arrebatou seis campeonatos nacionais, cinco Taças de Angola e quatro Supertaças, para além de dois Campeonatos Africanos a nível de Clubes.
Ao serviço da Selecção Nacional, conquistou os africanos de 1999, 2001, 2003, 2005 e em 2007 prepara-se para comemorar o seu quinto troféu.
A estes títulos juntam-se as participações em campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos.

AFROBASKET : Camarões recusam servir de “petisco” para Angola

Selecção camaronesa preparou-se ontem, na máxima força, visando a grande final de hoje à noite

Paulo Caculo




A selecção nacional dos Camarões efectuou na manhã de ontem uma sessão de treinos que serviu de “ensaio” ao jogo de hoje à noite com Angola, válido para a final da XXIV edição do Afrobasket/2007.
Durante uma hora e meia, o técnico Lazare Adingono deixou claro aos jornalistas e aos poucos adeptos presentes no renovado Pavilhão Gimnodesportivo da Cidadela, que não pretendem ser nenhuma “perâ-doce” para Angola. Ou seja, a leitura que se faz da única preparação dos Leões Indomáveis antes do confronto da final de hoje, é a de que estão dispostos a discutir o título deste Campeonato Africano até às últimas consequências, ainda que para tal seja necessário “morrer na quadra”.
Pelo menos foi o que nos deu a entender, nas entrelinhas, as declarações do técnico camaronês (ver peça ao lado). Apesar de Lazare Adingono ter trabalhado com os seus doze jogadores com a presença do público, não escondeu, na totalidade, as estratégias a usar para derrubar a equipa de Alberto de Carvalho “Ginguba”.
Jogadas combinadas e arremessos à cesta quer na linha dos 6,25 metros quer em lances livres, dominaram a preparação que culminou com um breve jogo entre o provável “cinco” inicial e a equipa de reservas.
Desta preparação dos camaroneses que visa a conquista do título africano, pode-se ainda depreender que apostaram muito no jogo exterior. Patrick Bouli e Gaston Essengue, principais cestinhas da equipa, voltaram a evidenciar durante o treino grandes performances, “rematando” sempre com êxito da zona dos três pontos.
Por outro lado, há ainda a destacar dois bases muito rápidos nesta equipa, Ekanga e Luc Mbah, que são os grandes armadores de todo jogo ofensivo dos Camarões.
De resto, trabalharam com o técnico Adingono os seguintes jogadores: Frank Ndongo, Gaston, Essengue, Bayang, Ekanga, Jean Pierre Ellong, Bitee, Bouli, Tatchoum, Vounang, Luc Mbah e Joseph Owona.

Cinco jogadores actuam nos Estados Unidos da América

A selecção camaronesa, que hoje decide o título do 24º Afrobasket com Angola, disputa a sua primeira final com cinco jogadores que actuam em formações norte-americanas, além do seu técnico principal. Outros cinco vêm de França e apenas dois jogam no próprio país.
No seu plantel destaca-se Luc Mbah, 21 anos e 2,00 m , o principal responsável pela vitória sobre o Egipto na meia-final. Este extremo do UCLA da NCAA dos Estados Unidos conseguiu 20 pontos, nove ressaltos e seis recuperações sendo as melhores marcas da partida.
A NCAA - National Collegiate Athletic Association (Associação Atlética Universitária Nacional) é a entidade máxima do desporto universitário dos Estados Unidos da América. Organiza e gerencia competições regionais e nacionais entre as universidades do país.
O seleccionador camaronês, Lazare Adingono (Canisius College/EUA, NCAA), conta ainda com outros quatro jogadores da NCAA dos Estados Unidos, como Franck Ndongo (Virgínia Commonwealth), 18 anos, 2,01 m e Parfait Bitee (U. Rhode Island), 22 anos, 1,88m. Completam a “armada americana” Patrick Bouli (Manhattan College), 21 anos, 1,88 m , e Gaston Essengue (UNLV), 23 anos, 2,05 m.
O jogador mais alto do conjunto actua na terceira divisão francesa (JSA Bordeaux, Joseph Owona, que um dia depois da final completa 31 anos, tem 2,05 m . Em França actuam ainda Joachim Ekanga (JSF Nanterre), 19 anos, 1,88 m, Alex NKembe (La Rochelle Rupella ), 28 anos, 2,04 m , Romeo Tatchoum (ALS Andrezieux), 26 anos, 1,88 m , e Brice Vounang (SPO Rouen), 1,98 m.
Os únicos jogadores que jogam nos Camarões são Christian Bayang (BEAC Yaoundé), 20 anos e Jean-Pierre Ellong Ebongue, de 22.
Esta selecção está apenas pela quarta vez numa prova continental, tendo iniciado em 1972 (8º). A sua melhor classificação foi o quarto lugar na edição de 1974 em Bangui, e há 17 anos que não marcava presença num Afrobasket, desde que ocupou o oitavo lugar em 1991 no Cairo. Não tem classificação no Ranking FIBA.
O facto de ter este histórico modesto e o de ter sido enquadrado num grupo sem qualquer campeão africano (D, Cabinda) levou a que os camaroneses passassem despercebidos. A cabeça-de-série, Argélia, desistiu à última hora, substituída por Moçambique, o que deixou a série menos expressiva.
Superou a favorita Tunísia por cinco pontos (75-70), no jogo mais equilibrado que disputou em Cabinda. Venceu Moçambique por 66-54 e o resultado mais expressivo foi com a África do Sul (89-59).
Nesta segunda fase já em Luanda derrubou já sete títulos do Afrobasket. Nos quartos de final, aplicou 20 pontos (76-56) a Côte d’Ivoire (duas vezes campeã de África) e que se apurou no grupo mais equilibrado, afastando Senegal e Mali.
É este adversário que, no seu regresso para já assegurou a melhoria da classificação, a selecção octa-campeã africana terá de ultrapassar sábado às 19 horas no pavilhão da Cidadela, em Luanda, para chegar aos Jogos Olímpicos e ao nono trofeu continental.

Lazare Adingono (Técnico)-“Queremos conquistar
título africano”

O treinador da selecção camaronesa, Lazare Adingono, assegurou no final do treino de ontem que a sua equipa vai entrar para o jogo com a selecção angolana “com o objectivo de conquistar o título africano”.
Adingono, apesar de reconhecer que defronta a selecção anfitriã, não esconde a ansiedade e o desejo de terminar a final vitorioso. Segundo ele, será um grande jogo de basquetebol e que só vencerá quem estiver melhor.
“Vamos defrontar uma boa equipa. Angola joga muito bem, tem um grande treinador, mas nós também temos uma boa equipa e estamos determinados em complicar o máximo o favoritismo de Angola”, disse o treinador da selecção camaronesa, salientando em seguida que “o moral do grupo antes da final é dos melhores e todos estão felizes por disputar esta final com Angola”, a quem esperam vencer.
“Acreditamos positivo. Sempre acreditamos que podíamos chegar à final deste campeonato africano. Estamos determinados em ganhar o jogo. Este é o nosso maior objectivo. Queremos conquistar este título, mas sabemos que será muito difícil”, asseverou.
P.C

Primeira final em 3 participações


A primeira aparição da selecção dos Camarões numa fase final do Afrobasket remonta ao ano de 1972, no Senegal. Com uma equipa inexperiente e que valia mais pela qualidade individual de alguns jogadores do que propriamente pelo seu conjunto, os Camarões acabaram afastados na primeira fase, diante da RCA, naquela que marcou, na altura, a disputa do Africano com maior número de selecções (12).
Como que a anunciar o surgimento de uma equipa com o objectivo de conquistar a sua marca entre os melhores, os Leões Indomáveis regressavam em 1974 para a sua segunda presença consecutiva e com uma equipa que traduziu melhor atitude.
Mas, na edição seguinte, ao contrário do que se previa, a selecção camaronesa voltou a estar ausente durante muito tempo, nomeadamente em 1975 (Egipto), 78 (Senegal), 80 (Marrocos), 81 (Somália), 83 (Egipto), 85 (Côte d’ Ivoire), 87 (Tunísia) e 89 (Angola).
Depois deste longo jejum, os Camarões só voltaram a protagonizar uma nova participação entre os melhores do basquetebol africano, apenas em 1991, por ocasião do Afrobasket organizado pelo Egpto. Mas já nas edições seguintes, os camaroneses voltaram a estar afastados, em 1993 (Quénia), 95 (Argélia), 97 (Senegal), 99 (Angola), 2001 (Marrocos), 2003 (Angola) e 2005, na Argélia.
De resto, este ano, o facto é que a selecção camaronesa protagoniza a grande surpresa da competição, ao disputar a final inédita com Angola. Como será? Esta é uma pergunta que apenas terá resposta no final jogo desta noite.
P.C

ANGOLA : Angolanos buscam hoje nono título continental

Selecção Nacional defronta às 19 H00, no pavilhão da Cidadela os Camarões na final da competição

Melo Clemente

Diante de um ilustre “desconhecido”, pelo menos em fases finais, a Selecção Nacional de Angola procura hoje, a partir da 19 horas, no “santuário” da “bola ao cesto”, frente à sua congénere dos Camarões, a conquista da XXIV edição do Campeonato Africano das Nações de Basquetebol em Seniores Masculinos.
A jogar na condição de anfitrião, o seleccionado angolano que vai disputar a sua décima final, em catorze presenças em fases finais do CAN da “bola ao cesto”, vê-se na obrigação de vencer o desafio de mais logo, não só por jogar em casa, mas, sobretudo, pela excelente campanha que vem efectuando até aqui, onde só coleccionou vitórias atrás de vitórias.
Espera-se, por uma casa a rebentar pelas costuras, como soe-se dizer, para uma vez mais empurramos os octa-campeões africanos para mais uma conquista do título continental, que a acontecer será o nono troféu, um feito jamais igualado a nível mundial.
Apesar de uma final ser sempre imprevisível, onde os mais fortes nem sempre se fazem vincar, o favoritismo recai sem margens de dúvidas para o combinado nacional. Mas para tal, terá de respeitar acima de tudo o seu adversário que persegue o mesmo objectivo, ou seja, a conquista do anel continental.
Alberto de Carvalho “Ginguba”, seleccionador nacional, vai na sessão derradeira desta manhã, limar as últimas arestas para que tudo saia a contento no prélio de mais logo.
O país, e particularmente a cidade de Luanda vai seguramente parar no princípio da noite de hoje para o devido apoio aos bravos rapazes.
Entretanto, o seleccionado dos Camarões que aparece na final como um verdadeiro “out-sider” quer inscrever o seu nome com letras de ouro, como fez saber o seu técnico L. Adingono.
Por isso, antevê-se uma partida difícil para os dois contendores e a formação que explorar convenientemente os erros do seu adversário chamará a si a conquista do título africano e por via disso o apuramento aos Jogos Olímpicos de Beijing, China.

Cinco inicial de Angola

Sem problemas clínicos, o técnico Alberto de Carvalho “Ginguba” deverá alinhar inicialmente com o “cinco” que eliminou Cabo Verde nas meias-finais, composto por Olímpio Cipriano, Carlos Morais, Eduardo Mingas, Joaquim Gomes “Kikas” e Milton Barros.

AFROBASKET 2007 : RESULTADOS GERAIS

GRUPO-A

109 Angola x Rwanda 66
80 Marrocos x Cabo Verde 85
74 Marrocos x Rwanda 68
100 Angola x cabo Verde 44
71 Cabo Verde x Rwanda 62
100 Angola x Marrocos 58

GRUPO-B

75 Mali x Senegal 85
72 Egipto x Côte d´Ivoire 65
63 Senegal x Côte d´Ivoire 65
73 Mali x Egipto 66
63 Senegal x Egipto 66
65 Côte d´ivoire x Mali 63

GRUPO-C

35 Libéria x Nigéria 109
58 rd congo x RCA 66
77 nigéria x RCA 54
69 libéria x RD Congo 80
90 nigéria x rd congo 74
96 RCA x Libéria 59

GRUPO-D

66 Camarões x Moçambique 54
66 África do Sul x Tunísia 72
61 Moçambique x Tunísia 73
89 Camarões x África do Sul 59
59 Moçambique x África do sul 58
70 Tunísia x Camarões 75

CLASSIFICAÇÃO do 9º ao 16º

93 Marrocos x Libéria 54
76 África do Sul x Senegal 99
77 mali x moçambique 61
87 rd congo x rwanda 89
65 libéria x moçambique 81
77 África do Sul x rd congo 74
86 marrocos x mali 76
93 senegal x rwanda 58
84 libéria x rd congo 92
85 moçambique x áfrica do Sul 97
78 mali x rwanda 74
78 marrocos x senegal 79

Quartos de final

78 Angola x RCA 51
67 Egipto x Tunísia 57
53 Nigéria x Cabo Verde 62
76 Camarões x Côte D´Ivoire 56

CLASSIFICATIVAS do 5º ao 8º

46 RCA x Nigéria 80
74 Tunísia x Côte D´Ivoire 63
69 rca x Côte D´Ivoire 63
83 Nigéria x Tunísia 82

Meias - finais

93 Angola x Cabo Verde 60
52
Egipto x Camarões 58

FINAL

Angola x Camarões

AFROBASKET 2007 : Classificações Individuais

Melhores cestinhas

Olímpio Cipriano (Angola)..................71
Tarek Ghannam (Egipto)....................54
Luc Mbah (Camarões).......................49
Ahmed Elsaied (Egipto)......................49
Eduardo Mingas(Angola).................... 48
Nikate Modibo(Mali)...........................48
Joaquim Gomes (Angola).....................47
Aurianthal Manix (Rwanda)..................42
Miguel Lutonda (Angola).....................41
Carlos Morais (Angola) .......................36
Ekanga (Camarões)............................35
El Sayed (Egipto)...............................35
Aloysius Anagonye (Nigéria).................34
Elhadji Ndove (Senegal)...................... 33
Hamza Ruhezamihigo (Rwanda)..............29
Malik Badiane (Senegal)........................26
Maoua (Tunísia)..................................24
Selenge Lifetu (RD Congo).....................23
Sony Diakita (Mali)................................22
Issa Konaré (Senegal)............................20

MELHOR RESSALTADOR

Joaquim Gomes 24 Angola
Felizardo Ambrósio 19 Angola
Vítor Muzadi 18 Angola
Mascarenhas 17 Cabo Verde
Rhalimi Reda 9 Marrocos
Olumide Oydeji 8 Nigéria
Robert Thomson 6 Rwanda

MELHOR TRIPLISTA

Carlos Morais 9/15 Angola
Milton Barros 5/8 Angola
Hamza Ruhezamihigo 5/10 Rwanda
Víctor de Carvalho 8/21 Angola

ANGOLA : Afrobasket2007: Final / Inteligência e colectivismo podem dar nono título

Esta noite a selecção nacional tem de redobrar o colectivismo, a concentração e inteligência para tentar superar os Camarões, no jogo da final do 24º campeonato africano sénior masculino de basquetebol, marcado para as 19h00 no pavilhão da Cidadela, em Luanda.

Nesta final, que garante o passe para os jogos olímpicos de 2008, de um lado está o país que mais títulos africanos conquistou e que já esteve em 10 finais, tendo ganho oito. Desde 1989, quando conseguiu o seu primeiro título, nunca mais perdeu uma final. Arrebatou as medalhas de ouro em todas as edições seguintes (1991, 1993, 1995, 1999, 2001, 2003, 2005). Em 1997, os angolanos não atingiram a final.

Angola é também o país que mais vezes representou África nos jogos olímpicos, evento que participa consecutivamente a quatro edições, desde a estreia em Barcelona1992.

Na actualidade, esta selecção nacional - integrada só por jogadores que actuam no país e de apenas dois clubes (Petro de Luanda e 1º de Agosto) – vive uma fase de rejuvenescimento, além de ser comandada por um técnico estreante.

Será a primeira final sem Ângelo Victoriano (retirado), o único jogador que participou nas oito conquistas de Angola. Também não terá os técnicos que amealharam os triunfos no Afrobasket, Mário Palma (4), Victorino Cunha (3) e Wlademiro Romero (1). O seu sucessor, Alberto de Carvalho vai dirigir a sua primeira final Africana como treinador principal num Afrobasket. em 1980, foi adjunto no campeonato africano júnior ganho por Angola no mesmo recinto.

Este grupo, que já tem assegurado o apoio de mais de seis mil adeptos, tem de actuar com muita inteligência, paciência e concentração para superar um estreante que se apresenta sem qualquer pressão na sua primeira decisão de um troféu africano.

Depois de 16 anos fora desde convívio onde o melhor que tiveram foi um quarto lugar em 1974, os Camarões estão em Luanda sendo metade da equipa jogadores de universidades norte-americanas (incluindo o treinador principal) e de campeonatos franceses. Apenas dois atletas jogam na terra natal. Em face disso, é evidentemente uma equipa com um basquetebol diferente do praticado em África.

À sua capacidade físico-atlética, característica dos africanos, associam já uma técnica e cultura “americanizada”, destacando-se o poder de concretização e de ressaltos. A falta de pressão nos encontros que até agora disputou, incluindo com o Egipto nas meias-finais, não permitiu testar a sua capacidade de reacção ante forte pressão defensiva – uma das armas da selecção de Angola. Entretanto, alguma disciplina táctica e o factor motivação por estar numa final sem obrigação de vencer podem tornar os camaroneses um adversário difícil para os anfitriões.

Se a selecção nacional adoptar como prioridade o jogo colectivo, algo que tem sido em certos momentos preterido a favor do individualismo, em busca de protagonismo individual, e se jogar rápido poderá contornar as deficiências que tem, nomeadamente na capacidade físico-atletica da equipa, claramente inferior aos Camarões.

ANGOLA : Veteranos ponderam abandono da selecção

Victor de Carvalho e Carlos Almeida, dois dos mais experientes integrantes da selecção angolana de basquetebol, aventaram neste sábado, em Luanda, a possibilidade de continuarem a representar o "cinco" nacional, mesmo depois do Afrobasket2007.

Carlos Almeida já havia manifestado publicamente o interesse de deixar os octocampões, no final dessa edição do torneio continental, mas prometeu hoje à Rádio 5, a reconsiderar a decisão.

"Vamos ver! No final, podemos ter uma decisão mais coesa", considerou o atleta, campeão africano em 1999, 2001, 2003 e 2005. Disputa esta noite, diante dos Camarões, a sua quinta final em edições do Afrobasket.

Já Victor de Carvalho, o mais veterano desse grupo de jogadores, garantiu continuar a jogar pelo seu clube, o Petro de Luanda, e caso tenha condições físicas e atléticas, pela selecção nacional.

"Se estiver em condições vou continuar a fazer parte da selecção", afirmou o campeão africano em 1991, 1993, 1995, 1999, 2002 e 2003 . Em 1997, conquistou a medalha de bronze, no Afrobasket do Senegal.

24 agosto 2007

MOÇAMBIQUE : AFROBÁSQUETE ANGOLA-2007: Piorámos!

O OBJECTIVO que norteava a Selecção Nacional de Seniores Masculinos, nomeadamente melhorar a classificação anterior, falhou redondamente no Afrobásquete Angola-2007, que amanhã conhecerá o seu vencedor. Do 11º lugar obtido há dois anos, em Argel, a turma moçambicana desceu para o 14º, ao ser derrotada, ontem à tarde, em Benguela, pela África do Sul pela marca de 97-85.

Tratava-se do encontro para a classificação final, entre 13º e 14º, com os sul-africanos a posicionarem-se à frente da equipa orientada por Carlos Alberto Niquice (Bitcho), que, coincidentemente, durante a primeira fase, em Cabinda, para o Grupo “D”, havia vencido este seu adversário por um ponto (59-58).

O Ministro da Juventude e Desportos, David Simango, que se encontra em Angola desde quarta-feira, em visita de trabalho a convite do seu homólogo Marcos Barrica, esteve presente ontem no Pavilhão Acácias Rubras, em Benguela, onde assistiu o desfecho fatal da nossa selecção.

23 agosto 2007

ANGOLA : Camarões... não é canja!- Hoje jogo Eu

Já com a eliminação de muitos “grandalhões” do basquetebol continental, como malianos, senegaleses, ivorienses, centro-africanos e nigerianos a festa da bola ao cesto vai prosseguir hoje, com o protagonismo daqueles que souberam chegar por mérito próprio às meias-finais: angolanos, egípcios, cabo-verdianos e camaroneses.
Deste grupo, tirando o confronto Angola-Cabo Verde, em que obviamente ovacionarei pelos nossos, no Egipto-Camarões, vou torcer pelo Egipto, porque é o que mais convém para a malta na final. Pelos Camarões não senhor.
Não senhor porque tê-lo na final, com Angola, daria mais tarefa ao nosso cinco, na medida em que essa equipa vem subindo de forma de jogo a jogo. Estive em Cabinda a seguir as sua produtividade, do primeiro ao terceiro prélio do grupo “D”, e noto que é uma equipa que sabe o que quer, ao contrário do Egipto que já passou dificuldades com a Tunísia. O Egipto, esse sim, para si sobra muito pouco trabalho de casa para Lutando, Cipriano e seus companheiros. Podemos bem dar “cabazada faraónica”.
É que de vitória em vitória essa equipa camaronesa vai acreditando que também pode ir aos Jogos Olímpicos de 2008, se da decisão da Fiba em Dezembro próximo ficar fixado que além do campeão africano se apurarão mais ... duas equipas.
Eu, por exemplo, não contava que havia de varrer lá em Cabinda a Tunísia e África do Sul. É um sucesso que não estava nas previsões de muita gente.
Está em Luanda a fazer sucesso que não estava previsto. Antes da equipa vir a Luanda, o treinador principal, o senhor, Etienne Obah Nkoa negou segurar a equipa por lhe terem imposto que contasse com jogadores que maioritariamente jogadores da diáspora, em que se destacam.
Em cima da hora apostou no técnico L.Adiongono, que com pouco tempo de preparação apenas chamou do exterior Joseph Vladimir Owona (França) e Alfred Aboya Baliaba (Estados Unidos).
Não efectuaram nenhum estágio de preparação depois dos Jogos Pan-Africanos, mas a verdade é que venceu a série de Cabinda e, portanto, Camarões é sim senhor uma das melhores equipas presentes neste “Afrobasket”.
É uma equipa que parece ter apenas dificuldades de um bom armador, o que preocupa a equipa. Em Argel, por exemplo, Joachim Ekanga, um dos mais valiosos do conjunto teve que fazer esse papel. Mas Aboya, Bayang, Elong, Ekanga e Vounang têm tentado colmatar a falha.
Angola é oito vezes campeã e medalhista de ouro dos Jogos Pan-Africanos mas numa eventual cruzamento com os Camarões na final...cuidado com esse “intruso”.

ANGOLA : “Fun Parks” anulados por escassez de tempo

A ideia era levar Angola a unir-se como um todo à volta do Afrobasket

Silva Cacuti

Os "Fun Parks", estruturas projectadas para acolher algumas iniciativas para promover a integração da população com o Afrobasket, em Luanda e Benguela, não deverão ser realizados devido à falta de tempo para os produzir, segundo Pedro Sarmento, responsável da Brandia Central, empresa encarregue da concepção e gestão da marca Afrobasket.
"Não vão acontecer os "Fun Parks", não havia tempo para os produzir. Não haveria capacidade em Angola para conseguir produzir todo o material inerente à sua realização, trazer de fora, com transportes, desalfandegamento, não vão acontecer", disse.
Os "Fun Parks" consistiriam na realização de várias iniciativas, como a implantação de mini-campos de basquetebol, jogos de dois para dois, insufláveis com tabelas, iniciativas que levariam as pessoas a participar no Afrobasket.
Pedro Sarmento disse que a sua empresa direccionou a sua estratégia para o povo, daí a razão de não ter incluído figuras emblemáticas da modalidade na publicidade para o evento.
"A ideia era levar Angola a unir-se como um todo à volta deste Afrobasket", revelou acrescentando que os efeitos da não realização dos "Fun Parks" deverão ser balanceados no final da prova.
O responsável da Brandia, disse ainda que as disparidades constatadas no "dressing" de alguns pavilhões e cidades que acolhem a prova, decorrem também da falta de exiguidade de tempo ao dispor da sua empresa.
Existente há dois anos, a Brandia Central, autora da mascote e logotipo da prova, segundo o seu responsável, teve quatro meses para conceber e gerir a marca do 24º Campeonato Africano das Nações Afrobasket 2007.

Tunísia derrota Côte d´Ivoire nas classificativas

A Tunísia venceu ontem, a Costa do Marfim nas classificativas do quinto ao oitavo lugar, do campeonato africano de basquetebol sénior masculino, no pavilhão da Cidadela, em Luanda.
Os tunisinos entraram no primeiro período com vantagem no marcador, face a apatia dos marfinenses.
As boas prestações do extremo base, Radhouane Slimane, elevaram a confiança do grupo que venceu o primeiro período por 21-19.
Os ivoirenses correrem atrás do prejuízo, para
superarem a desvantagem no marcador e encostaram-se aos tunisinos bem no final do segundo período, terminando assim empatados a 42 pontos, fruto de uma melhor organização e pressão em relação ao seu opositor.
Com a dinâmica empreendida no segundo período, esperava-se uma superação da Côte d'ivoire mas, foi a Tunísia que continuou a mandar no jogo, a medida que ia utilizando todos os seus jogadores.
O quarto período foi da consagração dos tunisinos diante de uma Côte d'Ivoire que muito cedo abdicou da vitória, já que não encontrava soluções para contrariar os intentos do seu adversário.
O destaque da partida vai para o extremo base, Rehoueane Slimane que apontou 20 pontos, e do poste Amine Rzig que marcou 21 pontos.

Ficha Técnica

Tunísia - Radhouane Slimane (20), Ali El Amri (2), Nizar Knioua (3), Naim Dhiffalah (4), Marouan Laghnej (4), Fouhed Stiti (10), Atef Maoua (5), Wualid Dhouibi (3), Omar Mouhli (4), Amine Rzig (21), Hamdi Braa (5), Medji Maalaoui (6).
Treinador:Adel Tlatli

Côte d’Ivoire - Cedric Koudio (5), Jean Phililepe Koffi (4), Anani Afelli (7), Amadou Doium (10), Didier Tape (4), Guy Touali (15), Ismael Ndaye (4), Moraye Bvangaar (00), Mouloukou Diabate (3), Mamaery Diallo (7), Rodrigo Djahue (6) e Stephane Konate (16).
Treinador: Jacques Monclar

ANGOLA : Falam os treinadores

Técnico egípcio não acredita na passagem à final

O técnico do Egipto, Monclar Bredrag fez uma abordagem pessimista ao jogo de hoje, diante dos Camarões. Falando, na última terça-feira, após a qualificação da sua equipa, na vitória sobre a Tunísia, nos quartos-de-final (67-57), Monclair passou a imagem de que o apuramento à meia-final era obra do acaso, pois, a sua equipa estava desprovida de argumentos humanos que permitam grandes ambições.
"Não temos condições para vencer este campeonato. Temos jogadores sem grandes experiências, aliás quatro deles estão a fazer a estreia na selecção, por isso, posso dizer que não temos uma equipa coesa para ir à
final", disse.

Lazare Adigono quer título africano

Lazare Adigono, técnico dos Camarões definiu o título da prova como meta da sua equipa no presente campeonato. Eufórico, depois da vitória sobre a Côte d'ivoire, que lhe permitiu
presença na meia-final, Adigono revelou que é sua pretensão colocar os "leões" entre as melhores equipas do continente e isto passa por "vencer a meia-final", de hoje.
O técnico está confiante no resultado das excelentes condições de que dispôs na preparação da sua equipa para a prova.

ANGOLA : Nigéria bate República Centro Africana

A selecção da Nigéria derrotou ontem, no Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva, a sua similar República Centro Africana por expressivos 80-46, para as classificativas do quinto ao oitavo lugares.
Os nigerianos entraram melhor no desafio, contrariamente o seu opositor que esteve muito apático. No primeiro período, a selecção da Nigéria vencia já por 24-9, fazendo uma diferença inicial de 15-0.
A superioridade da Nigéria diante da RCA foi demonstrada em todo
jogo. Ao intervalo vencia por 44-25.
O melhor em campo foi o jogador nigeriano Tungi Awojobi com 18 pontos, seguido de Ejike Ugboa com 15.
A RCA durante o jogo não demonstrou o mesmo potencial que teve diante da selecção angolana nos quartos-de-final. Esteve muito mal, quer em termos de ressaltos ofensivos como defensivos.
Nos lançamentos de dois pontos em 30 tentativas apenas encestou 12. Na linha dos seis metros e vinte cinco, dos 19 tentados converteu seis.
Com esta vitória, os nigerianos vão lutar amanhã, frente Costa do Marfim, para as classificativas do quinto ao sexto lugar.