AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Angola, 68-Moçambique, 36 : Ruim para a nossa estirpe
INFELIZMENTE, perder com Angola já começou a ser um facto assumido pela nossa selecção feminina, ao contrário da supremacia que nos pertencia nas décadas passadas. Até se pode aceitar perder com as angolanas, pois trata-se de uma realidade indesmentível. Todavia, ser derrotado por números tão desnivelados como estes – 32 pontos de diferença – é que realmente não lembra ao diabo. E o diabo, neste caso, não é Angola. É, isso sim, a gritante incapacidade de acção e reacção demonstrada pela formação de Nazir Salé, que ontem – é preciso que reconheça – ficou sem soluções para se desenvencilhar da teia montada por Aníbal Moreira.
Aparentemente equilibrado, pelo menos na dinâmica de jogo inicialmente apresentada pelos dois conjuntos, pois Moçambique conseguia anular as adversárias nucleares e fechar o seu espaço de manobra, o desafio, no entanto, tinha dois actores distintos: um, apesar da pressão defensiva que recaía sobre si, pelo menos construía lances ofensivos e concretizava lançamentos às catadupas; e outro, também pressionado, mas sem quaisquer chances de esboçar jogadas vistosas e muito menos chegar aos dois pontos.
Resultado: a vantagem angolana foi disparando com toda a naturalidade e, por incrível que pareça, a nossa selecção somente conseguiu cinco pontos no primeiro período. Enfim, demasiado ruim para o nosso gosto e sobretudo para a nossa estirpe.
Habituados às brilhantes recuperações que têm sido protagonizadas pela equipa, ainda enchemos os pulmões de ar quando Leia Dongue entrou e começou a equilibrar o jogo nas tabelas, embora sem um visível efeito motivador no seio do conjunto, pois jogadoras como Anabela, Valerdina, Ana Flávia, Cátia, Aleia e Odélia eram pura e simplesmente abafadas nas suas penetrações pelas postes “palancas”.
Evidentemente que, sem possibilidades de lançar, nem a partir da zona curta nem dos 6.25 metros, outra coisa não poderia acontecer senão o descalabro. E este foi mesmo total, pois Nassecela Maurício chamou a si as despesas da vitória angolana, com concretizações a partir de várias posições, bem secundada por Luísa Tomás e Neto Rodrigues, duas postes de grande valia e igualmente boas atiradoras.
FICHA DO JOGO
Árbitros: Dabbagho, Mzali e Nguessan
ANGOLA (68) – Juliana Camufal (5), Ngiendula Filipe (8), Domitília Ventura (0), Felizarda Jorge (0), Isabel Francisco (5), Sónia Guadalupe (0), Irene Guerreiro (2), Luísa Tomás (10), Astrida Vicente (8), Nassecela Maurício (17), Neto Rodrigues (10) e Graciete Manuel (3)
Treinador: Aníbal Moreira
MOÇAMBIQUE (36) – Valerdina Manhonga (2), Filomena Micato (3), Ana Flávia Azinheira (4), Anabela Cossa (3), Ana Branquinho (3), Cátia Halar (8), Leia Dongue (7), Aleia Rachide (0), Amélia Macamo (4), Marta Ganje (0), Odélia Mafanela (2) e Ondina Nhampossa (0)
Treinador: Nazir Salé
Marcha do marcador: 16-5, 32-16, 54-30, 68-36.
* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo
Aparentemente equilibrado, pelo menos na dinâmica de jogo inicialmente apresentada pelos dois conjuntos, pois Moçambique conseguia anular as adversárias nucleares e fechar o seu espaço de manobra, o desafio, no entanto, tinha dois actores distintos: um, apesar da pressão defensiva que recaía sobre si, pelo menos construía lances ofensivos e concretizava lançamentos às catadupas; e outro, também pressionado, mas sem quaisquer chances de esboçar jogadas vistosas e muito menos chegar aos dois pontos.
Resultado: a vantagem angolana foi disparando com toda a naturalidade e, por incrível que pareça, a nossa selecção somente conseguiu cinco pontos no primeiro período. Enfim, demasiado ruim para o nosso gosto e sobretudo para a nossa estirpe.
Habituados às brilhantes recuperações que têm sido protagonizadas pela equipa, ainda enchemos os pulmões de ar quando Leia Dongue entrou e começou a equilibrar o jogo nas tabelas, embora sem um visível efeito motivador no seio do conjunto, pois jogadoras como Anabela, Valerdina, Ana Flávia, Cátia, Aleia e Odélia eram pura e simplesmente abafadas nas suas penetrações pelas postes “palancas”.
Evidentemente que, sem possibilidades de lançar, nem a partir da zona curta nem dos 6.25 metros, outra coisa não poderia acontecer senão o descalabro. E este foi mesmo total, pois Nassecela Maurício chamou a si as despesas da vitória angolana, com concretizações a partir de várias posições, bem secundada por Luísa Tomás e Neto Rodrigues, duas postes de grande valia e igualmente boas atiradoras.
FICHA DO JOGO
Árbitros: Dabbagho, Mzali e Nguessan
ANGOLA (68) – Juliana Camufal (5), Ngiendula Filipe (8), Domitília Ventura (0), Felizarda Jorge (0), Isabel Francisco (5), Sónia Guadalupe (0), Irene Guerreiro (2), Luísa Tomás (10), Astrida Vicente (8), Nassecela Maurício (17), Neto Rodrigues (10) e Graciete Manuel (3)
Treinador: Aníbal Moreira
MOÇAMBIQUE (36) – Valerdina Manhonga (2), Filomena Micato (3), Ana Flávia Azinheira (4), Anabela Cossa (3), Ana Branquinho (3), Cátia Halar (8), Leia Dongue (7), Aleia Rachide (0), Amélia Macamo (4), Marta Ganje (0), Odélia Mafanela (2) e Ondina Nhampossa (0)
Treinador: Nazir Salé
Marcha do marcador: 16-5, 32-16, 54-30, 68-36.
* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo
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