Com o Pavilhão do Codenm "vestido" com as cores do clube (vermelho e preto a predominar), a formação do 1º de Agosto derrotou ontem o Recreativo do Libolo do Kwanza-Sul, por 105-102, no adeus à XXXII edição do Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos, BAI Basket.
Sem qualquer implicância no que à classificação diz respeito, dado que há três jornadas do fim do Campeonato Nacional da "bola ao cesto" a questão do título estava arrumada, as duas equipas foram para a quadra com o único propósito de proporcionar ao público presente no Pavilhão do Codenm e não só, um bom espectáculo.
Consideradas as duas melhores equipas da actualidade, militares e libolenses encerram com chave de ouro a temporada 2009/2010.
E a festa da consagração da equipa Rubro e Negra começou às 16h00, com uma partida de mini básquete, ao que se seguiu a exibição do Balle Kilandukilu para o gáudio do público que lotou por completo o Pavilhão do Codenm que esteve engalanado.
Os pupilos de Raul Duarte entraram melhor no desafio, fazendo um parcial de 0 -10, fruto do rigor defensivo e um ataque controlado, onde era privilegiada a circulação da bola a toda a dimensão da quadra.O Recreativo do Libolo terminou o primeiro período em vantagem (35-27).
Sem Carlos Almeida, por lesão, a condução do jogo da equipa militar foi atribuída uma vez mais ao jovem Adilson Baza, tendo sido auxiliado pelo General Miguel Timóteo Pontes Lutonda.No segundo quarto, os tri-campeões nacionais conseguiram anular o jogo ofensivo da equipa de Calulo, obtendo um parcial de 28-15, o que perfez 55-51, ao cabo dos primeiros 24 minutos, a favor da turma militar.
Os dois últimos quartos foram jogados sob o signo de equilíbrio, com o 1º de Agosto sempre no comando das operações.A um minuto do fim da partida, as duas equipas encontravam-se igualadas 100 pontos.O irrequieto Adilson Baza, base da formação militar tratou de desfazer a igualdade com um lançamento à longa distância para a alegria dos adeptos que exigiam a vitória da sua agremiação no adeus ao BAI Basket.
O norte-americano Reggie Moore do Libolo foi o cestinha da partida, com 25 pontos, seguido de Joaquim Gomes "Kikas", do 1º de Agosto, com 24. Mário Correia, igualmente da equipa militar contribuiu com 21 pontos.Ainda ontem, o Petro bateu o ASA por 82-72.
O jovem Yanick, um dos músicos da actualidade...
Kikas eleito MVP do BAI Basket
O internacional angolano, Joaquim Gomes "Kikas", ao serviço do 1º de Agosto, foi eleito o MVP (Jogador Mais Valioso) da XXXII edição do Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos, que ontem encerrou as suas cortinas.Felizardo Ambrósio, Mário Correia, Miguel Lutonda e Carlos Almeida, todos da formação militar, foram premiados como melhor marcador dos dois pontos, melhor recuperador, melhor marcador dos três pontos e melhor marcador dos lances livres respectivamente.
Eduardo Mingas, do Petro de Luanda recebeu o troféu de melhor ressaltador do BAI Basket, ao passo que o seu companheiro de equipa Paulo Santana foi considerado o melhor assistente.Reggie Moore, do Libolo, recebeu o troféu correspondente ao melhor marcador da prova.Mbunga Pedro foi o melhor árbitro, enquanto que o técnico Luís Magalhães foi distinguido com o troféu de treinador do ano.
General Miguel Lutonda dedica vitória ao Armando
O base Miguel Timótio Pontes Lutonda, conhecido nas lídes da "bola ao cesto" como o General, dedicou o décimo sexto título conquistado pela formação do 1º de Agosto, terceiro da era Luís Magalhães, ao seu companheiro de equipa Armando Costa, que ontem mesmo foi submetido a uma ressonância magnética em Lisboa, Portugal, face à lesão que contraiu no joelho direito aquando da disputa da final da Taça de Angola.
De 38 anos de idade, o base do 1º de Agosto conquistou o seu décimo primeiro título de campeão nacional para além de várias Taças de Angola e Supertaças.O General disse por outro lado, que o título tem um sabor especial pelas vicissitudes que tiveram ao longo da época.
Filipe Abraão, Adolfo Quimbamba, atletas que se sagraram pela primeira vez campeões nacionais enalteceram o espírito de grupo da equipa militar, como sendo a chave do sucesso.Quimbamba, internacional angolano dedicou o título ao seu pai que deixou o mundo dos vivos este ano.
Carlos Almeida, uma das unidades mais influentes da equipa do Rio Seco, parabenizou o grupo pelo excelente trabalho que realizaram na temporada que culminou com a conquista da Supertaça e do Campeonato Nacional.
Gostos são gostos...
Nem a supremacia do futebol – convencionado como sendo o desporto rei- que viu disputar ontem, a partida entre o Brasil e a Corea do Norte, para o mundial da África do Sul beliscou, em termos de presença, o espectáculo da bola ao cesto protagonizado pelas equipas do 1º de Agosto e do Recreativo do Libolo, no adeus ao BAI Basket.
A presença do público que lotou por completo o pavilhão do rio seco pode ser interpretada dentro do espírito do que é usual ouvir-se, no sentido de que “gostos não se discutem"...E, de certo, quem optou por ver o basquetebol desenvolvido ontem, no Codenm, pode ser considerado como alguém que tenha bom gosto.
Ademais, quando eram desconhecidos alguns atractivos que haviam de colorir o jogo que, mais do que uma partida da última jornada do campeonato que consagrou de forma antecipada a turma militar como a melhor do basquetebol angolano, foi um espectáculo para quem tem bons gostos.
Com o grupo tradicional Kilandukilu a ter as honras da abertura do espectáculo, ontem, assistiu-se uma verdadeira manifestação do perfeito casamento que pode ser feito entre o desporto e a música e, neste particular, Yuri da Cunha, mostrou que vale o que vale, levando a plateia ao delírio com a sua peculiar exibição em palco.
Daí, se compreender que, independentemente do resultado que em nada alterou a classificação final, a noite tenha se prolongado por horas a fio, com comeretes, beberetes e dançaretes, (para sermos algo muagolés), que fez a delícia de muita gente.Numa única asserção, o Clube Desportivo 1º de Agosto tratou de colorir a festa de despedida do campeonato que, apesar de ter sido realizada sobre a égide da FAB, ontem, esteve a mercê do prazer e querer dos homens da Maianga que merecem vivos aplausos pela iniciativa.
Conquista justa da formação militar
Durante o BAI Basket o 1º de Agosto averbou apenas duas derrotas.Caiu ontem, o pano sobre a XXXII edição do Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos, agora denominado BAI Basket, com a consagração do Clube 1º de Agosto que revalidou o ceptro nacional de forma antecipada, elevando para 16 o número de títulos nacionais da “bola ao cesto”, sendo por isso, o maior papão.
O título conquistado pelo Clube Central das Forças Armadas Angolanas comandada pelo português Luís Magalhães ajusta-se perfeitamente porquanto, foi a equipa que ao longo da época desportiva 2009/2010 soube manter os níveis de produtividade acima da média, apesar do seu plantel ter sido assolado com ondas de lesões e doenças.
Neste particular, a destacar as lesões do Rodrigues Mascarenhas, internacional cabo-verdiano, e do Armando Costa (internacional angolano), este último que foi forçado a abandonar a competição.Diante destas contrariedades, a equipa Rubro e Negra manteve a serenidade e conseguiu conquistar duas das três competições mais importantes do calendário da direcção da Federação Angolana de Basquetebol (FAB).
Os militares revalidaram a Supertaça Wladimiro Romero e o Campeonato Nacional, ao passo que o Grupo Desportivo e Recreativo do Libolo arrebatou a Taça de Angola, destronando a formação adstrita às Forças Armadas Angolanas (1ºde Agosto).
Durante a época desportiva 2009/2010, o conjunto do Rio Seco que perdeu para o Libolo uma das suas melhores unidades, no caso, o extremo base Olímpio Cipriano, tri-campeão africano, tendo preenchido a lacuna deixada pelo internacional angolano, contratando o cabo-verdiano Mário Correia, averbou apenas duas derrotas no Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos, vulgo BAI Basket, sendo uma na fase regular da prova e outra na "Final Four". Os outros dois desaires aconteceram na Taça de Angola.
Deste modo, os militares continuam a ostentar o estatuto de melhor equipa na actualidade a nível da “bola ao cesto”.
Promade de Cabinda e ASA
supreendem
Sem grandes orçamentos e com planteis que se valem pelo colectivismo as formações do Promade Misto de Cabinda e Atlético Sport Aviação (ASA) tiveram um desempenho positivo no recém terminado Campeonato Nacional da "bola ao cesto".Apesar de ter vivido uma situação atípica durante a temporada com a falta de pagamentos dos salários durante oito meses, a formação da província mais ao norte do país (Promade), orientado superiormente pelo conceituado técnico angolano José Carlos Guimarães realizou uma prova irrepreensível, tendo ficado entre as seis melhores equipas após a conclusão da fase regular, superando inclusive a formação do Grupo Desportivo Interclube.
Para alem dos problemas acima referenciados, o Promade Misto de Cabinda viu ainda no início da época uma das suas melhores unidades a se transferir para o 1º de Agosto, no caso, o cabo-verdiano Mário Correia, extremo base.
Petro e Interclube decepcionam
As formações do Atlético Petróleos de Luanda e do Grupo Desportivo Interclube acabaram por decepcionar no recém terminado Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos (BAI Basket), competição que foi ganha pelo 1º de Agosto.As equipas acima referenciadas não conseguiram justificar os investimentos feitos pelas respectivas direcções para a temporada 2009/2010.
Para resgatar a mística perdida há sensivelmente três anos, a direcção do Atlético Petróleos de Luanda rescindiu amigavelmente com o técnico angolano Alberto de Carvalho "Ginguba", que conseguiu dar dois títulos nacionais ao Petro, depois de um jejum na altura de seis anos, e foi a busca do português Alberto Babo.
Com as saídas dos internacionais angolanos, Carlos Morais, extremo base, e Milton Barros, base, atletas que se transferiram para o Recreativo do Libolo do Kwanza Sul, a equipa técnica liderada pelo luso Alberto Babo contratou dois norte-americanos, no caso, Mário Porter, extremo poste, e Curtis Terry (base), para além dos angolanos Idelfonso Kiteculo (extremo poste), Afonso Rodrigues (base), ex-Atlético Sport Aviação (ASA), Emanuel Neto “Nelinho” (poste), Vladimir Pontes entre outros.
Contra todas as expectativas os petrolíferos da capital não foram para além do terceiro lugar.Entretanto, o mesmo pode-se dizer do Grupo Desportivo Interclube que apostou igualmente na contratação do técnico João Oliveira, português de nacionalidade.
A equipa da Polícia apesar de ter reforçado a sua formação, com destaque para o norte-americano Frederick Gentry, ex-Atlético Petróleos de Luanda, não conseguiu atingir a "Final Four", como era pretensão de João Oliveira que havia assumido a luta pela conquista do título nacional.
Recreativo do Libolo faz história
Ao conquistar a Taça de Angola, o Grupo Desportivo Recreativo do Libolo do Kwanza Sul entrou no rol restrito de equipas que já lograram arrebatar a segunda maior competição a nível da "bola ao cesto".Com apenas dois anos de existência, o representante da vila de Calulo tornou-se já na segunda maior força do basquetebol doméstico superado apenas pelo Clube Central das Forças Armadas Angolanas (1º de Agosto).
Liderado pelo técnico angolano Raul Duarte, o Libolo, a semelhança das outras equipas, efectuou contratações de luxo para atacar a época desportiva que encerrou as suas cortinas ontem.Entre as contratações de luxo, destaque para a de Olímpio Cipriano e a de Carlos Morais.Das duas competições que disputou, nomeadamente, Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos e Taça de Angola, o Recreativo do Libolo arrebatou uma.
Arbitragem foi bastante contestada
Contrariamente a época passada, onde a actuação dos homens do apito passou despercebida, no recém terminado Campeonato Nacional da "bola ao cesto",o trabalho dos árbitros foi bastante contestada pelos treinadores.
A temporada a nível do apito ficou ainda marcada pelo braço de ferro entre a direcção da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) e Associação Nacional dos Juízes e Cronometristas de Basquetebol, que esta última instituição a exigir o aumento dos subsídios dos seus filiados.MC
III VOLTA
VIII jornada
D’agosto 112 - 102 Petro
19h00 dia 05/06/10 Rio Seco
ASA 70 - 93 Libolo
18h00 dia 05/06/10 Pav/Anexo
IX jornada
Libolo 87 - 93 D’agosto
19h00 dia 08/06/10 Cidadela
Petro 80 - 93 ASA
16h00 dia 08/06/10 Cidadela
IV VOLTA
x jornada
Petro 88 - 95 D’agosto
19h00 dia 13/06/10 Cidadela
Libolo 95 - 81 ASA
16h00 dia 13/06/10 Cidadela
XI jornadaD’agosto 105 - 102 Libolo
15/06/10 às 19h00 Codenn
Petro 82 - 72 ASA
15/06/10 às 17h00 Anexo
IX jornada
Classicação J V D P
1º D’agosto 12 11 1 24
2º Libolo 12 8 4 20
3º Petro 12 4 8 16
4º ASA 12 1 11 12