Africa Basquetebol

31 dezembro 2006

ANGOLA : Angola ganha pela 3ª vez organização do “Afrobasket”

A atribuição à Angola, a organização da XXIV do edição Campeonato Africano de Basquetebol em Seniores Masculinos, vulgo Afrobastek/07, prova que vai apurar o único representante do continente africano aos Jogos Olímpicos de Pequim, China, em 2008, foi um dos aspectos mais marcantes a nível da “bola ao cesto”, no ano que ontem terminou.
Mais uma vez a diplomacia angolana venceu e Angola aco-lherá pela terceira vez a maior competição do continente berço da humanidade a nível da “bola ao cesto”, depois de ter organizado em 1989 e em 1999, provas ganhas pelo seleccionado angolano.
A Fiba-Afrique, organismo que tutela a modalidade no continente mais uma vez ficou impressionada com a candidatura apresentada pelo Estado de Angola atra-vés da Federação Angolana de Basquetebol, que tem à testa Gustavo Vaz Dias da Conceição.
Para albergar as dezasseis selecções que discutirão o único passe para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, foram escolhidas cinco cidades nomeadamente, Luanda, Cabinda, Benguela, Huíla e Huambo.
Entretanto, apesar da lentidão que se verifica na execução das obras para a construção de quatro pavilhões polidesportivos, nas cidades da Huíla, Benguela, Huambo e Cabinda, a direcção da Federação Angolana de Basquetebol está optimista quanto ao sucesso da referida competição.
Em princípio, as obras para a construção de quatro pavilhões poli-funcionais terão o seu início mais tardar na segunda quinzena do proximo mês, dado ao tempo que se escasseia cada vez mais.
Recorde-se que, Angola é a actual detentora do ceptro continental, feito conseguido no Afrobasket de 2005, disputado em Argel, capital da Argélia.

Petro e 1º de Agosto
arrebatam títulos africanos

O básquete angolano a nível de clubes, esteve em evidência em 2006. As formações do Atlético Petróleos de Luanda em seniores masculinos e do 1º de Agosto em seniores femininos arrebataram pela primeira vez na sua história os títulos de Campeões Africanos de Clubes.
Se a conquista do título africano por banda do Atlético Petróleos de Luanda não constitui facto inédito para o país, já que a equipa Sénior Masculina do 1º de Agosto conquistou o memo troféu em duas ocasiões, em 2002 e em 2004, o mesmo não se poderá dizer da equipa sénior feminina do 1º de Agosto que arrebatou pela primeira vez na história do basquetebol angolano a nível das senhoras.
Alberto de Carva-lho “Ginguba” por banda do Atlético Petróleos de Luanda, foi o responsável pela proeza petrolífera, ao passo que Aníbal Moreira, ex-internacional angolano, tratou de ofereceu ao 1º de Agosto e ao país o primeiro título africano feminino de clubes.
O Atlético Petróleos de Luanda conseguiu tal feito em Lagos, Nigéria, tendo destronado o ABC da Costa do Marfim, enquanto a formação militar destronou em Libreville, Gabão, o Ferroviário de Maputo.
Curiosamente os capitães das duas equipas, por sinal ambos bases, Milton Barros (Atlético Petróleos de Luanda) e Domitila Ventura (1º de Agosto) foram distinguidos com o troféu de MVP.
De facto 2006 foi sem margem de dúvidas um ano de graças para os nossos representantes.
Esperamos muito sinceramente que o ano que hoje iniciou seja coroado de muitos êxitos para os nossos embai- xadores. Que assim seja!

ANGOLA : Octo campeões alcançam melhor

Tal como nos anos anteriores, os Octo Campeões Africanos da “bola ao cesto” voltaram a evidenciar classe nas provas internacionais em que estiverem envolvidas e nem mesmo o segundo lugar ocupado na I edição dos Jogos da Lusofonia, disputados em Macau, beliscou a brilhante campanha do cinco nacional no ano que ontem mesmo terminou, ou seja, em 2006.
Com Alberto de Carvalho “Ginguba” no comando técnico, em substituição do luso-guineense Mário Palma, que se transferiu para a Jordânia, a Selecção Nacional Sénior Masculina de Basquetebol conseguiu manter os seus níveis de competitividade, apesar do rejuvenescimento que tem sofrido nos últimos dois anos.
A par de Angola, o Senegal e a Nigéria foram os representantes do continente berço da humanidade ao XV Campeonato do Mundo, disputado no país do Sol Nascente (Japão).
Na qualidade de Octo Campeã Africana da modalidade, os angolanos exibiram-se ao seu melhor nível, conquistando o honroso nono lugar, num universo de 24 selecções, para o prestígio do basquetebol continental no geral e angolano em parti- cular.
Para além do nono lugar conseguido, a Selecção nacional foi protagonista de outras façanhas, como vencer três partidas numa fase preliminar de um Campeonato do Mundo, um feito jamais alcançado por qualquer selecção do continente berço da humanidade, assim como levou a toda poderosa selecção da Alemanha de Dirk Nowitzki, a um terceiro prolongamento, facto inédito na história do básquete mundial.
Angola alcançou deste modo, a sua melhor classificação de todos os tempos (nono lugar) em cinco presenças em Campeonatos do Mundo e é até aqui a melhor prestação africana.
E sem as suas principais estrelas, casos de Miguel Pontes Lutonda, Caros Almeida, Olímpio Cipriano, todos do 1º de Agosto, e Eduardo Mingas, do Atlético Petróleos de Luanda, o cinco nacional ocupou o segundo lugar da I edição dos Jogos da Lusofonia, disputados em Macau, competição que encerrou a época desportiva do ano 2006 os Octo Campeões Africanos. Recorde-se que, o torneio foi ganho pela selecção de Portugal.
Entretanto, já a ní-vel da selecção sénior feminina de basquetebol no ano que ontem disse adeus, foi de total repouso, ou seja, não esteve envolvida em nenhuma competição internacional.



Três angolanos entram
nos quadros da Fiba-Mundo

Para além das vitórias alcançadas pelas diversas selecções, o ano de 2006 que ontem terminou para muitos países do globo, ficou igualmente marcado pela entrada de angolanos nos quadros da Fiba-Mundo, orga-nismo que supervisiona a modalidade a nível mundial.
Tratam-se de Gustavo Vaz Dias da Conceição, presidente da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) e do Comité Olímpico Angolano, António Celestino Sofrimento Manuel, ou simplesmente, Tony Sofrimento, secretário geral da FAB e Artur Casimiro Barros, técnico adjunto da Selecção Nacional Sénior Masculina e do Atlético Petróleos de Luanda.Gustavo Vaz Dias da Conceição que é igualmente secretário-geral da Associação dos Comités Nacionais Olímpicos Africanos (Acnoa) integra a Comissão de Competições daquele organismo, ao passo que o seu secretário na Federação Angolana de Basquetebol (FAB), Tony Sofrimento faz parte da Comissão Técnica.
Por sua vez, Artur Casimiro Barros que durante largos anos fazia parte dos quadros de formadores da Fiba-Afrique, agora pertence aos quadros de formadores da Fiba-Mundo. M.C



Sub-20 “mancha”
brilho dos octo...

A prestação da Selecção Nacional de basquetebol feminina em sub-20, no Campeonato Africano da modalidade, que decorreu em Maputo, Moçambique, na primeira quinzena de Dezembro último, onde ocupou o último lugar, acabou por manchar o brilho espalhado pelas diversas selecções com particular realce para a selecção nacional sénior masculina, no ano que ontem fechou as suas cortinas.
Orientada pela dupla técnica composta por Aníbal Moreira e André Manuel, a Selecção Nacional de Sub-20 foi incapaz de suplantar as suas adversárias (Moçambique, Mali e África do Sul) que se diga de passagem estavam ao seu alcance, sucumbindo logo na primeira fase da competição.
Vários factores contribuíram para o fracasso das meninas de Aníbal Moreira, que pretendiam subir ao pódio, conquistando a medalha de ouro que dava acesso ao mundial, ou na pior das hipóteses, arrebatar a medalha de prata a semelhança do que aconteceu nos Jogos da Sadc, que decorreram na Namíbia. A preparação deficitária contribui em grande medida para o desaire.
Com o desaire estava então esfumado a utopia de representar o continente africano, no Campeonato do Mundo da categoria, a disputar-se na Rússia, em Julho do corrente ano.
A proeza, coube a selecção do Mali que conquistou a II edição do Campeonato Africano, vergando na final a selecção de Moçambique por 49-47.
Quem também bri- lhou no ano de 2006, foi a selecção nacional masculina de sub-20, de José Carlos Guimarães, que arrebatou a meda-lha de ouro nos Jogos da Sadc.
Outra selecção jovem no sector masculino que também se destacou foi a de Manuel de Sousa “Necas”, que conquistou a medalha de bronze no Campeonato Africano, realizado na África do Sul.

ANGOLA : O fim do “gigante Golias”

O divórcio entre Mário Palma (luso-guineense) e a direcção da Federação Angolana de Basquetebol, liderada por Gustavo Vaz Dias da Conceição, foi sem sombra de dúvidas um dos aspectos que marcou a temporada basquetebolista nacional, depois de um casamento de cinco anos aproximadamente.
De facto, depois de ter assumido o comando técnico da selecção nacional sénior masculina, na gestão do então pre-sidente de direcção da Federação Angolana de Basquetebol, António Pires Ferreira, nada fazia antever que o ano que ontem mesmo se despediu de nós, seria o fim do “gigante Golias”, entenda-se Mário Palma, que enquanto liderou os Octo Campeões Africanos da “bola ao cesto” só somou vitórias atrás de vitórias, principalmente a nível das competições africanas, tornando-se no técnico mais titulado no país, com quatro Campeonatos Africanos, para além de torneios internacionais.
Apesar do seu contrato ter expirado logo após a conquista do oitavo Afrobasket para o país, isto em 2005, no africano disputado na cidade de Argel, capital da Argélia, tudo indicava que Mário Palma seria reconduzido ao cargo de seleccionador nacional dos Octo Campeões Africanos de Basquetebol em 2006, e concomitantemente dirigiria o cinco nacional do Campeonato do Mundo do Japão. E por quê? Naturalmente, devido à sua folha de serviço, que convenhamos é bastante rica, cheia de experiência e de vitórias. E qualquer treinador gostaria de a ter.
Depois de aturadas conversações entre o luso-guineense, Mário Palma, e a direcção da Fe-deração Angolana de Basquetebol, que a partir de 2004 passou a ser li-derado por Gustavo Vaz Dias da Conceição, homem com tarimba reconhecida no desporto mundial, veio então a dissolução do “casamento religioso”, que existia entre o técnico e a FAB, esgotadas que haviam todas as possibilidades. Um casamento que se diga não tinha aparentemente motivos para se chegar ao divórcio, pelo menos tão cedo.
A decisão do “divórcio” aplaudida por uns e receada por outros, veio ainda a colocar em causa o futuro dos Octo Campeões Africanos, quando se indicou a figura de Alberto de Carvalho “Ginguba”, filho desta terra, que há largos anos havia deixado o básquete doméstico rumando para Lisboa.
Entretanto, apesar de ter assumido o cargo de treinador principal dos octo campeões meses depois de ter chegado ao país, Alberto de Carvalho “Ginguba” soube dar seguimento ao trabalho deixado pelo luso-gueneense, Mário Palma.
No meio de tudo ainda se pode questionar se Mário Palma deixou ou não saudades?



Petrolíferos quebram
jejum de seis anos

Depois de seis anos de jejum, finalmente o Atlético Petróleos de Luanda conseguiu no ano que ontem se despediu, des-tronar o seu arqui-rival 1º de Agosto, campeão nacional seis vezes consecutivas.
A reconquista do título nacional por banda do Atlético Petróleos de Luanda foi mais do que merecida porquanto, foi a formação que melhores argumentos técnicos e tácticos apresentou durante a época finda, apesar do seu plantel ser constituído maioritariamente por jovens talentosos.
Alberto de Carvalho “Ginguba”, técnico angolano contratado para devolver a mística do clube do Eixo-Viário, conseguiu na segunda época materializar o sonho dos adeptos e simpatizantes do Atlético Petróleos de Luanda, reconquistando o título nacional assim como conquistou pela primeira vez na história do clube, a Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol em Seniores Masculinos.
Tivemos igualmente uma agradável surpresa na temporada finda, com o Grupo Desportivo da Banca de Cabinda, de José Carlos Guimarães, ao quedar-se na quinta posição, suplantando a concorrência na primeira fase da competição.
Nove formações parti-ciparam na XXVIII edição do “Nacional” nomeadamente, Atlético Petróleos de Luanda, campeão em titulo, 1º de Agosto, Atlético Sport Aviação (ASA), Grupo Desportivo Interclube, Grupo Desportivo da Nocal, Grupo Desportivo da Banca de Cabinda, Sporting de Luanda, Futebol Clube Vila Clotilde e Cduan.
Entretanto, a direcção da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) transformou a temporada 2006, num marco histórico da competição interna ao introduzir um novo modelo de disputa, designado por “Final Four”, em substituição do tradicional “Pay-off”.
O novo modelo de disputa do Campeonato Nacional, isto apenas a nível dos seniores masculinos, permitiu que as equipas consideradas do segundo escalão realizassem quase todos o mesmo número de jogos que as equipas fina-listas, aumentando deste modo o seu nível competitivo, diminuindo com isso, o fosso que existia.
O modelo de “Play-off” que durante vários anos vigorou era restrito, favorecendo as equipas mais fortes, que tinham sempre mais jogos nas pernas, e este factor agudizava o ní-vel competitivo dos contendores.
Com esta iniciativa, a direcção da FAB, comandada por Gustavo Vaz Dias da Conceição, ex-praticante da modalidade, deu um importante passo no sentido do equilíbrio competitivo.
Em termos de realizações não foi tudo. A FAB num projecto ambicioso e promissor, cujos frutos poderão ser vistos a médio prazo, colocou quatro treinadores a estudarem a modalidade nas terras do Tio Sam, Estados Unidos da América, para depois servirem o basquetebol doméstico. Tratam-se de Aníbal Moreira, Carlos Dinis, José Pontes e Elvino Dias.
A nível de formação, foram ministrados cursos para treinadores de nível II e de árbitros. A FAB introduziu ainda no Campeonato Nacional três árbitros.
No sector feminino as coisas vão de mal a pior. A competição nacional está restringida apenas na capital do país Luanda, com quatro equipas (1º de Agosto, Grupo Desportivo Interclube, Grupo Desportivo da Nocal e Grupo Desportivo O Maculusso.
A formação do 1º de Agosto tem dominado todas as provas e, no ano que ontem se foi embora não foi diferente, ou seja, “engoliu” todas as competições.

ANGOLA : Angola converte `triplo´ no mundo da bola ao cesto em 2006

A exibição e, sobretudo, a classificação obtida no campeonato do mundo bem como os triunfos a nível de clubes no continente foram os pontos altos do basquetebol em 2006, um ano marcado também pelo investimento na formação de quadros.

Na ante-câmara do Afrobasket`2007, agendado para o próximo ano em cinco províncias do país, a Federação Angolana de Basquetebol somou importantes pontos com a sua participação no "Mundobasket" Japão 2006. Alcançou a melhor classificação de sempre, ocupando o nono lugar em 24 selecções, e com isso ascendeu à 14ª posição no ranking FIBA onde era 17º.

Estes resultados finais confirmam o potencial de Angola, oito vezes campeã de África, e melhor selecção do continente em provas mundiais. Porém, ficariam por realçar as circunstâncias em que ocorreu mais este feito do basquetebol angolano, que assinalou duas décadas de presenças em campeonatos do mundo.

A equipa nacional, apesar de renovada em mais de 60 por cento, incluindo toda a equipa técnica, teve um saldo de três vitórias e igual número de derrotas. Panamá, Japão e Nova Zelândia foram categoricamente derrotados. Já os jogos contra Espanha, Alemanha e França terminaram em derrotas, mas vão ficar para a história, porque qualquer destas potências com jogadores da NBA, para vencer, teve de suar bastante.

Particularmente contra a selecção liderada por um dos jogadores mais destacados da NBA, Dirk Nowitzki, Angola realizou um jogo que constituiu um recorde. Foi a primeira partida com três prolongamentos na história dos campeonatos do mundo.

Alem da ascensão no ranking e classificação final, Japão2006 dotou a equipa nacional de consistência e confiança para os desafios futuros, particularmente o Afrobasket2007, em Agosto.

Outro facto inédito foi a entrada de dois quadros angolanos nas comissões da FIBA. O presidente da Federação Angolana (Gustavo Conceição) e o secretário-geral (Tony Sofrimento) foram indicados para as comissões de Programação e Técnica, respectivamente.

Este ano registou também a primeira edição dos Jogos da Lusofonia, em Macau, pouco depois do mundial de basquetebol. A ausência de jogadores fundamentais e sobretudo o desgaste por sobrecarga de jogos e a quase inexistente preparação para o efeito levou a que a selecção nacional ficasse apenas com a medalha de prata, superada por Portugal.

Mas esta competição dedicada aos países de língua oficial portuguesa permitiu ao seleccionador Alberto de Carvalho "Ginguba" observar outros jogadores e dar-lhes rodagem para desafios mais importantes.

Num ano em que não há Afrobasket, Africa foi movimentada pelas competições de clubes e a provar o potencial do basquetebol angolano, os troféus das principais provas vieram para Luanda.

Em femininos, pela primeira vez, Angola conquistou um título sénior feminino, através do 1º de Agosto, clube que em 2002 arrebatou o primeiro troféu de clubes em provas continentais, vencendo a taça dos clubes campeões em seniores masculinos.

Em masculinos, África repetiu uma final do Campeonato Nacional. Petro de Luanda e 1º de Agosto disputaram, na Nigéria, uma inédita final da taça dos clubes campeões com triunfo dos petrolíferos, que chegaram assim ao seu primeiro titulo continental.
Este feito, muito festejado pela turma de Alberto Carvalho Ginguba, junta-se à reconquista este ano do Nacional, que os tricolores perdiam havia seis épocas para o seu arqui-rival 1º de Agosto. Esta prova inaugurou também este ano um novo formato, anulando os playoff a favor da final four.
Em termos competitivos, 2006 deixa uma preocupação para o elenco de Gustavo Conceição. O último lugar no Africano sub-20, disputado em Maputo, onde devido a uma preparação deficiente, a turma de Aníbal Moreira ficou em quinto superada inclusive pela África do Sul.
Por outro lado, a ausência crescente de equipas de outras províncias no principal campeonato pode frustrar o plano preconizado pela direcção da FAB. Benguela deixou Cabinda sozinha a dar versão nacional à prova de equipas de Luanda através da Banca.
No plano da formação de quadros, passos importantes se deram, destacando-se a ida de quatro treinadores aos Estados Unidos para um curso de oito meses, acção inédita, tal como o curso de estatística informatizada, realizado em Luanda.
Estes passos são claros sinais de que a federação pretende modernizar os métodos de trabalho e os conhecimentos científicos dos formadores. A par disso, os árbitros também foram sujeitos à actualização no ano em que foi lançado o sistema de três árbitros por partida.

Fazer referência aos maiores protagonistas do ano é difícil, mas deve ser feita justiça a jogadores e outros agentes que se destacaram em 2006. A equipa feminina de basquetebol do 1º de Agosto, campeã africana, Gustavo Conceição e o seu elenco, pela coragem de renovar de maneira tão profunda a "jóia da coroa" do basquetebol angolano e pelo sucesso que teve no campeonato do mundo.
Individualmente, o treinador Alberto de Carvalho Ginguba que, no primeiro ano à frente do Petro de Luanda e da selecção nacional, faz um brilharete. Este treinador retirou o título nacional cativo desde o ano 2000 nas hostes do 1º de Agosto, equipa que viu partir o treinador que construiu este historial consecutivo de triunfos - Mário Palma.
Ginguba, ladeado pelos também estreantes Artur Barros e José Carlos Guimarães, estreou-se num Mundial com um sucesso nunca visto antes, e terminou o ano com o título continental que o clube da Sonangol nunca havia conquistado.

O base Milton Barros (a par de Francisco Jordão que foi MVP do campeonato) foi preponderante no Nacional e uma das surpresas agradáveis no Japão2006. Além disso, converteu o lançamento triplo que transformou o Petro de Luanda em campeão de África na final contra o 1º de Agosto.
O extremo-poste Joaquim Gomes "Kikas" simplesmente o melhor jogador de Angola na festa mundial da bola ao cesto. Ele que a par de Eduardo Mingas realizaram as transferências do ano. O primeiro deixou a Europa para representar aos militares do Rio Seco e o segundo trocou o Interclube para ser o principal reforço dos petrolíferos.
Este ano deixa grande expectativa para 2007 em que o Afrobasket apura o primeiro classificado para os Jogos Olímpicos da China2008.
Uma grande preocupação é a ausência de repouso para os atletas que, por serem os mesmos da selecção e integrantes dos dois principais clubes do país, têm competições quase ininterruptas.

30 dezembro 2006

ANGOLA : Benguela - Equipa do Inter considerada melhor de 2006

Com três troféus, o Interclube foi distinguido em Benguela como melhor equipa de basquetebol em iniciados, cadetes (masculinos) e júnior feminina, na gala promovida pela associação local da modalidade.

No acto foram igualmente premiadas as equipas da Casa Pessoal do Porto do Lobito (CPPL), que venceu as provas em iniciados e cadetes masculinos, assim como o Sporting de Benguela, campeão júnior masculino.

Entretanto, a Universidade Lusíadas de Angola pólo do Lobito, recém-formada, foi galardoada com o troféu nos escalões seniores masculinos. A prova em femininos não foi realizada por falta de equipas neste escalão.
Durante a gala, destinada a premiar os vencedores do campeonato provincial de basquetebol unificado em ambos os sexos, nos escalões de iniciados, cadetes, juniores e seniores época 2006, foram oferecidas bolas de basquetebol aos melhores marcadores da prova em iniciados femininos e masculinos.
Roberta Marques e Cândido José, do Inter e 1º Maio, com 49 e 56 pontos convertidos, respectivamente, foram os destacados.
Em cadetes unificados foram ainda premiados os melhores "cestinhas" Eugénia Bento e Evandro Albano, da CPPL e 1º de Maio, com 98 e 69 pontos, respectivamente, e em juniores femininos e masculinos receberam os troféus Neusa Miranda, do Inter, com 78, e Jorge Epalanga, da Universidade Lusíadas, com 60.
O presidente da Associação Provincial de Basquetebol, Júlio Cordeiro, manifestou-se satisfeito com a gala, adiantando que a instituição cumpriu o seu papel, com a entrega de prémios aos vencedores da época 2006.

ANGOLA : Benguela aposta na massificação em 2007

Associação Provincial de Basquetebol em Benguela vai priorizar em 2007 a massificação e o desenvolvimento da modalidade nesta região, disse hoje à Angop o presidente da instituição, Júlio Cordeiro.

De acordo com o responsável desportivo, torna-se importante dar outra dinâmica ao basquetebol na província, através de programas que envolvam a sociedade civil com vista a engrandecer a modalidade em Benguela.
Para ele, a realização na província de uma das fases do Campeonato Africano Afrobasket2007 impõe um grande desafio à instituição, mormente nos sectores de infra-estruturas desportivas.

Quanto ao ano de 2006, considerou-o positivo, "tendo em conta o trabalho desenvolvido pela instituição, tanto nos aspectos organizativos quanto competitivos".
"Neste ano priorizamos uma competição só com equipas federadas, o que resultou sucesso. Por isso, em 2007 havemos de prosseguir com a iniciativa para influenciar os clubes a absorver os atletas habilidosos dos núcleos", concluiu.
A Angop apurou que as obras de construção do novo pavilhão gimnodesportivo do Afrobasket, na zona Sudoeste da cidade de Benguela, custarão aos cofres do Estado seis milhões de dólares norte-americanos e terão inicio em Janeiro, devendo terminar em Julho de 2007.
No âmbito da realização do evento em Benguela, serão ainda contempladas com obras de reabilitação, sobretudo na remodelação dos pisos, cobertura, entre outros, os pavilhões do Sporting, Estrela 1º de Maio e Nacional, para o treinamento das selecções participantes da prova continental.

29 dezembro 2006

ANGOLA : Petro e 1º de Agosto decidem em Janeiro Supertaça “Vladimiro Romero”

Atlético Petróleos de Luanda, campeão nacional em título, e 1º de Agosto, vice-campeão, defrontam-se a 12 de Janeiro, às 16 horas, no Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva, pela terceira vez na nova época basquetebolistica nacional desta, para a decisão da XIV edição da Supertaça em Seniores Masculinos denominada “Vladimiro Romero”.
Depois de ter perdido por duas ocasiões no Campeonato Provincial de Luanda, os petrolíferos da capital esmeram-se no sentido de reduzirem a vantagem (2-0) do seu arqui-rival, conservando deste modo, o troféu que se encontra em sua posse.
Motivados com a conquista do Campeonato Provincial, o Clube Central das Forças Armadas Angolanas vai seguramente tentar reconquistar o título perdido em Janeiro último a favor do seu arqui-rival.
Os amantes da “bola ao cesto” serão brindados no início do ano 2007 com basquetebol de luxo, já que estarão em confronto as duas melhores equipas africanas da actualidade.
Após as férias de natal, os intervenientes directos e indirectos das duas formações arregaçarão as mangas na primeira semana de Janeiro para a tão esperada final.
Já em femininos, na classe de seniores, 1º de Agosto e Grupo Desportivo Interclube decidem a 17 de Janeiro, a XIII edição da Supertaça. A partida será disputada no Pavilhão Anexo nº dois da Cidadela Desportiva.
Entretanto, a direcção técnica da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) marcou para o dia 19 de Janeiro, a reunião do sorteio da XXI edição do Campeonato Nacional Sénior Feminino da “bola ao cesto”.
O sorteio da XXIX edição da Taça de Angola em Seniores Masculinos está previsto para o dia 5 de Fevereiro.

MOÇAMBIQUE : Rescaldo do Nacional Feminino - ISPU : a infeliz mania de sempre morrer na praia


AO que tudo parece, já está a virar mania. Uma mania que até pode ser perniciosa para o próprio ISPU. Amania de sempre morrer na praia e no momento da verdade vergar perante o incandescer das "locomotivas". A questão pertinente que se coloca, no epílogo do recente Campeonato Nacional de Basquetebol de Seniores Femininos, é a seguinte: afinal, o que terá faltado para as "universitárias" não conquistarem o título? Ou formulada doutra forma: o que o Ferroviário teve a mais para categoricamente suplantar um adversário que, a despeito de ter estrelas menos reluzentes, comparativamente às suas, desta vez esteve bem próximo do galarim? Se, por exemplo, na prova anterior, em Quelimane, Armando Meque e suas jogadoras tiveram motivos para realmente tirar o chapéu às verde-e-brancas, sábado passado, os versos do lindo poema da final teriam tido outro tom...

Mas, vejamos os factos, em função das interrogações acima colocadas:

a) primeiro, ao ISPU terá faltado o instinto matador, a atitude ganhadora, o saber se comportar à altura de um verdadeiro campeão e acima de tudo dar o golpe da misericórdia na ocasião oportuna, se tomarmos em linha de conta que esteve em vantagem no marcador durante algum período da contenda. Segundo, incompreensivelmente, tem o receio de ser campeão, de assumir que pode ganhar ao Ferroviário, mesmo reconhecendo-se que este se faz rodear do melhor conjunto do país, ainda mais agora reforçado pela congolesa Pauline Nsimbo, que sem dúvida alguma foi uma mais-valia de peso transcendental.
b) Globalmente, no confronto directo, as "locomotivas" foram mais audazes, perseverantes e com a paciência necessária para aparecer em grande quando as circunstâncias assim o exigiam. Referimo-nos, concretamente, ao prolongamento, altura em que as "universitárias" ficaram completamente inertes, nem qualquer capacidade de acção, nem de reacção, limitando-se a ver as adversárias jogar e marcar a seu bel-prazer. Tremendo castigo para quem esteve à beira de festejar o título, não fosse - importa voltar a referir, sem contudo servir de justificação - o olhar vesgo do árbitro internacional Abreu João, naquele lance envolvendo Vaneza Júnior.

PAGAR PELOS SEUS ERROS


Mas ainda bem que treinador e jogadoras do ISPU reconhecem que, independentemente daquela fatídica jogada, cometeram erros que acabaram por lhes ser fatais. O primeiro período da partida foi absolutamente seu, porém, permitiram a recuperação das oponentes, para uma igualdade a 12 pontos. Depois, porque o Ferroviário nesse aspecto é irrepreensível, nunca mais conseguiram atingir a dianteira, senão o assinalável crescimento no quarto período para o empate (60-60) que forçou o imemorável tempo suplementar para as "universitárias", durante o qual (cinco minutos cheinhos) não lograram marcar sequer um ponto. Como podiam, assim, ser campeãs? Ora, ora, aí está o incompreensível medo da equipa de Armando Meque, perante uma situação tão óbvia como aquela...

À semelhança do Ferroviário, que apesar das inúmeras alternativas no seu plantel preferiu um conjunto reduzido de atletas para fazer a final, também o ISPU não alargou o seu leque, mantendo-se em Tânia Wachene, que se trocava com Amélia Macamo, Ana Branquinho, a espectacular Vaneza Júnior, Aleia Rachide, menos esplendorosa, e Iracema Ndauane. No banco, explorando-se pouco as suas capacidades, após ter sido brilhante no "Africano" de Sub-20, Nádia do Rosário - imaginem que só fez 3.12 minutos em 45 (incrível!!!) - enquanto Eduarda Chongo pode ter acusado a irregularidade na temporada.

Antes de entrar em campo para o embate decisivo, o ISPU foi pautando a sua carreira de forma calculista, aproveitando as facilidades tropicais achadas diante dos seus adversários da primeira fase, em que defrontou os Ferroviários de Nampula e da Beira e o Desportivo, antes de enfrentar o Maxaquene, nas meias-finais.
Mas, num campeonato em que podia ter ganho sem escandalizar a ninguém, ficou a lição de que o receio não pode e nem deve fazer parte de quem se presta a um dia vir a ser rainha...

* ALEXANDRE ZANDAMELA

28 dezembro 2006

Jogadores de origem Africana na Liga de Portugal

LUSITANIA – Joaquim Soares 83 1,88m Cabo Verde
Anastácio Sami 76 2,07m Guiné – Bissau
Romualdo Vieira 83 2,01m Guiné – Bissau
Vladimir Teixeira 85 1,79m Angola

BARREIRENSE - João Gomes “Betinho” 85 1,99m Cabo Verde
Manuel Sicó 88 2,02m Guiné – Bissau

BELENENSES – Benedito Suca 84 1,95m Angola
Mário Jorge 77 1,90m Cabo Verde
Abdulay Fathy 87 2,00m Cabo Verde

BENFICA - Aldevino Lima 86 2,03m Cabo Verde
Carlos Andrade 79 1,95m Cabo Verde
Francisco Rodrigues 78 1,92m Guiné – Bissau

CAB - Seco Câmara 76 1,95m Guiné – Bissau

PORTO - Francisco Machado 81 Angola
Marques Houtman 1,93m Cabo Verde
Rodrigo Mascarenhas 80 1,98m Cabo Verde

GINÁSIO - Camby Brito 83 1,97m Angola

OVARENSE - Elvis Évora 78 2,05m Cabo Verde

QUELUZ - Danilson Moreira 87 1,90m Angola
Ike Nwankwo 73 2,09m Nigéria

MOÇAMBIQUE : Rescaldo do Nacional Feminino - Vénia às encantadoras damas de ferro(viário)

ACABRUNHADA e com uma face indisfarçadamente tristonha, a "catedral" da nossa bola-ao-cesto acompanhou ao longo da última semana, sem o entusiasmo que lhe é apanágio nestas circunstâncias, o desenrolar do Campeonato Nacional de Basquetebol de Seniores Femininos. Uma prova que, contrariamente àquilo que tínhamos vivido no mês anterior, no Chiveve, em que os beirenses, todas as noites, lotaram por completo o pavilhão local para com muito calor e paixão seguirem a super competição de masculinos, o público praticamente virou-lhes as costas, surpreendentemente e de forma arreliadora no dia da final, em que se esperava casa cheia, tendo em conta o atractivo prato que seria servido.

Mas, quem não esteve com meias medidas é o Ferroviário, que não somente chamou a si o título, o segundo no seu historial, no epílogo de uma partida extremamente dramática diante do rival ISPU, por 17 pontos de diferença (77-60) como também fez jus a todo o investimento que levou a cabo esta temporada, com a derradeira novidade, e de grande vulto, de nome Pauline Nsimbo, a vir da RD Congo e encaixar-se com uma luva num time em que a abundância e a homogeneidade andaram de mãos dadas, pedra de toque para um sucesso que já era previsível aos olhos dos aficionados da modalidade.

A despeito das incontornáveis ausências de Nádia Rodrigues, Ana Flávia Azinheira e Carla Silva, internacionais de qualidades espectaculares e que seguramente teriam emprestado outra cor e alegria ao campeonato – sem qualquer desprimor àquelas que também com a sua alegria deram corpo ao evento - estava mais do que claro, para os prognósticos e conjecturas de "todo o mundo", de que o campeão sairia do despique entre Ferroviário, que defendia o "canecão" ganho na temporada anterior, em Quelimane, e coincidentemente arrebatado frente ao ISPU, igualmente com os olhos postos no pedestal de honra, na tentativa de se redimir das constantes derrotas perante o seu principal adversário.

Devido ao número de equipas presentes na prova, oito, após ter sido aventada a hipótese de uma dezena, no entanto, a ruir face à desistência das representantes de Inhambane, Liga Muçulmana da Maxixe e Escola Superior de Hotelaria e Turismo, era inevitável que Ferroviário e ISPU fossem cabeças-de-série. Às "locomotivas" calharam Maxaquene, o único à altura de lhes fazer frente, Quelimanenses, da conhecida veterana Diara Dessai, e Escola Secundária Francisco Manyanga, de Tete, que se reforçaram por jogadoras da Académica de Maputo, na tentativa de lhes conferir alguma estabilidade competitiva, pois o fosso com os seus adversários da capital do país era muito grande.


MUITOS OVOS PARA TÃO DELICIOSA OMELETA

Depois do primeiro investimento em 2005, que incluiu astros como Rute Muianga, Zinóbia Machanguana e Nádia Rodrigues, que se interagem perfeitamente com o técnico Carlos Aik, com quem trabalharam no Maxaquene ou na selecção, este ano, as atenções viraram-se para o debilitado ninho da Académica, donde saíram as jóias Deolinda Gimo e Janete Monteiro, numa lista que incluiu as ex-"alvi-negras" Júlia Machalela, regressada dos Estados Unidos, e Márcia Langa, assim como, para o recém-terminado campeonato, a badalada Pauline Nsimbo, nova rainha-mãe "locomotiva". Sem dúvida nenhuma um arsenal verdadeiramente inexpugnável, até porque Sílvia Langa e Ondina Nhampossa mantêm as suas qualidades de peso, Kátia Machai regista substanciais melhorias, as debutantes Tatiana Ismael e Inocência Fondo, no meio da constelação de tantas estrelas, estão "condenadas" também a brilhar, esperando apenas pelo seu tempo de crescer e aparecer.

Ora, perante esta abundância de ovos, Carlos Aik, coadjuvado por Assane Adamo, outra alternativa não tinha que não fosse o confeccionar omeletas deliciosas. O calendário do Ferroviário, cuja estreia ocorreu diante da Francisco Manyanga, possibilitou ao "mister" efectuar a rodagem que precisava, não exactamente para conhecer as jogadoras, porque isso estava fora de hipótese, mas para aquilatar o seu nível competitivo, depois de várias ausências em termos de equipa, ditadas pelos compromissos das selecções. Por isso mesmo, havia também o desejo de avaliar o grupo, entanto que tal, até porque, por outro lado, tinha acabado de chegar uma atleta que "de caras" devia merecer o lugar.

FIGURANTES PARA RODAR

Foi nesta base que Aik, diante das tetenses, entrou com um determinado "cinco", formado por Kátia, Rute, Pauline, Márcia e Ondina, para, transcorrida metade do primeiro período mudar tudo de avesso, fazendo alinhar um outro, desta feita constituído por Zinóbia, Janete, Julinha, Deolinda e Sílvia. É claro que, tendo em conta o modesto arcaboiço competitivo das adversárias, a situação era perfeitamente favorável para as "locomotiva" se darem ao luxo de fazer tudo quanto lhes apetecia, porém, sem perder de vista o essencial, que era ganhar o jogo e desde logo ditar as regras na globalidade do campeonato, na sua qualidade de detentoras do título e de super candidatas à renovação. O resultado (111-47) traduziu fielmente as pretensões do Ferroviário, a sua grandeza e acima de tudo a ideia de que as vitórias, não interessa o nível do oponente, são sempre uma mola impulsionadora para o alcance do objectivo final.

Aliás, embora cada artista tenha o seu peso e até capacidade de desequilibrar, o treinador foi insistindo na necessidade de se fazer prevalecer o espírito de grupo, o jogo colectivo como arma basilar para o sucesso. Os embates com equipas figurantes, casos da Francisco Manyanga e das Quelimanenses, serviram precisamente para esse efeito, isto é, para Aik ir ensaiando vários esquemas tácticos e construir a estrutura ideal para a aguardada final, pois a transição para tal era indiscutível. O percurso durante a primeira fase teve, portanto, este condão, até mesmo o surgimento de um Maxaquene que procurou oferecer alguma réplica – as "tricolores" Gracinda Bucar e Esmeralda Casimiro deram cartas – serviu para a equipa provar certas dificuldades e saber como se desenvencilhar perante vicissitudes desta natureza.

SALTAR BARREIRAS


Já era previsível que a etapa decisiva seria extremamente complicada. E começou precisamente nas meias-finais, diante de um Desportivo que nessa noite se apresentou em campo transfigurada e a travar-se de razões com as campeãs. É verdade que, do ponto de vista de soluções, as "locomotivas" eram francamente superiores às "alvi-negras", no entanto, a atitude positiva destas, a crença inesgotável nas suas forças e, por que não, a tentativa de fazer uma gracinha, valorizaram sobremaneira o espectáculo, sobretudo porque momentos houve em que a diferença no marcador foi mínima, chegando a pairar no ar o espectro de uma surpresa.

Foi uma partida em que, para além do brilhante envolvimento da congolesa, que já nos ia deleitando com a sua classe, registou-se o ressurgir de Rute, após uma sequência de jogos praticamente desaparecida. A irmã de Sete Muianga habituou-nos a jogar bem, à semelhança da contemporizadora Zinóbia, só que ambas, neste campeonato, estiveram longe do seu esplendor. Em contraponto, Anabela Cossa protagonizou uma série de roubos de bola que quase deixaram Aik à beira de um ataque de nervos, repreendendo justamente as bases Janete e Kátia, insuficientes para a inteligência e perspicácia da "alvi-negra", que assinou 12 pontos e a sua colega Kátia Halar 19, o que é de assinalar, perante um adversário da índole das campeãs.

MARAVILHOSA SINFONIA

Da final, ainda se guardam reminiscências de um desafio bastante equilibrado, espectacular e, como dissemos na altura, impróprio para cardíacos, dada a incerteza que foi prevalecendo até à conclusão dois 40 minutos regulamentares, com o marcador a registar 60 pontos para cada lado. Contrariamente ao que vinha fazendo, o técnico do Ferroviário já não deu oportunidade a todas as jogadoras. Limitou-se ao mesmo grupo de cinco, Zinóbia (40.30 minutos em 45 jogados), Rute (32.59), desqualificada com cinco faltas, o que não é normal nesta atleta, Janete (39.37), Pauline (40.25) e Deolinda (35.36), dando chance, a espaços, a Julinha (20.12), que normalmente trocava com Machanguana.

Já o ISPU, embora Armando Meque também não oferecesse muito descanso às suas unidades nucleares, procurou rodar mais a equipa, o que de certa forma baralhou o Ferroviário. Isto porque, quando por exemplo se supunha que disparasse no marcador para uma vantagem confortável, as "universitárias" respondiam prontamente, situação mais visível no decorrer do quarto período, altura em que lograram chegar à igualdade e forçar o prolongamento, depois do lance polémico de uma falta sobre Vaneza Júnior, não assinalada pelo juiz internacional Abreu João, mesmo nas suas barbas.

O período extra trouxe duas realidades completamente díspares: uma sinfonia harmonicamente perfeita, música penetrante e a um ritmo maravilhoso, do lado do Ferroviário; um adormecimento incompreensível, como se as forças da equipa tivessem sido reguladas somente para 40 minutos, pelo ISPU. Ora, porque as decisões dos campeonatos, por vezes, acontecem em fracções de segundos, as "locomotivas" souberam, nesse período, vincar todo o seu virtuosismo e mostrar que continuam verdadeiras damas de ferro, oferecendo um feliz Natal a elas próprias e a toda a família verde-e-branca...

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino - Números orgulhosos do campeão

CINCO, é o número de jogos disputados pelas novamente campeãs nacionais nesta prova, três na primeira fase e dois na segunda. Apenas uma vez atingiram a "chapa 100", precisamente na estreia, uma a casa dos oitenta, duas dos setenta e uma dos sessenta. Vejamos em pormenor os seus resultados:

111-47 – Francisco Manyanga

75-53 – Maxaquene

89-33 – Quelimanenses

64-52 – Desportivo

77-60 – ISPU

Significa que as "locomotivas" marcaram mais pontos (111) frente às tetenses e menos (64) ante as "alvi-negras". Sofreram mais (60) com o ISPU e menos (33) diante das Quelimanenses. No total, marcaram 416 pontos, média de 83,2 por jogo, e sofreram 245 – 49.

Para além do título nacional, o Ferroviário arrebatou outros dois troféus, individuais: Melhor Jogadora (MVP), Janete Monteiro, e Melhor Marcadora, Pauline Nsimbo, com 94 pontos, uma média de 18,8.

ANGOLA : Gala distingue melhores equipas do ano

Uma gala, destinada a premiar as equipas vencedoras do campeonato provincial de basquetebol unificado em ambos os sexos da época 2006, acontece esta tarde, em Benguela, numa iniciativa da associação local da modalidade.

Em declarações à Angop, uma fonte da Associação Provincial de Benguela de Basquetebol disse que o evento visa fundamentalmente contemplar com troféus as melhores equipas da prova, de modo a incentivar a prática e a massificação da modalidade.

De acordo com a fonte, as equipas da Casa Pessoal do Porto do Lobito, campeã da prova nos escalões de iniciados e cadetes masculinos, Interclube, em iniciados, cadetes e juniores femininos, Sporting de Benguela, juniores masculinos, e Universidade Lusíadas, seniores masculinos, serão as distinguidas na gala.

Avançou também que os melhores marcadores da prova, que decorreu de Maio a Dezembro nas cidades do Lobito e Benguela, serão igualmente premiados com bolas de basquetebol.

Acrescentou que em seniores femininos não se fez avaliação ou escolha, e evitou mais pormenores, adiantando que os técnicos e dirigentes também serão premiados.

26 dezembro 2006

ANGOLA : 1º de Agosto e Petro batem-se na 5ª Jornada

A XXIX edição do Campeonato Nacional Sénior Masculino de Basquetebol arranca a 16 de Janeiro próximo, de acordo com o sorteio realizado ontem, numa das salas do Hotel Alvalade, em Luanda. O duelo de gigantes entre Atlético Petróleos de Luanda e 1º de Agosto acontece na quinta jornada.
A prova a ser disputada no sistema de todos contra todos a quatro voltas contará com a participação de onze formações designadamente, Atlético Petróleos de Luanda, campeão em título, 1º de Agosto, Atlético Sport Aviação (ASA), Grupo Desportivo Interclube, Grupo Desportivo da Nocal, Sporting de Luanda, Cduan, Futebol Clube Vila Clotilde, Misto de Cabinda, Universidade Lusíada e os Embondeiros de Viana.
Entretanto, na eventualidade das duas primeiras equipas terminarem com o mesmo número de pontos recorrer-se-á a uma finalissíma, sendo por isso, a única alteração no modelo de disputado do “Nacional” adoptado na última temporada basquetebolista. Antes, o critério de desempate era nos jogos entre si.
De acordo com o sorteio, a primeira jornada reserva o seguinte cartaz: 1º de Agosto – Futebol Clube Vila Clotilde, Atlético Petróleos de Luanda – Grupo Desportivo da Nocal, Grupo Desportivo Interclube – Universidade Lusíada, Atlético Sport Aviação (ASA) – Misto de Cabinda e Sporting de Luanda – Cduan. Folga por imperativo de calendário os Embondeiros de Viana.

ANGOLA : FAB poderá atribuir valor monetário ao campeão nacional

A Federação Angolana de Basquetebol (FAB) poderá nos próximos anos atribuir, para além do troféu, um valor monetário, ao vencedor do Campeonato Nacional Sénior Masculino de Basquetebol. Segundo Gustavo Vaz Dias da Conceição, presidente de direcção da FAB, que prestou esta informação ontem, a quando do sorteio do “Nacional” realizado numa das salas do Hotel Alvalade, assegurou por outro lado, que a proposta será levada a Assembleia Geral daquele organismo, marcado para o primeiro trimestre do ano de 2007 para a devida discussão.
De acordo com Gustavo Vaz Dias da Conceição, a FAB pretende como esta medida incentivar cada vez mais os clubes a participarem nos Campeonatos Nacionais com mais afinco. A proposta será analisada pelos associados na próxima Assembleia Geral.
A FAB decidiu ainda que doravante serão padronizados todos os troféus, contrariamente ao que acontecia nos anos anteriores.
“A grande questão é que a federação sente que não basta fazermos campeonatos nacionais sem termos uma preocupação particular com os troféus. E aquilo que temos feito até agora, e que é preciso corrigir, é que temos dado troféus diferentes para a mesma competição. Portanto, vamos a partir da próxima época estandardizar os troféus, ou seja, dar troféus iguais para provas iguais e, deve dizer que já temos os troféus até 2008 assegurados”.
Entretanto, um outro incentivo que a direcção da Federação Angolana da modalidade vai implementar já a partir da próxima época desportiva, que abre a 9 de Janeiro, com a disputada da Supertaça, prende-se com os gastos com as equipas de arbitragem que passarão a ser custeadas pela FAB.
“Nós decidimos assumir os encargos com a arbitragem primeiro para cortar uma ligação que pode por vezes tomar dimensões perigosas que é esta relação dos clubes pagarem o serviço do árbitro. Portanto, quando o clube paga o serviço do árbitro nós ficamos muito próximo de uma fronteira que acredito perfeitamente pelo profissionalismo e consciência dos árbitros não vão transcender, mas ficamos muito próximo, e fica um espaço muito teno entre a responsabilidade, o “fair-play”, a disciplina e fundamentalmente a isenção do árbitro”.
Gustavo Vaz Dias da Conceição aplaudiu a decisão das formações do Embondeiros de Viana e da Universidade Lusíada que passam a ser os novos inquilinos do Campeonato Nacional.

ANGOLA : Direcção técnica antecipa início dos campeonatos jovens

A direcção técnica da Federação Angolana de Basquetebol decidiu antecipar o arranque dos campeonatos jovens em ambos sexos de 2007, segundo o comunicado oficial nº90 daquele organismo a que o Jornal dos Desportos teve acesso.
Deste modo, os Campeonatos Nacionais de Juniores Masculinos (XXIII edição) e Feminino (XXI edição) serão disputados na província da Huíla, no período compreendido entre 24 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 2007.
Ainda de acordo com o comunicado da FAB, às associações provinciais da modalidade e os clubes interessados, devem enviar à federação as respectivas inscrições até ao dia 10 de Janeiro.
Entretanto, a capital do país, Luanda, albergará de 10 a 22 de Janeiro de 2007 os Campeonatos Nacionais de Iniciados em ambos sexos.
Os clubes deverão confirmar as respectivas participações até ao dia 2 de Janeiro próximo.

MOÇAMBIQUE : Nacional Seniores Femininos - Vitória do pragmatismo - Carlos Aik analisando o percurso do Ferroviário, após a revalidação do título


A REVALIDAÇÃO do título nacional de basquetebol sénior feminino, por parte do Ferroviário, sábado à noite, no Pavilhão do Maxaquene, não constituiu espanto para ninguém. Não somente em função daquilo que superiormente efectuou na partida da final, diante do ISPU, sobretudo quando foi necessário decidir-se por via do prolongamento, durante o qual revelou um pragmatismo irrepreensível, mas também por aquilo que foi durante todo o campeonato e igualmente ao longo da temporada, em que se superiorizou claramente ao seu rival. De facto, depois do empate (60-60) ao cabo dos 40 minutos regulamentares, era suposto que, no tempo extra, continuasse a mesma bitola, contudo, a verdade manda dizer que as "locomotivas" praticamente sufocaram as "universitárias", com um parcial de 17-0, ganhando desta forma pela marca de 77-60.


O técnico do Ferroviário, Carlos Aik, era um homem felicíssimo no final da contenda. Provavelmente não felicíssimo pelo título em si, já que é o "rei dos canecões" da nossa bola-ao-cesto em seniores femininos, mas pela forma dramática como o mesmo foi conquistado, pois as suas jogadoras demonstraram uma grande capacidade de perseverança e acima de tudo um extraordinário espírito ganhador, factos que acabaram sendo determinantes naquele fatídico momento da verdade. Aik recebeu felicitações de muita gente, inclusive de colegas seus, treinadores doutras cores, uma vénia desportivamente de assinalar.

Abordando especificamente o grande embate contra o rival ISPU, teceu rasgados elogios à sua equipa, destacando o excelente desempenho das jogadoras no período suplementar. "As meninas tiveram uma prestação fantástica e essencialmente pragmáticas. Conseguiram marcar 17 pontos e não sofrer nenhum, respondendo da melhor forma a alguns deslizes que fomos tendo, sobretudo no terceiro período, em que nos apresentamos de forma desastrosa, permitindo que o ISPU reduzisse para cinco pontos de diferença e readquirisse confiança", disse.

Desenvolvendo o seu raciocínio, Aik referiu que as "locomotivas" foram a melhor formação em campo, estiveram quase sempre à frente no marcador e, nos momentos menos bons, souberam ter a inteligência necessária para dar a volta às dificuldades. "O Ferroviário foi um justo vencedor e aquele que mais trabalhou para conseguir tal feito", concluiu.
Pauline Nsimbo

FRUTO DO TRABALHO




Chegou, viu e... venceu! Pois, foi assim a congolesa Pauline Nsimbo, a nova aquisição dos "locomotivas", depois de ter representado o 1º de Agosto, de Angola, e, na última Taça dos Campeões de África, em Outubro passado, no Gabão, os anfitriões do Somo.

Entrou de mansinho, quiçá a pretender conhecer melhor o terreno e principalmente as suas colegas. Mas a cada desafio via-se o seu ascendente, traduzido também no aumento gradual da sua média de pontuação. Por exemplo, diante do ISPU, foi simplesmente "arrasante": 29 pontos, que catapultaram-na para o título de melhor marcadora da prova.

Segundo ela, o segredo para este triunfo "locomotiva" residiu na forma como a equipa se preparou para a competição.

"Foi preciso muito treino, algo que fizemos muito bem durante a fase de preparação. Já no decorrer da prova, demonstrámos o mesmo empenho, situação que acabou sendo premiada com a conquista do almejado título", explicou, frisando que o Ferroviário superou todos os adversários, foi a melhor equipa da prova e um justo vencedor.

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino - Cometemos erros infantis - reconhece Armando Meque, treinador do ISPU


NATURALMENTE desolado, Armando Meque, treinador do ISPU, que outra vez falha o título nacional na final, reconheceu que o triunfo das "locomotivas" foi acima de tudo um triunfo da experiência. Falando objectivamente do seu time, disse que cometeu muitos erros no tempo extra, durante o qual esteve francamente mal.


"Na ponta final do quarto período podíamos ter resolvido a partida. Tivemos uma oportunidade já sobre o apito final para 'matar' o jogo, mas não conseguimos. E, como se sabe, este tipo de erros, de alguma forma infantis, pagam-se muito caro em alta competição. Penso que o Ferroviário fez bom uso da sua maior experiência para ganhar o jogo", contou.

Apesar de tudo, Meque afirmou-se satisfeito com o espectáculo protagonizado pelas duas formações, num jogo bastante animado e caracterizado por muita emoção.

NÃO SOUBEMOS APROVEITAR

Tal como o seu "mister", a valorosa jogadora "universitária" Amélia Macamo opina que no aproveitar esteve o ganho, e o Ferroviário, fazendo uso da sua experiência, colheu preciosamente os dividendos dos erros clamorosos do ISPU, que falhou em momentos decisivos da partida.

"Não conseguimos ter o controlo da bola e jogar em conjunto, quando estávamos empatados e a escassos segundos do fim do encontro. Tivemos chance de vencer, porém, não soubemos aproveitar e acabamos sendo penalizadas no prolongamento com uma dose muito pesada", disse, acrescentando que resta às "universitárias" continuarem a trabalhar para que no próximo ano não voltem a falhar a conquista do troféu.

25 dezembro 2006

FELIZ NATAL

FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO

22 dezembro 2006

MOÇAMBIQUE : Nacional Seniores Femininos - Meias-finais cristalinas


CRISTALINAMENTE, e com "todo o mundo" unânime em relação à supremacia exercida pelos representantes da "cidade das acácias", as meias-finais do Campeonato Nacional de Basquetebol de Seniores Femininos, esta noite, não trazem novidade rigorosamente nenhuma: ISPU-Maxaquene, a principiar às 18.30 horas, e Ferroviário-Desportivo, a partir das 20.45, testemunhando a profecia que desde o início da prova vinha entrelaçando os prognósticos e conjecturas dos amantes da bola-ao-cesto. Mais: se o dia de hoje cumprir normalmente o seu movimento de rotação, isto é, se não existir nenhuma contrariedade àquilo que tem sido o habitual, "locomotivas" e "universitárias" sairão vencedoras e, amanhã, irão reeditar a final da edição passada, então ganha pela formação treinada por Carlos Aik, vice-campeã africana e que novamente se coloca em condições privilegiadas de renovar a sua coroa de rainha.


Ontem, foi o epílogo do Grupo I da primeira fase, tendo o Ferroviário "espezinhado" as Quelimanenses por 89-33 e o Maxaquene derrotado a Escola Secundária Francisco Manyanga de Tete pela marca de 77-57, confirmando aquilo que, no dia anterior, ISPU e Desportivo haviam já concretizado, portanto, a passagem para as meias-finais. Estas, hoje, serão antecedidas de partidas qualificativas, no período da manhã, designadamente Francisco Manyanga-Ferroviário de Nampula (7º e 8º) e Quelimanenses-Ferroviário da Beira (5º e 6º).

Porque estamos no início do longo fim-de-semana natalício, tudo indica que o panorama no Pavilhão do Maxaquene irá melhorar substancialmente. É dia de grandes decisões, estão em campo as conhecidas equipas de Maputo e as melhores jogadoras do país, algumas das quais espalharam o perfume do seu basquetebol no recente "Africano", pelo que estaremos em presença de razões mais que suficientes para o público se sentir motivado e aderir em massa à "catedral".

CHAVE DE OURO

À excepção do embate contra o Maxaquene, em que sentiu alguma réplica e a espaços obrigado a mostrar toda a sua raça, o Ferroviário tem vindo, praticamente, a assumir os jogos ao ritmo de recreação.

Ou, para não ferir susceptibilidades, a não necessitar de apelar a todos os seus extraordinários recursos para calmamente construir triunfos. As Quelimanenses predispunham-se a cerrar os dentes, no entanto, a classe das "locomotivas" foi de tal maneira evidente que as zambezianas não puderam evitar mais de meia centena de diferença, numa noite em que a sua estrela, Diara Dessai, esteve completamente apagada.

Fechando com chave de ouro a primeira fase, o Ferroviário, contrariamente ao habitual - até porque Aik tem estado a efectuar vários ensaios, na perspectiva da final - teve na poste Ondina Nhampossa a figura de referência, com 24 pontos, tendo a congolesa Pauline Nsimbo começado a aproximar-se daquilo que motivou o clube a contratá-la, embora a maior expectativa em seu redor resida mais no embate da decisão do título.


FICHA TÉCNICA


Árbitros: Abreu João, António Mavila e Sérgio Tomás.

FERROVIÁRIO (89) - Inocência Fondo (5), Kátia Machai (3), Zinóbia Machanguana (11), Rute Muianga (3), Janete Monteiro (9), Tatiana Ismael (2), Pauline Nsimbo (20), Júlia Machalela (4), Márcia Langa (0), Deolinda Gimo (4), Sílvia Langa (4) e Ondina Nhampossa (24). Treinador: Carlos Aik.

QUELIMANENSES (33) - Madina Bernardo (2), Sónia João (0), Imelda Mubai (4), Nelma Samamade (0), Graciela de Jesus (0), Graciete de Jesus (0), Maria Augusta (0), Diara Dessai (8), Cidália Vilanculos (2), Valódia Tesoura (6), Leodmila Jeque (0) e Maria Lubrino (11). Treinador: Abdul Waide.

MOÇAMBIQUE : Convocada selecção masculina

VINTE e três jogadores, dentre os quais quatro a actuar nos Estados Unidos da América, designadamente Mauro Matai, Cesário Chipepo, Cornélio Guibunda e Amarildo Matos, foram convocados para integrar a Selecção Nacional de Basquetebol de Seniores Masculinos que disputará as eliminatórias para os Jogos Africanos da Argélia e Afrobásquete de Angola, em 2007.

Estes atletas, a ser orientados pelos jovens técnicos Milagre Macome, Costa do Sol, e Carlos Alberto Niquice, Ferroviário, têm agendado para esta tarde, às 16.00 horas, umencontro na sede da Federação.

Eis os convocados:

Ferroviário - Custódio Muchate, Octávio Magoliço, Gerson Novela, Felisberto Macuácua, Helénio Machanguana e Bruno Dias.
Maxaquene - Fernando Mandlate, Sete Muianga, Khaimane de Deus e Helmano Nhatitima.
Costa do Sol - Sansão Matavele e Elton Mazive.
Académica - Luís de Barros, Tomás Banze e Armando Baptista.
Desportivo - Sílvio Letela e Stélio Nualia.

Estados Unidos - Mauro Matai, Cesário Chipepo, Cornélio Guibunda e Amarildo Matos.

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino - Resultados

ONTEM – 3ª jornada - Grupo I

Maxaquene, 77-Francisco Manyanga, 57
Ferroviário, 89-Quelimanenses, 33


PRÓXIMOS JOGOS


HOJE – Qualificativas e meias-finais

9.00 - Francisco Manyanga-Fer. Nampula (7º e 8º)
11.00 - Quelimanenses-Fer. Beira (5º e 6º)
18.30 - ISPU-Maxaquene
20.45 - Ferroviário-Desportivo

ANGOLA : Inovações marcam sorteio do Campeonato Nacional

O sorteio da vigésima nona edição do Campeonato Nacional de Basquetebol sénior masculino, realizado quinta-feira, em Luanda, foi marcado pelas inovações implementadas na prova e a inclusão de duas novas equipas.

Para temporada 2007, a iniciar no próximo dia 12 de Janeiro próximo, com a disputa da Supertaça, a Federação Angolana de Basquetebol (FAB) organiza, na abertura, um show multimédia marcado por "várias surpresas", de acordo com o moderador Carlos Contréiras.
Ao contrário da época passada, esta temporada a prova terá uma finalíssima em caso de igualdade pontual entre os dois primeiros da tabela classificativa.
Entram pela primeira vez na competição a Universidade Lusíada de Angola e o Imbondeiro de Viana.
O desafio entre o Sporting de Luanda e o Clube Desportivo Universitário de Angola (CDUAN) é o destaque da jornada inaugural.
A ronda terá ainda os jogos Vila Clotilde - 1º de Agosto, Petro de Luanda (campeão em título) - GD Nocal, Interclube - Lusíadas, Misto de Cabinda - ASA.

ANGOLA : Benguela terá pavilhão novo para Afrobasket

Um pavilhão gimnodesportivo, avaliado em seis milhões de dólares, será construído a partir de Janeiro do próximo ano na província de Benguela, tendo em vista a realização do Afrobasket-2007.

A informação foi prestada hoje à imprensa pelo director local dos Desportos, Pedro Garcia, explicando que as obras, cuja construtora não adiantou, terminam em Julho de 2007.
O responsável, que fazia um balanço das actividades do seu sector, defendeu também a construção de hotéis e a reparação de infra-estruturas desportivas e hoteleiras já existentes na região.
Quanto ao "ano desportivo", referiu que a província participou e promoveu diversos campeonatos de âmbito provincial e nacional, saindo-se com um saldo bastante positivo, comparativamente a 2005.
"Apesar das dificuldades financeiras, Benguela participou em todos os campeonatos Benguela tem mais de 72 organizações e associações juvenis.

21 dezembro 2006

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino .- Fortifica-se o castelo das... "dinossauros"!


SE, nalgum momento, para os observadores mais cépticos, a clareza em relação aos times que seguem em frente neste Campeonato Nacional de Basquetebol de Seniores Femininos ainda carecia de uma definição exacta, pois a qualquer altura podia ocorrer uma surpresa transcendental, agora, mais do que nunca, tudo se expôs à luz do dia: as "dinossauros", que até aqui ainda nem precisaram de exibir todo o seu gigantismo, à excepção de uma e outra situação fugaz, vão fortificando o seu castelo, à medida daquilo que efectivamente constava dos prognósticos e conjecturas desta prova. É por essa razão, pois, que as meias-finais de amanhã não espantam rigorosamente a ninguém, senão vejamos: Ferroviário-Desportivo e ISPU-Maxaquene, o quarteto da capital que se vem sobrepondo sem apelo nem agravo sobre os conjuntos doutras paragens, designadamente Beira, Tete, Quelimane e Nampula, que se batem entre si pelos lugares secundários da competição.

O facto de agora se encontrarem frente-a-frente as equipas mais fortes do campeonato faz prenunciar uma mudança radical na face triste que a "catedra" vem apresentando desde o início do evento.

Dos pouquíssimos espectadores que se têm visto, perspectiva-se uma grande aderência, o que certamente emprestará outra cor e alegria a estas noites da bola-ao-cesto.

Ontem, concluiu-se a primeira fase do Grupo II, com o embate entre Desportivo e ISPU a aproximar-se da empolgância desejada, tendo o triunfo (60-41) das "universitárias" se situado dentro da normalidade, à semelhança da vitória do Ferroviário da Beira sobre o seu homónimo de Nampula por 98-35.

Esta noite, será a fez do Grupo I fechar o seu ciclo, com os desafios Maxaquene-Francisco Manyanga de Tete (18.00 horas) e Ferroviário-Quelimanenses (20.00).Entretanto, apesar de não terem sido qualificadas para a etapa seguinte, as "locomotivas" do Chiveve fecharam com chave de ouro a sua participação na primeira fase, tendo ficado a escassos dois pontos da centena, numa partida em que uma vez mais vieram à tona as fragilidades das nampulenses.

Didian Suela, que esteve na pré-selecção de Sub-20, exibiu-se a contento, com um registo individual de 19 pontos, seguida da internacional Odélia Mafanela com 16, Ivênia Nhamue 14 e Luisa Viegas 13. Pelas nortenhas, Isabel Mavamba fez 12 pontos.

NÓS SOMOS AS... SUB-20

Para o músico guineense Micas Cabral, dos Tabanka Djaz, elas seriam as Sub-17. Contudo, para nós, em função da luta titânica que travaram entre si, estas Sub-20 são realmente uma maravilha. Referimo-nos ao interessante duelo protagonizado por Anabela Cossa e Vaneza Júnior, duas das pedras angulares da selecção vice-campeã africana. Foi uma discussão que ajudou sobremaneira a elevar a qualidade do espectáculo, pois, embora o triunfo das "universitárias" fosse previsível, o certo é que as jogadoras de Nazir Salé se empertigaram de tal forma que Tânia Wachene, Aleia Rachide, Ana Branquinho, Amélia Macamo, Iracema Ndauana e companhia tiveram que emprestar uma atitude mordaz à sua exibição.
A equipa de Armando Meque teve mérito na sua estratégia: uma entrada superior, ou ela não pertencesse a um instituto superior, do ponto de vista ofensivo, aliada a uma funcional capacidade de concretização, permitindo-lhe assim cedo se distanciar do adversário. Para este facto, terá também concorrido o despertar sonolento das "alvi-negras", carentes de soluções, fazendo apenas seis pontos (contra 21) no primeiro período.

Mas, quando os pratos da balança aparentemente se equilibraram, Anabela e Vaneza entraram em cena, porém, com uma diferença: é que, enquanto a primeira praticamente lutava sozinha, a segunda tinha um vasto leque de opções, nas quais, por exemplo, Aleia pareceu-nos estar a regressar à sua boa forma e Ana Branquinho com a "mangueira" em dia. Enfim, uma partida que, à semelhança do que sucedeu com o Ferroviário-Maxaquene, já nos fez, de facto, estar dentro de um verdadeiro Campeonato Nacional.Alguns erros na arbitragem, mas sem grande relevância.

FICHA DO JOGO

Árbitros: Guidione Matsinhe, Guilherme Júnior.

DESPORTIVO (41) – Josefina Jafar (0), Clere Taímo (0), Sílvia Neves (2), Valerdina Manhonga (9), Anabela Cossa (17), Cátia Halar (8), Ivete Macamo (0), Crichúlia Mandlate (3), Benedita Kuanguelo (2), Dilar Dessai (0) e Elina Sigaúque (0). Treinador: Nazir Salé.

ISPU (60) – Marta Ganje (0), Eduarda Chongo (4), Tânia Wachene (9), Ana Branquinho (12), Vaneza Júnior (7), Amélia Macamo (7), Dulce Mabjaia (0), Aleia Rachide (17), Cecília Henrique (0), Nádia do Rosário (2), Iracema Ndauane (2) e Nália Simão (0). Treinador: Armando Meque.

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino .- Resultados

ONTEM - 3ª jornada - Grupo II
Desportivo, 41-ISPU, 60
Fer. Beira, 98-Fer. Nampula, 35

PRÓXIMOS JOGOS

HOJE - 3ª jornada - Grupo I

18.00 - Maxaquene-Francisco Manyanga
20.00 - Ferroviário-Quelimanenses

20 dezembro 2006

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino - Já nos aproximamos do âmago

OS encontros envolvendo as formações de Maputo, designadamente Maxaquene-Ferroviário de ontem à noite, e Desportivo-ISPU de hoje, já nos aproximam ao verdadeiro âmago deste Campeonato Nacional de Basquetebol de Seniores Femininos. Depois de sucessivas jornadas em que o interesse em redor do evento era praticamente inexistente, devido ao enorme fosso que se verifica entre uns e outros, tendo como consequência partidas desprovidas de qualquer brilho, agora já se sente o aroma de uma prova que vai prenunciando um epílogo sem surpresas. Ontem, num desafio sem desprimor à irrefutável capacidade das detentoras do título, haverá, sim senhor, que reconhecer mérito à réplica emprestada pelas "tricolores", derrotadas por 53-75, depois de Quelimanenses e Francisco Manyanga de Tete terem travado um embate extremamente equilibrado, com o triunfo a pertencer às zambezianas por apenas um ponto (54-53).


Esta noite, já com as transmissões televisivas em directo garantidas na TVM, conclui-se a primeira fase do Grupo II, com o sensacional frente-a-frente entre Desportivo e ISPU a despertar grande expectativa, pois será conhecido o vencedor da série e que, consequentemente, evitará o Ferroviário nas meias-finais de sexta-feira, partindo do pressuposto de que o conjunto de Carlos Aik, inquestionavelmente, ficará em primeiro no seu grupo. Este embate tem o seu começo agendado para as 20.45 horas, antecedido do jogo envolvendo os Ferroviários da Beira e de Nampula, a partir das 18.30, com largas possibilidades de a equipa do Chiveve obter o seu primeiro triunfo na prova.
"TRICOLORES" TRAQUINAS

Apesar de a sua nomenclatura não ser referência neste campeonato, Francisco Manyanga e Quelimanenses travaram uma partida recheada de momentos bastante interessantes, com o equilíbrio a cativar a atenção dos poucos espectadores que vêm fazendo a romaria ao Pavilhão dos "tricolores". Mas as razões deste jogo ter atingido um nível competitivo aceitável são óbvias: ambos os conjuntos são reforçados por atletas da Académica. Do lado das tetenses, brilharam Anita Filipe, com 16 pontos, e Márcia Langa, 12, enquanto pela banda zambeziana em destaque estiveram Diara Dessai (21 pontos), como não podia deixar de ser, e Maria Lubrino, 15.

Já no segundo encontro, a história girou à volta da forma destemida como as traquinas jogadoras do Maxaquene se bateram diante de tão ilustres artistas "locomotivas". Ninguém duvidava em relação ao desfecho da contenda, todavia, poucas hipóteses de resposta "a priori" se ofereciam às pupilas de Simão Mataveia. Mas a verdade é que, depois de terem saído para o primeiro período a perder por somente dois pontos (14-12), no segundo, cerraram os dentes e travaram-se de razões com as suas oponentes, tendo, inclusive, logrado passar à dianteira no marcador em duas ocasiões (16-17 e 18-19), para além da igualdade (21-21), situação que obrigou o Ferroviário a adoptar uma estratégia competitiva mais consentânea com a classe e capacidade das suas jogadoras.

A partir daqui, o concerto “locomotiva” passou a ser uma realidade, distanciando-se à vontade no "score".

Apesar de tudo, as "tricolores" não desarmavam, com Gracinda Bucar - que, julgamos nós, devia ter feito parte da selecção de Sub-20 - a arrumar a casa, secundada pela infalível Esmeralda Casimiro.

Nota positiva ao trabalho dos homens do apito.


FICHA TÉCNICA


Árbitros: Abreu João, Domingos Lino e Almeida Colaço.

MAXAQUENE (53) – Alice Baessa (4), Gracinda Bucar (8), Esmeralda Casimiro (14), Leonilde Nhassengo (5), Maria Filipe (3), Célia Mabjaia (0), Yara Manhique (8), Fanta Machai (5), Ivete Langa (4), Cláudia Chembene (2) e Deise Chirindza (0). Treinador: Simão Mataveia.

FERROVIÁRIO (75) – Inocência Fondo (0), Kátia Machai (3), Zinóbia Machanguana (7), Ruth Muianga (7), Janete Monteiro (10), Tatiana Ismael (6), Pauline Nsimbo (14), Júlia Machalela (4), Márcia Langa (2), Deolinda Gimo (10), Sílvia Langa (6) e Ondina Nhampossa (6). Treinador: Carlos Aik.

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino - Quadro de resultados

ONTEM - 2ª jornada - Grupo I

Maxaquene, 53-Fer. Maputo, 75
Francisco Manyanga, 53-Quelimanenses, 54

PRÓXIMOS JOGOS HOJE - 3ª jornada - Grupo II 18.30 - Fer. Beira-Fer. Nampula

20.45 - Desportivo-ISPU

MOÇAMBIQUE : O prometido é devido!

CUMPRINDO esta profecia, as Telecomunicações de Moçambique (TDM) distinguiram ontem a Selecção Nacional de Basquetebol Feminino de Sub-20, vice-campeã africana da categoria, concretizando assim a promessa feita no decorrer da prova, realizada em Maputo. Numa cerimónia em que esteve presente o Ministro da Juventude e Desportos, David Simango, o Administrador-Delegado da empresa, Salvador Adriano, anunciou a oferta, que consiste na instalação de um pré-pago com crédito de 500,00 MTn mensais, por um período de seis meses, para toda a equipa, incluindo treinadores, equipa médica e roupeira, assim como do serviço TDM banda larga para o presidente da Federação, durante três meses.


Falando na ocasião, Salvador Adriano fez referência ao facto de tal acontecer num ano em que as TDM assinalam as suas “bodas de prata”, motivo para a participação da empresa em diversas acções de carácter social e desportivo, nas quais se destaca o patrocínio ao "Africano" de Sub-20, por ter sido aquele que, parafraseando-o, deu à empresa maiores emoções e maiores alegrias.

O titular da pasta da Juventude e Desportos enalteceu este gesto da TDM, assim como a intervenção de outras empresas na organização daquele evento continental e mesmo no desporto em geral, rumo ao seu desenvolvimento.

Dirigindo-se especificamente às atletas, David Simango vincou a sua entrega, esforço individual e colectivo pela busca do melhor resultado possível, situação que nos fez acreditar na conquista do título. Infelizmente, tal não aconteceu, porém, frisou, o mais importante, para nós, é que o segundo lugar tanto não deslustra como vocês também souberam conquistá-lo, se nos recordarmos que estiveram aqui em Maputo outros países que são potências do basquetebol em África.

"Sabemos que haverá mais desafios pela frente. Sabemos ainda que as vossas ambições, no sentido positivo do termo, não se esgotaram neste campeonato. E, por aquilo que vimos e conhecemos de cada uma de vocês, temos a absoluta certeza de que saberão transformar este segundo lugar num mote para que no próximo campeonato, de facto, a nossa bandeira, que brilhantemente souberam defender, chegue ao mastro mais alto", rematou.

ANGOLA : FAB sorteia XXIX edição do nacional

A Federação Angolana de Basquetebol (FAB) vai sortear quinta-feira a XXIX edição do campeonato nacional sénior masculino, em cerimónia a decorrer numa das unidades hoteleiras da capital do país.

Segundo apurou a Angop, dez equipas deverão participar na prova que começa a 15 de Janeiro de 2007, designadamente 1º de Agosto, Petro de Luanda (campeão em título), Interclube, Desportiva da Nocal, ASA, CDUAN, Sporting de Luanda, Desportivo da Banca de Cabinda, Casa do Pessoal do Porto do Lobito e Imbondeiros de Viana.

Enquanto isto, o 1º de Agosto conquistou no passado fim-de-semana o provincial masculino de Luanda ao derrotar na última ronda o Petro de Luanda, por 86-72.

ANGOLA : Movimento Bola ao Ar distingue vencedores do torneio MPLA

O Movimento Bola ao Ar premiou hoje as equipas vencedoras do torneio municipal de basquetebol, que decorreu de 28 de Outubro a 17 de Dezembro do ano em curso em Luanda, em alusão ao 50º aniversário do MPLA.
A prova foi ganha pelo Kilamba Kiaxi em masculinos, seguido do Sambizanga e Cacuaco, enquanto em femeninos Viana foi o vencedor, secundado pelo Sambizanga e Cacuaco.O municipio do Cazenga foi considerado equipa sensação e o treinador de Viana, Gildo Unigenito, eleito o mais destacado da prova.
Na ocasião, o secretário geral da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), Tony Sofrimento, enalteceu o empenho do Movimento Bola ao Ar no desenvolvimento da modalidade no país e destacou o contributo do MPLA para o desporto no geral.
A competição foi disputada nos municípios do Cazenga, Sambizanga, Viana, Kilamba Kiaxi, Maianga, Samba e Ingombota.
O acto contou ainda com a presença do presidente do Movimento Bola ao Ar, Tony Caldas, além de atletas e dirigentes. O 50º aniversário do MPLA foi assinalado no passado dia 10 de Dezembro.

19 dezembro 2006

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino - Luta desigual entre actrizes e figurantes

É como nas novelas. Existem as actrizes principais. Aquelas sobre quem todo o enredo se desenrola em seu torno. Normalmente chamam a atenção pelo papel que desempenham e pelo charme que vão distribuindo em cada capítulo. Mas existem também as figurantes. As que assumem papéis de menoridade e só aparecem para complementar determinadas cenas.


Esta é, pois, a analogia que podemos traçar em relação àquilo que está a acontecer no Campeonato Nacional de Basquetebol de Seniores Femininos, a decorrer no Pavilhão dos "tricolores".

Há o grupo da capital do país, constituído pelo Ferroviário, ISPU, Desportivo e Maxaquene, subdividido pelos dois primeiros, principais candidatos ao título, e os "outsiders", sem qualquer aspiração visível e a coleccionar derrotas.

Ontem à noite, as "universitárias" bateram o Ferroviário da Beira por 74-38, enquanto as "alvi-negras" não ofereceram quaisquer chances às frágeis "locomotivas" nampulenses: 143-12. Hoje, o destaque vai para o embate Maxaquene-Ferroviário de Maputo (20.00 horas), antecedido do Francisco Manyanga-Quelimanenses, às 18.00.O Desportivo, com algumas jogadoras ainda fresquinhas do ponto de vista competitivo, depois de terem tomado parte no "Africano" de Sub-20, aproveitou a debilidade das nortenhas para construir um resultado histórico nesta prova: 131 pontos de diferença, com Sílvia Neves, que no evento continental passou a maior parte dos jogos no banco, a fazer 32 pontos, a conhecidíssima Anabela Cossa 30 e Cátia Halar 27.

Facto curioso e arreliador para um campeonato desta índole, é que o Ferroviário, nos quatro períodos, nunca chegou sequer aos oito pontos, senão vejamos: 2-2-6-2 contra a regularidade "alvi-negra", que se situou em 32-37-37-37, números indiscutíveis perante tamanha diferença entre os contendores.

ERROS EVITÁVEIS

Apesar de o Ferroviário da Beira se situar acima do nível modesto das formações forasteiras, tendo como cabeça de cartaz a internacional Odélia Mafanela - infelizmente, lesionada - o ISPU, que na estreia havia chegado à centena, também quis aproveitar este ensejo para o técnico Armando Meque efectuar uma nova observação à capacidade de desempenho das suas atletas.

É verdade que a supremacia das "universitárias" em nenhum momento esteve em causa, porém, importa referir alguma intranquilidade em certos momentos, situação que, inclusive, levou o "mister" à beira de um ataque de nervos, sobretudo porque alguns erros eram realmente de uma ingenuidade atroz.

Mas, no global - porque também a diferença competitiva por vezes não permite uma apreciação exacta sobre o desempenho dos artistas -, o ISPU não só cumpriu a sua obrigação de ganhar como ainda desfrutou de uma oportunidade para ir oferecendo descanso às notáveis, na perspectiva de evitar o seu desgaste em jogos supérfluos.Um tanto ou quanto ríspida no início em relação às beirenses, a arbitragem, no entanto, acabou entrando nos eixos e tudo decorrer dentro da normalidade.

FICHA DO JOGO Árbitros: Domingos Lino, Guilherme Júnior e Mário Getimane.

FER. BEIRA (38) – Saquina Taímo (11), Tânia Portrate (4), Didian Suela (2), Ivênia Nhamue (3), Olinda Nhantunga (2), Amélia Senguaio (0), Mirza Colaço (2), Célia Gololombe (0), Clarice Camacho (2), Sara Filimone (0), Odélia Mafanela (4) e Luisa Viegas (8). Treinador: Rui Alfredo.

ISPU (74) – Marta Ganje (3), Eduarda Chongo (7), Tânia Wachene (10), Ana Branquinho (13), Vaneza Júnior (10), Amélia Macamo (7), Mabjaia (4), Aleia Rachide (5), Cecília Henrique (0), Nádia do Rosário (2), Iracema Ndauane (11) e Simão (2).

Treinador: Armando Meque.

MOÇAMBIQUE : Nacional - Resultados

ONTEM - Grupo II

Fer. Beira, 38-ISPU, 74
Fer. Nampula, 12-Desportivo, 143

PRÓXIMOS JOGOS

HOJE - 2ª jornada

18.00 - Francisco Manyanga-Quelimanenses
20.0 - Maxaquene-Fer. Maputo

18 dezembro 2006

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino - Veraneio na "catedral"


FOI um começo praticamente sem grandes pólos de atracção. O fosso existente entre as formações da capital do país e as forasteiras foi de tal forma expressiva que os prognósticos e conjecturas apontando desde já o quarteto maputense nas meias-finais da próxima sexta-feira são inequívocos. Para o Ferroviário, ISPU, Desportivo e Maxaquene, a jornada inaugural do Campeonato Nacional de Basquetebol de Seniores Femininos, prova a decorrer desde sábado, resumiu-se num autêntico veraneio na "catedral", em noites que, face ao calor que se faz sentir, são efectivamente próprias para o efeito. "Locomotivas" e "universitárias" não quiseram brincar em serviço, brindando as suas adversárias com a “chapa 100”: 111-47 à Escola Secundária Francisco Manyanga, de Tete, e 145-18 ao Ferroviário de Nampula, respectivamente, enquanto "alvi-negras" venceram Ferroviário da Beira pela marca de 85-62 e "tricolores" bateram Quelimanenses por 70-54.


Contrariamente ao inicialmente previsto, este campeonato acabou ficando reduzida de 10 para oito formações, em virtude da não vinda das representantes de Inhambane, designadamente Liga Muçulmana da Maxixe e Escola Superior de Hotelaria e Turismo. Mesmo assim, as equipas encontram-se divididas em dois grupos, com o campeão Ferroviário no I e o vice ISPU no II, conjuntos que "a priori" se aguarda pelo seu encontro na final, marcada para sábado. Hoje, disputa-se a segunda jornada, comportando os embates Ferroviário de Nampula-Desportivo (18.30 horas) e Ferroviário da Beira-ISPU (20.45).A despeito de se tratar de uma competição que aglutina as melhores artistas do país, para além do evidente desequilíbrio entre os times, foi notória a gritante ausência do público - por exemplo, ontem, o derradeiro desafio do dia teve a companhia de pares de olhos de "meia dúzia de gatos pingados". E as razões são claras: a hora tardia em que começam os jogos, pois 20.45 é injustificável para um domingo, independentemente dos compromissos televisivos, que, neste caso, aparentemente, terão caído em "saco roto", uma vez que não se viu nenhuma transmissão em directo. É que, a manter-se este ritmo de presenças - à excepção, provavelmente, do dia da final, que se perspectiva arraste muita gente - corre-se o risco de um evento pobre em todos os tons.

TREINO COMPETITIVO


Depois de, no "Nacional" passado, na capital zambeziana, se ter destacado como melhor marcadora, mostrando que apesar de mãe de dois rebentos ainda é uma jogadora valorosa, Diara Dessai volta a Maputo pela porta grande. Integrada num time, denominado Quelimanenses, que claramente não vem discutir o título, mesmo reforçado por algumas atletas da Académica, à semelhança da Francisco Manyanga, Diara teve um registo de 20 pontos ante o Maxaquene, embora perdendo por 54-70. Pelas "tricolores", saliência para Gracinda Bucar (19 pontos), Esmeralda Casimiro (16) e Yara Manhique (15).Já no segundo encontro da noite, o Ferroviário de Maputo pautou a sua exibição ao ritmo de um treino competitivo. As tetenses, que inclusive tiveram a ousadia de marcar os dois primeiros pontos da partida, ainda quiseram dar um arzinho da sua graça, com Angelina Mula bastante participativa e até a iniciar o ciclo de triplos, porém, quando as "locomotivas" acharam que tinha chegado o momento de trazerem à tona apenas uma parte do seu virtuosismo, aí os pratos da balança se desequilibraram por completo. Foi evidente, da parte do técnico Carlos Aik, que a ideia era mesmo de emprestar à equipa alguma rodagem e procurar a integração e combinação da congolesa Pauline Nsimbo (nº 10), a nova aquisição das campeãs nacionais. Por exemplo, começou com um cinco constituído por Kátia Machai, Rute Muianga, Pauline, Márcia Langa e Ondina Nhampossa, para, cinco minutos depois, isto é, metade do primeiro período, com o marcador favorável em 16-9, mudar tudo de avesso, fazendo entrar Janete Monteiro, Zinóbia Machanguana, Deolinda Gimo, Júlia Machalela e Sílvia Langa. Enfim, como se vê, nomes verdadeiramente de luxo, em relação aos quais as moças de Tete, apesar da sua vontade de fazer algo vistoso, dificilmente podiam travar o seu ímpeto triunfante.Aliás, para oferecer oportunidade a todas as suas atletas, Aik ainda fez jogar as novinhas Tatiana Ismael e Inocência Fondo, com a primeira, inclusive, a assinar um triplo. Bom, não chegou a ser verdadeiramente uma demonstração de força das "locomotivas", porque tal não chegou a ser necessário, face à incapacidade de resposta das oponentes, mas uma ocasião para o "mister" ir fazendo as suas aferições, num jogo em que o trio de arbitragem esteve bem, com o internacional Domingos Lino pedagógico para com os seus colegas. FICHA TÉCNICA

Árbitros: Domingos Lino, António Mavila e Almeida Colaço.

FERROVIÁRIO (111) – Inocência Fondo (7), Kátia Machai (16), Zinóbia Machanguana (6), Rute Muianga (9), Janete Monteiro (13), Tatiana Ismael (5), Pauline Nsimbo (12), Júlia Machalela (5), Márcia Langa (6), Deolinda Gimo (11), Sílvia Langa (15) e Ondina Nhampossa (6). Treinador: Carlos Aik.
F. MANYANGA (47) – Priscila Rodrigues (0), Tânia Merinde (11), Lúcia Nassiaka (0), Luisa Semo (7), Páscoa Langa (7), Érica Smith (0), Anita Filipe (7), Neuza Bacar (0), Noémia Sinóia (5), Angelina Mula (10) e Janete Fidélis (0). Treinador: Rodrigo Meneses.

MOÇAMBIQUE : Nacional Feminino - Resultados

SÁBADO - Grupo II

ISPU, 145 - Fer. Nampula, 18
Desportivo, 85 - Fer. Beira, 62


ONTEM - Grupo I

Quelimanenses, 54 - Maxaquene, 70
Fer. Maputo, 111 - Francisco Manyanga, 47


PRÓXIMOS JOGOS

HOJE - 2ª jornada


18.30 - Fer. Nampula - Desportivo
20.45 - Fer. Beira - ISPU

ANGOLA : 1º de Agosto conquista Provincial

A equipa sénior masculina do 1º de Agosto conquistou sábado último, o Campeonato Provincial da “bola ao cesto”, ao derrotar na derradeira jornada da prova, o seu arqui-rival, Atlético Petróleos de Luanda, por 86-72, vencedor da última edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos.
A vitória dos mili- tares funcionou como vingança, depois de ter perdido a final da Taça dos Clubes Campeões Africanos a favor dos petrolíferos da capital, prova disputada em Lagos, Nigéria.
Num jogo equilibrado, os pupilos de Jaime Covilhã, decidiram o resultado no
último período em que conseguiram ser mais eficazes que os petrolíferos, cujo rendimento acabou condicionado pela expulsão do seu técnico, Alberto de Carvalho “Ginguba”.
Depois da vitória na primeira volta, o 1º de Agosto confirmou o seu estatuto na modalidade que tem sido posta em causa na presente temporada basquetebolista, isto a julgar pelas recentes conquistas do Petro de Luanda, designadamente título nacional e africano.

ANGOLA : FAB assume gastos com equipas de arbitragem

A Federação Angolana de Basquetebol (FAB) passará a partir da próxima temporada basquetebolistica a custear as despesas das equipas de arbitragem, numa inovação do organismo que tutela a modalidade no país, que visa fundamentalmente “desafogar” as equipas devido aos elevados gastos (com pagamentos das taxas, transportação, alimentação etc), segundo Nuno Tei- xeira, director técnico da FAB.
“Como é do vosso conhecimento, a direcção da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) de um tempo a esta parte tem realizado algumas inovações a nível das competições nacionais e, desta vez, decidiu doravante arcar com as despesas das equipas de arbitragem por formas a atenuar os gastos das equipas”, asseverou o director técnico da FAB, que hoje, segunda-feira, reúne-se com os responsáveis dos clubes da capital que participarão na XXIX edição do Campeonato Nacional Sénior Masculino de Basquetebol para de forma detalhada explicar a decisão da FAB.
O sorteio da XXIX edição do “Nacional” acontece na próxima sexta-feira, nas instalações da Federação Angolana de Basquetebol e contará com a presença dos delegados das equipas participantes.
Entretanto, a Universidade Lusíada poderá ser a nova inquilina do “Nacional da bola ao cesto”, cujo o arranque está previsto em princípio para o próximo dia 15 de Janeiro, de acordo com Nuno Teixeira. “Existe esta pretensão mas, nada ainda está definido. Pensamos esclarecer esta situação nos próximos dias”.
Para além desta novidade, o “Nacional” de 2007 poderá igualmente testemunhar o regresso da Casa do Pessoal do Porto do Lobito.
Universidade Lusíada a par da formação dos Embondeiros de Viana parti-ciparam no Campeonato Provincial da modalidade ganho pelo 1º de Agosto. Caso se confirme a entrada das três formações, o Campeonato Nacional Sénior Masculino voltará a ter doze equipas, designadamente, 1º de Agosto, Atlético Petróleos de Luanda, campeão nacional em título, Grupo Desportivo Interclube, Grupo Desportivo da Nocal, Sporting de Luanda, Grupo Desportivo da Banca de Cabinda, Atlético Sport Aviação ASA, Cduan, Futebol Vila Clotilde, Universidade Lusíada, Embondeiros de Viana e a Casa do Pessoal do Porto do Lobito.

15 dezembro 2006

MOÇAMBIQUE : Campeonato Africano já lá vai... A hora e a vez do "Nacional"!


OS resquícios do Campeonato Africano de Basquetebol Feminino Sub-20 ainda são visíveis aqui e acolá. Para além de algumas pessoas se interrogarem em relação ao revés da nossa selecção na hora da verdade, frente ao Mali, após uma carreira auspiciosa, que incluiu uma vitória precisamente sobre as malianas, no decorrer da primeira fase, e outras analisarem a prova sob os mais diversificados ângulos, as jogadoras guardam recordações boas mas também o momento pesaroso da final. Pois, é neste ambiente que a bola-ao-cesto do chamado "sexo fraco" volta à ribalta a partir de amanhã, na "catedral", com a disputa do Campeonato Nacional de Seniores, durante o qual irão evoluir também as artistas que há dias estiveram em foco na competição continental.

Depois do êxito rotundo que foi a prova máxima de seniores masculinos, realizada na cidade da Beira, em que o Pavilhão dos Desportos local sempre registou enchentes, para além de o próprio evento em si ter proporcionado jogos envolventes e espectaculares, a Federação Moçambicana de Basquetebol espera pela repetição do êxito, até porque os adeptos da modalidade ainda não esmoreceram o seu entusiasmo e o calor que lhes caracterizou durante o "Africano".

Pela primeira vez no seu historial, o Campeonato Nacional de Seniores Femininos contará com a presença de 10 equipas, daí se perspectivar que prenda a atenção do país inteiro, pois tomam parte quase todas as províncias, ansiosas em mostrar o que se vai fazendo em matéria de basquetebol nessas latitudes. À excepção dos habituais Ferroviário, campeão em título, ISPU, Maxaquene e Desportivo, da cidade de Maputo, e Ferroviário da Beira, todos os outros participantes são praticamente novidade, a saber: Ferroviário de Nampula, Quelimanenses, Francisco Manyanga, de Tete, Liga Muçulmana da Maxixe e Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane (ESHTI).

Enquanto na capital do país o apuramento ocorreu regularmente através do Campeonato da Cidade, conquistado pela segunda vez consecutiva pelas "locomotivas", noutras paragens, as provas internas foram sucedidas por uma competição interprovincial, denominada "Bela Bola", e que constitui uma inovação da FMB, na perspectiva de aglutinar um número cada vez mais crescente de equipas pelo país fora. Pela zona norte, apuraram-se Ferroviário de Nampula e Quelimanenses; pelo Centro, Ferroviário da Beira e Francisco Manyanga; e pelo sul, as duas formações inhambanenses da Liga Muçulmana da Maxixe e da ESHTI, esta última a tomar parte na prova pela segunda vez.

Face à quantidade dos participantes, e à luz dos regulamentos da Federação, as equipas serão repartidas em duas séries de cinco cada, jogando a primeira fase no sistema de todos contra todos numa única volta. Transitam para as meias-finais os dois primeiros classificados, que jogarão no formato cruzado, para a final acontecer no próximo dia 23 do mês em curso, altura em que serão conhecidas as novas rainhas da bola-ao-cesto nacional, que tanto poderão ser as "locomotivas" a manter a coroa ou um outro time.




DE NOVO A RIVALIDADE FERROVIÁRIO-ISPU

De há duas temporadas para cá que o centro de gravidade gira em torno da rivalidade entre Ferroviário e ISPU, que concentram a nata da modalidade. Do ponto de vista de títulos, a turma treinada por Carlos Aik leva a melhor sobre a adversária: dois Campeonatos da Cidade e um Nacional. Apesar do forte equilíbrio que se verifica entre os dois conjuntos, a verdade manda dizer que, na hora da verdade, Armando Meque e suas jogadoras vacilam, perante o virtuosismo das "locomotivas", mais serenas e colectivamente melhor estruturadas.

Se nenhuma surpresa acontecer, a qual poderá ser protagonizada pelas beirenses, onde pontifica a internacional Odélia Mafanela, as meias-finais serão disputadas pelas quatro formações maputenses, que estarão duas em cada série - provavelmente como cabeças-de-série "locomotivas" e "universitárias", de modo a evitar-se o confronto entre si na primeira fase. A final, essa, à semelhança do que aconteceu na última edição, em Quelimane, projecta-se o reencontro entre Ferroviário e ISPU, que sempre é um apetecível desafio.

Aliás, segundo unanimemente escreveram na altura os jornais do Gabão, o jogo entre estas duas formações moçambicanas, na fase final da Taça dos Campeões de África, em Outubro passado, foi o melhor da prova e serviu de verdadeira lição como partida de basquetebol. A rivalidade entre Ferroviário e ISPU extravasou as fronteiras nacionais e foi mostrar a espectacularidade do nosso basquetebol numa competição continental, num desafio por muitos catalogado de autêntica final. As "locomotivas", uma vez mais trazendo à tona a sua supremacia sobre as adversárias, saíram vencedoras. Desta vez, como será? Uma pergunta que encontrará resposta ao longo do campeonato que amanhã se inicia no pavilhão do Maxaquene.

11 dezembro 2006

CAN Sub 20 : Senegal falha objectivo

O Senegal, uma das principais referências do basquetebol feminino, ficou fora da final da última edição do campeonato africano de sub-20, disputado até sábado em Maputo, tendo-se conformado com o terceiro lugar, longe da única vaga para o campeonato do mundo.

Tidas como uma das candidatas ao triunfo nesta prova que fez disputar a sua última edição, após o anúncio da sua extinção pela FIBA-África, as senegalesas tiveram de se contentar com o terceiro lugar, depois da derrota nas meias-finais diante do Mali, que acabou conquistando o titulo e o passe para o campeonato do mundo da categoria. Arredada da final, a selecção senegalesa "esmagou" a frágil congênere sul-africana.
O resultado (80-37) espelha o domínio avassalador do Senegal frente a África do Sul, equipa sensação da prova de quem se esperava mais depois da excelente prestação nas meias-finais com Moçambique e de ter afastado a selecção de Angola que perfilava também entre os favoritos. Assim, lideradas por Magatte Sarr, que se sagrou a melhor marcadora do torneio, as senegalesas ocuparam o último lugar do pódio.
A prova foi conquistada pelo Mali, que na final bateu as anfitriãs moçambicanas por 49-47. A classificação foi completada, por esta ordem, com Senegal, África do Sul e Angola.

CAN Sub 20 : Seleccionador do Mali promete dignificar África no Mundial

O seleccionador maliano sub-20 em feminino, Sissouko Oumar, afirmou que o Mali será um digno representante de África no campeonato do mundo, para o qual se qualificou ao vencer o campeonato africano da categoria, disputado até sábado em Maputo, Moçambique.

"Com o desfecho da prova, ganhou o Mali e o continente africano, que terá um digno representante no Mundial", disse, não escondendo a satisfação apos vencer a final diante da selecção anfitriã (Moçambique), por dois pontos: 49-47.

Os malianos apuraram-se assim para o mundial da categoria, marcado para 2007, numa prova em que a selecção de Angola não evitou o último lugar entre cinco países.

As malianas acabaram assim invictas na prova, tendo nas meias-finais afastado uma potência do basquetebol feminino de África, o Senegal. Por isso, as senegalesas descarregaram a sua ira sobre a frágil África do Sul com triunfo expressivo de 80-37.
Em relação à história da final, Sissouko Oumar salientou os problemas que enfrentaram. "Lutamos contra tudo e todos. Isto é a recompensa de um trabalho abnegado das jogadoras e equipa técnica", disse, em alusão ao comportamento menos correcto de alguns membros da mesa de cronometragem, atitude que diz não dignificar a modalidade em África.
Por seu lado, o seleccionador moçambicano, Nazir Sal’, que viu o seu adversário festejar a conquista do cobiçado troféu em pleno pavilhão do Maxaquene em Maputo, mostrava-se agastado por ter deixado escapar a oportunidade de arrebatar a taça da diante do seu público.
Ao longo do torneio, não obstante a excelente prestação da sua equipa, Nazir Sal’ alertava para o facto de tudo poder acontecer nas meias-finais e final, já que os quatro qualificados tinham as mesmas hipóteses.
Assim, confirmou-se a prudência do treinador que não considerava a sua selecção vencedora antecipada como a maioria dos adeptos e mesmo alguma imprensa nacional. Sublinhou no entanto que a sua equipa deu o seu melhor para ganhar o troféu.
"Fomos infelizes depois da excelente prestação do grupo ao longo da prova", afirmou, destacando que a selecção moçambicana lutou até ao fim, mas os seus esforços saíram gorados diante do Mali. "Desejo uma boa representação do continente por parte do Mali no mundial da Rússia", afirmou.

10 dezembro 2006

CAN Sub 20 : Anabela Cossa a melhor jogadora da prova

A moçambicana Anabela Cossa foi eleita melhor jogadora da segunda edição do campeonato africano de basquetebol feminino em sub`20, que sábado terminou em Maputo (Moçambique) com a consagração do Mali.

A atleta, que foi também a melhor marcadora da final ao converter 14 pontos em 40 minutos de jogo, foi escolhida pelos jornalistas que cobriram a competição dado a sua prestação ao longo da prova. A sua contribuição na selecção foi valiosa sobretudo na primeira fase em que sempre se colocou entre as melhores "cestinhas".
Nos lugares seguintes da votação ficaram a maliana Fanta Touré, a senegalesa Magatte Sarr, a também maliana Nagnouma Coulibaly e a moçambicana Deolinda Gimo.
A melhor marcadora do campeonato foi Magatte Sarr que converteu no total 82 pontos, ao passo que Nagnouma Coulibaly foi a melhor ressaltadora.
A selecção da África do Sul, a sensação da prova e quarta classificada, recebeu o troféu "Fair Play".
O Mali será o representante de África no campeonato do Mundo a disputar-se de 29 de Junho a 08 de Julho na Rússia.

CAN Sub 20 : Mali conquista última edição do africano feminino sub`20

O Mali conquistou sábado em Maputo (Moçambique) a segunda e última edição do campeonato africano de basquetebol feminino em sub`20, ao derrotar na final o país anfitrião por 49-47, na final disputada no pavilhão de Maxaquene, na capital moçambicana.

A selecção anfitriã foi vergada diante do seu público que apareceu em massa no recinto de jogo, num desafio em que o domínio pertenceu quase na totalidade a sua congénere maliana, que tirou proveito da estatura física das suas atletas, aliada a uma técnica apurada, para arrebatar o trófeu.
Moçambique, que era tido desde o início da competição como o principal candidato ao triunfo, tendo em linha de conta a sua prestação em logo da primeira fase em que terminou invicto, não teve argumentos suficientes para suplantar o Mali, que, diga-se em abono da verdade, foi um digno vencedor.
Ao contrário das partida anteriores em que assumiu sempre as rédeas, no embate diante das malianas as locais apenas em escassos momentos da contenda lideraram o marcador (3-0 no início do primeiro quarto), deixando-se ultrapassar depois pelas adversárias que até ao ao apito final não deixaram os seus créditos em mãos alheias.
Entretanto, o período inicial pautou-se pelo equilíbrio com as duas equipas a fazerem um estudo mútuo, mas com a selecção maliana, mais solta e a interpretar melhor as orientações do banco, a dar mostras de querer ter o protagonismo.
Assim, mercê da maior concentração das suas atletas que estiveram em bom plano a atacar e defender, assim como nos ressaltos e na conversão de lances, as malianas chegaram ao intervalo com uma vantagem de cinco pontos (25-20).
Na etapa complementar, mormente no terceiro quarto, esperava-se por outra postura da selecção da casa, mas uma vez mais foram as malianas a entrar melhor e aproveitando as falhas das moçambicanas que se mostravam muito faltosas e perdulárias na recuperação de bola.
O Mali começou então a dilatar o marcador ante a passividade das adversárias, que eram constantemente chamadas para o banco pelo técnico Nazir Salé para receberam oriantações precisas, mas ainda assim não encontravam soluções para acompanhar o jogo do oponente. No declinar do terceiro período fixou o placar em 40-27.
No quarto e último período ficou patente a superioridade da selecção do Mali que colocou em apuros a anfitriã, que começava a entrar em desepero já que o tempo escasseava e o adversário se distanciava cada vez mais no marcador (42-32).
Com Moçambique praticamente rendido as evidências dos factos na quadra de jogos, começou então o jogo vergonhoso da mesa que em três ocasiões parou prepositadamente o cronómetro para beneficiar o país anfitrião. E diga-se, Moçambique tirou proveito e ajudado também pela equipa de arbitragem que passou a assinalar faltas inexistentes, chegou a reduzir a desvantagem a três pontos quando restavam pouco mais de 12 segundos para o final da partida.
O pior momento do desafio surgiu então precisamente nesta altura quando uma vez mais o cronómetro parou e os membros da comissão técnica da FIBA-Africa viram-se obrigados a expulsar da mesa o representante de Moçambique.
De resto, pouco mais havia por se jogar terminando a partida com a consagração do Mali que ganhou por 49-47.
O campeonato africano de basquetebol feminino, na Categoria de sub`20, que decorreu em Maputo (Moçambique), foi o último, segundo a Fiba-Africa durante a reunião técnica da prova realizada quarta-feira.
Sem entrar em muitos pormenores a FIBA-Africa deu a conhecer apenas a extinção da prova, remetendo para outros encontros a explicação detalhada sobre os motivos que estão na base desta decisão.