AFROBÁSQUETE MADAGÁSCAR-2009 - Sob o signo da reconciliação
O BASQUETEBOL trouxe a paz para Madagáscar, ou os malgaxes fizeram da bola-ao-cesto uma plataforma ideal para se reconciliarem e acabarem de vez com os momentos de tensão que se vivem na grande ilha do Índico. Esta é uma constatação real que se acha num povo desavindo, repartido em várias facções, mas que desde ontem se aglutinou num único, tendo como pano de fundo mostrar ao continente que é capaz.
A cerimónia de abertura do Afrobásquete de Femininos Madagáscar-2009, que decorreu ao fim da tarde no moderno Palácio do Desporto, foi uma demonstração de que, afinal, os malgaxes podem estar juntos e a mesma voz falarem de si ao mundo e a África, em particular. Apesar de nalgumas passagens do seu discurso ter sido apupado, sinal de que ainda é preciso trabalhar mais para uma verdadeira reconciliação, o Presidente do Governo de Transição, Andry Rajoelina, fez mesmo questão de sublinhar, repetidas vezes, que, mais do que palavras, Madagáscar tem, doravante, uma oportunidade de mostrar ao mundo que é um povo unido e que o basquetebol, o desporto, é capaz de ser a força motriz para esse desiderato. Para além dos discursos da praxe, foi num ambiente de muita cor, alegria e dança que se deu início formal a este evento, que junta 12 selecções, a saber: Madagáscar, Moçambique, Senegal, África do Sul, Camarões e Maurícias, no Grupo A; Mali, Nigéria, Angola, Costa do Marfim, Tunísia e Ruanda, no B.
Para a turma moçambicana, o começo conheceu grandes sobressaltos, pois, a despeito do triunfo sobre as camaronesas por 55-48, a verdade manda reconhecer que foi somente nos derradeiros segundos que se respirou de alívio. Os Camarões, que de maneira nenhuma aceitaram ser grelhados ou fritos com facilidade, dominaram a contenda durante o primeiro tempo, chegando até a criar a sensação de que iriam vencer. No entanto, mercê de um jogo magnificamente inteligente, a nossa selecção acabou por acertar em todos os aspectos, ganhando como se lhe impunha.
Hoje, dia reservado à segunda jornada, a equipa orientada por Nazir Salé enfrenta um desafio extremamente complicado, diante do Senegal, um dos principais candidatos ao título. A ter lugar a partir das 20.00 horas daqui (19.00 de Maputo), este jogo acontece depois de as senegalesas terem também vencido ontem, pela marca de 75-34, a modesta África do Sul.
* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo
A cerimónia de abertura do Afrobásquete de Femininos Madagáscar-2009, que decorreu ao fim da tarde no moderno Palácio do Desporto, foi uma demonstração de que, afinal, os malgaxes podem estar juntos e a mesma voz falarem de si ao mundo e a África, em particular. Apesar de nalgumas passagens do seu discurso ter sido apupado, sinal de que ainda é preciso trabalhar mais para uma verdadeira reconciliação, o Presidente do Governo de Transição, Andry Rajoelina, fez mesmo questão de sublinhar, repetidas vezes, que, mais do que palavras, Madagáscar tem, doravante, uma oportunidade de mostrar ao mundo que é um povo unido e que o basquetebol, o desporto, é capaz de ser a força motriz para esse desiderato. Para além dos discursos da praxe, foi num ambiente de muita cor, alegria e dança que se deu início formal a este evento, que junta 12 selecções, a saber: Madagáscar, Moçambique, Senegal, África do Sul, Camarões e Maurícias, no Grupo A; Mali, Nigéria, Angola, Costa do Marfim, Tunísia e Ruanda, no B.
Para a turma moçambicana, o começo conheceu grandes sobressaltos, pois, a despeito do triunfo sobre as camaronesas por 55-48, a verdade manda reconhecer que foi somente nos derradeiros segundos que se respirou de alívio. Os Camarões, que de maneira nenhuma aceitaram ser grelhados ou fritos com facilidade, dominaram a contenda durante o primeiro tempo, chegando até a criar a sensação de que iriam vencer. No entanto, mercê de um jogo magnificamente inteligente, a nossa selecção acabou por acertar em todos os aspectos, ganhando como se lhe impunha.
Hoje, dia reservado à segunda jornada, a equipa orientada por Nazir Salé enfrenta um desafio extremamente complicado, diante do Senegal, um dos principais candidatos ao título. A ter lugar a partir das 20.00 horas daqui (19.00 de Maputo), este jogo acontece depois de as senegalesas terem também vencido ontem, pela marca de 75-34, a modesta África do Sul.
* ALEXANDRE ZANDAMELA, em Antananarivo
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