ANGOLA : Angola converte `triplo´ no mundo da bola ao cesto em 2006
A exibição e, sobretudo, a classificação obtida no campeonato do mundo bem como os triunfos a nível de clubes no continente foram os pontos altos do basquetebol em 2006, um ano marcado também pelo investimento na formação de quadros.
Na ante-câmara do Afrobasket`2007, agendado para o próximo ano em cinco províncias do país, a Federação Angolana de Basquetebol somou importantes pontos com a sua participação no "Mundobasket" Japão 2006. Alcançou a melhor classificação de sempre, ocupando o nono lugar em 24 selecções, e com isso ascendeu à 14ª posição no ranking FIBA onde era 17º.
Estes resultados finais confirmam o potencial de Angola, oito vezes campeã de África, e melhor selecção do continente em provas mundiais. Porém, ficariam por realçar as circunstâncias em que ocorreu mais este feito do basquetebol angolano, que assinalou duas décadas de presenças em campeonatos do mundo.
A equipa nacional, apesar de renovada em mais de 60 por cento, incluindo toda a equipa técnica, teve um saldo de três vitórias e igual número de derrotas. Panamá, Japão e Nova Zelândia foram categoricamente derrotados. Já os jogos contra Espanha, Alemanha e França terminaram em derrotas, mas vão ficar para a história, porque qualquer destas potências com jogadores da NBA, para vencer, teve de suar bastante.
Particularmente contra a selecção liderada por um dos jogadores mais destacados da NBA, Dirk Nowitzki, Angola realizou um jogo que constituiu um recorde. Foi a primeira partida com três prolongamentos na história dos campeonatos do mundo.
Alem da ascensão no ranking e classificação final, Japão2006 dotou a equipa nacional de consistência e confiança para os desafios futuros, particularmente o Afrobasket2007, em Agosto.
Outro facto inédito foi a entrada de dois quadros angolanos nas comissões da FIBA. O presidente da Federação Angolana (Gustavo Conceição) e o secretário-geral (Tony Sofrimento) foram indicados para as comissões de Programação e Técnica, respectivamente.
Este ano registou também a primeira edição dos Jogos da Lusofonia, em Macau, pouco depois do mundial de basquetebol. A ausência de jogadores fundamentais e sobretudo o desgaste por sobrecarga de jogos e a quase inexistente preparação para o efeito levou a que a selecção nacional ficasse apenas com a medalha de prata, superada por Portugal.
Mas esta competição dedicada aos países de língua oficial portuguesa permitiu ao seleccionador Alberto de Carvalho "Ginguba" observar outros jogadores e dar-lhes rodagem para desafios mais importantes.
Num ano em que não há Afrobasket, Africa foi movimentada pelas competições de clubes e a provar o potencial do basquetebol angolano, os troféus das principais provas vieram para Luanda.
Em femininos, pela primeira vez, Angola conquistou um título sénior feminino, através do 1º de Agosto, clube que em 2002 arrebatou o primeiro troféu de clubes em provas continentais, vencendo a taça dos clubes campeões em seniores masculinos.
Em masculinos, África repetiu uma final do Campeonato Nacional. Petro de Luanda e 1º de Agosto disputaram, na Nigéria, uma inédita final da taça dos clubes campeões com triunfo dos petrolíferos, que chegaram assim ao seu primeiro titulo continental.
Este feito, muito festejado pela turma de Alberto Carvalho Ginguba, junta-se à reconquista este ano do Nacional, que os tricolores perdiam havia seis épocas para o seu arqui-rival 1º de Agosto. Esta prova inaugurou também este ano um novo formato, anulando os playoff a favor da final four.
Em termos competitivos, 2006 deixa uma preocupação para o elenco de Gustavo Conceição. O último lugar no Africano sub-20, disputado em Maputo, onde devido a uma preparação deficiente, a turma de Aníbal Moreira ficou em quinto superada inclusive pela África do Sul.
Por outro lado, a ausência crescente de equipas de outras províncias no principal campeonato pode frustrar o plano preconizado pela direcção da FAB. Benguela deixou Cabinda sozinha a dar versão nacional à prova de equipas de Luanda através da Banca.
No plano da formação de quadros, passos importantes se deram, destacando-se a ida de quatro treinadores aos Estados Unidos para um curso de oito meses, acção inédita, tal como o curso de estatística informatizada, realizado em Luanda.
Estes passos são claros sinais de que a federação pretende modernizar os métodos de trabalho e os conhecimentos científicos dos formadores. A par disso, os árbitros também foram sujeitos à actualização no ano em que foi lançado o sistema de três árbitros por partida.
Fazer referência aos maiores protagonistas do ano é difícil, mas deve ser feita justiça a jogadores e outros agentes que se destacaram em 2006. A equipa feminina de basquetebol do 1º de Agosto, campeã africana, Gustavo Conceição e o seu elenco, pela coragem de renovar de maneira tão profunda a "jóia da coroa" do basquetebol angolano e pelo sucesso que teve no campeonato do mundo.
Individualmente, o treinador Alberto de Carvalho Ginguba que, no primeiro ano à frente do Petro de Luanda e da selecção nacional, faz um brilharete. Este treinador retirou o título nacional cativo desde o ano 2000 nas hostes do 1º de Agosto, equipa que viu partir o treinador que construiu este historial consecutivo de triunfos - Mário Palma.
Ginguba, ladeado pelos também estreantes Artur Barros e José Carlos Guimarães, estreou-se num Mundial com um sucesso nunca visto antes, e terminou o ano com o título continental que o clube da Sonangol nunca havia conquistado.
O base Milton Barros (a par de Francisco Jordão que foi MVP do campeonato) foi preponderante no Nacional e uma das surpresas agradáveis no Japão2006. Além disso, converteu o lançamento triplo que transformou o Petro de Luanda em campeão de África na final contra o 1º de Agosto.
O extremo-poste Joaquim Gomes "Kikas" simplesmente o melhor jogador de Angola na festa mundial da bola ao cesto. Ele que a par de Eduardo Mingas realizaram as transferências do ano. O primeiro deixou a Europa para representar aos militares do Rio Seco e o segundo trocou o Interclube para ser o principal reforço dos petrolíferos.
Este ano deixa grande expectativa para 2007 em que o Afrobasket apura o primeiro classificado para os Jogos Olímpicos da China2008.
Uma grande preocupação é a ausência de repouso para os atletas que, por serem os mesmos da selecção e integrantes dos dois principais clubes do país, têm competições quase ininterruptas.
Na ante-câmara do Afrobasket`2007, agendado para o próximo ano em cinco províncias do país, a Federação Angolana de Basquetebol somou importantes pontos com a sua participação no "Mundobasket" Japão 2006. Alcançou a melhor classificação de sempre, ocupando o nono lugar em 24 selecções, e com isso ascendeu à 14ª posição no ranking FIBA onde era 17º.
Estes resultados finais confirmam o potencial de Angola, oito vezes campeã de África, e melhor selecção do continente em provas mundiais. Porém, ficariam por realçar as circunstâncias em que ocorreu mais este feito do basquetebol angolano, que assinalou duas décadas de presenças em campeonatos do mundo.
A equipa nacional, apesar de renovada em mais de 60 por cento, incluindo toda a equipa técnica, teve um saldo de três vitórias e igual número de derrotas. Panamá, Japão e Nova Zelândia foram categoricamente derrotados. Já os jogos contra Espanha, Alemanha e França terminaram em derrotas, mas vão ficar para a história, porque qualquer destas potências com jogadores da NBA, para vencer, teve de suar bastante.
Particularmente contra a selecção liderada por um dos jogadores mais destacados da NBA, Dirk Nowitzki, Angola realizou um jogo que constituiu um recorde. Foi a primeira partida com três prolongamentos na história dos campeonatos do mundo.
Alem da ascensão no ranking e classificação final, Japão2006 dotou a equipa nacional de consistência e confiança para os desafios futuros, particularmente o Afrobasket2007, em Agosto.
Outro facto inédito foi a entrada de dois quadros angolanos nas comissões da FIBA. O presidente da Federação Angolana (Gustavo Conceição) e o secretário-geral (Tony Sofrimento) foram indicados para as comissões de Programação e Técnica, respectivamente.
Este ano registou também a primeira edição dos Jogos da Lusofonia, em Macau, pouco depois do mundial de basquetebol. A ausência de jogadores fundamentais e sobretudo o desgaste por sobrecarga de jogos e a quase inexistente preparação para o efeito levou a que a selecção nacional ficasse apenas com a medalha de prata, superada por Portugal.
Mas esta competição dedicada aos países de língua oficial portuguesa permitiu ao seleccionador Alberto de Carvalho "Ginguba" observar outros jogadores e dar-lhes rodagem para desafios mais importantes.
Num ano em que não há Afrobasket, Africa foi movimentada pelas competições de clubes e a provar o potencial do basquetebol angolano, os troféus das principais provas vieram para Luanda.
Em femininos, pela primeira vez, Angola conquistou um título sénior feminino, através do 1º de Agosto, clube que em 2002 arrebatou o primeiro troféu de clubes em provas continentais, vencendo a taça dos clubes campeões em seniores masculinos.
Em masculinos, África repetiu uma final do Campeonato Nacional. Petro de Luanda e 1º de Agosto disputaram, na Nigéria, uma inédita final da taça dos clubes campeões com triunfo dos petrolíferos, que chegaram assim ao seu primeiro titulo continental.
Este feito, muito festejado pela turma de Alberto Carvalho Ginguba, junta-se à reconquista este ano do Nacional, que os tricolores perdiam havia seis épocas para o seu arqui-rival 1º de Agosto. Esta prova inaugurou também este ano um novo formato, anulando os playoff a favor da final four.
Em termos competitivos, 2006 deixa uma preocupação para o elenco de Gustavo Conceição. O último lugar no Africano sub-20, disputado em Maputo, onde devido a uma preparação deficiente, a turma de Aníbal Moreira ficou em quinto superada inclusive pela África do Sul.
Por outro lado, a ausência crescente de equipas de outras províncias no principal campeonato pode frustrar o plano preconizado pela direcção da FAB. Benguela deixou Cabinda sozinha a dar versão nacional à prova de equipas de Luanda através da Banca.
No plano da formação de quadros, passos importantes se deram, destacando-se a ida de quatro treinadores aos Estados Unidos para um curso de oito meses, acção inédita, tal como o curso de estatística informatizada, realizado em Luanda.
Estes passos são claros sinais de que a federação pretende modernizar os métodos de trabalho e os conhecimentos científicos dos formadores. A par disso, os árbitros também foram sujeitos à actualização no ano em que foi lançado o sistema de três árbitros por partida.
Fazer referência aos maiores protagonistas do ano é difícil, mas deve ser feita justiça a jogadores e outros agentes que se destacaram em 2006. A equipa feminina de basquetebol do 1º de Agosto, campeã africana, Gustavo Conceição e o seu elenco, pela coragem de renovar de maneira tão profunda a "jóia da coroa" do basquetebol angolano e pelo sucesso que teve no campeonato do mundo.
Individualmente, o treinador Alberto de Carvalho Ginguba que, no primeiro ano à frente do Petro de Luanda e da selecção nacional, faz um brilharete. Este treinador retirou o título nacional cativo desde o ano 2000 nas hostes do 1º de Agosto, equipa que viu partir o treinador que construiu este historial consecutivo de triunfos - Mário Palma.
Ginguba, ladeado pelos também estreantes Artur Barros e José Carlos Guimarães, estreou-se num Mundial com um sucesso nunca visto antes, e terminou o ano com o título continental que o clube da Sonangol nunca havia conquistado.
O base Milton Barros (a par de Francisco Jordão que foi MVP do campeonato) foi preponderante no Nacional e uma das surpresas agradáveis no Japão2006. Além disso, converteu o lançamento triplo que transformou o Petro de Luanda em campeão de África na final contra o 1º de Agosto.
O extremo-poste Joaquim Gomes "Kikas" simplesmente o melhor jogador de Angola na festa mundial da bola ao cesto. Ele que a par de Eduardo Mingas realizaram as transferências do ano. O primeiro deixou a Europa para representar aos militares do Rio Seco e o segundo trocou o Interclube para ser o principal reforço dos petrolíferos.
Este ano deixa grande expectativa para 2007 em que o Afrobasket apura o primeiro classificado para os Jogos Olímpicos da China2008.
Uma grande preocupação é a ausência de repouso para os atletas que, por serem os mesmos da selecção e integrantes dos dois principais clubes do país, têm competições quase ininterruptas.
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By oakleyses, at 16/9/15 07:02
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