Africa Basquetebol

22 dezembro 2006

MOÇAMBIQUE : Nacional Seniores Femininos - Meias-finais cristalinas


CRISTALINAMENTE, e com "todo o mundo" unânime em relação à supremacia exercida pelos representantes da "cidade das acácias", as meias-finais do Campeonato Nacional de Basquetebol de Seniores Femininos, esta noite, não trazem novidade rigorosamente nenhuma: ISPU-Maxaquene, a principiar às 18.30 horas, e Ferroviário-Desportivo, a partir das 20.45, testemunhando a profecia que desde o início da prova vinha entrelaçando os prognósticos e conjecturas dos amantes da bola-ao-cesto. Mais: se o dia de hoje cumprir normalmente o seu movimento de rotação, isto é, se não existir nenhuma contrariedade àquilo que tem sido o habitual, "locomotivas" e "universitárias" sairão vencedoras e, amanhã, irão reeditar a final da edição passada, então ganha pela formação treinada por Carlos Aik, vice-campeã africana e que novamente se coloca em condições privilegiadas de renovar a sua coroa de rainha.


Ontem, foi o epílogo do Grupo I da primeira fase, tendo o Ferroviário "espezinhado" as Quelimanenses por 89-33 e o Maxaquene derrotado a Escola Secundária Francisco Manyanga de Tete pela marca de 77-57, confirmando aquilo que, no dia anterior, ISPU e Desportivo haviam já concretizado, portanto, a passagem para as meias-finais. Estas, hoje, serão antecedidas de partidas qualificativas, no período da manhã, designadamente Francisco Manyanga-Ferroviário de Nampula (7º e 8º) e Quelimanenses-Ferroviário da Beira (5º e 6º).

Porque estamos no início do longo fim-de-semana natalício, tudo indica que o panorama no Pavilhão do Maxaquene irá melhorar substancialmente. É dia de grandes decisões, estão em campo as conhecidas equipas de Maputo e as melhores jogadoras do país, algumas das quais espalharam o perfume do seu basquetebol no recente "Africano", pelo que estaremos em presença de razões mais que suficientes para o público se sentir motivado e aderir em massa à "catedral".

CHAVE DE OURO

À excepção do embate contra o Maxaquene, em que sentiu alguma réplica e a espaços obrigado a mostrar toda a sua raça, o Ferroviário tem vindo, praticamente, a assumir os jogos ao ritmo de recreação.

Ou, para não ferir susceptibilidades, a não necessitar de apelar a todos os seus extraordinários recursos para calmamente construir triunfos. As Quelimanenses predispunham-se a cerrar os dentes, no entanto, a classe das "locomotivas" foi de tal maneira evidente que as zambezianas não puderam evitar mais de meia centena de diferença, numa noite em que a sua estrela, Diara Dessai, esteve completamente apagada.

Fechando com chave de ouro a primeira fase, o Ferroviário, contrariamente ao habitual - até porque Aik tem estado a efectuar vários ensaios, na perspectiva da final - teve na poste Ondina Nhampossa a figura de referência, com 24 pontos, tendo a congolesa Pauline Nsimbo começado a aproximar-se daquilo que motivou o clube a contratá-la, embora a maior expectativa em seu redor resida mais no embate da decisão do título.


FICHA TÉCNICA


Árbitros: Abreu João, António Mavila e Sérgio Tomás.

FERROVIÁRIO (89) - Inocência Fondo (5), Kátia Machai (3), Zinóbia Machanguana (11), Rute Muianga (3), Janete Monteiro (9), Tatiana Ismael (2), Pauline Nsimbo (20), Júlia Machalela (4), Márcia Langa (0), Deolinda Gimo (4), Sílvia Langa (4) e Ondina Nhampossa (24). Treinador: Carlos Aik.

QUELIMANENSES (33) - Madina Bernardo (2), Sónia João (0), Imelda Mubai (4), Nelma Samamade (0), Graciela de Jesus (0), Graciete de Jesus (0), Maria Augusta (0), Diara Dessai (8), Cidália Vilanculos (2), Valódia Tesoura (6), Leodmila Jeque (0) e Maria Lubrino (11). Treinador: Abdul Waide.