ANGOLA : Nada está perdido
A Selecção Nacional consentiu ontem, no Palácio dos Desportos e Cultura de Antananarivo, a sua primeira derrota, ao ser batido pela congénere do Senegal, por 85-78, em partida referente à segunda jornada do Grupo B da fase preliminar da XXVI edição do Campeonato Africano das Nações da “bola ao cesto”. Ao intervalo, os decacampeões africanos perdiam por dois pontos de diferença (44-46). A vitória foi vivamente festejada pelos senegaleses que lideram agora o Grupo B, com quatro pontos, contra três dos actuais campeões africanos que perseguem o passe de acesso aos Jogos Olímpicos de Londres, a disputar-se em 2012.
A Selecção Nacional, que na ronda inaugural havia vergado a modesta selecção do Chade, por expressivos 115-56, entrou melhor no quarto inicial, tendo conseguido uma vantagem de 12 pontos (30-18). Superior em termos de altura, a selecção do Senegal apostou na defesa à zona e o combinado nacional agora liderado pelo técnico francês não conseguiu encontrar soluções para suplantar os senegaleses, que conseguiram um parcial 28-14, perfazendo 46-44, ao cabo dos primeiros 20 minutos. O equilíbrio marcou o terceiro período, apesar das constantes perdas de bola do cinco nacional, que perdeu por 24-21.
O extremo base Carlos Morais que até então havia espalhado o seu talento, fundamentalmente no primeiro quarto, onde se destacou nos lançamentos a longa distância, sofreu nos quartos subsequentes uma forte marcação, e a partir daí, o jogo exterior do cinco nacional deixou de funcionar. O “estreante” Jorge Tati conseguiu em algumas etapas de jogo mostrar os seus dotes, nos lançamentos dos seis metros e setenta e cinco centímetros. O irreverente Leonel Paulo, atleta que se transferiu para a formação do 1º de Agosto, igualou a partida a 76 pontos, quando restavam dois minutos e 29 segundos para o termo do desafio.
Liderada por Ndoye, a selecção do Senegal conseguiu superar os decacampeões africanos nos momentos cruciais da partida, tendo fixado o resultado final em 85-78, para desalento do cinco inicial, que na jornada inaugural havia cilindrado a formação do Chade, por 115-56. Carlos Morais foi o melhor marcador da Selecção Nacional, com 23 pontos. Entretanto, o extremo Jorge Tati, atleta que disputa o seu primeiro Afrobasket foi desqualificado na partida de ontem.
Adeptos
minimizam derrota
A derrota sofrida ontem pela Selecção Nacional sénior masculina de basquetebol diante do Senegal (78-85), na segunda jornada do grupo B do Afrobasket’2011, que decorre em Antananarivo (Madagáscar), foi considerada pelos adeptos no Lobito como um acidente de percurso que em nada pode frustrar os objectivos de ganhar o 11º título. Em declarações à Angop, o técnico de andebol Caquarta Marcolino afirmou que a derrota pode servir de lição ao conjunto angolano de modo a corrigir os erros cometidos e evitar que os mesmos sejam repetidos nos próximos jogos.
Encorajou os atletas e equipa técnica a levantarem a cabeça, pois que, de acordo com o técnico, nada ainda está perdido. O chefe da repartição dos desportos da administração municipal do Lobito, Alberto Ngongo, apelou aos angolanos em Antananarivo (Madagáscar) e no país a manter o espírito de optimismo de modo a galvanizar os atletas e técnicos. Na terceira jornada do grupo B, a Selecção Nacional defronta Marrocos, uma partida que de acordo com as fontes, o combinado angolano deve ganhar a todo o custo.
Na primeira jornada, a Selecção Nacional derrotou o Chade por 115-56.
República Centro-Africana
cilindra similar do Togo
A República Centro-Africana venceu ontem o Togo por 82-57, em jogo da segunda jornada do Grupo D do Afrobasket’2011. Já a selecção marroquina venceu a congénere do Chade, por 89-57, na abertura da segunda jornada do grupo B. A Tunísia venceu o Rwanda por 69-37, em jogo da segunda jornada do grupo C. MC
Jornais de Madagáscar
ignoram Angola-Senegal
A imprensa do Madagáscar de ontem deu destaque à segunda derrota da selecção anfitriã, na 26ª edição do Campeonato Africano de Basquetebol (Afrobasket’2011), e quase não abordou os jogos do dia. Nem o aliciante Angola/Senegal apareceu nas notícias desportivas. O “L'Express”, no seu caderno especial sobre o Afrobasket’2011 titula “Madagáscar sem ilusão diante do Mali”, sobre a segunda derrota dos malgaxes na prova (63-72). No interior diz que foi um jogo disputado do princípio ao fim, com os anfitriões, encorajados pelo público (cerca de cinco mil), a resistirem ao ritmo dos malianos até à ponta final.
O mesmo jornal traz também com destaque a vitória da Nigéria sobre Moçambique e do Egipto sobre a Costa do Marfim, com os seguintes títulos: “Nigéria à frente do grupo A” e “Batalha Física entre Gigantes”, respectivamente. Nos textos refere que, depois de duas vitórias, os nigerianos, que venceram Moçambique (78-63), lideram confortavelmente o grupo. Quanto à vitória dos egípcios sobre os marfinenses, vice-campeões africanos, refere que ficou marcada pelo confronto físico. O diário faz ainda referência à segunda derrota da África do Sul, que perdeu com os Camarões por 65-87.
O jornal “Les Nouvelles” abre com a derrota do Madagáscar “Passividade de Rasmdell decepciona público”, referindo-se ao mau jogo do atleta número seis local. De resto, o referido jornal fecha a sua página desportiva criticando a organização pela falta de acreditação da maior parte dos media e não escreve nada sobre os outros jogos. O “Midi Madagasikara” também comenta apenas a derrota do Madagáscar e os problemas com a acreditação. O “The Times of Madasgáscar” aborda apenas os jogos entre o Madagáscar e o Mali e África do Sul/Camarões, disputados ontem.
Ndoye suplanta
Carlos Morais
O senegalês Maleye Ndoye suplantou ontem o internacional angolano Carlos Morais, que à entrada da segunda jornada do Grupo B liderava a lista dos melhores marcadores do Grupo B, com 25 pontos, contra 23 do seu opositor. Ndoye foi decisivo no triunfo da sua selecção, que está fortemente engajada para conquistar o ceptro continental. Possuidor de bom drible, lançamento exterior e grande capacidade de impulsão, Morais esteve muito longe das suas reais capacidades.
Os seus 25 pontos, acompanhados de seis ressaltos e duas assistências num jogo em que não dera ainda o máximo de si e fora constantemente rendido (actuou apenas 18 minutos) espelham bem a capacidade técnica e táctica do “atleta-prodígio” do Petro de Luanda. Apesar das qualidades do angolano, Ndoye superiorizou-se, à semelhança do que tinha acontecido na partida frente a Marrocos. Ndoye, que também desempenha a função de extremo/poste, ganhou três ressaltos e fez duas assistências, além dos 23 pontos, durante 38:45 minutos em campo.
Técnico Michel Gomez
disputa segundo duelo francês
O seleccionador nacional de basquetebol sénior masculinos, Michel Gomez, disputou ontem, no Campeonato Africano (Afrobasket’2011), o seu segundo duelo francês, depois de ter defrontado na primeira jornada o seu compatriota Patrick Maucouvert (Chade). Desta vez, Michel Gomez encontrou um dos pesos pesados do basquetebol de França, antigo atleta e, assim como Gomez, ex-seleccionador. Trata-se de Alain Weisz do Senegal. Antigo técnico da Universidade de Paris, Le Mans, Montpellier, Estrasburgo, entre outros clubes franceses, Alain Weisz trouxe para o Madagáscar jogadores, na sua maioria, a actuarem na França, pelo que os conhece bem. Seu principal objectivo é recolocar o Senegal entre os melhores do continente.
Foi seleccionador francês de 2000 a 2003, ao passo que Michel Gomez exerceu o cargo de 1993 a 1995 e regressou em 2008 até 2009. São técnicos da mesma escola, mas Alain Weisz (58 anos) teve mais êxitos à frente da selecção do seu país, terminando em terceiro no Campeonato Europeu de 2003, mais cinco lugares que a melhor classificação de Gomez (8º no Euro de 95). Tendo em conta o grande número de técnicos franceses, este não deve ser o último duelo de Gomez, numa prova que, pela primeira vez desde a estreia angolana (1980), se realiza sem um técnico lusófono. O jogo teve lugar no Palácio dos Desportos de Antananarivo.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home