Africa Basquetebol

04 abril 2015

ANGOLA : Ganhos bem visíveis no desporto



Ganhos visíveis, no basquetebol angolano
Fotografia: Kindala Manuel
Dos seis Campeonatos Africanos das Nações de Basquetebol em seniores masculinos, vulgo Afrobasket, que a Selecção Nacional disputou nos anos de Paz efectiva conseguiu arrebatar cinco “anéis” continentais, tendo perdido apenas um, em 2011 em Antananarivo (Madagáscar).

O castelo que começou a ser construído na década de 80, período em que o país vivia uma guerra sangrenta, começou a ser fortalecido a partir de Abril de 2002, altura em que Angola passou a viver verdadeiramente num clima de paz efectiva.
Com vários desafios pela frente, o Executivo passou a investir cada vez mais no desporto, fundamentalmente nas infra-estruturas desportivas, o que permitiu que a Selecção Nacional de basquetebol, hendecacampeã africana, mantivesse o ciclo de vitórias a nível do continente e não só.
A viver os primeiros meses de Paz efectiva, Angola conquistava no Egipto, em 2003, o primeiro título africano.
Neste mesmo Afrobasket, ganho num clima de Paz, os angolanos testemunhavam o adeus à Selecção Nacional de um dos melhores jogadores da história do basquetebol angolano e africano, Jean Jacques da Conceição. 
Depois de ter brilhado na Europa, com destaque para Portugal e França, o poste angolano deixava o lugar para os mais novos.
Com a conquista do Campeonato Africano das Nações em 2003, Angola carimbava pela quarta vez consecutiva o passe para os Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, Grécia.
Apesar de perder uma das maiores lendas da “bola ao cesto”, o cinco nacional, sob liderança do luso-guineense Mário Palma, com um conjunto rejuvenescido, conquistava em Argel, em 2005, o segundo anel africano em tempo de Paz efectiva.
Carlos Morais, Olímpio Cipriano e Armando Costa, na altura bastante jovens, faziam a sua estreia na Selecção Nacional. A aposta do técnico Mário Palma nestes atletas surtiu o efeito devido e hoje são, sem sombras de dúvidas, os principais esteios do conjunto angolano.
Ainda em 2005, outra figura emblemática do basquetebol dizia adeus à Selecção Nacional. Trata-se de Ângelo Vitoriano.
Sob liderança do técnico angolano Alberto de Carvalho “Ginguba”, a Selecção Nacional estabeleceu a melhor classificação de todos os tempos em fases finais de um Campeonato do Mundo, ao ficar em nono lugar no mundial do Japão, em 2006.
Além do honroso nono lugar, o combinado nacional deixou ainda a marca de ter sido a primeira selecção na história dos mundiais a impor três prolongamentos à forte selecção da Alemanha.
Depois, seguiram-se as conquistas do Afrobasket de 2007, competição realizada em cinco cidades do país, Luanda, Cabinda, Benguela, Huíla e Huambo, e o Afrobasket da Líbia.
Em 2011, em Antananarivo, capital do Madagáscar, Angola interrompia a série de vitórias, perdendo com a Tunísia, mas não se deu por derrotada e na edição seguinte, em 2013, na Costa do Marfim, orientada por Paulo Macedo, conseguia reaver o seu estatuto de campeã africana.