Africa Basquetebol

14 abril 2012

ANGOLA : Militares confirmam final da Taça apesar da derrota


Petro precisava de 16 pontos sobre o 1º de Agosto para garantir a passagem
Fotografia: Jornal dos Desportos
O Atlético Petróleos de Luanda ficou afastado da corrida à conquista da 34ª edição da Taça de Angola de basquetebol sénior masculino, apesar de vencer, ontem à noite, no Pavilhão principal da Cidadela Desportiva, o 1º de Agosto por 78-71, em partida pontuável para a segunda mão das meias-finais da referida competição. A partida, em que o Petro jogou na condição de anfitrião, ficou, mais uma vez marcada pela presença, em massa, do público afecto às duas maiores agremiações do desporto nacional.

Apesar dos tricolores entrarem para o jogo com a tarefa complicada de serem obrigados a vencer por mais de 16 pontos para se poder apurar a última etapa da competição, os comandados de Alberto Babo nunca atiraram a toalha ao tapete e dignificaram o emblema da equipa com o resultado a seu favor, ainda que insuficiente para o almejado passe para a final. O Petro entrou com maior destreza na abordagem da sua filosofia de jogo, quando o 1º de Agosto denotava alguma apatia. Chegou a vencer por mais de 10 pontos, mas o professor Mário Palma mexeu na estrutura da equipa e começou logo a “amortizar” os índices de finalização da formação tricolor, que saiu a vencer o primeiro quarto por 19-11.
No segundo quarto, o 1º de Agosto estava refém do fraco poder de finalização, pois os atletas que actuam nas posições 3-4, apresentavam-se presos nos movimentos. Neste período, os comandados de Alberto Babo, evidenciavam problemas físicos, mas foram capazes de conter a pressão nos minutos finais para irem ao intervalo com a vantagem de cinco pontos (36-31). Os militares regressaram do intervalo mais motivados e, desde logo aplicaram duros golpes à defensiva tricolor, ao tirarem proveito do jogo exterior. Pela primeira vez, chegaram ao empate quando faltavam 07:41 para terminar o terceiro quarto em que o Petro saiu a vencer por 58-56
Nos minutos iniciais do tempo complementar o Petro voltou à ribalta e avantajou-se no marcador por influência da eficácia nos lançamentos de triplos, mas começaram a cometer excessos de faltas nos minutos finais, o que permitiu ao 1º de Agosto aproximar-se no marcador e terminar o jogo com a diferença de 78-71.

Inter é outro finalista
O Interclube confirmou a sua presença na final da Taça de Angola, em que terá pela frente o 1ºde Agosto, depois de ontem ter batido, no pavilhão Multiuso de Cabinda, por 90-76, o Sporting local, em partida pontuável para a segunda mão das meias-finais. Os comandados de José Carlos Guimarães sabem que jogar com a equipa do Rio Seco exige um pouco mais de esforço para além de sorte, mas o facto de estarem presentes na final é visto como um grande ganho, pois estão apurados para a Taça Compal.

Ficha técnica
Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva, jogo da segunda mão das meias-finais da 34ª edição da Taça de Angola entre o 1º de Agosto e o Atlético Petróleos de Luanda, com muito público, sob a arbitragem do trio Fernando Pacheco, António Bernardo e Clésio Francisco, as equipas alinharam da seguinte forma: Petro: Braúlio Morais (12 ), Roderick Nealy (12 ), Roberto Fortes (1 ), Paulo Barros (8 ), Paulo Santana (12), Cedric Isom (7), Hélder Gonçalves (2), Hermenegildo Mbunga (9), Abdel Gomes (4), Carlos Morais (6), Henrique Badro (5) e Pedro Bastos (0) Técnico: Alberto Babo
1º de Agosto: Domingos Bonifácio (4), Armando Costa (2), Mário Correia (9), Felizardo Ambrósio (4), Joaquim Gomes (8), Walter Monteiro (3), Carlos Almeida (15), Miguel Lutonda (0), Leonel Paulo (3), Hermenegildo Santos (0), Islando Manuel (0) e Reggie Moore (23). Técnico: Mário Palma

Declarações
Paulo Macedo 1º de Agosto
“O objectivo principal foi alcançado”
O técnico-adjunto do 1º de Agosto, Paulo Macedo reconheceu que o Petro de Luanda esteve melhor no início do jogo, quando, na sua óptica, o plantel demorou a encontrar-se. Ainda assim, elogiou a forma como, a equipa soube contornar o adversário, nos minutos finais e impedir que vencesse por uma margem superior. “Tivemos problemas no início, mas jogar com o Petro sempre implica este tipo de dificuldades. Sabíamos que não seria fácil este encontro, tanto é assim que fomos obrigados a acertar o nosso fio de jogo em função da postura do adversário e conseguimos empatar no decorrer do terceiro tempo. Em suma, o nosso objectivo principal foi alcançado e estamos satisfeitos por estarmos na final”, disse.

Alberto Babo Petro de Luanda
“O que se passou foi injustiça”
O técnico da equipa do Eixo-Viário, Alberto Babo, mostrou-se revoltado com a actuação da arbitragem que, no seu entender, foi muito injusta para com a sua formação. Alberto Babo é de opinião de que se a arbitragem cumprisse com o seu papel de justiça, os tricolores estariam presentes na final, em função daquilo que os seus pupilos produziram ao longo dos 40 minutos. “A justiça deve ser o pressuposto para a existência da arbitragem, mas notamos que estes valores têm sido subvertidos em detrimento, não só do Petro, mas como também do Libolo, Interclube, Cduan e do ASA. As pessoas viram o jogo e sabem que o que se passou só pode ser considerada injustiça”, desabafou.