MOÇAMBIQUE : LIGA MOÇAMBICANA DE BASQUETEBOL: Campeões só com trabalho árduo

O
TREINADOR e os jogadores do Desportivo, que se sagraram campeões
nacionais de basquetebol, sexta-feira, após vitória por 69-50 sobre o
Ferroviário, apontam o trabalho árduo e a perseverança como tendo sido
os segredos do sucesso, numa competição que tem sido dominada pelo
Maxaquene e Ferroviários de Maputo e da Beira nos últimos anos.
Os
atletas dividem louros com o técnico Bernardo Matsimbe, que para eles
foi o grande obreiro da conquista. O Desportivo venceu três dos quatro
jogos da final do “play-off’’, a melhor de cinco embates, contra um do
seu adversário.

“QUERIA antes de tudo dedicar esta vitória a uma pessoa muito especial para mim, que é o meu mestre Nazir Salé. Foi a pessoa que me levou ao basquetebol, ensinou-me cada passo da modalidade. Hoje, se falo de basquetebol, é por causa dele. Aprendi muito e continuo a aprender com ele. Sinto que ainda não tenho muitos conhecimentos da modalidade. Queria dedicar este título, por outro lado, à minha família e à Direcção do clube, que me confiou esta dura batalha, aos jogadores, que acreditaram que eram capazes, aceitaram trabalhar e colaborar comigo. Colocaram em mente que com o trabalho é possível alcançar os resultados desejados. Este foi um campeonato duro, muito competitivo, tenho uma equipa jovem e unida. Trabalho com ela desde o Campeonato da Cidade de Maputo, utilizei os mesmos jogadores desde aquela competição até aqui. De uma forma geral, o trunfo para ganhar o campeonato foi o trabalho e disciplina”, sublinhou.

“FIZEMOS tudo para sairmos vitoriosos desta prova. Tivemos de trabalhar de forma incansável. A nossa alternativa ao trabalho foi o próprio trabalho. O segredo da vitória foi, sem dúvidas, o trabalho. Fomos atrás do nosso sonho e acabámos tendo sucesso, felizmente. Queria dedicar esta vitória aos meus pais e irmãos, ou seja, à família em geral. Por agora, a emoção é maior. Estou muito satisfeito por ter ganho também dois prémios individuais, o do MVP e de melhor marcador da competição”, realçou.

“TENHO de, em primeiro lugar, elogiar os meus colegas pelo contributo que me deram para conseguir este título de melhor marcador de triplos. Trabalhámos muito e acreditámos na filosofia do treinador. Saber como atacar e como defender. Deu-nos boas aulas de basquetebol, por isso que nos superámos. Dizia-nos, por exemplo, que se não tivéssemos como correr, devíamos andar, e se não tivéssemos como andar, tínhamos de gatinhar. Foi uma grande lição, que certamente ficará na memória de todos nós. Fizemos a nossa parte e as coisas saíram como queríamos, o lado psicológico foi certamente o mais forte”.

“FOI uma grande prova e, acima de tudo, uma final muito quente, com as duas equipas a jogarem de igual para igual. A nossa vitória é prova de humildade e muito treino. Preparámos cada detalhe para encararmos esta final, que, como puderam testemunhar, foi dura. Agora é levantarmos a cabeça e olharmos para os desafios que se aproximam. Temos competições africanas e para o ano haverá mais provas internas”, observou.

“FOI
muito emocionante ganhar esta prova. Foi um ano muito duro e de muito
trabalho, no qual ganhámos para além do “Nacional”, o Campeonato da
Cidade de Maputo. O trabalho falou mais alto e com ajuda do novo
treinador conseguimos os objectivos, que há muitos anos perseguíamos. O
segredo da vitória foi a nossa perseverança. Somos jovens ambiciosos e
que demos tudo para a vitória. Temos de dar mérito ao nosso adversário,
que tudo fez para sair vitorioso, isso deu mais eco ao espectáculo”.
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