Africa Basquetebol

09 maio 2014

ANGOLA : Libolo-1º de Agosto aquece abertura da terceira volta



O Recreativo do Libolo recebe no Dream Space, em Viana, o 1º de Agosto.
Fotografia: José Soares
O Recreativo do Libolo recebe no Complexo do Dream Space, em Viana, a partir das 18h00, a formação do Clube Central das Forças Armadas Angolanas, naquele que vai ser o prato quente da jornada inaugural da terceira e penúltima volta da etapa derradeira do Campeonato Nacional da “bola ao cesto”.

Petro relança corrida ao título
O Atlético Petróleos de Luanda relançou a sua luta pelo título nacional, ao vencer ontem, no Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva, o arqui-rival, 1º de Agosto, por 95-93, em partida que marcou o encerramento da terceira e última jornada da segunda volta da "Final Four".
Valdelicio Joaquim e Roberto Fortes foram os grandes artífices da conquista da vitória da formação petrolífera que soube acreditar até ao apito final.
A jogar na condição da equipa visitada, a formação do Atlético Petróleos de Luanda entrou determinada no desafio, ao contrário do seu opositor que jogou desfalcado de duas das suas principais unidades, nomeadamente, o norte-americano Cedrick Ison, para além do angolano Edson Ndoniema, ambos por lesão.Os petrolíferos da capital lideram o placard durante os primeiros dez minutos do quarto inicial. A  equipa militar que se mostrava bastante nervosa, fundamentalmente, nas acções ofensivas, onde perdia sistematicamente as posses de bola, acordou apenas quando restavam dois minutos para se jogar no quarto inicial.
Ainda assim, os pupilos de Paulo Macedo  assumiram pela primeira vez a marcha do placard, quando restavam dois minutos e 53 segundo para o termo do quarto inicial (16-17). Neste período foram registados nada menos do que três igualdades (19-19, 21-21 e 23-23), o que atesta perfeitamente o equilíbrio que prevaleceu neste quarto.
Ao fim do período, os petrolíferos da capital conservavam uma vantagem de dois pontos (25-23). A equipa rubro e negra entrou melhor no segundo quarto, com o jovem Edmir Lucas a colocar novamente a sua colectividade na liderança, com um lançamento a longa distância (25-26). O equilíbrio voltou a ser a tónica predominante nos minutos iniciais. A partir do minuto cinco, o Clube Central das Forças Armadas Angolanas tomou de assalto a liderança do placar até ao intervalo (44-49). O cabo-verdiano, Mário Correia, Joaquim Gomes "Kikas", Armando Costa e Reggie Moore acabaram por ser determinantes, principalmente, o primeiro, que se destacava nos lançamentos a longa distância. Os militares conseguiram 26 pontos, contra 16 da equipa do eixo-viário.
E quando se esperava por uma reacção ousada por banda do Atlético Petróleos de Luanda no reatamento da partida, foi o 1º de Agosto que passou a controlar as operações da partida  e quando restavam sete minutos e 38 segundos para o finalizar o terceiro quarto, os militares conservavam uma vantagem de dez pontos (46-56).
Com o pequeno grande Quinzinho, a liderar as acções da equipa do eixo-viário, os petrolíferos chegaram a anular os dez pontos de vantagem da turma do Rio Seco, ante a passividade da defensiva rubro e negra (61-61). Mas, ainda assim, os militares terminaram com uma vantagem mínima de três pontos (63-66).
E quando aparentemente a partida estava controlada, os petrolíferos da capital em dois minutos reverteram a situação a seu favor para a tristeza dos adeptos da equipa militar que já festejavam a vitória.
O pequeno grande Quinzinho (18 anos) esteve a beira de levar a partida para o prolongamento, quando a 25 segundos do fim reduziu para um ponto (90-91), com um lançamento a longa distância. Quinzinho falhou o arremedo adicional e coube a Roberto Fortes igualar a partida a 93 pontos. 
E quando tudo indicava para o prolongamento eis que o poste Valdelicio Joaquim acabou por garantir os dois pontos para os petrolíferos da capital que deste modo, relançaram a corrida para o título nacional.
Reggie Moore e Mário Correia foram os melhores marcadores do 1º de Agosto, com 26 e 15 pontos respectivamente. O norte-americano, Roderick Nealy, com 30 pontos, foi o cestinha da partida.  A equipa de arbitragem constituída por António Bernardo, Osvaldo Neto e Francisco Tando, todos de carteira internacional, foi bastante contentada, fundamentalmente, pelo técnico Paulo Macedo.

FICHA TÉCNICA


Pavilhão de Cidadela
Comissário: José Carlos
Arbitragem: António Bernardo, Francisco Tando e Osvaldo Neto

Petro: Roberto Fortes (10 ), Justin Johson (5 ), Joaquim Pedro ( 13), Vladimiro Ricardino (4 ), Paulo Santana (5 ), Eric Norman ( 7), Domingos Bonifácio (0), Valdelicio Joaquim (12 ), Hermenegildo Mbunga ( 7), Abdel Bouckar (2 ), Roderick Nealy ( 30).
Treinador: Lazare Agingono

1 de Agosto: Armando Costa (8 ), Adilson Baza ( 0), Mário Correia ( 17), Reggie Moore ( 26), Felizardo Ambrósio "Miller" ( 7), Joaquim Gomes "Kikas" ( 11), Mutu Fonseca (0 ), Agostinho Coelho (0 ), Hermenegildo Santos (10 ), Edmir Lucas ( 11), Islando Manuel (3 ), Francisco Machado (0)
Treinador: Paulo Macedo

Marcha do marcador: 25-23, 44-49, 63-66, 95-93

BAI Basket
Inter sucumbe frente ao Libolo
A formação do Grupo Desportivo Interclube consentiu a sua quinta derrota na "Final Four", ao perder ontem, em pleno Pavilhão 28 de Fevereiro, frente ao Recreativo do Libolo, por 78-84, em desafio a contar para a terceira e última jornada, sexta na geral, da segunda volta da referida competição.
Com este desaire, a formação adstrita a Polícia Nacional divorciou-se praticamente da luta pelo título nacional, ao passo que os libolenses assumem-se como verdadeiros candidatos à conquista da 36 edição do Campeonato Nacional de basquetebol em seniores masculinos, vulgo BAI Basket. Apesar do equilíbrio que prevaleceu na partida, fundamentalmente, nos dois primeiros quartos, os libolenses superiorizaram-se na ponta final vencendo por 84-78, beneficiando da derrota do 1º de Agosto, frente ao Atlético Petróleos de Luanda.

Libolo lidera a competição,agora com 11 pontos, contra 10 da equipa militar. Os petrolíferos da capital ocupam o terceiro lugar, agora com oito pontos. Interclube ocupa a cauda da tabela classificativa, com sete pontos.