Africa Basquetebol

22 setembro 2013

ANGOLA : Selecção continua imparável em Maputo

                       
Campeãs africanas continuam invictas na 23ª edição do Campeonato Africano das Nações
Fotografia: Santos Pedro
A Selecção Nacional sénior feminina de basquetebol deu mais um passo importante rumo a revalidação do título continental, ao derrotar ontem, a congénere de Cabo Verde, por 76-51, em desafio referente a segunda jornada do Grupo B da fase preliminar do Afrobasket.
As senhoras do arquipélago, cientes das dificuldades que teriam diante da equipa que pratica o melhor basquetebol africano, não poderiam ter outra postura que não fosse de oferecer resistência, sobretudo, no início da partida em que, com menor desgaste físico, ainda tinham possibilidades de complicar a desenvoltura das campeãs africanas.
A perderem no quarto inicial por apenas quatro pontos de diferença (20-16), o Cabo Verde parecia crente de que a sua primeira vitória seria alcançada diante das detentoras do anel continental, mas enganadas nas suas contas, se depararam com uma selecção angolana a jogar com mais propriedade no segundo quarto, em que o marcador registava a fasquia de 41-27, a favor do combinado nacional.
Todavia, a capitã, Nacissela Maurício voltou a evidenciar a sua influência ao marcar 15 pontos, menos cinco que a cabo-verdiana, Katheleen Leitão, ela que foi a cestinha da partida com 20 pontos. A atleta da Selecção Nacional Nadir Manuel, converteu 12 pontos, ao passo que a cabo-verdiana Lushea Andrade foi a terceira melhor marcadora, com 10 pontos.
           
Angola procura terceira vitória
A Selecção Nacional de basquetebol em femininos procura hoje a sua terceira vitória consecutiva em defesa da hegemonia, quando, a partir das 14h30, no Pavilhão de Maxaquene, defrontar a sua congénere do Quénia, em partida pontuável para a terceira jornada do Grupo B da fase final da 23ª edição do Campeonato Africano das Nações (Afrobasket), que Maputo acolhe, de 20 a 29 deste mês.
Depois de suplantar as similares da Nigéria e de Cabo Verde nas duas jornadas iniciais, as campeãs africanas só precisam ter consistência no seu esquema defensivo e melhorar os índices de finalização, para ganharem com uma diferença abismal as quenianas, às ordens do técnico Owino Ronald, que na estreia sucumbiram frente aos Camarões por 61-39 e ontem consentiram novo desaire frente à Argélia (74-49).
Apesar da equipa nacional ainda não ter atingido a sua melhor forma, o embate de hoje pode ser aproveitado para que Aníbal Moreira e Eliza Pires consigam moldar um plantel mais coeso para as partidas diante de adversários melhor dotados tecnicamente, tal como o Mali, equipa que mede forças com Angola na próxima sexta-feira.
O técnico principal, Aníbal Moreira, sabe que as suas atletas estão a subir de rendimento e que o Quénia não constitui grande preocupação, mas tem em atenção o facto das equipas menos cotadas tenderem a redobrar esforços sempre que do outro lado está a jogar Angola, na qualidade de detentora do título. Por isso, mantém o discurso de que “todos os adversários merecem o nosso respeito”, para consolidar a ideia de que não existem vencedores antecipados.
“A equipa está sólida e isso transmite-nos muita confiança, numa altura em que ainda nos encontramos no início a competição. Denotamos que ainda faltam alguns acertos, mas isso é próprio de uma equipa que trabalha na condição de campeã, sobre a qual todos os adversários exercem maior pressão. O Quénia teve duas derrotas, mas isso não implica que devamos subestimá-lo, pois devemos respeitar todos os adversários da mesma forma e fazer o nosso trabalho da melhor maneira possível”, frisou Aníbal Moreira.
A Selecção do Cabo Verde espera obter a sua primeira vitória no grupo B da 23ª edição do Campeonato Africano das Nações, que a cidade de Maputo acolhe até dia 29 deste mês, diante dos Camarões, na partida de abertura da terceira jornada da competição, agendada para as  10h00, no Pavilhão de Maxaquene, à Baixa  de Maputo.
Hélder Jeremias, em Maputo

Determinação
Cabo Verde procura primeira vitória

A selecção de Cabo Verde, que perdeu o primeiro jogo diante da poderosa selecção do Mali e ontem voltou a ser reprimida pela campeã Angola, tem grandes hipóteses de começar a salvar a sua presença na maior montra da modalidade à escala continental, dado que o adversário de hoje se enquadra na sua estrutura física e apresenta níveis tácticos do seu padrão.

A aguerrida formação camaronesa, que começou a sua campanha com uma vitória sobre o Quénia, de certeza que não vai entrar para o jogo disposta a perder terreno, depois de ontem ter sido mal sucedida diante do Mali, cujo desempenho nos dois primeiros jogos deixa indícios de ser um adversário a ter em conta na corrida pelo título.
Cabo-verdianas e camaronesas estão a fazer um jogo fluído, sendo as suas unidades dotadas de muita técnica, motivo pelo qual o confronto de hoje é aguardado com muita ansiedade, pois, em caso de vitória para Cabo Verde, as duas equipas ficam em igualdade de circunstância, dispondo apenas das duas jornadas derradeiras da fase de grupos para definir o passe para a fase seguinte.

Contratempo

Atraso do Zimbabwe provoca adiamento

A selecção do Zimbabwe começou da pior forma a sua presença na fase final do Campeonato Africano das Nações ao consentir ontem a derrota por 73-66, frente à Argélia, em partida referente à segunda jornada do grupo A, depois de ter faltado ao jogo de estreia frente a Moçambique, devido à chegada tardia a Maputo.
Ainda cansadas da viagem por estrada, as zimbabwianas mostraram ser uma equipa bem disciplinada em todas as vertentes do jogo, além da boa forma física, mas a Argélia, que no jogo de estreia consentiu uma derrota diante a Costa do Marfim, soube aproveitar as circunstâncias para levar de vencida a contenda.
O jogo entre o Zimbabwe e Moçambique ficou adiado para segunda-feira, às 18h00, dia reservado ao descanso das equipas. No grupo A, depois de consentir a primeira derrota ontem, o Zimbabwe volta a ter hoje um teste difícil frente à selecção do Senegal, vice-campeã africana, enquanto a equipa anfitriã (Moçambique) mede forças com a Argélia e o Egipto trava duelo com a Costa do Marfim.