Africa Basquetebol

24 agosto 2013

ANGOLA : Angola tenta o pleno

                       
A Selecção Nacional de basquetebol procura, esta noite, manter a invencibilidade no grupo C
Fotografia: Jornal dos Desportos
A Selecção Nacional sénior masculina de basquetebol confirma hoje a liderança do grupo C, quando defrontar o Ruanda em partida da terceira jornada da fase regular do Campeonato Africano das Nações, que decorre na cidade de Abidjan, Costa de Marfim. Angola é a única selecção do grupo que soma duas vitórias em igual número de jogos.
A equipa liderada por Paulo Macedo vai procurar “ensaiar” hoje, diante de um conjunto teoricamente frágil, os sistemas tácticos mais exigentes na fase de eliminatórias.
Para não comprometer as aspirações dos angolanos, Paulo Macedo e pupilos treinaram ontem à noite, no pavilhão anexo ao Complexo Desportivo de Abidjan, a defesa e contra-ataques rápidos. O temor vivido diante dos moçambicanos, na segunda jornada, ainda paira na mente da equipa técnica.

Lemos satisfeito com o conjunto

O ex-internacional angolano Sílvio Lemos apontou a atitude positiva dos atletas como factor determinante na vitória da Selecção Nacional sobre a similar de Moçambique, por 91-73, referente à segunda jornada do campeonato.
O antigo atleta do 1º de Agosto acrescentou que a Selecção Nacional reagiu bem, principalmente, no terceiro e quarto períodos. Imprimiu maior velocidade e actuou sobre o erro do adversário de forma colectiva, o que permitiu terminar com uma vantagem de 18 pontos.
Sílvio disse tratar-se de um adversário que soube “encostar à parede” os decacampeões até à fase final do encontro e conseguiu tirar algum partido, devido à ânsia que os atletas angolanos sentiam em querer resolver individualmente o desafio.
Sílvio Lemos ressalta que existe alguma confiança no conjunto e empenho no sentido de vencerem todos os desafios e resgatar o título perdido em 2011, em Antananarivo, Madagáscar. O facto do técnico Paulo Macedo, até ao momento, utilizar os 12 jogadores é mais que uma prova.
Em relação ao jogo contra a República Centro-Africana, agendado para hoje, o actual director para a modalidade no 1º de Agosto reiterou a necessidade do plantel manter o ritmo competitivo e procurar triunfar para tirar benefícios nas próximas fases da competição e concretizar o objectivo preconizado. Na estreia, Angola venceu a congénere de Cabo Verde, por 75-50.

Nsalambi Neves acredita no título

A Selecção Nacional de basquetebol tem potencial para chegar à final da 27ª edição do Afrobasket, que decorre em Abidjan, e reconquistar o troféu perdido em 2011, afirmou hoje à Angop o ministro conselheiro da Embaixada de Angola na Costa do Marfim, Nsalambi Makiadi Neves.
Numa antevisão do desfecho da equipa na prova, o diplomata foi peremptório em afirmar que pelo desempenho da selecção em dois jogos e do que viu de outras formações tem a certeza de que o grupo orientado por Paulo Macedo vai melhorar e superar qualquer adversário, chamando a si o 11º título africano.
“Com maior ou menor dificuldade, realmente qualquer que seja o adversário é possível a gente chegar à final e ganhar o troféu que nos tiraram em 2011”, disse o também encarregado de Negócios da missão diplomática de Angola.
Nsalambi Neves encorajou a equipa e apelou para que os angolanos, onde quer que estejam, façam tudo no sentido de apoiar a equipa nacional, à qual apelidou de “bravos rapazes” que estão a elevar o nome de Angola.
A selecção venceu os dois jogos já realizados no grupo C e está nos oitavos-de-final, onde defronta provavelmente a sua congénere da República do Congo, apesar de lhe faltar ainda um jogo, sábado, diante da República Centro-Africana.
O título está em posse da Tunísia, uma das selecções apontadas pelo diplomata como adversárias de Angola na prova, juntamente com o Senegal e a anfitriã, Costa do Marfim.

MOÇAMBIQUE
Macedo descreve jogo intenso

O treinador da Selecção Nacional de basquetebol, Paulo Macedo, reconheceu em Abidjan as dificuldades impostas por Moçambique no desafio da segunda jornada do Afrobasket’2013, que decorre na Costa de Marfim.
Em conferência de imprensa, após a vitória de Angola por 91-73, o seleccionador nacional referiu ter sido um jogo muito intenso, durante o qual os moçambicanos se apresentaram bastante agressivos e criaram sérias dificuldades ao conjunto nacional, obrigando-o a adaptar-se.
No seu entender, o equilíbrio registado no desafio deve-se ao facto das outras equipas terem estado a trabalhar, da mesma forma que Angola, fazendo um estudo prévio dos angolanos.
“Temos de ver que Moçambique foi uma equipa muito agressiva e criou-nos muitas dificuldades. Tanto é que, depois, tivemos de nos adaptar. O jogo foi muito intenso e quando há essa intensidade, acaba-se por fazer algumas perdas de bola”, justificou, quando instado a pronunciar-se sobre as perdas de bola. O grupo obteve um total de 23.
Quanto ao jogo de hoje com a República Centro-Africana, Paulo Macedo prometeu entrar com o objectivo único de ganhar, apesar da qualificação antecipada como vencedor do grupo C. Para preparar este último encontro da série, o “cinco” nacional realizou ontem à noite uma sessão de treino num pavilhão anexo.

LAZARE ADINGONO

Técnico camaronês reconhece poderio

O técnico da selecção dos Camarões, Lazare Adingono, considerou ontem ser Angola a melhor formação de basquetebol no continente, mas advertiu no sentido de que outras estão a evoluir na procura da hegemonia da modalidade.
Em entrevista à Angop em Abidjan, onde disputa o Afrobasket’2013 ao serviço do seu país, Lazare Adingono, igualmente treinador do Petro de Luanda, prognosticou ser a 27ª edição do Campeonato Africano das Nações, a decorrer até 31 deste mês, muito competitiva, embora falte ainda concentração a alguns concorrentes nesta fase.
Reservado na previsão sobre os possíveis finalistas e consequente vencedor, o camaronês naturalizado americano disse ser normal que na etapa inicial haja actuações que levam ao cepticismo.
“Actualmente em África há equipas a jogarem muito bem, Tunísia, Nigéria, Costa do Marfim… Angola joga muito bem, é a melhor equipa do continente”, afirmou, limitando-se a referir que o objectivo principal da sua selecção passa pela melhoria da sétima posição alcançada na edição anterior, em 2011, no Madagáscar.
Segundo o treinador, o campeonato tem sido técnica e tacticamente competitivo e é cedo para apontar favoritos, sendo que a sua equipa deve estar concentrada, actuar com rigor, melhorar jogo após jogo, para tirar uma verdadeira ilação sobre até onde pode chegar.
No Afrobasket’2013, Angola persegue o 11º troféu, sendo a selecção mais titulada do continente, com o dobro dos cinco títulos que têm Egipto e Senegal. A Tunísia é a detentora do ceptro e os donos da casa têm duas taças africanas, enquanto a Nigéria e os Camarões nunca venceram.

COM CABO VERDE
Moçambicano crente na vitória

O capitão e extremo da selecção de basquetebol de Moçambique, Sílvio Letela, afirmou que a equipa do Índico vai procurar melhorar, ganhar o próximo jogo e continuar na luta pela melhoria do décimo lugar obtido na edição anterior, em 2011, em Madagáscar.
Em conferência de imprensa, depois do jogo que a sua selecção perdeu com Angola por 73-91, Sílvio Letela afirmou que embora tenham dado réplica, as coisas dentro da quadra estavam muito difíceis, pois previam que Angola entrava com fortes argumentos.
“Foi muito difícil para nós, sabíamos de antemão que Angola vinha com tudo, mas também queríamos dar o nosso máximo. Tentámos no quarto período, mas já não tínhamos tempo para reduzir”, disse.
Moçambique ganhou na jornada inaugural à República Centro-Africana (RCA), por 70-66 e hoje disputa o segundo lugar do grupo com Cabo Verde, que perdeu igualmente com Angola e ganhou à RCA.