Africa Basquetebol

06 fevereiro 2012

MOÇAMBIQUE : “NACIONAL” DE BASQUETEBOL FEMININO: Justíssimo prémio à equipa operária

A FORMA árdua, dir-se-ia até operária, como a Liga Muçulmana trabalha, peculiar, aliás, nas formações treinadas por Nazir Salé, acabou por não deixar dúvidas a ninguém quanto à conquista do título nacional de basquetebol feminino, mercê de dois triunfos – o último dos quais, sexta-feira à noite, pela marca de 70-48 – sobre A Politécnica no “play-off”.


É a primeira grande conquista da nóvel equipa na bola-ao-cesto, na sequência de uma magnífica carreira ao longo da temporada e que em nenhum momento conheceu o sabor amargo da derrota. Nos embates contra as “universitárias”, apesar de estas serem também candidatas ao título, a superioridade das “muçulmanas” ficou vincada em todos os momentos, facto até reconhecido pelo técnico Miguel Guambe, de A Politécnica, ao se referir ao mérito do adversário. Já com os olhos postos no futuro, as novas “rainhas” do básquete nacional dizem ser importante continuar a trabalhar com mais força de modo a manterem-se na senda das vitórias.

No lote das competições que a Liga Muçulmana tem para este ano figura a Taça dos Campeões Africanas, que algumas delas, casos de Valerdina Manhonga, Anabela Cossa, Leia Dongue, Odélia Mafanela e Cátia Halar já tiveram a oportunidade de vencer em duas ocasiões.
Ganhei um incentivo para continuar a jogar – afirma Ruth Muianga, melhor marcadora
“É a primeira vez em toda a minha carreira que ganho um prémio de melhor marcadora. Em quase 16 anos de básquete, é muito bom que tenha acontecido e estou muito feliz com o prémio”, palavras de Ruth Muianga, jogadora da Liga Muçulmana.
Acrescenta que o prémio é também um estímulo para continuar a jogar. “Ainda vou jogar básquete durante muitos anos, talvez mais dez. Ainda é cedo para dizer adeus ao basquetebol. Ganhei um bom incentivo para continuar”.
Questionada sobre as dificuldades que encontraram na partida decisiva, afirmou que o mau início foi superado graças ao espírito do grupo. “Começámos mal, mas soubemos dar a volta por cima e conseguimos ganhar”.
Em relação à participação nas competições africanas, a atleta é de opinião que a preparação e o crer podem ser o segredo para o sucesso. “Teremos que treinar bastante e confiar em nós mesmas. Se assim for, penso que podemos obter bons resultados”.
Leia Dongue, Concretização de um sonho – considera Leia Dongue, Jogadora Mais Valiosa.
“É UMA grande satisfação ser eleita melhor jogadora da prova. Estou feliz, agradeço as minhas colegas que me ajudaram a concretizar este sonho, assim como o de campeã nacional”, diz Leia Dongue (Tanucha), a mais valiosa atleta do campeonato.
A poste da Liga Muçulmana considera que este prémio vem lhe dar confiança para cumprir aquele que é objectivo principal para este ano: conquistar a Taça dos Campeões Africanos. “É um incentivo para fazer uma boa prestação nas competições africanas. Mas não podemos esquecer que temos que passar pela fase de qualificação e, por isso, nada está definido, mas acredito que com muito trabalho podemos chegar longe”.
Falando sobre o jogo decisivo com A Politécnica, Tanucha disse que a sua equipa enfrentou algumas dificuldades, mas teve o discernimento necessário para, aos poucos, construir uma vitória que não merece qualquer tipo de contestação.
Convidada a fazer uma avaliação geral da prova que acabou sendo disputada por apenas três equipas, disse: “Não gostaria de falar da parte organizacional. A minha função é treinar e jogar. O certo é que estávamos preparadas para enfrentar qualquer adversário, independentemente do número de equipas participantes. Foi assim definido e coube-nos competir”.

Nazir SaléTreinamos muitas horas - afirma Nazir Salé, técnico da Liga Muçulmana
“ENCARÁMOS os dois jogos da mesma maneira: muita determinação. Acredito que os índices e o volume de trabalho fizeram a diferença”, afirmação de Nazir Salé, treinador campeão nacional.
No entanto, o técnico da Liga Muçulmana considera que os primeiros minutos não foram fáceis. “Começamos mal. Perante um adversário que reúne jogadoras com muito talento, tivemos algumas dificuldades, mas conseguimos tirar proveito da estratégia que delineámos e conseguimos cumprir com o nosso objectivo, dignificado pela luta e entrega de A Politécnica.
Questionado sobre a participação nas competições africanas, Nazir Salé respondeu: “Tudo é um processo. Vamos continuar a trabalhar com a mesma força. Temos contabilizado muito tempo de trabalho. Temos é que procurar melhorar os índices de treino, de forma a aumentar a nossa dinâmica de jogo. Nas competições africanas, os adversários obrigam a um maior empenho da nossa parte, e é já a pensar nos próximos desafios que vamos dar prosseguimento aos treinos.”
Para a Liga Muçulmana, foi um ano em grande, com a conquista dos Campeonatos da Cidade e Nacional. “Isso só é possível graças ao forte apoio da nossa Direcção, da entrega demonstrada pelo grupo de trabalho, que é foi bastante incansável e reúne muito crer, atitude, carácter e, acima de tudo, mentalidade forte”, concluiu.

Miguel GuambeNunca baixámos os braços -reage Miguel Guambe, treinador d´A Politécnica
“EM primeiro lugar, gostaria de dar uma palavra de apreço às minhas jogadoras. Apesar da supremacia adversária, as minhas atletas lutaram sempre e nunca baixaram os braços, pelo que essa é a nossa grande vitória. Agora, sabemos que temos que trabalhar mais para melhorar e vamos fazê-lo”, reacção de Miguel Guambe, treinador de A Politécnica.
Elogiando ainda o seu “team”, disse: “a nossa equipa é jovem, fiquei feliz por termos ganho algumas provas em juniores e penso que estamos num bom caminho”.
Falando sobre as incidências do derradeiro jogo, Miguel Guambe explicou que a quebra de ritmo foi provocada pela pressão exercida pela Liga Muçulmana. “Começámos a ter muitas perdas de bola, mas penso que é algo normal, porque o adversário, em situação de desvantagem, pressionou-nos e obrigou-nos a errar. Portanto, acho que temos que dar mérito à Liga”.

2 Comments:

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