Africa Basquetebol

15 agosto 2011

ANGOLA : Selecção lima arestas no palco da competição


A três dias da estreia na fase final da XXVI edição do Campeonato Africano das Nações da bola ao cesto Afrobasket, a Selecção Nacional de basquetebol em seniores masculinos volta a aprimorar hoje, segunda-feira, os aspectos técnicos e tácticos. Depois da folga de ontem, os pupilos do francês Michel Gomez realizam hoje mais duas sessões de treino, virados essencialmente para os aspectos tácticos, com principal realce para as transições rápidas defesa ataque.

Desde sexta-feira na capital malgaxi, palco da XXVI edição do Campeonato, os decacampeões africanos que perseguem o 11º troféu continental e, consequentemente, o passe para os Jogos Olímpicos de Londres, estão praticamente ambientados com o clima de Antananarivo. A expectativa é enorme no seio da Selecção Nacional que vai baptizar a modesta selecção do Chade, que fará a sua estreia numa fase final de um Campeonato Africano das Nações.

Apesar de terem pela frente um ilustre “desconhecido”, os decacampeões africanos estão em estado de alerta. Aliás, Joaquim Gomes “Kikas”, o novo capitão do cinco nacional, tem chamado a atenção dos seus companheiros para a necessidade de se respeitar os adversários do seleccionado angolano. A Selecção Nacional vai em busca do seu 11º título africano, depois de ter conquistado as edições de 1989, 1991, 1993, 1995, 1999, 2001, 2003, 2005, 2007 e 2009.

Angola está inserida no Grupo B do Afrobasket de Antananarivo juntamente com as selecções do Chade, adversário de estreia, no dia 18, Senegal e Marrocos. Madagáscar, país anfitrião, faz parte do Grupo A ao lado de Moçambique, Nigéria e Mali. Costa do Marfim, vice-campeã africana, África do Sul, Camarões e Egipto compõem o Grupo C, ao passo que a Tunísia, medalha de bronze, Togo, RCA e Ruanda fazem parte do Grupo D.

História dos afrobasket´s

V Edição
País-Sede: Egipto
Data: 09 a 15 de Março de 1970
Campeão: Egipto
Participantes (7): Egipto,
Senegal, Tunísia, RCA, Líbia, Palestina e Somália.
A principal referência do basquetebol africano que tinha estado de fora nas duas anteriores edições, decidiu voltar em grande, naquela que foi a segunda vez que um país repetia a organização do campeonato. Anfitrião, o Egipto ganhou a competição, não sem antes suar abundantemente, pois o Senegal opôs tenaz resistência na final. Ficou, porém, o aviso de que as coisas começavam a delinear-se mais claramente em termos de hierarquia.

Ou seja, o Egipto continuava a ser a principal potência, mas tinha a companhia do Senegal e da RCA, quarta colocada nesta prova, em que os tunisinos foram terceiros. Este era, depois de Marrocos’68, o segundo campeonato que se disputava em duas séries. Também foi o primeiro que necessitou de prova qualificativa para se chegar à fase final.

VI Edição
País-Sede: Senegal
Data: 25 de Dezembro de 1971 a 02 de Janeiro de 1972
Campeão: Senegal
Participantes (12): Senegal, Egipto, Mali, RCA, Tunísia, Sudão, Marrocos, Camarões, Madagáscar, Costa do Marfim, Togo e Nigéria.
Na sua quinta participação e após duas subidas consecutivas ao pódio de honra, o Senegal chamou a si a organização da prova com o fito claro de voltar a saborear as delícias de um triunfo. Dito e feito. Ou seja, actuando em casa, o Senegal garantiu o primeiro lugar, superando a concorrência sem grandes problemas, num campeonato que pela primeira vez se disputava a Sul do deserto do Sahara.

Os “grandes” do basquetebol africano passaram a ser sobejamente conhecidos neste campeonato em que Camarões, Madagáscar e Togo foram participantes de primeira viagem. Pela primeira vez, o Mali chegava ao pódio africano. Nota interessante é que este foi, até àquela data, o campeonato com maior número de selecções participantes, o que traduziu uma grande vitalidade do basquetebol africano e o interesse quase generalizado de muitos países.

VII Edição
País-Sede: RCA
Data: 04 a 15 de Abril de 1974
Campeão: RCA
Participantes (10): RCA, Senegal, Tunísia, Camarões, Togo, Zaíre, Mali, Tanzânia, Benin e Somália.
Uma vez mais o Egipto optou pela ausência no segundo campeonato disputado ao Sul do Sahara. Mas a legião de selecções interessadas em fazer parte da história do basquetebol africano continuava a subir satisfatoriamente, o que fazia crer que a modalidade estava a ser bem encarada e aceite no continente africano.

Os novatos foram o Zaíre, o Benin, a Tanzânia e a Somália. Quarta classificada nas duas edições anteriores, a RCA aproveitou muito bem o balanço do título de clubes conquistado pelo seu Hit Trésor, campeão africano em 1970. Sacudiu com impressionante ligeireza a concorrência e colocou-se no lugar mais alto do pódio de honra, onde foi secundado pelo Senegal e pela Tunísia. O basquetebol africano mostrava-se de grande competitividade, dado que em sete edições o continente tinha conhecido nada menos do que quatro campeões distintos. Isto emprestou uma imagem bastante positiva da modalidade em África.

VIII Edição
País-Sede: Egipto
Data: 20 a 28 de Dezembro de 1975
Campeão: Egipto
Participantes (6): Egipto, Senegal, Sudão, Zaíre, Tunísia e Congo Brazzaville.
Estranhamente e depois de em ocasiões anteriores o número de participantes ter passado à dezena, apenas seis selecções estiveram presentes na oitava edição do campeonato africano de basquetebol, disputado no Cairo. A principal nota é que, apesar do número exíguo de competidores, houve um protagonista de primeira viagem, nas circunstâncias o Congo Brazzaville. Como era quase esperado, a selecção anfitriã, que dividia com o Senegal as honras do pódio continental, acabou sendo a campeã.

Na escolta estiveram o Senegal (segundo classificado) e o Sudão (terceiro classificado). Do ponto de vista competitivo foram os piores campeonatos disputados até àquela data, pois o campeão anterior primou pela ausência, tal como os Camarões, a Costa do Marfim e o Mali. Isso retirou muita importância ao quarto título conquistado pelo Egipto, que se destacava neste capítulo.