Africa Basquetebol

12 agosto 2011

ANGOLA : Angola a caminho de Antananarivo


A Selecção Nacional de basquetebol em seniores masculinos deixa esta manhã a cidade chinesa de Guangzhou, rumando para Antananarivo, capital do Madagáscar, palco da fase final da XXVI edição do Campeonato Africano das Nações da modalidade, vulgo Afrobasket, competição que se disputa de 17 a 28 do mês em curso. Depois de ter terminado a sua participação na segunda versão da Taça Borislav Stankovic na última segunda-feira, onde ocupou a quarta e última posição, o seleccionador nacional, Michel Gomez, decidiu permacer por mais três dias na cidade de Guangzhou, a fim de recuperar os atletas para o africano de Antananarivo que arranca já a 17 do mês em curso.

Durante os três dias, o cinco nacional realizou algumas sessões de treinos virada essencialmente para os aspectos de recriação. A delegação angolana deixa hoje a cidade de Guangzhou nas primeiras horas da manhã, fazendo uma curta escala em Joanesburgo, África do Sul, antes de pisar o solo malgaxi. O francês ao serviço do cinco nacional considrerou de positiva o estágio pré-competitivo que a Selecção Nacional realizaou quer em Portugal, quer na República Popular da China, onde ganhou a VII edição da Taça Borislav Stankovic.

Michel Gomez disse por outro lado, que os doze atletas escolhidos para a campanha Antananarivo dão garantias de uma particiapção exitosa no certame que passa pela conquista do décimo primeiro título africano e consequentemente o apuramento aos Jogos Olímpicos de Londres, a disputar-se de 2012. Angola está inserida no Grupo B do Afrobasket de Antananarivo juntamente com as selecções do Chade, adversário de estreia, no dia 18, Senegal e Marrocos.Madagáscar, país anfitrião, faz parte do Grupo A ao lado de Moçambique, Nigéria e Mali. Costa do Marfim, vice-campeã africana, África do Sul, Camarões e Egipto compõem o Grupo C, ao passo que a Tunísia, medalha de bronze, Togo, RCA e Rwanda fazem parte do Grupo D.

A caminho do 11º ceptro (III)

Cairo’91 – Vitorino Cunha, basicamente com os mesmos jogadores com quem se estreou no lugar mais alto do pódio, repetiu a dose de Luanda nesse campeonato que o Egipto voltou a realizar, batendo o Senegal, numa final muito difícil. O Egipto, de quem se esperava mais, dada a sua condição de anfitriã, não conseguiu melhor que a medalha de bronze, apesar dos “empurrões” de que beneficiou durante a primeira fase da competição, para que o título ficasse em casa do país organizador. Era o bi-campeonato para Angola. A hegemonia começava a desenhar-se com maior nitidez…

Nairobi’93 – Se assim se pensou, assim se confirmou na competição organizada pelo Quénia, que ganhou de algum modo as mesmas circunstâncias que rodearam o campeonato de 1987, em Tunis, onde os principais candidatos pelejaram pelo título em “terreno neutro”. Era uma espécie de “tira-teimas” entre o bi-campeão e os seus rivais, nomeadamente egípcios, senegaleses e nigerianos, que começavam a despontar na competição continental. Aqui, Angola, a nova potência do continente, não frustrou as expectativas dos que nela confiavam e voltou ao ouro, conseguindo assim o tri-campeonato consecutivamente, o que era inédito em África. A final foi ganha contra o Egipto.

Argel’95 – Se ainda havia alguma dúvida em relação à força dos angolanos, ela dissipou-se completamente em Argel, onde a Selecção Nacional, então já novamente sob comando de Wlademiro Romero, espalhou toda a sua classe. E veio o “tetra” com a maior naturalidade. Veio com naturalidade, mas com algumas dificuldades de monta, diante dum Senegal irrequieto, embora em fase de renovação. Era a conquista do “tetra-campeonato” e o direito de levar a Taça das Nações Africanas para Luanda, o que se constituiu num outro feito inédito.

Dakar’97 – Neste campeonato realizado na capital senegalesa, os angolanos, já habituados a ganhar, só sonhavam com o “penta”, como era natural. Mas, o “tiro lhes saiu pela culatra”, como se diz. Um Senegal inspirado não deu hipóteses a quem quer que fosse, esmagando a concorrência personificada pela Nigéria (na final) e por Angola (nas meias-finais), que não conseguiu melhor do que o terceiro lugar. Para Wlademiro Romero, que havia brilhado no campeonato anterior, o sonho tornou-se um pesadelo. O “penta” já era. Pelo menos, nesta altura.

Luanda’99 – Como que obcecada pelo “penta”, Angola chama a si a organização da XX edição do Afrobasket, para ter mais possibilidades de conquistar o título. Afinal, não é segredo que quem realiza, em regra, espera ganhar, mais a mais quando é uma equipa do topo, como era o caso de Angola nessa altura. E este foi o caso dos angolanos, já sob comando técnico do luso-guineense Mário Palma, que regressava mais uma vez ao leme dos então “tetra-campeões” africanos. A Nigéria, com um lote de grandes jogadores, era a principal rival de Angola. Mas, como se previa a carácter de quase certeza, os nigerianos foram incapazes de travar o balanço dos donos da casa, bem impulsionados até à exaustão por um público fanatizado. Felizmente, as previsões concretizaram-se e o penta cantou.

“Kikas” reitera
disposição do grupo

O novo capitão dos decacampeões africanos, Joaquim Gomes “Kikas”, enalteceu a postura dos seus companheiros durante a fase do estágio pré-competitivo realizado em Portugal e na República Popular da China. O poste do 1º de Agosto e da Selecção Nacional afirmou em declarações a Rádio Cinco que apesar das três derrotas consecutivas que averbaram na ponta final da preparação, o grupo conseguiu de uma forma geral manter os índices de produtividade. De acordo com o penta campeão africano o grupo está preparado para mais uma vez lutar pelo título africano.

“Os três torneios que disputamos foram fundamentais para o seleccionador nacional aferir o potencial do grupo. Apesar de algumas falhas que é completamente compreensível acho que conseguimos dar uma boa resposta. Estamos preparados para mais uma vez lutar pelo título africano”, asseverou o novo comandante dos decacampeões africanos que buscam o passe de apuramento aos Jogos Olímpicos de Londres. MC

Ngongo evoca espírito ganhador

A experiência, optimismo e espírito de ganhador são aspectos que a selecção nacional masculina de basquetebol deve levar à conquista do Afrobasket’2011, a decorrer 17 a 28 deste mês no Madagáscar, afirmou ontem, quinta-feira, o chefe da repartição municipal dos desportos no Lobito, Alberto Ngongo. O dirigente desportivo disse a Angop que a selecção nacional tem poucas dificuldades de vencer os adversários do grupo B, mas apelou ao combinado angolano a não se envaidecer sob pena de ser surpreendido. Reconheceu que a selecção do Senegal é uma das que pode criar dificuldades ao combinado angolano a julgar pela estatura física dos seus jogadores.

Para ganhar a formação senegalesa, Alberto Ngongo afirmou que a selecção angolana deve apostar no jogo rápido de modo a desgastar fisicamente a equipa adversária. Na primeira fase da prova, que tem lugar na cidade de Antananarivo, capital de Madagáscar, Angola defronta as selecções do Senegal, Marrocos e Tchad. Integram a selecção liderada pelo francês Michel Gomez, Armando Costa, Milton Barros, Domingos Bonifácio, Carlos Morais, Simão Santos, Jorge Tati, Leonel Paulo, Kikas Gomes, Eduardo Mingas, Felizardo Ambrósio, Valdelicio Joaquim e Miguel Kiala.