Africa Basquetebol

20 novembro 2010

MOÇAMBIQUE : Maxaquene uma vez rei sempre rei!


MAXAQUENE parece estar a recuperar a hegemonia que na década 80 o galardoou como rei do básquete sénior masculino nacional. Um período em que os “tricolores” punham em sentido todas as equipas que cruzassem o seu caminho intramuros.

Segundo uma lista dos campeões fornecida pela Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB), os “tricolores” tinham 17 títulos (seniores masculinos) à entrada para o jogo da final frente ao Desportivo, pelo que passaram a somar 18, após terem conquistado mais um troféu na prova máxima da bola-ao-cesto nacional.

A vitória da equipa “tricolor” teve um sabor especial visto que foi diante dos “alvi-negros” (99-84), seu eterno rival. Tratou-se de uma final entre duas das equipas com maior tradição na modalidade. Uma final como há muito não se via e que foi vista por cerca de quatro mil pessoas que voltaram a reviver as emoções de um confronto a fazer lembrar as grandes noites de basquetebol nos tempos áureos da modalidade. Uma época em que desfilou pelos campos a geração de ouro: Amade Mogne, Naimo Mogne, João Chirindza, Belmiro Simango, Aníbal Manave, entre outros.

Os “tricolores”, sob o comando do espanhol Inak Garcia, conquistaram o segundo título consecutivo, algo que não acontecia há dez anos. A última vez que haviam feito o “bi” foi em 1999 e 2000. Depois seguiu-se um jejum de três anos, (2001, 2002 e 2003). A pior fase do Maxaquene foi de 2005 a 2008, período em que assistiram o Ferroviário a amealhar quatro títulos seguidos. Mas após a tempestade viria a bonança, com o título em 2009 e 2010.

BRIOSA DÉCADA 80

Nos anos 80 pode-se dizer que só deu Maxaquene. Em dez possíveis títulos, arrebatou sete (1981, 1983,1984,1986,1987,1988 e 1989). O Desportivo com dois títulos (1980 e 1982) tirou a possibilidade de fazer o pleno. Mas a supremacia nessa época foi “gritante”. Sublinhe-se que os “tricolores” conquistaram, pelo meio, uma Taça dos Campeões de África (1985).

O Maxaquene é também o recordista a nível de títulos ganhos consecutivamente. A turma tricolor é a única que conquistou cinco títulos seguidos (1986,1987,1988,1989 e 1990).

O Ferroviário com quatro títulos em anos seguidos é o perseguidor directo.

O colectivo de Inak Garcia que tem em Nandinho a sua principal referência procura agora igualar esse feito ou quiçá superá-lo se se atender que os próximos anos se antevê um Maxaquene à mesma medida.