Africa Basquetebol

17 novembro 2010

ANGOLA : Victorino Cunha pede mais valorização dos técnicos nacionais


O antigo treinador da selecção nacional sénior masculina de basquetebol Victorino Cunha defende que os clubes devem dar aos técnicos angolanos as mesmas condições de trabalho que conferem aos estrangeiros, de forma a valorizar os quadros nacionais.

"A competência não tem nacionalidade, por isso, as condições de trabalho devem ser as mesmas quer para nacionais quer para estrangeiros, até porque muitos estrangeiros não são mais competentes do que os nossos”, afirmou o técnico que conquistou o primeiro titulo africano de sénior masculino para Angola, em declarações à Angop.

De acordo com a mesma fonte, a Federação Angolana de Basquetebol (FAB) e a Associação de Treinadores da modalidade devem, a curto prazo, assinar um protocolo para regular a contratação de técnicos de outros países, no sentido de se garantir a qualidade na competição interna e do mesmo modo na selecção nacional.

“Na Espanha treinam apenas estrangeiros que já o tenham feito nos campeonatos universitários norte-americano (NCAA) ou ganho uma prova europeia. Estes, pelo palmarés e não pela nacionalidade, poderão contribuir para o desenvolvimento da modalidade naquele país”, exemplificou o antigo técnico do 1º de Agosto e do Petro de Luanda.

Victorino Cunha, actualmente presidente da mesa da assembleia da associação de treinadores, disse que o número de atletas estrangeiros em cada equipa também deve ser regulado, assim como “deve ser obrigatória a inclusão de jogadores com idade júnior nas equipas principais”.

“Nos títulos africanos de juniores conquistados por Angola (1980, 1982, 1987) a selecção contava com jogadores que já disputavam o campeonato sénior que era uma vantagem para nós”, acrescentou o treinador que citou Jean Jacques da Conceição, José Assis, Gustavo da Conceição, entre outros, como algumas das principais referências orientadas por si.

As formações do 1º de Agosto e Petro de Luanda, principais clubes do país, são treinadas pelos portugueses Luís Magalhães e Alberto babo respectivamente, enquanto as restantes são lideradas tecnicamente por nacionais.