Africa Basquetebol

10 novembro 2006

MOÇAMBIQUE : Nacioanl de Seniores Masculinos - Figurino Anacrónico

TITUBEANTES no princípio, para depois conhecerem uma extraordinária curva ascendente, assim foram os "canarinhos" no Campeonato da Cidade de Maputo. Terceiros classificados, praticamente começaram a emergir no meio da segunda volta, tendo acentuado os seus altos níveis exibicionais na terceira e última etapa, chegando mesmo a discutir o segundo lugar com o Ferroviário.

Para Milagre Macome, tal se deveu ao crescimento que a equipa foi registando paulatinamente e porque os jogadores, acima de tudo, assumiram que podiam melhorar ainda mais. "Este campeonato, provavelmente, terá sido o mais competitivo da última década. Bastante dinâmico, discutiu-se até às últimas consequências, tanto a decisão do título como o apuramento das equipas para o 'Nacional'. O Costa do Sol surpreendeu positivamente porquanto, projectando a nossa acção mais visível para o ano que vem, acabou apresentando um básquete gostoso e dinâmico. O Maxaquene foi um campeão justo, a equipa mais regular, assim como o Ferroviário lhe assenta bem o segundo lugar. Mas, globalmente, foi uma prova muito equilibrada". Encantando com a forma e com os moldes como se disputou a prova da capital do país, Mila, no entanto, é crítico em relação ao figurino do "Nacional", apelidando-o de anacrónico. É que, sustenta, dividir as equipas em duas séries e apurar os dois primeiros para as meias-finais, é um modelo ultrapassado e que já está em desuso. Defende a manutenção das duas séries, isso sim, mas qualificando os quatro primeiros (no total oito) para os quartos-de-final e posteriormente as meias-finais e a final. "Este modelo, para além de permitir que as equipas façam mais jogos e, principalmente as das províncias ganharem mais rodagem e contacto com os grandes de Maputo, é o actualmente preconizado pela FIBA. Foi assim nas recentes competições continentais, no 'Africano' das Nações, na Argélia, no apuramento para a Taça dos Campeões de Masculinos, na RD Congo, e agora no Gabão, em femininos. Se efectivamente quisermos evoluir, temos que enveredar por este caminho, pois não pode a FIBA ir para uma direcção e nós não acompanharmos esse passo, optando por figurinos anacrónicos" - defendeu.