Africa Basquetebol

10 abril 2014

ANGOLA : Capitão encerra carreira



Carlos Almeida falha mundial
Fotografia: Jornal dos Desportos
O internacional angolano Carlos Almeida, extremo base, de 37 anos de idade, vai encerrar a sua carreira como atleta de alta competição na final da Taça de Angola, prova prevista para os dias 15 e 18 do mês em curso, falhando assim a disputa da fase final do Campeonato do Mundo de Espanha, apurou o Jornal dos Desportos do vice-presidente para o basquetebol da equipa militar, José Moniz.

O extremo base está ligado contratualmente ao 1º de Agosto até final da época desportiva mas nas últimas semanas tem desfalcado sistematicamente a equipa nas partidas da segunda volta do Grupo A do BAI Basket e vai então colocar um ponto final à sua brilhante carreira desportiva.
A função que ocupa actualmente na Assembleia Nacional como deputado do partido maioritário (MPLA) não tem permitido que o atleta esteja 100 por cento à disposição da equipa liderada por Paulo Macedo, daí que a direcção do clube militar entendeu proporcionar ao internacional angolano uma despedida a meio da época e quis o destino que fosse frente ao Atlético Petróleos de Luanda, grémio que o catapultou para a alta roda do basquetebol.
A camisola número 13, que durante vários anos utilizou ao serviço da equipa rubra e negra, é provavelmente eternizada, à semelhança do que aconteceu com a camisola 14, envergada pelo conhecido “general” Miguel Lutonda, atleta que terminou a carreira na época transacta.
José Moniz garantiu ao Jornal dos Desportos que vão aproveitar a final da Taça de Angola para proporcionar ao extremo base Carlos Almeida, de 1,93m de altura, uma despedida à dimensão do internacional angolano que capitaneou a Selecção Nacional que resgatou o título perdido em 2011, em Antananarivo, Madásgarcar, no Campeonato Africano das Nações da Costa do Marfim, em 2013.
“Confirmo que a direcção do 1º de Agosto, à semelhança do que tem sido prática comum, está a preparar uma despedida condigna para Carlos Almeida, atleta que durante vários anos representou com brio profissional as cores do nosso clube.
E creio que a partida contra o arqui-rival, Atlético Petróleos de Luanda, para a final da Taça de Angola, acaba por ser um momento muito importante para organizarmos esta despedida”, assegurou o homem forte do basquetebol da formação militar, que se recusou a prestar mais dados sobre a cerimónia de despedida do internacional angolano.
Aos 23 anos de idade, Carlos Almeida marcava a sua estreia a nível da Selecção Nacional, em 1999, tendo sido campeão africano no Afrobasket que o país acolheu, sob comando do técnico Mário Palma.Numa Selecção onde pontificavam nomes como o de Jean Jacques da Conceição, Ângelo Vctoriano, David Dias, Aníbal Moreira, Herlander Coimbra, Víctor Rafael de Carvalho, entre outros, Carlos Almeida, a par de Miguel Lutonda e Joaquim Gomes “Kikas” não teve dificuldades em impor-se no combinado nacional.
Carlos Almeida conquistou os Afrobasket de 1999, 2001, 2003, 2005, 2007, 2009 e 2013. Carlos Almeida, Joaquim Gomes “Kikas” e Jean Jacques da Conceição têm sete títulos africanos arrebatados. O recorde pertence a Ângelo Victoriano, com oito Afrobasket conquistados, além de várias participações em Campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos.
Carlos Ameida, em sete presenças em fases finais do Campeonato Africano das Nações, sempre se sagrou campeão. Joaquim Gomes “Kikas” que também tem sete títulos africanos ganhos, tem oito presenças em fase finais.Com 1,93m de altura, Carlos Almeida foi um dos jogadores preteridos pelo seleccionador Michel Gomez, no Afrobasket’2011, em Madagáscar.
Ao serviço do 1º de Agosto, Carlos Almeida conquistou vários troféus a nível das competições domésticas, além de seis títulos da Taça de Clubes Campeões Africanos.

Ao serviço da Selecção Nacional, Carlos Almeida conta com três participações em Campeonatos do Mundo, 2002/Estados Unidos da América, 2006/Japão e 2010/Turquia. Na sua folha de serviço constam ainda três presenças em Jogos Olímpicos (2000/Sidney, 2004/Atenas e 2008/Pequim.

BAI BASKET - Federação multa Petro de Luanda

O Conselho de Disciplina da Federação Angolana de Basquetebol puniu o Atlético Petróleos de Luanda com uma multa em kwanzas equivalente a mil dólares norte- americanos, em face dos incidentes verificados no final da partida em que a equipa do eixo-viário perdeu frente ao arqui-rival, 1º de Agosto, por 82-83, válida para a segunda jornada da segunda volta do BAI Basket, disputada no Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva.
No final do desafio, descontentes com o desfecho da partida, os adeptos dos petrolíferos da capital arremessaram objectos contundentes para o interior do campo de jogo.
O comunicado a que tivemos acesso diz que o Atlético Petróleos de Luanda foi multado ao abrigo do número um do artigo 57 e ao abrigo da alínea b e do número três do artigo 16º do Regulamento de Disciplina da FAB.
Paulo Santana, base dos petrolíferos, foi punido com dois jogos de suspensão e uma multa em kwanzas equivalente a 120 dólares norte-americanos.
Paulo Santana recebeu ordem de expulsão, depois de um comportamento menos correcto para com o trio de juízes.
A fase de grupos realiza amanhã a penúltima jornada da segunda volta, com o destaque a recair para o Grupo A, no qual a formação do 1º de Agosto tem a visita do Grupo Desportivo Interclube, a partir das 18h00, ao passo que o Recreativo do Libolo que na ronda anterior perdeu frente à equipa militar, por 86-88, recebe no Complexo do Dream Space, em Viana, às 19h00, a modesta equipa da Universidade Lusíada, folgando por imperativo de calendário os petrolíferos da capital.
Os militares ocupam o primeiro lugar, com 13 pontos, contra dez do Libolo e Atlético Petróleos de Luanda, nas posições imediatas.
No Grupo B, o Futebol Clube Vila Clotilde defronta o Progresso Associação do Sambizanga, a partir das 16h00, no Anexo, enquanto o Sporting de Benguela recebe na cidade da Acácias Rubras, o Clube Amigos de Viana.

A fase de grupos termina este sábado. A “Final Four”, que arranca na segunda quinzena do mês, é disputada no sistema de todos contra todos a quatro voltas.     
MC