Africa Basquetebol

06 janeiro 2012

MOÇAMBIQUE : Campeonato nacional de basquetebol feminino: Uns aprovam Quelimane outros preferem Maputo

O CAMPEONATO Nacional de Basquetebol de Seniores Femininos já está mergulhado em celeuma. A Federação agendou-o e reafirma a sua realização em Quelimane, porém, alguns clubes do Maputo reprovam a capital zambeziana, alegando não existir condições para uma competição à altura da dimensão da prova.
Já desde a altura em que a Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) marcou os campeonatos nacionais das diferentes categorias ficou claro que a prova de seniores femininos teria lugar em Quelimane, entre os dias 27 de Janeiro e 5 de Fevereiro. Igualmente, foi definido que tomariam parte 14 equipas, das quais quatro da capital do país, designadamente Liga Muçulmana, campeã da cidade, A Politécnica, vice, Politécnica B, terceira classificada, e Ferroviário, quarto.
Quando estamos a três semanas do arranque do evento, eis que começam a surgir questionamentos intempestivos, relacionados, nomeadamente com as condições do pavilhão do Benfica de Quelimane, local escolhido para a realização dos jogos. Na óptica de algumas colectividades maputenses, aquele recinto não se apresenta plausível para uma competição desta envergadura, apontando, por exemplo, a inexistência de uma caixa de ar, parquet inapropriado, tabelas deficientes, entre outros itens.
Em função destes argumentos, os referidos clubes entendem que o Campeonato Nacional de Seniores Femininos devia acontecer no Maputo, pois dessa forma estariam criadas as condições para uma competição digna e espectáculos basquetebolísticos à altura da própria prova, até porque, como se sabe, o seu vencedor qualifica-se para a Taça dos Campeões Africanos de 2012.
No entanto, a Federação Moçambicana de Basquetebol mantém a sua posição de levar o campeonato para terras zambezianas, afirmando que os argumentos apresentados pelos clubes que preferem Maputo não têm razão de ser, sobretudo quando reiteradamente toda a gente fala em relançamento e massificação da modalidade, particularmente nas províncias.
Ora, segundo a Federação, realizando a prova na capital do país estaria a perpetuar-se o fosso competitivo e, por outro, retirar-se a possibilidade de outras províncias viverem também as emoções da bola-ao-cesto nacional. Por esta e outras razões, o campeonato terá lugar em Quelimane, independentemente de as equipas do Maputo primarem pela ausência ou não.
Dos quatro representantes da cidade-capital, garantida está a participação da Liga Muçulmana, que está a preparar-se afincadamente para conquistar o título e, desse modo, o apuramento para as competições continentais. Para os campeões maputenses, a ida para a capital zambeziana é impreterível, pois, com as suas atletas a ganharem a tudo e a todos intramuros, é importante que joguem fora de portas para assim, efectivamente, testarem a sua capacidade.
A Politécnica, que possui duas formações, deverá também viajar para Quelimane, mas com apenas uma equipa, que seria, neste caso, uma selecção das melhores jogadores do clube universitário, tendo como perspectiva suplantar o poderio da Liga Muçulmana.