Africa Basquetebol

12 setembro 2011

ANGOLA : Miller e kiala em adaptação

O técnico da selecção masculina, Raul Duarte, disse que os dois jogadores que reforçaram o plantel vindos do Afrobasket dão uma ajuda importante na luta das tabelas, mas estão ainda em fase de adaptação no torneio Pan-africano de basquetebol masculino que ontem, domingo, disputou o seu segundo encontro, diante de Cabo Verde.


Em declarações à Angop em Maputo, para avaliar o nível competitivo da prova e perspectivar a participação da selecção nacional detentora do título, o técnico considerou difícil a integração do extremo poste Felizardo Ambrósio e do poste Miguel Kiala.“É sempre muito difícil para eles e para nós, porque estão completamente fora dos sistemas da equipa”, disse, mostrando-se no entanto esperançado que com os próximos treinos seja ultrapassado o problema.
Apontou algumas dificuldades de programação e logística que impediram realizar um treino sábado, tendo anunciado para este domingo o início da integração dos dois jogadores, chegados sexta-feira a Maputo. “Amanhã vamos começar a enquadrá-los nos sistemas da equipa. Também sabemos que eles estão há pelo menos semana e meia sem fazer muita coisa, então há que integrá-los no sistema e depois, jogo a jogo vão sem dúvida alguma ajudar-nos”, declarou o treinador.
Disse que a missão específica dos dois é na luta das tabelas, “que era um problema” que o seleccionado tinha.“Creio que nos vão ajudar. Esta é uma equipa interessante, aplicada, que quer representar bem o basquetebol nacional e que vai fazer tudo que estiver ao seu alcance, jogo após jogo, para ir passando de fase e é assim que devemos pensar.”
Quanto ao jogo com Cabo Verde, Raul Duarte vaticinou um jogo difícil. “Sabemos que todos os jogos vão ser difíceis.”Duarte disse que a formação lusófona teve uma preparação igual à de Angola, tendo estado em Espanha e que tem jogadores mais altos e alguns mais potentes. Mas prometeu uma equipa “humilde, corajosa e com uma grande atitude para lutarmos para mais uma vitória”.
Para o treinador, o torneio é equilibrado pelo facto de algumas das formações, conforme referiu, se apresentarem com os plantéis que estiveram no Afrobasket2011, destacando a forte candidata Nigéria, e ainda o Rwanda, Egipto e Moçambique. Angola apresenta-se com uma formação B. Mas Raul Duarte mostrou-se determinado a lutar. “Estamos aqui para competir e é o que iremos fazer.”
Sobre a estreia, diante da Costa do Marfim, disse que fizeram um bom jogo defensivamente, sobretudo na primeira parte, porque defenderam de forma concentrada e conseguiram controlar o seu cesto que, segundo referiu, era uma preocupação. No ataque a preocupação era a adaptação à forma como os árbitros interpretavam os contactos ilegais. Conseguiram também adaptar-se ao que os árbitros apitavam ou não e desta forma foram melhorando o jogo, disse.
Reconheceu que não começaram bem mas depois conseguiram entrar. Atribuiu isso ao facto de ser o primeiro jogo e sobretudo a estreia de muitos jogadores numa selecção sénior, independentemente de ser B. “É uma responsabilidade muito grande, mas creio que a resposta foi positiva.”