ANGOLA : Selecção de sub-16 testa com Sporting

A Pré-selecção de basquetebol de sub-16 masculina realiza hoje, a partir das 08h00, no pavilhão anexo número II da Cidadela Desportiva, um jogo de controlo frente ao Sporting de Luanda, tendo em vista à disputa do torneio de apuramento da zona VI a decorrer de oito a 15 do presente em Lusaka, capital da Zâmbia. Depois de ter perdido quarta-feira passada, por 70-47 com a equipa júnior do 1º de Agosto e vencer sábado o Atlético Petróleos de Luanda no mesmo escalão por 55-52, o técnico Elvino Dias, exterioriza o seu agrado pelo desempenho do grupo que hoje trabalha completo pela primeira vez, depois da chegada à capital do país, do atleta do Sporting do Bié.

Com apenas quatro dias para o início da competição, a equipa volta a realizar, amanhã, mais um jogo de controlo frente à formação júnior do 1º de Agosto e espera embarcar para o palco da competição quinta-feira, ao passo que a quarta-feira será dedicada para a preparação da viagem.

De acordo com Elvino Dias, os seus atletas transmitem muita confiança, por isso dá largas a crença quanto ao apuramento do seleccionado nacional ao Campeonato Africano das Nações que deve ser realizado na África do Sul e avança que o leque de atletas às suas ordens representa a garantia da manutenção do nível de basquetebol praticado no país, à nível da selecção sénior masculina.

Para o técnico, a sua maior satisfação prende-se ao facto dos jovens não terem problemas de adulteração das idades, um mal que tem prejudicado sobre maneira o desporto, em geral e o basquetebol, em particular, salientando que “nos próximos anos teremos atletas com o nível de Miguel Lutonda e outros que o país conheceu”.

“Fico particularmente satisfeito por estar a trabalhar com crianças, mas que já evidenciam muito talento. O trabalho que vimos desenvolvendo até agora nos permite perspectivar êxito no zonal, mas também ficar mais sossegados quanto ao futuro da modalidade”, disse o seleccionador nacional.

Projecto Promade
vai ter outro figurino

O projecto de massificação desportiva de basquetebol, “Promade”, criado em 1999, após a realização do Afrobasket, pelo governo provincial para a descoberta de novos talentos da modalidade na região, vai ter outro figurino com a formação dos atletas a partir das escolas, de modo a dinamizar o desenvolvimento de “bola ao cesto” em todos os municípios da província de Cabinda.

O técnico principal do Sporting de Cabinda, Alberto carvalho “Ginguba”, que em princípio vai coordenar o projecto de massificação do basquetebol, que conta com a participação de 100 crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos, disse que para que o programa tenha êxito em todas as suas vertentes vai ser preciso a participação dos professores de educação física para que a partir das escolas preparem os futuros basquetebolistas da região.

Ginguba adiantou que para que o projecto tenha mais acção e desenvolvimento deve-se criar as melhores condições em todos os pavilhões com tabelas de mini-basquetebol, equipamentos e de mais bolas para que as crianças possam aprender o “ABC” da modalidade sem sobressaltos.

“Vamos consolidar a massificação na província de Cabinda, mas primeiro temos que mudar uma série de coisas para avançarmos.Temos muitas crianças, um de 100, engajadas neste projecto de formação, apesar de estarem ligeiramente desorganizadas, mas temos um processo que está a desenrolar-se e aguardamos o seu desenvolvimento.

Vamos ter um encontro com os professores de educação física, com o objectivo de explicar a principal ideia e depois encaminharemos ao governo da província as nossas intenções”, disse, acrescentando que para o projecto de formação decorra de forma salutar, deve-se apetrechar com algumas condições os pavilhões multi-usos, porque a intenção é de fazer disputar um mini-campeonato de basquetebol em Cabinda, que vai partir nas escolas, com vista a preparar os futuros basquetebolistas na região.

O técnico Alberto Carvalho “Ginguba” referiu, também, que o objectivo principal do projecto “Promade”, em basquetebol, é da criação de centros de treinos em todos os locais onde existem pavilhões para prática da modalidade. “Estamos satisfeitos com a entrega das crianças, porque quando elas vêem para o campo com uma bola na mão é para evoluírem, mas não ainda na especialização, porque é muito cedo para pensarmos nisso, porque a especialização é o que está a ser feito com os seniores. Temos um grupo de juniores que não está a competir, por não temos uma competição a este nível, por isso, vamos organizar esta competição, que vai passar nas escolas secundárias e nas universidades”, precisou.



Joaquim Suami, em Cabinda