ANGOLA : Angola pode ser penalizada
Imprudência da direcção da Federação Angolana de Basquetebol coloca em risco a imagem de Angola no contexto mundial
Fotografia: Paulo Mulaza
Fotografia: Paulo Mulaza
As
atletas Eliana Domingos e Jéssica Manjenge podem ser irradiadas do
basquetebol mundial por terem registos com idades diferentes na base de
dados da Confederação Africana de basquetebol. As duas atletas da
Selecção Nacional de sub-18 estavam inscritas para o campeonato africano
feminino de sub-18 que a cidade do Cairo acolhe de 19 a 28 do corrente.
Face a má inscrição das duas atletas angolanas, a FIBA-África notificou a Federação Angolana de Basquetebol para uma penalização. A instituição angolana deve pagar uma multa que varia entre os 150 a 500 mil dólares norte-americanos (cerca de 15 a 50 milhões de kwanzas). A participação de Angola no “africano” do Cairo está condicionada ao pagamento da multa.
Tudo começou no ano passado, quando a Federação Angolana de Basquetebol (FAB) inscreveu as atletas com datas de nascimentos diferentes das actuais com vista à participação no Campeonato Africano de Cadetes feminino. Fontes da FAB afirmam que se constatou mais de uma identidade a Eliana Domingos, atleta do Inter de Benguela.
No histórico de basquetebol angolano, Eliana Domingos tinha sido desqualificada do último campeonato nacional de cadetes assim como a equipa, o Inter de Benguela, pelas mesmas razões: idade falsa. Em consequência da desqualificação da equipa das acácias rubras, um inquérito foi realizado em Benguela e concluiu-se que Eliana Domingos tinha identidade falsa. Os dados apontavam que a menina de Benguela entrou no sistema de ensino regular com idade pré-escolar,que é inconcebível no sistema de ensino em Angola.Alguns experts de andebol que recusaram dar a cara, lamentaram a posição da Federação Angolana da modalidade. Um dos ouvidos afirmou que é difícil compreender a idoneidade da FAB, uma instituição que lida com processos dessa índole há mais de 30 anos. Para o especialista “é incompreensível que a FAB tenha deixado passar esse erro grave, quando já tinha concedido a nacionalidade desportiva às atletas”.
O mesmo agente desportivo realçou que “ao detectar tão grave irregularidade, a FIBA-África deve ter manifestado preocupação face à responsabilidade de Angola no contexto do basquetebol mundial”. Por tamanho erro, “Angola coloca em causa todo o prestígio no que diz respeito à legalidade das idades”. Para salvaguardar a imagem do país, a FAB suspendeu o técnico Hilário Filipe, treinador principal da selecção nacional feminina Sub-18, por ter sido o responsável pela escolha das atletas.
REACÇÃO
Sofrimento confirma notificação da Fiba-África
Os resultados do inquérito sobre os culpados por má inscrição das atletas afectas ao Interclube de Benguela, Eliana Domingos e Jéssica Manjenge, na selecção nacional feminina de basquetebol sub-18 com vista à disputa da 13ª edição do Campeonato Africano das Nações (Afrobasket), a decorrer de 19 a 28 do presente no Egipto, vão ser apresentados brevemente.
A garantia é do director para o marketing e relações internacionais da Federação Angolana de basquetebol (FAB), Tony Sofrimento.
Em declarações ao Jornal dos Desportos, Tony Sofrimento assegurou que “o inquérito está a decorrer e o resultado vai ser divulgado tão logo seja concluído”. yuçl s Quanto à recepção da notificação da Fiba-África que dá conta do pagamento de uma multa avaliada entre 150 a 500 mil dólares norte-americanos, o responsável confirmou. “Fomos notificados pela Fiba-Afrique devido à irregularidade constatada nas idades das atletas Eliana Domingos e Jéssica Manjenge”, disse.
O dirigente federativo assegurou também a suspensão do técnico angolano Hilário Filipe e de outros elementos envolvidos na inscrição irregular das duas atletas.
“A Federação suspendeu todos os envolvidos no processo, uma vez tratar-se de uma questão que podia pôr em causa todo o trabalho gizado em prol da nossa presença no Africano do Cairo”, esclareceu.
Tony Sofrimento reconhece haver imprudência das pessoas incumbidas de proceder à inscrição das atletas, mas “o facto de se tratar do leque de 20 pré-seleccionadas, sujeitas à triagem, dá margem suficiente para se proceder às devidas correcções”. O antigo jogador de basquetebol garantiu a presença da Selecção Nacional sub-18 no Africano do Cairo.
“Estão criadas todas as condições para que a delegação angolana embarque na próxima terça-feira para o Egipto, com trânsito no Dubai”, disse.
Fazem parte do grupo as atletas Leopoldina Emídio, Eduarda Gabriel, Joana Bendi, Cristina Correia, Fátima Jamba, Mariana Manuel, Ruth Paím, Esperança Nunda, Érica Guilherme, Emanuela Mateus, Madalena da Silva e Joana António.
Fernanda Teixeira é a coordenadora da delegação e Eloy Kambola, coordenadora-adjunta. O técnico Jaime Covilhã é auxiliado por Jaqueline Francisco, a fisioterapeuta Isabel Novais e a estatística Emília Almeida.
HELDER JEREMIAS
Face a má inscrição das duas atletas angolanas, a FIBA-África notificou a Federação Angolana de Basquetebol para uma penalização. A instituição angolana deve pagar uma multa que varia entre os 150 a 500 mil dólares norte-americanos (cerca de 15 a 50 milhões de kwanzas). A participação de Angola no “africano” do Cairo está condicionada ao pagamento da multa.
Tudo começou no ano passado, quando a Federação Angolana de Basquetebol (FAB) inscreveu as atletas com datas de nascimentos diferentes das actuais com vista à participação no Campeonato Africano de Cadetes feminino. Fontes da FAB afirmam que se constatou mais de uma identidade a Eliana Domingos, atleta do Inter de Benguela.
No histórico de basquetebol angolano, Eliana Domingos tinha sido desqualificada do último campeonato nacional de cadetes assim como a equipa, o Inter de Benguela, pelas mesmas razões: idade falsa. Em consequência da desqualificação da equipa das acácias rubras, um inquérito foi realizado em Benguela e concluiu-se que Eliana Domingos tinha identidade falsa. Os dados apontavam que a menina de Benguela entrou no sistema de ensino regular com idade pré-escolar,que é inconcebível no sistema de ensino em Angola.Alguns experts de andebol que recusaram dar a cara, lamentaram a posição da Federação Angolana da modalidade. Um dos ouvidos afirmou que é difícil compreender a idoneidade da FAB, uma instituição que lida com processos dessa índole há mais de 30 anos. Para o especialista “é incompreensível que a FAB tenha deixado passar esse erro grave, quando já tinha concedido a nacionalidade desportiva às atletas”.
O mesmo agente desportivo realçou que “ao detectar tão grave irregularidade, a FIBA-África deve ter manifestado preocupação face à responsabilidade de Angola no contexto do basquetebol mundial”. Por tamanho erro, “Angola coloca em causa todo o prestígio no que diz respeito à legalidade das idades”. Para salvaguardar a imagem do país, a FAB suspendeu o técnico Hilário Filipe, treinador principal da selecção nacional feminina Sub-18, por ter sido o responsável pela escolha das atletas.
REACÇÃO
Sofrimento confirma notificação da Fiba-África
Os resultados do inquérito sobre os culpados por má inscrição das atletas afectas ao Interclube de Benguela, Eliana Domingos e Jéssica Manjenge, na selecção nacional feminina de basquetebol sub-18 com vista à disputa da 13ª edição do Campeonato Africano das Nações (Afrobasket), a decorrer de 19 a 28 do presente no Egipto, vão ser apresentados brevemente.
A garantia é do director para o marketing e relações internacionais da Federação Angolana de basquetebol (FAB), Tony Sofrimento.
Em declarações ao Jornal dos Desportos, Tony Sofrimento assegurou que “o inquérito está a decorrer e o resultado vai ser divulgado tão logo seja concluído”. yuçl s Quanto à recepção da notificação da Fiba-África que dá conta do pagamento de uma multa avaliada entre 150 a 500 mil dólares norte-americanos, o responsável confirmou. “Fomos notificados pela Fiba-Afrique devido à irregularidade constatada nas idades das atletas Eliana Domingos e Jéssica Manjenge”, disse.
O dirigente federativo assegurou também a suspensão do técnico angolano Hilário Filipe e de outros elementos envolvidos na inscrição irregular das duas atletas.
“A Federação suspendeu todos os envolvidos no processo, uma vez tratar-se de uma questão que podia pôr em causa todo o trabalho gizado em prol da nossa presença no Africano do Cairo”, esclareceu.
Tony Sofrimento reconhece haver imprudência das pessoas incumbidas de proceder à inscrição das atletas, mas “o facto de se tratar do leque de 20 pré-seleccionadas, sujeitas à triagem, dá margem suficiente para se proceder às devidas correcções”. O antigo jogador de basquetebol garantiu a presença da Selecção Nacional sub-18 no Africano do Cairo.
“Estão criadas todas as condições para que a delegação angolana embarque na próxima terça-feira para o Egipto, com trânsito no Dubai”, disse.
Fazem parte do grupo as atletas Leopoldina Emídio, Eduarda Gabriel, Joana Bendi, Cristina Correia, Fátima Jamba, Mariana Manuel, Ruth Paím, Esperança Nunda, Érica Guilherme, Emanuela Mateus, Madalena da Silva e Joana António.
Fernanda Teixeira é a coordenadora da delegação e Eloy Kambola, coordenadora-adjunta. O técnico Jaime Covilhã é auxiliado por Jaqueline Francisco, a fisioterapeuta Isabel Novais e a estatística Emília Almeida.
HELDER JEREMIAS
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