ANGOLA : Campeões africanos voltam a perder
Selecção Nacional consente terceira derrota na competição desta frente a Eslovénia por 87-93
Fotografia: José Cola
Fotografia: José Cola
A
Selecção Nacional de basquetebol em seniores masculinos voltou a adiar a
sua passagem aos oitavos-de-final da 17ª edição do Campeonato do Mundo,
ao perder ontem, no Arena de Gran Canária, frente a forte selecção da
Eslovénia, por 87-93, em partida referente à quarta e penúltima jornada
da fase preliminar do grupo D.
Cientes da obrigatoriedade de vencer, os campeões africanos entraram determinado em contrariar o favoritismo dos eslovenos, que sentiram dificuldades para vergar o cinco nacional.
Sem o extremo-base Olímpio Cipriano, que se ressentiu da lesão no joelho esquerdo nos minutos iniciais da partida, a Selecção Nacional conseguiu reagir à tamanha adversidade, por se tratar tão somente de uma das suas principais unidades. Ao cabo dos primeiros dez minutos, o placarde registou um rigoroso empate a 17 pontos.
Com um ataque mais organizado e uma defesa consistente em algumas etapas do desafio, o combinado nacional conseguiu manter o equilíbrio, apesar de ter sofrido muitos pontos da linha dos três pontos.
Dos 44 pontos que sofreu nos primeiros 20 minutos, trinta foram da linha dos seis metros e setenta e cinco centímetros, o que revela a vulnerabilidade da defesa dos campeões africanos.
Com o extremo-base Roberto Forte endiabrado, fundamentalmente nas acções ofensivas, Angola conseguiu controlar as operações do jogo, apesar do excesso de lançamentos a longa distância que sofria.
Os europeus liderados pelo Zoran Dragic foram para o intervalo com uma vantagem magra de um ponto (44-43).
Aliás, durante os 40 minutos foram registados nada mais, nada menos do que sete igualdades (5-5, 17-17, 25-25, 63-63, 67-67, 72-72 e 74-74), facto que atesta o equilíbrio no desafio.
Os campeões africanos conseguiram um parcial de 23-21, o que perfez 65-66, ao cabo do terceiro período a favor dos pupilo de Paulo Macedo.
Apesar da ineficácia nos lançamentos exteriores, a Selecção Nacional conseguiu contrapor ao excelente qualidade do jogo exterior dos eslovenos com um jogo interior que quase esteve na plenitude.
A partida foi vivida do primeiro ao último minuto do desafio. A 6min33s para o termo da partida registou-se uma igualdade a 74 pontos. Fruto da alguma desatenção defensiva, os eslovenos conseguiram uma vantagem de dez pontos, quando restavam três minutos e 26 segundos para o apito final.
Roberto Fortes, MVP da partida, com 21 pontos, devolveu alguma esperança, quando converteu um lançamento a longa distância, reduzindo a vantagem do adversário para dois pontos (87-89), quando restavam 19 segundos para o termo do desafio.
Duas perdas de posse de bola do combinado nacional permitiram a Eslovénia fixar o resultado em 93-87.
Yanick Moreia, com 20 pontos, e Reggie Moore, com 17, também estiveram em destaque na partida. Moore foi ainda o rei dos ressaltos, com seis. Da lodo da Eslovénia, brilhou o Damen Lorbek, com 17 pontos.
Com este desaire, Angola continua na quinta posição do seu grupo, agora com cinco pontos, a frente apenas da Coreia do Sul, lanterna vermelha da série.
Eslovénia continua de pedra e cal na liderança do grupo, agora com oitos pontos, seguido da Austrália, com sete.
Ainda ontem, para o grupo D, a Austrália bateu o México, por 70-62. Mexicanos continuam no quarto lugar, com cinco pontos.
FRENTE A AUSTRÁLIA
Selecção luta pela continuidade
Com três derrotas sofridas, a Selecção Nacional volta a ter hoje mais um teste difícil, quando receber a partir das 12h30, no Arena de Gran Canária, a similar da Austrália, em partida que marca a abertura da última jornada do grupo D da fase preliminar da 17ª edição do Mundial.
Mais do que vencer no prélio, frente ao segundo classificado do grupo D, com sete pontos, contra oito da Eslovénia na liderança, os campeões africanos vão ser colocados ao teste do cesto average, já que entra para a última jornada em igualdade pontual (cinco).
Em declarações à comunicação social, após a derrota diante da Eslovénia, por 87-93, Paulo Macedo afirmou que “é mais uma final das duas que tinha na fase preliminar". Certo ou não, o técnico esclareceu a estratégia: "Amanhã (hoje), teremos de entrar com a mesma determinação diante da forte selecção da Austrália, porque queremos vencer e transitar para a fase seguinte da prova”.
No seio dos jogadores, continua a reinar a esperança da qualificação, de acordo com o capitão Joaquim Gomes “Kikas”, que ontem jogou durante 56 segundos.
“Temos de ter a esperança de que é possível vencermos a Austrália. Aliás, hoje (ontem) conseguimos estar ao nosso nível e só não vencemos, porque na ponta final não tivemos a calma suficiente. O grupo está determinado a fechar esta fase com uma vitória", garantiu Kikas Gomes.
O base Armando Costa alinha com Kikas.“Vamos lutar até ao fim.Queremos fechar esta fase com uma vitória e tudo faremos para consegui-lo”, prometeu. ”, disse.
MELO CLEMENTE, EM LAS PALMAS
OPINIÃO DOS TÉCNICOS
Paulo Macedo - Angola
“Fizemos um bom jogo”
Apesar da derrota, por 87-93, o seleccionador nacional Paulo Macedo mostrou-se satisfeito com a prestação dos seus pupilos.
“Penso que realizamos um bom jogo, mas infelizmente não conseguimos ganhar a partida. Vamos continuar a trabalhar, porque amanhã (hoje) voltaremos a ter mais uma final”, reconheceu Paulo Macedo que se mostrou agastado por outro lado, com a quantidade de pontos que sofreu na linha dos seis metros e setenta e cinco centímetros.
Zdovc Jure - Eslovénia
“Merecemos a vitória”
Por seu lado, o técnico da Eslovénia, Jure Zdovc, reconheceu no final da partida as dificuldades que a sua selecção encontrou para suplantar o conjunto angolano.
“Gostaria de parabenizar a selecção Angola, porque nos obrigou a um esforço tremendo para conseguirmos conquistar mais uma vitória. Defrontamos uma grande selecção que lutou do primeiro ao último minuto. Penso que acabamos por merecer esta vitória”, finalizou.
FICHA TÉCNICA
Pavilhão Arena de Gran Canária
Capacidade: Dez mil espectadores
Arbitragem: Eddie Viator (França), Reynaldo Mercedes (R.Dominicana), Kingsley Ojeaburu (Nigéria)
Comissário: Nobuo Hashimoto (Japão)
ANGOLA: Olímpio Cipriano (0), Armando Costa (2), Roberto Fortes (21), Edson Ndoniema (14 ), Hermenegildo Santos (0), Valdelício Joaquim (6), Joaquim Gomes “Kikas” (0), Reggie Moore (17), Yanick Moreira (20), Islando Manuel (0), Milton Barros (0), Eduardo Mingas (7).
Treinador: Paulo Macedo (angolano)
ESLOVÉNIA: Jure Balazic (11), Uros Slokar (6), Aleksej Nikolic (0), Klemen Prepelic (5), Edo Muric (7), Jaka Blazic (7), Miha Zupan (0), Goran Dragic (14), Zoran Dragic (6), Domen Lorbek (17), Jaka Klobucar (12), Alen Omic (8).
Treinador: Zdovc Jure (esloveno)
Cientes da obrigatoriedade de vencer, os campeões africanos entraram determinado em contrariar o favoritismo dos eslovenos, que sentiram dificuldades para vergar o cinco nacional.
Sem o extremo-base Olímpio Cipriano, que se ressentiu da lesão no joelho esquerdo nos minutos iniciais da partida, a Selecção Nacional conseguiu reagir à tamanha adversidade, por se tratar tão somente de uma das suas principais unidades. Ao cabo dos primeiros dez minutos, o placarde registou um rigoroso empate a 17 pontos.
Com um ataque mais organizado e uma defesa consistente em algumas etapas do desafio, o combinado nacional conseguiu manter o equilíbrio, apesar de ter sofrido muitos pontos da linha dos três pontos.
Dos 44 pontos que sofreu nos primeiros 20 minutos, trinta foram da linha dos seis metros e setenta e cinco centímetros, o que revela a vulnerabilidade da defesa dos campeões africanos.
Com o extremo-base Roberto Forte endiabrado, fundamentalmente nas acções ofensivas, Angola conseguiu controlar as operações do jogo, apesar do excesso de lançamentos a longa distância que sofria.
Os europeus liderados pelo Zoran Dragic foram para o intervalo com uma vantagem magra de um ponto (44-43).
Aliás, durante os 40 minutos foram registados nada mais, nada menos do que sete igualdades (5-5, 17-17, 25-25, 63-63, 67-67, 72-72 e 74-74), facto que atesta o equilíbrio no desafio.
Os campeões africanos conseguiram um parcial de 23-21, o que perfez 65-66, ao cabo do terceiro período a favor dos pupilo de Paulo Macedo.
Apesar da ineficácia nos lançamentos exteriores, a Selecção Nacional conseguiu contrapor ao excelente qualidade do jogo exterior dos eslovenos com um jogo interior que quase esteve na plenitude.
A partida foi vivida do primeiro ao último minuto do desafio. A 6min33s para o termo da partida registou-se uma igualdade a 74 pontos. Fruto da alguma desatenção defensiva, os eslovenos conseguiram uma vantagem de dez pontos, quando restavam três minutos e 26 segundos para o apito final.
Roberto Fortes, MVP da partida, com 21 pontos, devolveu alguma esperança, quando converteu um lançamento a longa distância, reduzindo a vantagem do adversário para dois pontos (87-89), quando restavam 19 segundos para o termo do desafio.
Duas perdas de posse de bola do combinado nacional permitiram a Eslovénia fixar o resultado em 93-87.
Yanick Moreia, com 20 pontos, e Reggie Moore, com 17, também estiveram em destaque na partida. Moore foi ainda o rei dos ressaltos, com seis. Da lodo da Eslovénia, brilhou o Damen Lorbek, com 17 pontos.
Com este desaire, Angola continua na quinta posição do seu grupo, agora com cinco pontos, a frente apenas da Coreia do Sul, lanterna vermelha da série.
Eslovénia continua de pedra e cal na liderança do grupo, agora com oitos pontos, seguido da Austrália, com sete.
Ainda ontem, para o grupo D, a Austrália bateu o México, por 70-62. Mexicanos continuam no quarto lugar, com cinco pontos.
FRENTE A AUSTRÁLIA
Selecção luta pela continuidade
Com três derrotas sofridas, a Selecção Nacional volta a ter hoje mais um teste difícil, quando receber a partir das 12h30, no Arena de Gran Canária, a similar da Austrália, em partida que marca a abertura da última jornada do grupo D da fase preliminar da 17ª edição do Mundial.
Mais do que vencer no prélio, frente ao segundo classificado do grupo D, com sete pontos, contra oito da Eslovénia na liderança, os campeões africanos vão ser colocados ao teste do cesto average, já que entra para a última jornada em igualdade pontual (cinco).
Em declarações à comunicação social, após a derrota diante da Eslovénia, por 87-93, Paulo Macedo afirmou que “é mais uma final das duas que tinha na fase preliminar". Certo ou não, o técnico esclareceu a estratégia: "Amanhã (hoje), teremos de entrar com a mesma determinação diante da forte selecção da Austrália, porque queremos vencer e transitar para a fase seguinte da prova”.
No seio dos jogadores, continua a reinar a esperança da qualificação, de acordo com o capitão Joaquim Gomes “Kikas”, que ontem jogou durante 56 segundos.
“Temos de ter a esperança de que é possível vencermos a Austrália. Aliás, hoje (ontem) conseguimos estar ao nosso nível e só não vencemos, porque na ponta final não tivemos a calma suficiente. O grupo está determinado a fechar esta fase com uma vitória", garantiu Kikas Gomes.
O base Armando Costa alinha com Kikas.“Vamos lutar até ao fim.Queremos fechar esta fase com uma vitória e tudo faremos para consegui-lo”, prometeu. ”, disse.
MELO CLEMENTE, EM LAS PALMAS
OPINIÃO DOS TÉCNICOS
Paulo Macedo - Angola
“Fizemos um bom jogo”
Apesar da derrota, por 87-93, o seleccionador nacional Paulo Macedo mostrou-se satisfeito com a prestação dos seus pupilos.
“Penso que realizamos um bom jogo, mas infelizmente não conseguimos ganhar a partida. Vamos continuar a trabalhar, porque amanhã (hoje) voltaremos a ter mais uma final”, reconheceu Paulo Macedo que se mostrou agastado por outro lado, com a quantidade de pontos que sofreu na linha dos seis metros e setenta e cinco centímetros.
Zdovc Jure - Eslovénia
“Merecemos a vitória”
Por seu lado, o técnico da Eslovénia, Jure Zdovc, reconheceu no final da partida as dificuldades que a sua selecção encontrou para suplantar o conjunto angolano.
“Gostaria de parabenizar a selecção Angola, porque nos obrigou a um esforço tremendo para conseguirmos conquistar mais uma vitória. Defrontamos uma grande selecção que lutou do primeiro ao último minuto. Penso que acabamos por merecer esta vitória”, finalizou.
FICHA TÉCNICA
Pavilhão Arena de Gran Canária
Capacidade: Dez mil espectadores
Arbitragem: Eddie Viator (França), Reynaldo Mercedes (R.Dominicana), Kingsley Ojeaburu (Nigéria)
Comissário: Nobuo Hashimoto (Japão)
ANGOLA: Olímpio Cipriano (0), Armando Costa (2), Roberto Fortes (21), Edson Ndoniema (14 ), Hermenegildo Santos (0), Valdelício Joaquim (6), Joaquim Gomes “Kikas” (0), Reggie Moore (17), Yanick Moreira (20), Islando Manuel (0), Milton Barros (0), Eduardo Mingas (7).
Treinador: Paulo Macedo (angolano)
ESLOVÉNIA: Jure Balazic (11), Uros Slokar (6), Aleksej Nikolic (0), Klemen Prepelic (5), Edo Muric (7), Jaka Blazic (7), Miha Zupan (0), Goran Dragic (14), Zoran Dragic (6), Domen Lorbek (17), Jaka Klobucar (12), Alen Omic (8).
Treinador: Zdovc Jure (esloveno)
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