Africa Basquetebol

25 outubro 2013

ANGOLA : Vitorino Cunha antevê dificuldades nos próximos africanos de femininos


Antigo treinador Vitorino Cunha dissertou ontem no segundo ciclo de palestras organizadas pelo clube 1º de Agosto
Fotografia: Jornal dos Desportos
O antigo seleccionador nacional e técnico do 1º de Agosto, Vitorino Cunha, antevê dificuldades à Selecção Nacional sénior feminina de basquetebol para a manutenção da titularidade continental nas próximas edições do campeonato africano.
Vitorino Cunha justificou a sua posição com o reduzido número de equipas que disputam a competição interna e com a idade avançada das atletas que conquistaram os dois títulos.
Vitorino Cunha falava no final do segundo ciclo de palestras do 1º de Agosto, que encerrou ontem na sede do clube.
O antigo seleccionador sénior masculino enalteceu o empenho do técnico Aníbal Moreira ao obter um feito que orgulha a nação, mas alertou a necessidade de se começar a fazer um trabalho aturado para inverter o actual quadro, que passa pelo incentivo das camadas jovens para a prática do basquetebol.
O experiente técnico sublinhou a importância dos treinadores desempenharem um papel de liderança mais actuante na formação de atletas, uma vez que ainda se notam algumas debilidades acentuadas que inviabilizam o desenvolvimento dos atletas.
Vitorino Cunha frisou que na alta competição os resultados estão acima de qualquer outro interesse, devendo o treinador saber impor a sua autoridade.
O “catedrático” professor considerou o factor sócio-cultural como um dos elementos que permitiram que o basquetebol e o andebol feminino conseguissem os títulos ora alcançados, numa altura em que as equipas do Norte de África ainda jogavam de véus.
O técnico referiu que tal tendência está a mudar, o que pressupõe melhoria do desempenho desportivo.
Numa escala de zero a 20, Vitorino Cunha atribuiu entre quatro e cinco valores o nível do basquetebol feminino africano.
Esta situação pode ser alterada, embora certos países também estejam limitados pela situação política, disse.
“Existem apenas duas equipas a jogar com um nível aceitável, isto é, o 1º de Agosto e o Interclube, o que é insignificante para que Angola possa manter a titularidade, depois de o ter feito em Bamako e Maputo. Não há dúvidas que o facto do basquetebol e o andebol feminino ao nível do continente, numa escala de zero a 20, se situar entre quatro e cinco, facilitou as nossas conquistas, mas as atletas de certos países estão a largar os véus para melhorar o desempenho no futuro”, alertou Vitorino Cunha.

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