Africa Basquetebol

28 setembro 2013

ANGOLA : Selecção a duas vitórias da revalidação do título

                        
Selecção Nacional caminha para a revalidação do título continental depois da vitória convincente ontem sobre o Egipto
Fotografia: Jornal dos Desportos
A selecção Nacional de basquetebol sénior feminina garantiu a sua presença nas meias- finais da 23 edição do Campeonato Africano de Basquetebol que a capital de moçambique, Maputo, alberga desde o dia 20 do presente até amanhã, ao bater ontem à tarde, no pavilhão de Maxaquene, por expressivos 84-49, a congénere do Egipto, em partida referente aos quartos-de-final.
As campeãs africanas, às ordens da dupla Aníbal Moreira- Eliza Pires foram, de longe, superiores em relacção à equipa do Magreb, cujo défice na desenvoltura táctica e assimetrias do ponto de vista técnico entre as atletas de ambas formações permitiram que o combinado nacional passeasse toda a sua classe ao longo dos quatro períodos.
Muito embora o diagnóstico não possa ser o mais convincente sobre a prontidão das angolanas em defrontar quer o Malí, quer o Senegal, em função do quilate egípcio, a selecção deixou bons indicadores a pautar por um grupo disciplinado, bem dotado, em termos físicos, atributos que, com o grau de motivação, elevam o potencial da equipa na fase derradeira  do maior certame continental.
Os parciais 20-6, 35-17, 58-31 e 84-49 são esclarecedores da supremacia das angolanas perante o Egipto, mas não o suficiente para fazer uma antevisão sobre o aprumo da equipa face à adversários cujas performances na fase inicial lhes atribui a qualidade de sérios candidatos à  conquista do título.
Com a equipa livre de qualquer limitação física, Aníbal Moreira está apostado em melhorar o coeficiente em termos de finalização, daí que Nachissela Maurício e Felizarda Jorge, tendo ontem convertido 14 pontos cada, devem elevar a fasquia para percentagens tranquilizadoras, devendo Finesa Eusébio primar por maior incisão ao garrafão, apoiada por Catarina Camufal, Nadir Manuel e Sónia Guadalupe na recepção das assistências.
Aníbal Moreira pode ainda tirar proveito do excelente momento de Whitney Miguel, Aristida Vicente e Clarice Mpaca, sempre em alternância com Nguendula Filipe, Luísa Tomas e Madalena Félix nos momentos em que o “Cinco Nacional” denotar algum desgaste físico. Na outra meia-final, Moçambique defronta a similar dos Camarões.

ALENTO A SELECÇÃO

MNE em Maputo

A chegada de centenas de cidadãos nacionais do Movimento Nacional Espontâneo deu maior alento a selecção nacional no jogo dos quartos-de-final, disputado ontem à tarde contra o Egipto, em que as angolanas venceram por 84-49.
A equipa orientada por Aníbal Moreira jogou o primeiro quarto sem uma claque a altura das exigências que a competição exige, tal como sucedeu nos cinco jogos da fase de grupos, mas o pavilhão de Maxequene começou a ficar preenchido com as cores nacionais no quarto seguinte, tendo a equipa registado melhoria significativa no seu rendimento.
Acompanhados alguns instrumentistas, os excursionistas chegaram no princípio da tarde de ontem à capital moçambicana e prometem empurrar a equipa para a vitória nos próximos dois jogos, de forma que a revalidação do título continental seja uma realidade.             H.J

VENCEU A COSTA DO MARFIM
Camarões mantêm aspirações ao ceptro

A Selecção dos Camarões relançou as suas aspirações pela conquista do maior troféu continental ao garantir uma das vagas às meias- finais da 23 edição do Campeonato Africano de basquetebol, com palco na cidade de Maputo até amanhã, mercê da vitória por 62-48 diante da Costa do Marfim.
As camaronesas cruzam com Moçambique a partir das 20 horas, num embate em que as anfitriãs entram com todo o favoritismo, não só pela forma convincente com que abordam o seu jogo táctico, qualidade de execução das suas atletas, mas também por jogarem diante de um público fiel a sua equipa, cujo desempenho se tem mostrado de valia acrescentada.
Muito a motivação das moçambicanas em vencer o Africano em sua casa para homenagear o ex-Presidente da República, Samora Machel, se tem revelado um catalisador para as anfitriãs, as camaronesas, às ordens de Alain Zedong pretendem inviabilizar que tal pretensão seja materializada, algo possível, tendo em conta como a equipa tem vindo a subir de rendimento após um início pouco auspicioso.
O técnico camaronês faz recurso a um discurso incentivado para as suas pupilas, ao dizer que tudo está em aberto e que “as minhas atletas estão na competição para dignificar o país e se chegamos até aqui é porque elas têm capacidade para enfrentar qualquer adversário.                                   H.J

ÚLTIMA POSIÇÃO
Zimbabwe teve a pior prestação

A selecção zimbabwiana terminou na última posição do Campeonato Africano de Basquetebol, ao consentir a sexta derrota consecutiva, desta feita diante da congênere do Quénia por 63-52, tendo- se revelado a seleção menos cotada do continente.
A equipa da Nação de Robert Mugabe foi sombra de si mesma, ao ser o único concorrente que chegou atrasado ao local da competição, o que motivou o adiamento do encontro da primeira jornada do grupo A, diante de Moçambique, algo que não pode ser compensado com a sua pálida prestação diante da Argélia, Senegal, Egipto e a Costa do Marfim.
Com atletas de bom porte físico, a equipa peca pela débil interpretação do jogo táctico, vulnerável em termos defensivos e precária no ataque, perdendo várias bolas com investidas mal sucedidas nos lançamentos de triplos. Porém, a desempenho individual de Sharon Chamwararura, Margaret Kanyimo e Dorcas Marondera, permite que a equipa ofereça resistência em determinadas etapas do jogo                           H.J

PRIMEIRA VITÓRIA
Cabo Verde evita último lugar

A selecção de Cabo Verde obteve a sua primeira vitória no Africano de Maputo ao se superiorizar ontem, no pavilhão do Desportivo de Maputo, por 65-45, diante da sua similar da Argélia, na disputa pelo décimo lugar da prova que conhece o seu final amanhã.
As senhoras do arquipelago, que tiveram a pouca sorte de na fase preliminar terem que cruzar com Malí, Aangola, Camarões, Nigéria, para além da Argélia, tendo averbado cinco derrotas em igual número de jogos, não poderia ter feito algo melhor do que evitar que voltassem da margem do Índico sem provarem o sabor da vitória.
A equipa da ilha, às ordens de António Moreira deixou indicadores positivos quanto ao futuro do seu basquetebol, ao pautar por um grupo muito disciplinado, mas que a falta de experiência nestas lides condiciona, sobre maneira, a sua prestação entre países habituados ao mais alto palmarés da bola ao cesto no continente.