AFROBASKET MAPUTO 2013: Selecção Nacional passeia classe frente ao Zimbabwe
A SELECÇÃO Nacional de basquetebol feminino passeou a sua classe diante da sua congénere de Zimbabwe numa noite em que o público voltou a encher o pavilhão do Maxaquene, coroando a vitória expressiva da turma moçambicana (117-28) no único jogo realizado ontem referente à primeira jornada em atraso.
A partida, que marcaria a estreia de Moçambique no Afrobasket feminino, na sexta-feira, não realizou em virtude da chegada tardia da selecção zimbaweana.
Como era de esperar, Moçambique confirmou a sua supremacia, depois de uma exibição ao alto nível diante do Egipto, no sábado, confirmada pela vitória convincente da equipa treinada por Nazir Salé, por 105-53.
Estes resultados colocam Moçambique numa situação privilegiada no Grupo A, apesar de contar com o mesmo número de vitórias relativamente ao seu mais directo concorrente, que é a selecção do Senegal. As senegalesas obtiveram uma preciosa vitória frente à Costa de Marfim, que é tida como uma das fortes selecções do grupo, depois de terem aplicada “chapa 100” ao Egipto na sua estreia.
Portanto, Moçambique deve continuar firme hoje perante a Algéria se quiser continuar a sonhar alto, porque tudo passa pela transição desta fase de grupos. As argelinas redimiram-se sábado diante das zimbabwenas, depois de uma estreia inglória frente à Costa da Marfim, e vão lutar com toda força pela vitória, que é a única alternativa para alimentar as suas esperanças na corrida para a fase seguinte.
VITÓRIA RETUMBANTE EM RESPOSTA À CASA CHEIA
A turma moçambicana venceu e convenceu as zimbabwenas, num jogo dominado desde o início e com a vantagem no marcador a prevalecer até ao fim dos quatro períodos. As forasteiras ofereceram alguma resistência, que seria anulada ainda no primeiro período, ao fim do qual as moçambicanas saíram a vencer por 23 pontos de diferença (35-12). Nesta fase, Clarice Machanguana e Lea Dongue contribuíram com 10 pontos cada. Rute Muianga e Anabela Cossa acrescentaram nove e seis pontos, respectivamente. Com esta vantagem, estava mais a Selecção Nacional dava o prenúncio de que a vitória é certa, a dúvida que prevalecia tinha a ver com a margem de pontos. De que a vitória seria com números bem gordos ficou claro a partir do segundo período, que terminou com Moçambique a fixar a diferença em 49 pontos (67-18). Anabela Cossa elevou a sua contribuição de seis para 14 pontos.
Daqui para a frente veio a confirmação. A armadora do jogo, Deolinda Ngulela, alternou a sua missão de distribuidora apareceu no terceiro período na posição de finalização e fez 10 pontos, enquanto Clarice Machanguana aumentava a sua contribuição individual de 10 para 14 pontos.
Este período foi fenomenal. A equipa explodiu correspondendo aos elogios vindos das bancadas. O público pediu mais e a Selecção Nacional respondeu em bloco, com lançamentos consecutivos para o garrafão, tanto a partir de fora bem como de dentro do grande círculo. Lea Dongue reapareceu e fez mais dois pontos, elevando a sua contagem para 12. Mas a mais destacada foi Rute Muianga, que mais sete pontos, contabilizando 16 pontos. Com esta produção, a equipa moçambicana fixou ao fim do terceiro período o resultado em 96-25.
O público pediu “chapa 100”, desejo que foi satisfeito no último período. Rute Muianga fixou o recorde do jogo, com um total de 18 pontos, mais um que Anabela Cossa. Deolinda Ngulela fez mais três pontos, enquanto Anaflávia Azinheira fixava a sua contribuição em 10 pontos. Com 117 pontos para Moçambique, terminou a partida, que teve uma assistência assinalável, apesar do forte frio que se fazia sentir na baixa da cidade de Maputo.
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