CABO VERDE : Zona II: Mauritânia inicia reconstrução do basquetebol em Cabo Verde
Quatro jogos, quatro derrotas. Este desempenho em qualquer modalidade pode abalar qualquer atleta ou equipa. Mas a Mauritânia, selecção já sem hipóteses matemáticas de se qualificar para o Afrobasket – e nunca cometeu esse erro – aproveita a sua primeira participação no torneio da Zona II, na cidade da Praia, para relançar as bases para a modalidade da bola ao cesto no país. Para já, além de ganhar experiência ao lado do Senegal, Mali, e Cabo Verde, jogadores, treinadores e dirigentes apelam ao governo e aos patrocinadores que se engajem nesta aventura. Afinal, o potencial está lá. Só precisa ser trabalhado.
Abdoulaye Sy é o primeiro vice-presidente da Federação de Basquetebol da Mauritânia e uma das vozes da esperança num futuro promissor para a modalidade. Confiante, não se abala com as derrotas, mas explica o fracasso. “Esta é a nossa primeira participação no torneio da Zona II. Há muito tempo que não participamos em competições internacionais. Perdemos muito tempo em relação às outras selecções da nossa região africana, que agora estão em vantagem”, lamenta o dirigente federativo, para quem a jovem selecção tem muito potencial, que está em construção.
Mas: “O governo e os patrocinadores devem nos acompanhar neste esforço, sobretudo na disponibilização de mais verbas. É que em dois ou três anos teremos conseguido muitos progressos para competir na nossa região de igual para igual”, diz, orgulhoso das habilidades dos jogadores do seu país.
Quanto à selecção de Cabo Verde, Abdoulaye Sy é taxativo. “É uma selecção excepcional, com jogadores com outro nível. Estou muito contente com o desempenho dos atletas cabo-verdianos, sobretudo do Ivan Almeida, a vossa estrela-maior”, diz Sy, que está a torcer para que a turma nacional se qualifique para o Afrobasket.
Em relação à estadia no nosso país, o responsável diz que está a correr bem. Dá nota positiva à organização e diz que a comitiva sente-se casa. Esta sexta-feira, a Mauritânia entra em quadra para jogar com o Mali. Ontem à noite, voltou a perder com Cabo Verde, desta vez por 112-56. No outro jogo, Senegal bateu Mali por 67-59.
Mali também em construção
Quem também aproveita este torneio para reconstruir a sua equipa é o Mali. Quem o garante é o seleccionador José Ruiz, enaltecendo que em alguns anos o Mali tem sete jogadores que podem estar em outro nível competitivo. Para já, pontua que o Senegal é uma “equipa completa” e que Cabo Verde é “muito forte”, mas joga muito com o coração. Neste sentido, diz que a qualificação ainda está em aberto. “Tudo é possível”.
Senegal destaca qualidade dos jogos
Quem está confiante é o Senegal. Com três vitórias, o seleccionador Eleikh Sann já só pensa no Afrobasket’2013 e com a conquista do torneio. Mas vai avisando que tanto Cabo Verde como o Mali são boas selecções que podem surpreender. Em relação ao embate desta sexta-feira, Sann reconhece que Cabo Verde tem bons jogadores e que a sua selecção terá de estar ao seu melhor nível para vencer.
Sobre a competição, destaca a qualidade e eficácia das equipas, muitas delas ultrapassaram a barreira dos 80 pontos. Neste sentido, entende que se deve encorajar as outras selecções – Serra Leoa, Gâmbia, Guiné-Bissau e Guiné-Conackry - a participar no torneio, uma forma de união e amizade entre os países e que também elevaria o nível competitivo.
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