ANGOLA : Show dos cestos começa hoje
As selecções de Madagáscar e Moçambique defrontam-se hoje, ao princípio da noite, na abertura da XXVI edição do Campeonato Africano das Nações de basquetebol em seniores masculinos, prova a decorrer de 17 a 28 do mês em curso, em Antananarivo.
A jogar em casa e diante do seu público, os malgaxes, que participam pela terceira vez numa competição do género, depois de 1972 e 2003, vão procurar alcançar a primeira vitória na competição.
O Palácio dos Desportos de Antananarivo, palco do Afrobasket2011, quadra que continua a receber obras de restauro, vai por certo estar ao rubro. Aliás, apesar da prova ser pouco publicitada nas ruas de Antananarivo, a população daquela Ilha está mobilizada para apoiar a sua selecção. Entretanto, os moçambicanos, que na última edição do Afrobasket ocuparam a 14ª posição, num universo de 16 selecções, querem fazer história em Antananarivo.
Começar a competição com uma vitória frente à selecção anfitriã é a palavra de ordem da selecção de Moçambique, que se encontra desde ontem no palco da competição. Prevê-se uma partida equilibrada, a julgar pelos objectivos traçados pelas duas selecções, que é figurar entre as seis primeiras classificadas do certame. Um hora depois, Nigéria e Mali, duas selecções que a par de Angola vão lutar pela conquista do anel continental, batem-se para a conclusão da jornada número um do Grupo A.
Os nigerianos apresentam-se, a priori, como principais favoritos à conquista dos dois pontos, mas os malianos podem surpreender.Amanhã, a competição prossegue com a disputa de mais duas partidas referentes ao Grupo B. A Selecção Nacional de Angola defronta o modesto Chade, ao passo que Marrocos mede forças com o Senegal.
Joaquim Gomes “Kikas”
pede apoio dos angolanos
O capitão da Selecção de basquetebol, “Kikas” Gomes, realçou a importância do apoio incondicional de todos os angolanos ao cinco nacional, na “luta” pelo 11º título africano. Falando à imprensa, no final de mais um treino dos campeões africanos, em Antananarivo, o MVP do Afrobasket’2009 explicou que o grupo está pronto para discutir o troféu, mas precisa do apoio de todos para terminar com êxito a missão de manter Angola no topo do basquetebol africano.
“Contamos com o apoio de todos, mesmo à distância. A Selecção é de todos os angolanos e devemos estar unidos em torno da mesma causa”, frisou. Kikas referiu que o grupo aguarda com ansiedade o início da competição e que os novos colegas (Simão Santos, Valdelicio Joaquim, Miguel Kiala, Jorge Tati) estão bem integrados. “É normal que não estejam habituados a competições deste género, mas os mais experientes conversam muito com eles e é esta solidariedade que nos torna mais fortes como equipa”, salientou.
Kikas Gomes, de 31 anos de idade, acrescentou que o grupo está ciente das dificuldades a encontrar, mas assegurou que se preparou bem para as contornar. Com cinco títulos já conquistados, dos 10 que o país ostenta, Kikas é um dos jogadores africanos mais cotados. Foi eleito Jogador Mais Valioso (MVP) das duas últimas edições do Afrobasket (Angola 2007 e Líbia 2009).
Histórias dos Afrobasket´s
XIV Edição
País-Sede: Tunísia
Data: 17 a 27 de Dezembro de 1987
Campeão: Tunísia
Participantes (9): RCA, Egipto, Angola, Mali, Tunísia, Senegal, Costa do Marfim, Nigéria e Argélia. Adivinhava-se acérrima a disputa entre os principais candidatos ao título pela razão de o país anfitrião não entrar nas contas dessa valente peleja. Na “grelha de partida” figuravam pelo menos quatro selecções, designadamente Angola, Egipto, Senegal e Costa do Marfim.
De resto, eram os campeões das últimas quatro edições e o vice-campeão dos dois últimos campeonatos. Em perspectiva estava um dos mais disputados campeonatos de toda a história do torneio que a partir do ano seguinte ganharia o cognome de “Afrobasket”. Só que, o campeão acabou saindo de onde menos se esperava.
É que, apesar do seu histórico razoável, a RCA não era citada por ninguém como candidata ao primeiro lugar, até porque depois do título de 1974 ficou seis anos sem participar e foi sétimo em 1983 e quinta em 1985. Mas, os centro-africanos acabaram por triunfar nas contas finais, sendo acompanhados no pódio pelo Egipto (segundo) e por Angola (terceira).
XV Edição
País-Sede: Angola
Data: 16 a 27 de Dezembro de 1989
Campeão: Angola
Participantes (9): Angola, Egipto, Senegal, Mali, Costa do Marfim, RCA, Tunísia, Marrocos e Zâmbia.
Como era praticamente da praxe, havia estreante neste campeonato, no caso a Zâmbia, que acabou como “lanterna vermelha”. Como era mais ou menos previsível, e depois de rondar por três edições consecutivas nas cercanias do mais honrado lugar do pódio africano, a anfitriã Angola acabou por soltar o merecido grito de Campeão. Esta prova foi das mais bem disputadas de todos os tempos, obedecendo ao realinhamento de três edições atrás.
Ou seja, nessa época o Senegal deixara de ser a principal referência do basquetebol continental, ao passo que o Egipto e a RCA tinham que partilhar este status com Angola. O título representou também inúmeros anos de abnegado trabalho e de uma grande força de vontade, pois o desaire de Túnis’87 podia deixar fortes sequelas, visto que a formação angolana era tida como principal candidata ao ceptro. Portanto, os angolanos tiveram, que saborear o seu primeiro grande triunfo em casa.
XVI Edição
País-Sede: Egipto
Data: 28 de Dezembro de 1991 a 01 de Janeiro de 1992
Campeão: Egipto
Participantes (11): Angola, Senegal, Egipto, Mali, Nigéria, RCA, Tunísia, Camarões, Argélia, Marrocos e Costa do Marfim. Eram poucas as pessoas que acreditavam que uma era consagrando Angola como a maior selecção do continente tinha começado, pois o campeonato disputava-se em casa de um oponente com grande tradição no basquetebol continental o Egipto. À partida, e tal como acontecera no campeonato anterior com Angola, a jogar em casa o Egipto estava praticamente condenado a ganhar.
Afinal, nunca antes perdera os quatro campeonatos antes organizados por si. E mesmo o continente reconhecendo o basquetebol angolano como o mais apurado de África, era quase herege pensar que Angola iria colocar o anfitrião num plano secundário. Mas, foi isso mesmo que acabou por acontecer, embora o “carrasco” dos egípcios tivessem sido os senegaleses nas meias-finais. É de frisar que, tanto na primeira fase como na final, Angola bateu o Senegal.
XVII Edição
País-Sede: Quénia
Data: 18 a 28 de Dezembro de 1993
Campeão: Angola
Participantes (9): Angola, Egipto, Senegal, Quénia, Argélia, Costa do Marfim, Mali, Tunísia e Gabão. A “chama de estreias” em fases finais continuava acesa. Neste campeonato foi a vez do Gabão ser “baptizado”. Terreno praticamente neutro, em função de o anfitrião não ser um candidato natural ao título, era suposto que haveria muito mais equilíbrio na luta pelo primeiro lugar. Mas, com o novo realinhamento devidamente sedimentado, em termos de potência do basquetebol continental, Angola tinha ligeira vantagem sobre os outros concorrentes.
E havia alguma lógica, pois se conseguira ganhar no terreno do poderosíssimo Egipto, podia fazê-lo noutro país qualquer. E Fê-lo com grande mestria, alcançando o seu terceiro título consecutivo e aproximando-se dos maiores “papões” que eram o Egipto (cinco campeonatos ganhos) e o Senegal (quatro). Quem lhe fez companhia no “palanque da glória” foi o Egipto (segundo) e o Senegal (terceiro). Na sua segunda presença em fases finais, o anfitrião Quénia deu um ar da sua graça, ficando no quarto posto deste campeonato em que Angola assumia definitivamente o status de equipa de primeiro plano em África.
A jogar em casa e diante do seu público, os malgaxes, que participam pela terceira vez numa competição do género, depois de 1972 e 2003, vão procurar alcançar a primeira vitória na competição.
O Palácio dos Desportos de Antananarivo, palco do Afrobasket2011, quadra que continua a receber obras de restauro, vai por certo estar ao rubro. Aliás, apesar da prova ser pouco publicitada nas ruas de Antananarivo, a população daquela Ilha está mobilizada para apoiar a sua selecção. Entretanto, os moçambicanos, que na última edição do Afrobasket ocuparam a 14ª posição, num universo de 16 selecções, querem fazer história em Antananarivo.
Começar a competição com uma vitória frente à selecção anfitriã é a palavra de ordem da selecção de Moçambique, que se encontra desde ontem no palco da competição. Prevê-se uma partida equilibrada, a julgar pelos objectivos traçados pelas duas selecções, que é figurar entre as seis primeiras classificadas do certame. Um hora depois, Nigéria e Mali, duas selecções que a par de Angola vão lutar pela conquista do anel continental, batem-se para a conclusão da jornada número um do Grupo A.
Os nigerianos apresentam-se, a priori, como principais favoritos à conquista dos dois pontos, mas os malianos podem surpreender.Amanhã, a competição prossegue com a disputa de mais duas partidas referentes ao Grupo B. A Selecção Nacional de Angola defronta o modesto Chade, ao passo que Marrocos mede forças com o Senegal.
Joaquim Gomes “Kikas”
pede apoio dos angolanos
O capitão da Selecção de basquetebol, “Kikas” Gomes, realçou a importância do apoio incondicional de todos os angolanos ao cinco nacional, na “luta” pelo 11º título africano. Falando à imprensa, no final de mais um treino dos campeões africanos, em Antananarivo, o MVP do Afrobasket’2009 explicou que o grupo está pronto para discutir o troféu, mas precisa do apoio de todos para terminar com êxito a missão de manter Angola no topo do basquetebol africano.
“Contamos com o apoio de todos, mesmo à distância. A Selecção é de todos os angolanos e devemos estar unidos em torno da mesma causa”, frisou. Kikas referiu que o grupo aguarda com ansiedade o início da competição e que os novos colegas (Simão Santos, Valdelicio Joaquim, Miguel Kiala, Jorge Tati) estão bem integrados. “É normal que não estejam habituados a competições deste género, mas os mais experientes conversam muito com eles e é esta solidariedade que nos torna mais fortes como equipa”, salientou.
Kikas Gomes, de 31 anos de idade, acrescentou que o grupo está ciente das dificuldades a encontrar, mas assegurou que se preparou bem para as contornar. Com cinco títulos já conquistados, dos 10 que o país ostenta, Kikas é um dos jogadores africanos mais cotados. Foi eleito Jogador Mais Valioso (MVP) das duas últimas edições do Afrobasket (Angola 2007 e Líbia 2009).
Histórias dos Afrobasket´s
XIV Edição
País-Sede: Tunísia
Data: 17 a 27 de Dezembro de 1987
Campeão: Tunísia
Participantes (9): RCA, Egipto, Angola, Mali, Tunísia, Senegal, Costa do Marfim, Nigéria e Argélia. Adivinhava-se acérrima a disputa entre os principais candidatos ao título pela razão de o país anfitrião não entrar nas contas dessa valente peleja. Na “grelha de partida” figuravam pelo menos quatro selecções, designadamente Angola, Egipto, Senegal e Costa do Marfim.
De resto, eram os campeões das últimas quatro edições e o vice-campeão dos dois últimos campeonatos. Em perspectiva estava um dos mais disputados campeonatos de toda a história do torneio que a partir do ano seguinte ganharia o cognome de “Afrobasket”. Só que, o campeão acabou saindo de onde menos se esperava.
É que, apesar do seu histórico razoável, a RCA não era citada por ninguém como candidata ao primeiro lugar, até porque depois do título de 1974 ficou seis anos sem participar e foi sétimo em 1983 e quinta em 1985. Mas, os centro-africanos acabaram por triunfar nas contas finais, sendo acompanhados no pódio pelo Egipto (segundo) e por Angola (terceira).
XV Edição
País-Sede: Angola
Data: 16 a 27 de Dezembro de 1989
Campeão: Angola
Participantes (9): Angola, Egipto, Senegal, Mali, Costa do Marfim, RCA, Tunísia, Marrocos e Zâmbia.
Como era praticamente da praxe, havia estreante neste campeonato, no caso a Zâmbia, que acabou como “lanterna vermelha”. Como era mais ou menos previsível, e depois de rondar por três edições consecutivas nas cercanias do mais honrado lugar do pódio africano, a anfitriã Angola acabou por soltar o merecido grito de Campeão. Esta prova foi das mais bem disputadas de todos os tempos, obedecendo ao realinhamento de três edições atrás.
Ou seja, nessa época o Senegal deixara de ser a principal referência do basquetebol continental, ao passo que o Egipto e a RCA tinham que partilhar este status com Angola. O título representou também inúmeros anos de abnegado trabalho e de uma grande força de vontade, pois o desaire de Túnis’87 podia deixar fortes sequelas, visto que a formação angolana era tida como principal candidata ao ceptro. Portanto, os angolanos tiveram, que saborear o seu primeiro grande triunfo em casa.
XVI Edição
País-Sede: Egipto
Data: 28 de Dezembro de 1991 a 01 de Janeiro de 1992
Campeão: Egipto
Participantes (11): Angola, Senegal, Egipto, Mali, Nigéria, RCA, Tunísia, Camarões, Argélia, Marrocos e Costa do Marfim. Eram poucas as pessoas que acreditavam que uma era consagrando Angola como a maior selecção do continente tinha começado, pois o campeonato disputava-se em casa de um oponente com grande tradição no basquetebol continental o Egipto. À partida, e tal como acontecera no campeonato anterior com Angola, a jogar em casa o Egipto estava praticamente condenado a ganhar.
Afinal, nunca antes perdera os quatro campeonatos antes organizados por si. E mesmo o continente reconhecendo o basquetebol angolano como o mais apurado de África, era quase herege pensar que Angola iria colocar o anfitrião num plano secundário. Mas, foi isso mesmo que acabou por acontecer, embora o “carrasco” dos egípcios tivessem sido os senegaleses nas meias-finais. É de frisar que, tanto na primeira fase como na final, Angola bateu o Senegal.
XVII Edição
País-Sede: Quénia
Data: 18 a 28 de Dezembro de 1993
Campeão: Angola
Participantes (9): Angola, Egipto, Senegal, Quénia, Argélia, Costa do Marfim, Mali, Tunísia e Gabão. A “chama de estreias” em fases finais continuava acesa. Neste campeonato foi a vez do Gabão ser “baptizado”. Terreno praticamente neutro, em função de o anfitrião não ser um candidato natural ao título, era suposto que haveria muito mais equilíbrio na luta pelo primeiro lugar. Mas, com o novo realinhamento devidamente sedimentado, em termos de potência do basquetebol continental, Angola tinha ligeira vantagem sobre os outros concorrentes.
E havia alguma lógica, pois se conseguira ganhar no terreno do poderosíssimo Egipto, podia fazê-lo noutro país qualquer. E Fê-lo com grande mestria, alcançando o seu terceiro título consecutivo e aproximando-se dos maiores “papões” que eram o Egipto (cinco campeonatos ganhos) e o Senegal (quatro). Quem lhe fez companhia no “palanque da glória” foi o Egipto (segundo) e o Senegal (terceiro). Na sua segunda presença em fases finais, o anfitrião Quénia deu um ar da sua graça, ficando no quarto posto deste campeonato em que Angola assumia definitivamente o status de equipa de primeiro plano em África.
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