ANGOLA : Selecção Nacional pronta para estreia
A menos de 48 horas da sua estreia na fase final do Campeonato Africano das Nações, frente ao modesto Chade, os integrantes da Selecção Nacional estão de boa saúde. Já ambientados ao clima da capital malgaxe, onde se encontram desde sexta-feira última, os decacampeões africanos voltam a ensaiar a treinar hoje, em sessão única. O seleccionador nacional, Michel Gomez, referiu o facto de não se terem verificado até aqui quaisquer lesões entre os 12 atletas que vão representar as cores da bandeira nacional no Afrobasket de Antananarivo.
O base Armando Costa, que por altura do Torneio Internacional de Guimarães apresentou problemas físicos, está recuperado e deve assumir a titularidade na ronda inaugural do Grupo B. Respeitar todos os adversários que cruzarem o caminho de Angola tem sido a palavra de ordem dos angolanos, que procuram o passe para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Joaquim Gomez “Kikas”, Carlos Morais, Felizardo Ambrósio, Eduardo Mingas e Armando Costa, os mais experimentados do cinco nacional, têm a missão de orientar os estreantes Miguel Kiala, Valdelício Joaquim, Simão Santos e Jorge Taty.
Angola vai disputar a fase preliminar do Campeonato Africano das Nações da “bola ao cesto” no Grupo B, ao lado das selecções do Chade, Senegal e Marrocos. O país anfitrião, Madagáscar faz parte do Grupo A, com Moçambique, Nigéria e Mali. Costa do Marfim, vice-campeã africana, está no Grupo C com a África do Sul, Camarões e Egipto. Já a Tunísia, medalha de bronze do último africano figura no Grupo D, ao lado do Togo, República Centro Africana e Ruanda.
História
dos Afrobasket’s
IX Edição
País-Sede: Senegal
Data: 24 de Dezembro de 1977 a 01 de Janeiro de 1978
Campeão: Senegal
Participantes (10): Senegal, Costa do Marfim, Egipto, Sudão, Marrocos, Nigéria, Mauritânia, Togo, Gâmbia e Líbia.
Não parava de crescer o número de países que aderiam à modalidade. Com o esperado regresso do campeão Egipto, que se apresentava para defender o título, e da Costa do Marfim, previa-se uma competição bastante renhida. Os novos “inquilinos” eram a Gâmbia e a Mauritânia, que acabaram por engrossar a lista de estreantes. Pela segunda vez, o Senegal organizou a competição, o que lhe permitiu como anfitrião conquistar mais um troféu e aproximar-se do rival Egipto, que acabou no terceiro lugar, superado pela Costa do Marfim.
Então, estava a nascer uma nova potência no basquetebol africano, que se juntava aos “Faros” e aos “Leões” senegaleses. O grande destaque desta competição foi o regresso do Sudão ao quarto lugar, num campeonato em que figuravam outras selecções de renome em África, tal como o Marrocos, que até ostentava o título de campeão. Não passou despercebida a ausência da RCA, campeã no ano anterior, ela que não resistiu às eliminatórias.
X Edição
País-Sede: Marrocos
Data: 22 a 30 de Março de 1980
Campeão: Senegal
Participantes (10): Senegal, Costa do Marfim, Marrocos, Argélia, Congo Brazzaville, Zaíre, Angola, Mauritânia e Guiné Konacry.
Neste campeonato aconteceu a participação de estreia da selecção de Angola, cujo país tinha apenas cinco anos de independência e tinha feito disputar a primeira edição do seu campeonato nacional fora da alçada portuguesa em 1979. Então treinada por um jovem de 29 anos que atende pelo nome de Mário Palma, a formação angolana chegou a Rabat sem grandes veleidades. Afinal, tinha à frente de si uma data de “gigantes” que há muito conheciam as vielas e a sinuosidade das curvas do campeonato africano de basquetebol.
Assumindo a sua condição de maior potência da época, o Senegal venceu novamente o campeonato em que o Egipto, uma vez mais, esteve ausente. Completaram o pódio a Costa do Marfim e a formação da casa. Então, Angola ficou na sétima posição, o que para os angolanos era um resultado aceitável, face à sua inexperiência no plano internacional.
XI Edição
País-Sede: Somália
Data: 15 a 23 de Dezembro de 1981
Campeão: Costa do Marfim
Participantes (10): Costa do Marfim, Egipto, Somália, Argélia, Senegal, Congo Brazzaville, Tunísia, Mauritânia, Angola e Moçambique.
Este campeonato marcou a estreia de um segundo país lusófono, no caso Moçambique. Porém foi um dos mais complicados da história do basquetebol africano devido às muitas ocorrências negativas, algo como o excessivo número (quatro) de faltas de comparência na fase classificatória. O Senegal acabou surpreendido, ainda primeira fase, pelo “caloiro” Moçambique e teve uma queda inimaginável, ocupando a quinta posição.
Duas vezes vice-campeã africana, a Costa do Marfim acabou finalmente por concretizar o seu sonho do título, no que foi secundado no pódio pelo Egipto (segundo) e pela Somália (terceiro), que ocupou essa posição após muitos arranjos administrativos e à “chuva” de ausências que se seguiram à primeira etapa da prova. Não foi uma boa jornada para o basquetebol africano e de Angola, cuja selecção acabou na nona posição, superando apenas Moçambique por… falta de comparência.
XII Edição
País-Sede: Egipto
Data: 19 a 28 de Dezembro de 1983
Campeão: Egipto
Participantes (10): Egipto, Angola, Senegal, Costa do Marfim, Moçambique, Argélia, RCA, Somália, Libéria e Guiné Konacry.
Organizado na cidade-talismã do basquetebol egípcio, Alexandria, esta competição confirmou a decadência do Senegal, que pela segunda vez caía na primeira fase aos pés de uma selecção lusófona, no caso vertente a de Angola, a penúltima classificada do campeonato anterior. Também significou o regresso do Egipto ao principal lugar do pódio continental, após uma ausência de três edições e oito anos.
No palanque da glória acabou acompanhado por uma surpreendente Angola e pelo antigo campeoníssimo Senegal. O evento, que viu a Libéria estrear-se, deu mostras claras de um novo realinhamento das potências do basquetebol africano, com Moçambique a ocupar também um lugar de destaque (5º), atrás da então campeã em título, Costa do Marfim, que ocupou o quarto posto. Inesperada também foi a classificação da RCA, tida como das principais referências da “bola ao cesto” em África.
XIII Edição
País-Sede: Costa do Marfim
Data: 20 a 28 de Dezembro de 1985
Campeão (12): Costa do Marfim
Participantes: Costa do Marfim, Angola, Egipto, Senegal, RCA, Mauritânia, Nigéria, Tunísia, Moçambique, Congo Brazzaville, Guiné Konacry e Quénia.
Depois do hiato que o campeonato de Alexandria’83 representou para a selecção da Costa do Marfim, esta usou o factor casa para elevar-se ao primeiro lugar da competição, batendo uma repetente em matéria de finais, no caso Angola, que se assumia já como uma referência incontornável do basquetebol continental. Estava, então, consumado o novo realinhamento, com Angola a figurar entre os ocupantes cativos do pódio ao lado do Senegal e do Egipto.
Depois do anterior disputado no Egipto, este foi o segundo campeonato em que não houve nenhuma estreia e talvez por isso não tivesse acontecido nenhuma surpresa, apesar de que a anfitriã Costa do Marfim perdera na primeira fase com a RCA. O número de “inquilinos” continuava a crescer e dessa feita o novo membro foi o Quénia, que curiosamente acabou na última posição.
Pré-selecção
B treina completa
Já com o grupo completo, a pré-selecção nacional B de basquetebol realiza esta manhã, no pavilhão principal da Cidadela Desportiva, mais uma sessão de treinos, na projecção aos X Jogos Pan-africanos de Maputo, a decorrerem de 3 a 18 de Setembro. O poste Hermenegildo Mbunga, afastado do Afrobasket de Antananarivo por lesão, integrou já o grupo, debelada que está a mazela que o apoquentava.
O base Paulo Santana e o extremo base Roberto Fortes, dispensados por opção técnica, foram os primeiros a reforçar a pré-selecção B, que deve seguir nos próximos dias para Espanha, onde vai realizar o estágio pré-competitivo, antes de rumar para o palco da competição. Angola tem como meta a revalidação da medalha de ouro.
MC
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