ANGOLA : Promade pode desistir do Campeonato Nacional

A formação de Promade de Cabinda de basquetebol pode desistir de competir na presente edição do Campeonato Nacional de “bola ao cesto” Sénior Masculino, que arranca em Novembro do ano em curso, por falta de condições materiais e financeiras para suportar a carga da prova, deu a conhecer em entrevista ao Jornal dos Desportos, o seu técnico principal, Alberto Paka Bumba. Alberto Paka referiu que os trabalhos de preparação da equipa do Promade de Cabinda estão a correr mal, por falta ânimo e de motivação no seio dos atletas que estão a caminho de um ano sem receberem os seus salários em atraso.

Frisou que a equipa está a treinar com bolas e botas antigas, que não servem para garantir uma excelente preparação dos atletas. “Os trabalhos de preparação estão a correr mal, por falta de ânimo e de motivação, as condições estão péssimas, porque não temos materiais de treino e estamos a trabalhar com bolas velhas. Temos problemas de botas e também não temos alimentação e constantemente estamos a pedir nos atletas para continuarem a trabalhar apesar dos problemas que o clube enfrenta e cada atleta come em sua casa”, disse. O técnico Alberto Paka adiantou que caso o Governo da província não crie as condições necessárias para a preparação exitosa do Promade de Cabinda até a próxima semana, já não vai ser necessário a equipa participar na prova, porque o campeonato arranca no próximo mês e o Promade de Cabinda não teve tempo suficiente para preparar-se convenientemente.

“Penso que se as condições não melhorarem na próxima semana não será necessário a equipa do Promade de Cabinda competir na prova, porque no próximo mês começa o Campeonato Nacional e se as coisas não mudarem vai ser complicado para competirmos na prova, porque preparar um campeonato leva quatro meses e se a equipa não estiver preparado não iremos fazer nada na prova”, disse. Realçou que a preparação da formação que orienta esta bastante atrasada e que deveria começar há três meses.

“Outras equipas iniciaram as suas actividades após o término do Campeonato do Mundo e já estão com oito a dez jogos de controlo e o Promade ainda não realizou jogos de controlo o que é complicado para nós. Olha que 60 por cento dos jogadores estão em Luanda e não querem regressar porque ainda não receberam os seus salários em atraso”, precisou. Alberto Paka frisou que a equipa do Promade de Cabinda está a treinar sem nada, o que está a complicar a estratégia de preparação da formação cabindense no Nacional de basquetebol. Sublinhou que o Governo da província de Cabinda, que sempre apoiou o Promade garantiu solucionar o caso, mas, até agora, nem água vai, nem água vem.