ANGOLA perde com Brasil na final do (Super Quatro)
A equipa nacional angolana sénior masculina de basquetebol despediu-se do torneio internacional de Brasília "Super Quatro Eletrobás", com derrota diante do Brasil, por expressivos 59-89.
No prélio da final, que teve como cenário o Pavilhão do Ginásio Nilson Nelson, os deca campeões africanos que ao intervalo perdiam 29-45, estiveram simplemente irreconhecíveis, sem a eficiência e eficácia que lhes são comuns, com os estrelas mais cintilantes do conjunto orientado por Luís Magalhães a não darem conta do recado, como foram os casos de Kikas, Miguel Lutonda, Vladimir Ricardino e Carlos Almeida.
Um desfecho pesado para uma selecção do quilate de Angola, cujo desaire assenta no diferencial morfo-fisiológico em que o Brasil é superior, para além deste ter actuado com a sua melhor nata de jogadores, casos de Marcelinho, Leandrinho, Varejão e Vinicius e cujo somatório de pontos suplantou os de Angola.
No jogo contra o Brasil, o técnico Luís Magalhães apostou num cinco diferente da ronda anterior, com Olímpio Cipriano, Carlos Morais, Joaquim Gomes "Kikas", Miguel Lutonda e Eduardo Mingas, que acabou por se revelar ineficiente para as encomendas da partida, no que ao jogo interior e exterior diz respeito em função das diferenças de peso e altura e que ditaram a pesada derrota dos deca campeões africanos.
Para lá dos números e ante um oponente que também trabalha para o Mundial da Turquia, Angola deixou perceptível que tem muito trabalho pela frente, precisando urgentemente de revisar os seus fundamentos do jogo para, no mínimo, fugir ao papel de mero animador da competição.
Aliás, as principais unidades da equipa estão longe do seu apuro de forma desportiva e urge inverter o quadro para "voos" menos rasantes.De bom tom não se compreende que jogadores do quilate de Kikas, Miguel Lutonda, Carlos Almeida ou Vladimir Ricardino terminem o jogo em branco.
Alguma coisa está mal e, repetimos, é preciso mudar, porque a equipa perdeu alguns dos princípios e fundamentos que fizeram dela a selecção mais temível do continente africano.
Na disputa do terceiro e quarto lugares, a Venezuela ficou com a medalha de bronze ao vencer o Chile, pela marca de 75-50.
A selecção nacional angolana deixa amanhã a cidade de Brasília, rumando para Itália, palco da última etapa do seu estágio pré-competitivo.
Ficha Técnica
Pavilhão Nilson Nelson, em Brasília, jogo entre as equipas nacionais de Angola e do Brasil. Sob arbitragem de Cristiano Maranho, Francisco Ferreira e Jonas Pereira, trio internacional do país anfitrião, as equipas alinharam e marcaram do modo que se segue:
Angola (16+13+16+07): Olímpio Cipriano (6" (2), Divaldo Bunga (8), Felizardo Ambrósio (6), Carlos Almeida (0), Miguel Lutonda (0) e Eduardo Mingas (8). Treinador: Luís Magalhães.
Brasil (25+20+15+22): Marcelinho (13), Nezinho (5), Murilo (8) Raúl (3), Alex (7), Huertas (0), Leandrinho (15), Varejão (11), Guilherme (8), Hatila (8), Vinicius (11) e Splitter (0). Treinador: Rúben Magnano.
ESTATÍSTICA
Angola teve médias sofríveis na partida da final. com um desempenho que a história não regista nos últimos cinco anos, com os principais jogadores a ficarem num digito em termos de pontos marcados, enquanto outros terminaram em branco, como foram os casos de Miguel Lutonda e Carlos Almeida. Eis, os dados estatísticos:
Angola
2 Pontos - 12/34 (35%)
3 Pontos - 07/20 (35%)
Lances Livres - 14/18 (78%)
Faltas - 30
Recuperações -12
Erros - 18
Ressaltos ofensivos - 03
Ressaltos defensivos - 19
Bloqueios - 01
Assistências - 09
Eficiência - 46
brasil
2 Pontos - 22/42 (52%)
3 Pontos - 07/16 (44%)
Lances Livres - 24/33 (73%)
Faltas - 19
Recuperações -13
Erros - 16
Ressaltos ofensivos - 10
Ressaltos defensivos - 28
Bloqueios - 02
Assistências - 24
Eficiência - 112
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