MOÇAMBIQUE : JOGOS DA CPLP: Angola, 56-Moçambique, 58 - Ponta final espectacular
DE facto, a rivalidade – frise-se, sã – entre Moçambique e Angola é mesmo incomensurável e começa-se a cultivar desde os escalões de formação. Ontem, no derradeiro desafio de basquetebol, o encontro das duas selecções de sub-17 não ficou a dever em rigorosamente nada aos grandes e memoráveis embates travados pelas referências Amade Mogne, Aníbal Manave, Belmiro Simango, de um lado; José Carlos Guimarães, Jean Jacques, Gustavo da Conceição, do outro. Espectacularidade, galhardia e discussão do resultado com o credo na boca, tudo isto esteve presente no ensurdecedor pavilhão do Maxaquene, com a festa, no final, a fazer-se à boa maneira moçambicana com a conquista da medalha de bronze, depois da Guiné-Bissau e do Brasil terem ganho o ouro e a prata, respectivamente.
Pode parecer incrível, mas é verdade: a escassos quatro segundos da buzina registava-se uma igualdade (56-56), depois de o angolano Kavungo Pedro ter concretizado dois lances livres. A “catedral” ficou em silêncio com o espectro do prolongamento, receando uma reviravolta dos jovens do Atlântico. Só que, numa jogada rápida e muitíssimo bem executada, a apanhar os adversários surpresos, pois contavam que a solução estaria nas mãos do infalível Dénio Chirindza, Jorge Tomé, frio e decidido, lançou milimetricamente, a bola, ainda tocou no arco e, com “todo o mundo” incrédulo, lá estavam os dois pontos e o exultar de alegria dos moçambicanos.
Simplesmente espectacular a ponta final deste embate. Uma ponta final verdadeiramente de “loucos” e na qual o público – sempre o incomparável público do básquete – cantou, dançou e no fim saiu do pavilhão compensado pela forma com os dois conjuntos se bateram e, sobretudo, pela forma como a turma moçambicana soube gerir o jogo e no momento certo dar o xeque-mate.
Globalmente, o desafio foi equilibrado e, embora os angolanos tenham começado na mó de cima, os pupilos de Miguel Guambe, a partir da altura em que ganharam a vantagem no marcador, nunca mais a largaram, à excepção dos empates que os angolanos estabeleceram no tal momento de vida ou de morte. Foi gratificante ver como Dénio Chirindza penetrava com facilidade e como uma enguia efectuava rotações para o cesto. Foi bonito reparar na destreza de Hugo Martins e Elton Ubisse, com lances bem desenhados e concretizados, ante um adversário que correspondia através da mestria de Mieze Francisco.
FICHA DO JOGO
ANGOLA (56) – Reginaldo Kanza, Roger de Carvalho, Ivanídio Menezes, Miguel Afonso, Francisco Lussaty, Kavungo Pedro, Aldair Carlos, Miguel Garcia, Mieze Francisco, Teotónio Dó, André João e Joel Domingos;
Treinador: Apolinário Paquete
MOÇAMBIQUE (58) – France Ngoca, Yuri Chambal, Hugo Martins, Klaus Bunguela, Titos Moiane, Elton Ubisse, Idelson Bernardo, Aílton Gonçalves, Franque Getimane, Jerónimo Mahumane, Jorge Tomé e Dénio Chirindza;
Treinador: Miguel Guambe
Marcha do marcador: 10-10, 21-31, 35-46, 56-58.
Pode parecer incrível, mas é verdade: a escassos quatro segundos da buzina registava-se uma igualdade (56-56), depois de o angolano Kavungo Pedro ter concretizado dois lances livres. A “catedral” ficou em silêncio com o espectro do prolongamento, receando uma reviravolta dos jovens do Atlântico. Só que, numa jogada rápida e muitíssimo bem executada, a apanhar os adversários surpresos, pois contavam que a solução estaria nas mãos do infalível Dénio Chirindza, Jorge Tomé, frio e decidido, lançou milimetricamente, a bola, ainda tocou no arco e, com “todo o mundo” incrédulo, lá estavam os dois pontos e o exultar de alegria dos moçambicanos.
Simplesmente espectacular a ponta final deste embate. Uma ponta final verdadeiramente de “loucos” e na qual o público – sempre o incomparável público do básquete – cantou, dançou e no fim saiu do pavilhão compensado pela forma com os dois conjuntos se bateram e, sobretudo, pela forma como a turma moçambicana soube gerir o jogo e no momento certo dar o xeque-mate.
Globalmente, o desafio foi equilibrado e, embora os angolanos tenham começado na mó de cima, os pupilos de Miguel Guambe, a partir da altura em que ganharam a vantagem no marcador, nunca mais a largaram, à excepção dos empates que os angolanos estabeleceram no tal momento de vida ou de morte. Foi gratificante ver como Dénio Chirindza penetrava com facilidade e como uma enguia efectuava rotações para o cesto. Foi bonito reparar na destreza de Hugo Martins e Elton Ubisse, com lances bem desenhados e concretizados, ante um adversário que correspondia através da mestria de Mieze Francisco.
FICHA DO JOGO
ANGOLA (56) – Reginaldo Kanza, Roger de Carvalho, Ivanídio Menezes, Miguel Afonso, Francisco Lussaty, Kavungo Pedro, Aldair Carlos, Miguel Garcia, Mieze Francisco, Teotónio Dó, André João e Joel Domingos;
Treinador: Apolinário Paquete
MOÇAMBIQUE (58) – France Ngoca, Yuri Chambal, Hugo Martins, Klaus Bunguela, Titos Moiane, Elton Ubisse, Idelson Bernardo, Aílton Gonçalves, Franque Getimane, Jerónimo Mahumane, Jorge Tomé e Dénio Chirindza;
Treinador: Miguel Guambe
Marcha do marcador: 10-10, 21-31, 35-46, 56-58.
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