MOÇAMBIQUE : Africano de Femininos Sub-20 - Estamos na final, pois claro...
JÁ ganhamos? Pela simpatia, pela qualidade do basquetebol que temos vindo a desbobinar quotidianamente e acima de tudo por aquilo que efectivamente é o desejo do público, o título já é nosso! As maravilhosas jogadoras moçambicanas merecem subir ao pódio. Merecem ir a Moscovo representar o continente no "Mundial" do ano que vem. Estamos na final! Meritoriamente e com toda a naturalidade. Ontem à noite, a "catedral" voltou a viver momentos verdadeiramente inolvidáveis.
A transição para a final, particularmente aqueles decisivos derradeiros minutos da contenda com a resistente África do Sul, foi acompanhada atentamente, segundo a segundo, com uma festa de arromba no epílogo da jornada. A vitória, por 57-48, foi bastante complicada, no entanto, indiscutível, depois de o Mali, na primeira meia-final desta 2ª edição do Campeonato Africano de Basquetebol Feminino Sub-20, ter se vingado do Senegal com um justo triunfo pela marca de 72-57. Esta noite, a partir das 20.45 horas, a grande final. Uma final para a qual somos todos necessários e imprescindíveis para "infernizar" as malianas e o "canecão" habitar neste amado chão moçambicano. Para quem vem seguindo esta competição, a final entre Moçambique e Mali encaixa-se perfeitamente nas previsões. São as duas melhores formações. Aquelas que melhor basquetebol vêm apresentando. A nossa selecção é a única invicta até aqui, enquanto as malianas perderam na primeira fase diante das senegalesas, numa partida em que claramente se pouparam, pois o seu destino já estava traçado. Ontem, serviram a vingança friamente, alcançando aquilo que realmente merecem. A anteceder o grande embate, às 18.30 horas, Senegal e Mali estarão em campo para discutir o terceiro lugar, que dá direito à medalha de bronze.
INÍCIO PACHORRENTO EMOÇÃO NO DESFECHO
Quem não tem cão, caça com gato - diz a voz do povo. Embora não o demonstrasse claramente, para não criar perturbações no grupo, Nazir Salé estava preocupadíssimo, face à impossibilidade de contar com a "bebé craque" Anabela Cossa. A equipa imediatamente ressentiu-se desta ausência. Janete Monteiro, encarregue de distribuir o jogo, foi de uma intranquilidade atroz, sobretudo porque o apoio que devia vir de Vaneza Júnior e/ou Esmeralda Casimiro praticamente era inexistente. Para piorar ainda mais o quadro, a acção das postes, Deolinda Gimo e Nádia do Rosário, não era nada profícuo. Temos que reconhecer! As sul-africanas, mais motivadas e dentro daquela sua imprevisibilidade, conseguiram se assenhorear dos destinos da contenda, tirando partido da forma desconexa como as adversárias jogavam e irreconhecíveis nos lançamentos. Jogadoras como Takalani Mfamadi (nº 9) e Nathalie September (nº 6) desequilibravam os acontecimentos, colocando a sua turma na mó de cima. Apesar de tudo, as moçambicanas souberam ter mérito. O mérito de nunca deixar as oponentes deter uma diferença muito grande. Da desvantagem de um ponto (12-13) no primeiro período, inverteram os termos a partir do segundo, já com o peso da presença em campo de Anabela. O técnico foi obrigado a efectuar muitas mutações, pois, mesmo assim, a equipa não apresentava grandes índices exibicionais e as sul-africanas, serenas e com um jogo fácil, isto é, sem pressão nem espalhafatos, não desarmavam. A forma pachorrenta e desanimadora que caracterizou a primeira etapa foi posteriormente substituída pela emoção que se viveu na parte final. Emoção porque, Moçambique na dianteira, conseguia de certa forma manter os três/cinco pontos de vantagem, acontecendo sempre um percalço sul-africano quando se estivesse na iminência de diminuir para um. Afinal, a sorte protege os audazes. Já ao suar da buzina, os nove pontos (57-48) justificavam-se plenamente, até porque as nossas vizinhas já estavam atabalhoadas, cometendo faltas desnecessárias, mas importantes para a maquia moçambicana. Vista grossa nalgumas faltas, mesmo em baixo da tabela, foi o denominador comum dos homens do apito.
FICHA DO JOGO
Árbitros: Lislie Cherubin (Maurícias) e António Bernardo (Angola).
MOÇAMBIQUE (57) - Filomena Micato (-), Josefina Jafar (0), Esmeralda Casimiro (6), Nádia Zucule (0), Janete Monteiro (11), Anabela Cossa (12), Vaneza Júnior (6), Sílvia Neves (2), Odélia Mafanela (5), Cláudia Chembene (2), Nádia do Rosário (2) e Deolinda Gimo (11). Treinador: Nazir Salé.
África DO SUL (49) - Adele Johnson (0), Cleopatra Mocholo (0), Nathaly September (11), Jermaine Kermis (6), Makhotso Moloantoa (2), Takalani Mfamadi (16), Ellen Moutlwatse (7), Belelwa Zondi (0), Kgaugelo Phiri (0), Philadelphia Khoabane (6), Sindiswa Mabuya (0) e Anele Ncgongo (0). Treinador: André Bata
A transição para a final, particularmente aqueles decisivos derradeiros minutos da contenda com a resistente África do Sul, foi acompanhada atentamente, segundo a segundo, com uma festa de arromba no epílogo da jornada. A vitória, por 57-48, foi bastante complicada, no entanto, indiscutível, depois de o Mali, na primeira meia-final desta 2ª edição do Campeonato Africano de Basquetebol Feminino Sub-20, ter se vingado do Senegal com um justo triunfo pela marca de 72-57. Esta noite, a partir das 20.45 horas, a grande final. Uma final para a qual somos todos necessários e imprescindíveis para "infernizar" as malianas e o "canecão" habitar neste amado chão moçambicano. Para quem vem seguindo esta competição, a final entre Moçambique e Mali encaixa-se perfeitamente nas previsões. São as duas melhores formações. Aquelas que melhor basquetebol vêm apresentando. A nossa selecção é a única invicta até aqui, enquanto as malianas perderam na primeira fase diante das senegalesas, numa partida em que claramente se pouparam, pois o seu destino já estava traçado. Ontem, serviram a vingança friamente, alcançando aquilo que realmente merecem. A anteceder o grande embate, às 18.30 horas, Senegal e Mali estarão em campo para discutir o terceiro lugar, que dá direito à medalha de bronze.
INÍCIO PACHORRENTO EMOÇÃO NO DESFECHO
Quem não tem cão, caça com gato - diz a voz do povo. Embora não o demonstrasse claramente, para não criar perturbações no grupo, Nazir Salé estava preocupadíssimo, face à impossibilidade de contar com a "bebé craque" Anabela Cossa. A equipa imediatamente ressentiu-se desta ausência. Janete Monteiro, encarregue de distribuir o jogo, foi de uma intranquilidade atroz, sobretudo porque o apoio que devia vir de Vaneza Júnior e/ou Esmeralda Casimiro praticamente era inexistente. Para piorar ainda mais o quadro, a acção das postes, Deolinda Gimo e Nádia do Rosário, não era nada profícuo. Temos que reconhecer! As sul-africanas, mais motivadas e dentro daquela sua imprevisibilidade, conseguiram se assenhorear dos destinos da contenda, tirando partido da forma desconexa como as adversárias jogavam e irreconhecíveis nos lançamentos. Jogadoras como Takalani Mfamadi (nº 9) e Nathalie September (nº 6) desequilibravam os acontecimentos, colocando a sua turma na mó de cima. Apesar de tudo, as moçambicanas souberam ter mérito. O mérito de nunca deixar as oponentes deter uma diferença muito grande. Da desvantagem de um ponto (12-13) no primeiro período, inverteram os termos a partir do segundo, já com o peso da presença em campo de Anabela. O técnico foi obrigado a efectuar muitas mutações, pois, mesmo assim, a equipa não apresentava grandes índices exibicionais e as sul-africanas, serenas e com um jogo fácil, isto é, sem pressão nem espalhafatos, não desarmavam. A forma pachorrenta e desanimadora que caracterizou a primeira etapa foi posteriormente substituída pela emoção que se viveu na parte final. Emoção porque, Moçambique na dianteira, conseguia de certa forma manter os três/cinco pontos de vantagem, acontecendo sempre um percalço sul-africano quando se estivesse na iminência de diminuir para um. Afinal, a sorte protege os audazes. Já ao suar da buzina, os nove pontos (57-48) justificavam-se plenamente, até porque as nossas vizinhas já estavam atabalhoadas, cometendo faltas desnecessárias, mas importantes para a maquia moçambicana. Vista grossa nalgumas faltas, mesmo em baixo da tabela, foi o denominador comum dos homens do apito.
FICHA DO JOGO
Árbitros: Lislie Cherubin (Maurícias) e António Bernardo (Angola).
MOÇAMBIQUE (57) - Filomena Micato (-), Josefina Jafar (0), Esmeralda Casimiro (6), Nádia Zucule (0), Janete Monteiro (11), Anabela Cossa (12), Vaneza Júnior (6), Sílvia Neves (2), Odélia Mafanela (5), Cláudia Chembene (2), Nádia do Rosário (2) e Deolinda Gimo (11). Treinador: Nazir Salé.
África DO SUL (49) - Adele Johnson (0), Cleopatra Mocholo (0), Nathaly September (11), Jermaine Kermis (6), Makhotso Moloantoa (2), Takalani Mfamadi (16), Ellen Moutlwatse (7), Belelwa Zondi (0), Kgaugelo Phiri (0), Philadelphia Khoabane (6), Sindiswa Mabuya (0) e Anele Ncgongo (0). Treinador: André Bata
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