ANGOLA : Título atesta avanços de Angola
Selecção Nacional desembarcou no país com o segundo troféu consecutuvo do Campeonato Africano das Nações
Fotografia: Dombele Bernardo
Fotografia: Dombele Bernardo
A revalidação do campeonato africano de basquetebol sénior feminino, disputado em Maputo, demonstra “claramente” os avanços que Angola alcança desde a conquista da paz, no domínio desportivo. A afirmação é do director da Juventude e Desportos na província do Huambo, Carlos Alberto Pires, a propósito do triunfo do “cinco nacional” no Afrobasket’2013.
Carlos Alberto Pires congratulou-se com os membros da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), pelo facto das selecções nacionais (masculina e feminina) terem conquistado os campeonatos africanos no período de um mês. O responsável assegura que as conquistas demonstram o progresso de Angola.
Carlos Alberto Pires destacou também o facto de Carlos Morais e Nacissela Maurício terem sido os jogadores mais valiosos dos “africanos” da Costa de Marfim e de Moçambique. Segundo o responsável, apesar de ser um feito histórico para os angolanos, é necessário continuar a redobrar esforços colectivos no sentido de se elevar mais o nome de Angola no mundo, através do desporto em todas as suas disciplinas.
“Temos de incentivar ainda mais a prática desportiva para captar mais talentos, pois é necessário trabalhar mais na massificação de outras modalidades, não obstante as dificuldades que os clubes desportivos atravessam”, frisou.
ANO VITORIOSO
A conquista do Campeonato Africano (Afrobasket’2013) em sénior feminino é resultado da estratégia do Executivo para o desenvolvimento do desporto nacional, afirmou o ministro da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba.
“Tirando o futebol, é um ano de vitórias em várias frentes que resulta do esforço do Executivo para o desenvolvimento do sector. Há uma estratégia para expandir o desporto, que passa pela aposta na formação. No basquetebol feminino, em particular, vamos ter de renovar, mas devemos fazê-lo com inteligência”, frisou depois da final do Afrobasket’2013 em Moçambique.
AFROBASKET’2015
Os próximos campeonatos Africanos de basquetebol (Afrobasket) em sénior masculino e feminino são disputados em 2015 e Angola candidatou-se para a organização das duas provas, de acordo com o presidente da Federação Angolana, Paulo Madeira.
Em declarações no final das cerimónias de atribuição de prémios do Afrobasket’2013, em Maputo, Paulo Madeira revelou que foram apresentadas as candidaturas para a organização dos dois campeonatos, sem adiantar mais pormenores.
A acontecer, em masculinos é a quarta vez, depois de 1989, 1999 e 2007, ao passo que em femininos pode é a segunda.
A primeira ocorreu em 1983.
ANÍBAL MOREIRA
"Angola era o alvo"
O técnico principal da Selecção Nacional de basquetebol feminino, Aníbal Moreira, disse que Angola era um alvo a abater no decorrer da Taça de África das Nações, que terminou domingo último em Maputo. Em declarações à imprensa, momentos após o regresso a Luanda, depois de ter conquistado pela segunda vez consecutiva o campeonato, Aníbal Moreira afirmou: “Sabíamos que não era fácil, pois éramos um alvo a abater (...), mas ainda bem que foi difícil, porque a vitória assim sabe melhor”, disse.
O antigo internacional angolano frisou que há muitos anos África não tinha registo de uma selecção conquistar dois títulos femininos consecutivos. “Mas nós, felizmente, gostamos de ser pioneiros, e mais uma vez fomos, conseguindo conquistar pela segunda vez consecutiva a taça africana.”
Aníbal Moreira agradeceu a toda a gente que apoiou a selecção.
A MVP do campeonato, Nacissela Maurício, considerou o regresso a casa como “um momento de alegria”.
“É um momento único para as nossas vidas, porque conseguimos concretizar mais um objectivo. Por isso, está de parabéns o povo angolano e a mulher em especial”, disse.
RECONHECIMENTO
Madeira pede apoio para as atletas
O presidente da Federação Angolana de Basquetebol, Paulo Madeira, defendeu um maior reconhecimento da sociedade e, em particular, das autoridades angolanas à Selecção Nacional sénior feminina de basquetebol, que no último domingo se sagrou bicampeã africana em Maputo.
O responsável, que falava durante a cerimónia de recepção da Selecção Nacional, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, disse que muitas das atletas possuem uma idade avançada e há muito se dedicam ao basquetebol, pelo que merecem um reconhecimento a outro nível.
“Deixo um repto à sociedade civil e ao Executivo para beneficiarmos essas atletas e a equipa técnica com um reconhecimento que dignifique a sua entrega e dedicação ao longo dos anos. Todos nós viemos das mulheres e elas merecem o nosso respeito”, disse.
Sobre a competição, Paulo Madeira salientou que sabiam que o campeonato era muito difícil, uma vez que Moçambique se preparou muito bem para conquistar o título. “Acreditámos até ao fim e como as coisas não são como começam, mas sim como terminam, saímos de Maputo com o troféu conquistado”, sublinhou.
O presidente da FAB agradeceu também a aposta do Executivo na construção de infra-estruturas desportivas e pelo forte investimento que é feito em prol do desporto no geral.
A Selecção Nacional venceu na final do campeonato africano a sua congénere de Moçambique, por 64-61, em partida disputada no pavilhão do Maxaquene de Maputo. A capitã da Selecção Nacional, Nacissela Maurício, foi eleita a MVP da competição, figurando igualmente no cinco ideal do campeonato.
HISTÓRICO
Participações em Afrobasket
A selecção angolana competiu pela 15ª vez num Campeonato Africano (Afrobasket), tendo conquistado o seu segundo título consecutivo no último domingo em Maputo.
Angola estreou-se na fase final de um Afrobasket femininos em 1981 em Dakar (Senegal) e na primeira presença subiu ao pódio, terminando na terceira posição, numa prova ganha pelos anfitriões.
Dois anos depois (1983), os angolanos acolheram a prova, mas pioraram a classificação, quedando-se no quinto lugar, numa prova disputada por seis selecções, da qual o Zaire (actual RD Congo) ficou com o troféu.
Em 1984, novamente em Dakar, a Selecção Nacional baixou mais dois lugares, ocupando o sétimo posto, numa edição ganha pelos anfitriões. Maputo albergou a 10ª edição em 1986, na qual as angolanas se quedaram na terceira posição, com o Zaire a reconquistar o título.
Em 1990, em Tunes, o Senegal confirmou o seu poderio e ficou mais uma vez com o troféu e Angola em terceiro.
Três anos depois (1993), a prova regressou a Dakar e a taça ficou com os anfitriões. As angolanas terminaram no modesto sexto posto. Na África do Sul, em 1994, mais uma medalha de bronze para a Selecção Nacional e título para o Zaire (RD Congo). O Senegal conquistou o seu oitavo troféu em 1997 em Nairobi (Quénia) e Angola ficou em quinto lugar na sua oitava presença.
A 17ª edição do Afrobasket decorreu na capital da Tunísia, Tunes, em 2000. Senegal levou o título e a Selecção Nacional ficou mais uma vez na quinta posição.
Na edição seguinte, em Maputo’2003, a Nigéria inscreveu pela primeira vez o seu nome na lista dos campeões com as angolanas no quarto posto.
Angola competiu pela 11ª vez, em 2005, em Abuja (Nigéria) e ficou com o sexto lugar, ao passo que os anfitriões revalidaram o título.
A 20ª Edição do Afrobasket Feminino disputou-se em Dakar, em 2007, e o Mali conquistou o primeiro título. Mais uma vez as angolanas subiram ao último lugar do pódio (bronze).
Em 2009, o “cinco” nacional voltou a um lugar que se tornava habitual (3º), na prova disputada em Antananarivo (Madagáscar). Na ocasião, o todo-poderoso Senegal conquistou o seu décimo troféu de campeão.
Em 2011, Bamako (Mali) entrou para história do basquetebol angolano. Angola conquistou pela primeira vez o Africano. Mais do que um título continental, garantiu também a qualificação, pela primeira vez, aos Jogos Olímpicos de Londres.
No último domingo, 29 de Setembro de 2013, em Maputo, a Selecção Nacional voltou a sagrar-se campeã de África, numa clara demonstração de que o basquetebol africano tem uma nova potência.
BASQUETEBOL
Segundo título motiva clubes
O director para o basquetebol do 1º de Agosto, Sílvio Lemos, apontou o segundo título conquistado pela Selecção Nacional sénior feminina no Afrobasket como um estímulo aos clubes que trabalham neste sector.
Em declarações a propósito da conquista em Maputo, o antigo base acrescentou que dá satisfação face à tarefa “árdua” que clubes como 1º de Agosto e Interclube efectuam há mais de 20 anos. Contudo, disse, já se tinha dado indicadores neste sentido, estas equipas classificarem-se entre as três melhores posições na taça dos Clubes Campeões Africanos há sete anos e também pela condição física que o grupo obteve das cargas de horas e jogos a nível dos campeonatos provincial, nacional e taça de Angola.
Sílvio Lemos salientou ser um momento de bonificação ao desporto angolano feminino e de reflexão no dirigismo para mais investimento no sector como forma de incentivar a massificação.
Actualmente, as provas internas da categoria são disputadas por quatro formações: 1º de Agosto, Interclube, Juventude de Viana e GD Maculusso.
Carlos Alberto Pires congratulou-se com os membros da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), pelo facto das selecções nacionais (masculina e feminina) terem conquistado os campeonatos africanos no período de um mês. O responsável assegura que as conquistas demonstram o progresso de Angola.
Carlos Alberto Pires destacou também o facto de Carlos Morais e Nacissela Maurício terem sido os jogadores mais valiosos dos “africanos” da Costa de Marfim e de Moçambique. Segundo o responsável, apesar de ser um feito histórico para os angolanos, é necessário continuar a redobrar esforços colectivos no sentido de se elevar mais o nome de Angola no mundo, através do desporto em todas as suas disciplinas.
“Temos de incentivar ainda mais a prática desportiva para captar mais talentos, pois é necessário trabalhar mais na massificação de outras modalidades, não obstante as dificuldades que os clubes desportivos atravessam”, frisou.
ANO VITORIOSO
A conquista do Campeonato Africano (Afrobasket’2013) em sénior feminino é resultado da estratégia do Executivo para o desenvolvimento do desporto nacional, afirmou o ministro da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba.
“Tirando o futebol, é um ano de vitórias em várias frentes que resulta do esforço do Executivo para o desenvolvimento do sector. Há uma estratégia para expandir o desporto, que passa pela aposta na formação. No basquetebol feminino, em particular, vamos ter de renovar, mas devemos fazê-lo com inteligência”, frisou depois da final do Afrobasket’2013 em Moçambique.
AFROBASKET’2015
Os próximos campeonatos Africanos de basquetebol (Afrobasket) em sénior masculino e feminino são disputados em 2015 e Angola candidatou-se para a organização das duas provas, de acordo com o presidente da Federação Angolana, Paulo Madeira.
Em declarações no final das cerimónias de atribuição de prémios do Afrobasket’2013, em Maputo, Paulo Madeira revelou que foram apresentadas as candidaturas para a organização dos dois campeonatos, sem adiantar mais pormenores.
A acontecer, em masculinos é a quarta vez, depois de 1989, 1999 e 2007, ao passo que em femininos pode é a segunda.
A primeira ocorreu em 1983.
ANÍBAL MOREIRA
"Angola era o alvo"
O técnico principal da Selecção Nacional de basquetebol feminino, Aníbal Moreira, disse que Angola era um alvo a abater no decorrer da Taça de África das Nações, que terminou domingo último em Maputo. Em declarações à imprensa, momentos após o regresso a Luanda, depois de ter conquistado pela segunda vez consecutiva o campeonato, Aníbal Moreira afirmou: “Sabíamos que não era fácil, pois éramos um alvo a abater (...), mas ainda bem que foi difícil, porque a vitória assim sabe melhor”, disse.
O antigo internacional angolano frisou que há muitos anos África não tinha registo de uma selecção conquistar dois títulos femininos consecutivos. “Mas nós, felizmente, gostamos de ser pioneiros, e mais uma vez fomos, conseguindo conquistar pela segunda vez consecutiva a taça africana.”
Aníbal Moreira agradeceu a toda a gente que apoiou a selecção.
A MVP do campeonato, Nacissela Maurício, considerou o regresso a casa como “um momento de alegria”.
“É um momento único para as nossas vidas, porque conseguimos concretizar mais um objectivo. Por isso, está de parabéns o povo angolano e a mulher em especial”, disse.
RECONHECIMENTO
Madeira pede apoio para as atletas
O presidente da Federação Angolana de Basquetebol, Paulo Madeira, defendeu um maior reconhecimento da sociedade e, em particular, das autoridades angolanas à Selecção Nacional sénior feminina de basquetebol, que no último domingo se sagrou bicampeã africana em Maputo.
O responsável, que falava durante a cerimónia de recepção da Selecção Nacional, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, disse que muitas das atletas possuem uma idade avançada e há muito se dedicam ao basquetebol, pelo que merecem um reconhecimento a outro nível.
“Deixo um repto à sociedade civil e ao Executivo para beneficiarmos essas atletas e a equipa técnica com um reconhecimento que dignifique a sua entrega e dedicação ao longo dos anos. Todos nós viemos das mulheres e elas merecem o nosso respeito”, disse.
Sobre a competição, Paulo Madeira salientou que sabiam que o campeonato era muito difícil, uma vez que Moçambique se preparou muito bem para conquistar o título. “Acreditámos até ao fim e como as coisas não são como começam, mas sim como terminam, saímos de Maputo com o troféu conquistado”, sublinhou.
O presidente da FAB agradeceu também a aposta do Executivo na construção de infra-estruturas desportivas e pelo forte investimento que é feito em prol do desporto no geral.
A Selecção Nacional venceu na final do campeonato africano a sua congénere de Moçambique, por 64-61, em partida disputada no pavilhão do Maxaquene de Maputo. A capitã da Selecção Nacional, Nacissela Maurício, foi eleita a MVP da competição, figurando igualmente no cinco ideal do campeonato.
HISTÓRICO
Participações em Afrobasket
A selecção angolana competiu pela 15ª vez num Campeonato Africano (Afrobasket), tendo conquistado o seu segundo título consecutivo no último domingo em Maputo.
Angola estreou-se na fase final de um Afrobasket femininos em 1981 em Dakar (Senegal) e na primeira presença subiu ao pódio, terminando na terceira posição, numa prova ganha pelos anfitriões.
Dois anos depois (1983), os angolanos acolheram a prova, mas pioraram a classificação, quedando-se no quinto lugar, numa prova disputada por seis selecções, da qual o Zaire (actual RD Congo) ficou com o troféu.
Em 1984, novamente em Dakar, a Selecção Nacional baixou mais dois lugares, ocupando o sétimo posto, numa edição ganha pelos anfitriões. Maputo albergou a 10ª edição em 1986, na qual as angolanas se quedaram na terceira posição, com o Zaire a reconquistar o título.
Em 1990, em Tunes, o Senegal confirmou o seu poderio e ficou mais uma vez com o troféu e Angola em terceiro.
Três anos depois (1993), a prova regressou a Dakar e a taça ficou com os anfitriões. As angolanas terminaram no modesto sexto posto. Na África do Sul, em 1994, mais uma medalha de bronze para a Selecção Nacional e título para o Zaire (RD Congo). O Senegal conquistou o seu oitavo troféu em 1997 em Nairobi (Quénia) e Angola ficou em quinto lugar na sua oitava presença.
A 17ª edição do Afrobasket decorreu na capital da Tunísia, Tunes, em 2000. Senegal levou o título e a Selecção Nacional ficou mais uma vez na quinta posição.
Na edição seguinte, em Maputo’2003, a Nigéria inscreveu pela primeira vez o seu nome na lista dos campeões com as angolanas no quarto posto.
Angola competiu pela 11ª vez, em 2005, em Abuja (Nigéria) e ficou com o sexto lugar, ao passo que os anfitriões revalidaram o título.
A 20ª Edição do Afrobasket Feminino disputou-se em Dakar, em 2007, e o Mali conquistou o primeiro título. Mais uma vez as angolanas subiram ao último lugar do pódio (bronze).
Em 2009, o “cinco” nacional voltou a um lugar que se tornava habitual (3º), na prova disputada em Antananarivo (Madagáscar). Na ocasião, o todo-poderoso Senegal conquistou o seu décimo troféu de campeão.
Em 2011, Bamako (Mali) entrou para história do basquetebol angolano. Angola conquistou pela primeira vez o Africano. Mais do que um título continental, garantiu também a qualificação, pela primeira vez, aos Jogos Olímpicos de Londres.
No último domingo, 29 de Setembro de 2013, em Maputo, a Selecção Nacional voltou a sagrar-se campeã de África, numa clara demonstração de que o basquetebol africano tem uma nova potência.
BASQUETEBOL
Segundo título motiva clubes
O director para o basquetebol do 1º de Agosto, Sílvio Lemos, apontou o segundo título conquistado pela Selecção Nacional sénior feminina no Afrobasket como um estímulo aos clubes que trabalham neste sector.
Em declarações a propósito da conquista em Maputo, o antigo base acrescentou que dá satisfação face à tarefa “árdua” que clubes como 1º de Agosto e Interclube efectuam há mais de 20 anos. Contudo, disse, já se tinha dado indicadores neste sentido, estas equipas classificarem-se entre as três melhores posições na taça dos Clubes Campeões Africanos há sete anos e também pela condição física que o grupo obteve das cargas de horas e jogos a nível dos campeonatos provincial, nacional e taça de Angola.
Sílvio Lemos salientou ser um momento de bonificação ao desporto angolano feminino e de reflexão no dirigismo para mais investimento no sector como forma de incentivar a massificação.
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