ANGOLA : Basquetebol Selecção Feminina com nova derrota
Pontuável para a terceira jornada do grupo A do torneio feminino
Fotografia: AFP
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A diferença (52-76) é um facto apenas pela dureza dos números e nestas provas é o que conta. Porém, a história e os cerca de nove mil espectadores presentes na arena do parque olímpico testemunharam ontem contra a China uma agradável exibição de Angola… até onde as forças permitiram.Pontuável para a terceira jornada do grupo A do torneio feminino, a partida teve duas partes completamente distintas, como se de encontros diferentes se tratasse. Nos dois primeiros quartos reinou o equilíbrio, conforme mostram as duas paragens: 1Q: 13-15; 2Q:31-33. Mas os dois pontos de diferença que a selecção nacional conseguiu manter até ao intervalo tiveram um preço muito alto.
No reatamento foi um descalabro, o marcador “parou de funcionar” para o lado de Angola. Aos cinco minutos do terceiro quarto a diferença já era de 13 pontos (33-46), e ao cabo do período de 20 (37-57) e estava feita a história de uma partida em que voltou a haver valentia das angolanas, que cativou o público. O primeiro período foi muito equilibrado e podia ser melhor caso não houvesse prematuramente a terceira falta da jogadora mais experiente do conjunto angolano, quando ainda faltavam 3:42 minutos. Para a proteger, o técnico retirou-a da quadra. E então começou a faltar discernimento e alguma precipitação. Mesmo assim, neste período a maior vantagem pontual pertenceu às angolanas, que iniciaram o jogo com um triplo de Guadalupe. Este período terminou com apenas dois pontos de desvantagem (13-15).
Mas foi claramente uma Angola mais perto do seu verdadeiro basquetebol. Com defesa aguerrida, transições rápidas e jogo rápido no ataque para criar posições de lançamento fácil, ou jogo interior, o que encantou os cerca de nove mil espectadores na arena do basquetebol. Nas bancadas, voltou a haver goleada em termos de apoiantes dos dois lados. Sempre que o animador do dia medisse a “temperatura” a maior ovação era para as campeãs de África. Parecia um jogo em casa, como já referiu a base Camufal. O segundo quarto começou com as chinesas a “fugirem” para seis pontos antes mesmo dos primeiros três minutos. Aníbal Moreira tomou a corajosa decisão de sacrificar a “capitã” lançando-a para a quadra com as três faltas às costas.
Foi feliz esta opção arriscada do técnico, pois Nacissela Maurício, que já jogou em Espanha, respondeu positivamente tendo saído ao intervalo com as mesmas três faltas e como a melhor marcadora da equipa, com nove pontos, sendo dois triplos em três tentados. Sob sua liderança, Angola transformou uma desvantagem de seis em vantagem de um ponto (27-26) a um minuto do intervalo. E a escassos segundos ainda detinha a vantagem de um ponto (31-30), mas um triplo “ao cair do pano” voltou a dar a liderança às asiáticas (31-33). Nada faria crer que tal liderança seria para sempre. Foi marcante e reconfortante para a caravana angolana sentir a maior parte do pavilhão a aplaudir a exibição da sua selecção e a lamentar de forma também sonora os falhanços, que foram ainda em número considerável (nove perdas) e apenas 11 lançamentos de campo marcados em 28 tentativas.
Quando tudo fazia prever um equilíbrio, Angola marcou apenas seis pontos em dez minutos e sofreu 24. Uma clara desconcentração, baixa de agressividade defensiva e precipitação e pouco discernimento no ataque permitiram às chinesas irem construindo um resultado confortante. Era evidente que a superioridade física da adversária sobressaía, com uma jogadora com 1, 97 m e outra com 2,03, contra apenas uma angolana de 1,92 (Luísa). As angolanas perderam neste período bolas de um para zero (sozinhas com o cesto) e na defesa foram permissivas, provavelmente por desgaste físico dos quartos anteriores.
A China aproveitou e passou de um 33-31 ao intervalo para 57-37 ao cabo da terceira etapa. Além de muitas faltas e as limitações da sua principal jogadora, Angola ainda evidenciou pouca eficácia quer nos lançamentos longos como por baixo do cesto e quase sempre sem oposição. Do outro lado, sucedia o contrário, pois quase todos os lançamentos chineses tinham “final feliz”. Sónia Guadalupe, com 12 pontos, foi a cestinha da equipa, seguida de Luísa (11) e Felizarda (10). Luísa e Nadir com nove ressaltos também se destacaram, enquanto a capitã foi a mais eficaz nos triplos com dois em cinco tentativas.
Federação moçambicana prepara Afrobasket Sub 18
A Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) está a finalizar o processo de organização do Campeonato Africano de Basquetebol Masculino na categoria de Sub-18 (Afrobasket Sub 18), a ter lugar de 16 a 25 de Agosto em Maputo. Neste momento, a FMB está a definir os recintos que deverão acolher a prova, tendo em conta que, nesta altura, a capital moçambicana apenas dispõe de um pavilhão em condições de acolher jogos. Segundo Francisco Mabjaia, presidente da FMB, em entrevista à rádio RM Desporto, apenas está confirmada a disponibilidade do pavilhão do Desportivo de Maputo para acolher o evento, dado que o recinto do Maxaquene está em obras.
“Estamos à espera da resposta para a utilização do pavilhão da Académica para a realização deste evento, dado que necessitamos de dois pavilhões, tendo em conta que a prova será disputada em duas séries”, disse Francisco Mabjaia. Para além de Moçambique, o torneio terá a participação das seleções de Angola, Costa do Marfim, Egipto, Gabão, Mali, República Democrática do Congo, Senegal, Nigéria, Ruanda, Camarões e Tunísia.
Atletas com negativo no teste anti-doping
As basquetebolistas angolanas Felizarda Jorge (extremo) e a base Madalena Felix foram terça-feira submetidas a testes anti-doping, numa clínica da Vila Olímpica, em Londres, com diagnóstico negativo. O médico da selecção de basquetebol, Agostinho Matamba, disse à Angop que acompanhou as atletas ao teste, e afirmou tratar-se de um procedimento normal em eventos como este. Felizarda Jorge jogou até agora 47 minutos, sendo 23 contra a Turquia e 24 diante dos Estados Unidos, tendo marcado 10 pontos no total. A base Madalena Felix jogou 12 minutos, três contra a Turquia, nove frente aos Estados Unidos e marcou três pontos.
No reatamento foi um descalabro, o marcador “parou de funcionar” para o lado de Angola. Aos cinco minutos do terceiro quarto a diferença já era de 13 pontos (33-46), e ao cabo do período de 20 (37-57) e estava feita a história de uma partida em que voltou a haver valentia das angolanas, que cativou o público. O primeiro período foi muito equilibrado e podia ser melhor caso não houvesse prematuramente a terceira falta da jogadora mais experiente do conjunto angolano, quando ainda faltavam 3:42 minutos. Para a proteger, o técnico retirou-a da quadra. E então começou a faltar discernimento e alguma precipitação. Mesmo assim, neste período a maior vantagem pontual pertenceu às angolanas, que iniciaram o jogo com um triplo de Guadalupe. Este período terminou com apenas dois pontos de desvantagem (13-15).
Mas foi claramente uma Angola mais perto do seu verdadeiro basquetebol. Com defesa aguerrida, transições rápidas e jogo rápido no ataque para criar posições de lançamento fácil, ou jogo interior, o que encantou os cerca de nove mil espectadores na arena do basquetebol. Nas bancadas, voltou a haver goleada em termos de apoiantes dos dois lados. Sempre que o animador do dia medisse a “temperatura” a maior ovação era para as campeãs de África. Parecia um jogo em casa, como já referiu a base Camufal. O segundo quarto começou com as chinesas a “fugirem” para seis pontos antes mesmo dos primeiros três minutos. Aníbal Moreira tomou a corajosa decisão de sacrificar a “capitã” lançando-a para a quadra com as três faltas às costas.
Foi feliz esta opção arriscada do técnico, pois Nacissela Maurício, que já jogou em Espanha, respondeu positivamente tendo saído ao intervalo com as mesmas três faltas e como a melhor marcadora da equipa, com nove pontos, sendo dois triplos em três tentados. Sob sua liderança, Angola transformou uma desvantagem de seis em vantagem de um ponto (27-26) a um minuto do intervalo. E a escassos segundos ainda detinha a vantagem de um ponto (31-30), mas um triplo “ao cair do pano” voltou a dar a liderança às asiáticas (31-33). Nada faria crer que tal liderança seria para sempre. Foi marcante e reconfortante para a caravana angolana sentir a maior parte do pavilhão a aplaudir a exibição da sua selecção e a lamentar de forma também sonora os falhanços, que foram ainda em número considerável (nove perdas) e apenas 11 lançamentos de campo marcados em 28 tentativas.
Quando tudo fazia prever um equilíbrio, Angola marcou apenas seis pontos em dez minutos e sofreu 24. Uma clara desconcentração, baixa de agressividade defensiva e precipitação e pouco discernimento no ataque permitiram às chinesas irem construindo um resultado confortante. Era evidente que a superioridade física da adversária sobressaía, com uma jogadora com 1, 97 m e outra com 2,03, contra apenas uma angolana de 1,92 (Luísa). As angolanas perderam neste período bolas de um para zero (sozinhas com o cesto) e na defesa foram permissivas, provavelmente por desgaste físico dos quartos anteriores.
A China aproveitou e passou de um 33-31 ao intervalo para 57-37 ao cabo da terceira etapa. Além de muitas faltas e as limitações da sua principal jogadora, Angola ainda evidenciou pouca eficácia quer nos lançamentos longos como por baixo do cesto e quase sempre sem oposição. Do outro lado, sucedia o contrário, pois quase todos os lançamentos chineses tinham “final feliz”. Sónia Guadalupe, com 12 pontos, foi a cestinha da equipa, seguida de Luísa (11) e Felizarda (10). Luísa e Nadir com nove ressaltos também se destacaram, enquanto a capitã foi a mais eficaz nos triplos com dois em cinco tentativas.
Federação moçambicana prepara Afrobasket Sub 18
A Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) está a finalizar o processo de organização do Campeonato Africano de Basquetebol Masculino na categoria de Sub-18 (Afrobasket Sub 18), a ter lugar de 16 a 25 de Agosto em Maputo. Neste momento, a FMB está a definir os recintos que deverão acolher a prova, tendo em conta que, nesta altura, a capital moçambicana apenas dispõe de um pavilhão em condições de acolher jogos. Segundo Francisco Mabjaia, presidente da FMB, em entrevista à rádio RM Desporto, apenas está confirmada a disponibilidade do pavilhão do Desportivo de Maputo para acolher o evento, dado que o recinto do Maxaquene está em obras.
“Estamos à espera da resposta para a utilização do pavilhão da Académica para a realização deste evento, dado que necessitamos de dois pavilhões, tendo em conta que a prova será disputada em duas séries”, disse Francisco Mabjaia. Para além de Moçambique, o torneio terá a participação das seleções de Angola, Costa do Marfim, Egipto, Gabão, Mali, República Democrática do Congo, Senegal, Nigéria, Ruanda, Camarões e Tunísia.
Atletas com negativo no teste anti-doping
As basquetebolistas angolanas Felizarda Jorge (extremo) e a base Madalena Felix foram terça-feira submetidas a testes anti-doping, numa clínica da Vila Olímpica, em Londres, com diagnóstico negativo. O médico da selecção de basquetebol, Agostinho Matamba, disse à Angop que acompanhou as atletas ao teste, e afirmou tratar-se de um procedimento normal em eventos como este. Felizarda Jorge jogou até agora 47 minutos, sendo 23 contra a Turquia e 24 diante dos Estados Unidos, tendo marcado 10 pontos no total. A base Madalena Felix jogou 12 minutos, três contra a Turquia, nove frente aos Estados Unidos e marcou três pontos.
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