ANGOLA : Futuro de Gomez ainda é incerto

A direcção da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) deve recusar a renovação do vínculo contratual com o técnico francês Michel Gomez, que na última quinzena de Agosto assumiu a assessoria do seu gabinete técnico e das selecções nacionais, de acordo com Tony Sofrimento, chefe do Gabinete Técnico e de Formação. O contrato que liga Michel Gomes à direcção da FAB expira a 30 do mês em curso.

Questionado sobre a continuidade do técnico francês como assessor do gabinete técnico da FAB e das selecções nacionais, Tony Sofrimento considerou difícil que Michel Gomez se mantenha nas suas novas funções. “De facto, confirmo que o contrato do técnico francês Michel Gomez com a direcção da Federação termina a 30 do mês em curso. Vamos deixar que este período passe e só assim nos iremos pronunciar.
Mas, devo-lhe assegurar que dificilmente o técnico francês se manterá connosco”, finalizou o executivo da FAB ao Jornal dos Desportos.Michel Gomes ,que tinha sido contratado pela direcção da FAB em Maio último, a fim de apurar a Selecção Nacional de basquetebol aos Jogos Olímpicos de Londres, no Campeonato Africano das Nações, disputado em Madagáscar, foi afastado do cargo de seleccionador nacional a meio da competição, em face das mas exibições do cinco nacional.
Com o seu afastamento do cargo de seleccionador nacional, Michel Gomez foi incumbido de assessorar o gabinete técnico da FAB e das selecções nacionais pelo elenco liderado por Gustavo da Conceição.A Selecção Nacional ocupou o segundo lugar do Campeonato Africano das Nações, falhando a qualificação directa aos Jogos Olímpicos de Londres. Assim, os decacampeões africanas, que buscam a sexta presença consecutiva na maior cimeira desportiva mundial, vão disputar o torneio pré-olímpico, em Julho de 2012.
Associações insatisfeitas com a gestão da federação

As associações de basquetebol do Bengo, Benguela, Bié, Huíla, Huambo, Luanda e Namíbe estão descontentes com o modo de gestão do actual elenco federativo, liderado por Gustavo da Conceição. Os presidentes e secretários-gerais dessas associações, reunidos no último fim-de-semana, na cidade do Lubango, para discutir o desempenho da Selecção de basquetebol durante o último Afrobasket, manifestam, em comunicado, o desejo de ver a modalidade como uma marca do povo angolano e não de prestígio individual.



Aqueles agentes desportivos exigem mudanças urgentes na FAB. “As associações demonstram o seu descontentamento pela forma como está a ser gerida a modalidade pelo actual elenco da Federação Angolana de Basquetebol ”, referiu o comunicado final do encontro, o terceiro realizado por aquelas associações.



O encontro recomendou ainda uma reflexão profunda sobre a realidade do basquetebol nacional e sobre os métodos de contratação e convocação das selecções nacionais nos seus diversos escalões. Os responsáveis daquelas associações provinciais defenderam a continuidade dessas reuniões por formas a revitalizar a modalidade em toda a extensão do território nacional. Desse modo, o quarto encontro vai decorrer em Luanda, em data a anunciar.

Apesar do segundo lugar alcançado pela Selecção Nacional no recém terminado Campeonato Africano das Nações, realizado em Madagáscar, os homens ligados à modalidade nestas províncias enalteceram o empenho dos jogadores angolanos durante a prova.O estado actual da modalidade nas respectivas províncias, os apoios financeiros que a federação tem de prestar aos seus filiados, as inscrições dos atletas e a adulteração de idades nos escalões de formação, foram alguns dos assuntos analisados no encontro do Lubango.

Gaudêncio Hamelay, no Lubango.