Africa Basquetebol

25 novembro 2010

ANGOLA : Nacional com mais candidatos, um estreante e dois regressos de peso


O regresso do Interclube à lista de candidatos ao título, aumentando para quatro, os retornos de Eduardo Mingas e Carlos Morais ao conjunto da polícia e Petro de Luanda, respectivamente, a desistência do Desportivo da Huíla e a entrada de uma nova equipa de Luanda (Vila Estoril) são os factos mais marcantes da 33ª edição do Campeonato Nacional de basquetebol sénior masculino, que começa sexta-feira com os mesmos moldes de disputa.

Os "polícias", cinco anos depois de terem terminado na segunda posição, assumem-se como candidatos aos lugares cimeiros. Com um plantel equilibrado, ao mesmo nível que dos seus principais opositores (1º de Agosto, Libolo e Petro), o Interclube vai tentar esta temporada voltar a fazer parte do restrito lote dos "grandes".

Lifetu Selengue, José Nascimento, fora os estrangeiros, são duas das contratações mais sonantes do conjunto agora treinado por José Carlos Guimarães. São dois jogadores com credenciais no basket angolano e dispensam qualquer apresentação. Mas o reforço de vulto da equipa afecta ao Ministério do Interior é o tri-campeão africano, pela selecção angolana, Eduardo Mingas.

Cinco anos depois de ter trocado o Inter pelo Petro de Luanda, o poste de 31 anos de idade regressa a uma casa que conhece bem. Foi na formação da "polícia" onde o atleta de 1,98 metros se destacou no basquetebol, tendo "levado" o clube a alcançar as melhores classificações de sempre, quer a nível interno como externo, uma vez que se sagrou vice-campeão africano e nacional.

Quem também regressou à casa que o lançou para ribalta (Petro de Luanda) foi o extremo Carlos Morais. Depois de uma época ao serviço do Libolo, o jogador de 1,92 metros e 24 anos de idade está de volta ao conjunto "tricolor", com a qual assinou contrato de dois anos. O seu retorno veio como um "balão" de oxigénio para os adeptos do clube que voltam a acreditar na reconquista do título.

Por outro lado, o Desportivo da Huíla não resistiu as dificuldades financeiras e "abandonou" o barco. Sem conseguir grandes resultados durante o período que esteve representado no nacional, a formação orientada por Manuel Trovoada desistiu.

Ainda assim, o Campeonato Nacional continuará a ser disputado por 12 equipas, uma vez que Luanda passa a contar com mais um representante. Trata-se da equipa da Vila Estoril que, depois de competir no provincial, aceitou o desafio da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) de disputar a prova maior.

Sem grandes objectivos, numa primeira fase, a intenção, segundo os dirigentes, é participar apenas sem pensar nos resultados e dar prazer dos moradores da vila, que constituem maior parte do plantel, de jogarem diante das principais referências do basquetebol angolano.

Quanto aos moldes de disputa a "Final Four" mantém-se, ou seja a prova disputar-se-á em duas fases (regular e final). Na primeira as 12 equipas defrontar-se-ão no sistema de todos contra todos a duas voltas. A equipa vencedora receberá um valor equivalente a 10 mil dólares.

De seguida, as mesmas 12 equipas, divididas em dois grupos (A e B), voltam a jogar entre si no sistema de todos contra todos a uma volta. O primeiro grupo é formado pelas seis melhores classificadas, ao passo que do 7º ao 12º constituem o segundo grupo.

A equipa vencedora do A fica apurada para "Final Four", onde entra com o bónus de um ponto de vantagem, seguido pelas restantes três.

Já na fase final, as quatro equipas jogam entre si no sistema de todos contra todos a quatro voltas e a melhor classificada sagra-se campeã. A todos os clubes representados na Final Four ser-lhes-á atribuído um valor equivalente a 10 mil dólares.