MOÇAMBIQUE : LIGA NACIONAL VODACOM - Fer. Maputo, 73 - Maxaquene, 78 : Cada segundo foi preciosíssimo…
SE, nas novelas, tudo acaba em beleza, com “todo o mundo” a casar-se; nas partidas de basquetebol, pelo menos as que são equilibradas, os derradeiros segundos são sempre os mais marcantes e aqueles que ficam gravados na retina dos espectadores. Pois bem, os que assistiram a este empolgante desafio, seguramente que ainda se recordam da titânica discussão mesmo à beira da buzina, com tudo de imprevisível e de caricato a acontecer: incríveis perdas de bola, paragens de segundo a segundo, perigosíssima aproximação dos “locomotivas”, no entanto, invariavelmente, compensada pelas faltas ganhas pelos “tricolores” e bem aproveitadas para a construção desta épica vitória.
A ganhar nos momentos finais, cabia ao Maxaquene gerir a vantagem constantemente ameaçada. A turma do espanhol Josseba Garcia soube fazê-lo de forma inteligente, mas também, reconheça-se, sob extremo sacrifício. Viu-se, claramente, que o Ferroviário possui uma extraordinária capacidade de aguentar as vicissitudes sem nunca vergar. É que, caso contrário, os “tricolores” teriam vencido por uma margem mais folgada, tendo em conta a sua avalanche de lances ofensivos e bem urdidos.
Do ponto de vista global, o Maxaquene podia se dar por feliz. O seu leque de opções é mais vasto, comparativamente ao do adversário. Fernando Manjate, Samora Mucavele, Heric Banda, Jason Hartford, sobretudo estes, aos quais se juntavam Sílvio Letela, Cesário Chipepo, Stélio Nuaila e Abel Mabetene, em termos numéricos, permitiam ao seu “coach” poder rodar a equipa sem estar perder a sua capacidade competitiva, enquanto Carlos Alberto Niquice praticamente se limitava às mesmas unidades, nomeadamente Octávio Magoliço, Gerson Novela – a dupla que realmente faz a diferença no “cesto” – Quinton Denissen, Noe Mothiba e Beto Macuácua, que, incompreensivelmente, esteve muito tempo no banco.
Sempre equilibrado – dificilmente se chegou a uma vantagem de 10 pontos – e com o Maxaquene no comando das operações, estava claro que somente nos últimos minutos se acharia o vencedor. O Ferroviário usou da sua astúcia e da grande qualidade atlética dos seus artistas para protagonizar o “volte-face” no marcador, mas os “tricolores”, mais frescos, humildes e sem galanteios, fizeram o seu jogo de forma calculista e a fazerem-se às faltas, situação determinante para o desfecho da contenda, pois o Maxaquene acabou por desfrutar da maior posse do esférico.
Pressionados por ambos os times, nas quatro linhas, e pelos dirigentes e adeptos, na bancada, os árbitros, nalgum momento, “perderam a cabeça”, principalmente o jovem Mário Getimane, ainda à procura de um lugar ao sol nesta classe.
FICHA DO JOGO
Árbitros: Artur Bandeira, Naftal Chongo e Mário Getimane
FERROVIÁRIO (73) – Ricardo Alípio (3), M. Sobrinho (0), Jerónimo Bispo (1), Recildo Boane (0), Beto Macuácua (9), Octávio Magoliço (22), Novela (1), Quinton Denissen (9), Neo Mothiba (5), Edson Monjane (2), Helénio Machanguana (0) e Gerson Novela (21)Treinador: Carlos Alberto Niquice
MAXAQUENE (78) – Fernando Manjate (19), Manuel Uamusse (0), Samora Mucavele (14), Sílvio Letela (3), Heric Banda (20), Siade Cossa (1), Ivan Cossa (3), Stélio Nuaila (4), Abel Mabetene (3), Jason Hartford (8), Cesário Chipepo (3) e Aniceto Honwana (0)
Treinador: Josseba Garcia
Marcha do marcador: 18-22, 33-36, 52-54, 73-78.
* Alexandre Zandamela
A ganhar nos momentos finais, cabia ao Maxaquene gerir a vantagem constantemente ameaçada. A turma do espanhol Josseba Garcia soube fazê-lo de forma inteligente, mas também, reconheça-se, sob extremo sacrifício. Viu-se, claramente, que o Ferroviário possui uma extraordinária capacidade de aguentar as vicissitudes sem nunca vergar. É que, caso contrário, os “tricolores” teriam vencido por uma margem mais folgada, tendo em conta a sua avalanche de lances ofensivos e bem urdidos.
Do ponto de vista global, o Maxaquene podia se dar por feliz. O seu leque de opções é mais vasto, comparativamente ao do adversário. Fernando Manjate, Samora Mucavele, Heric Banda, Jason Hartford, sobretudo estes, aos quais se juntavam Sílvio Letela, Cesário Chipepo, Stélio Nuaila e Abel Mabetene, em termos numéricos, permitiam ao seu “coach” poder rodar a equipa sem estar perder a sua capacidade competitiva, enquanto Carlos Alberto Niquice praticamente se limitava às mesmas unidades, nomeadamente Octávio Magoliço, Gerson Novela – a dupla que realmente faz a diferença no “cesto” – Quinton Denissen, Noe Mothiba e Beto Macuácua, que, incompreensivelmente, esteve muito tempo no banco.
Sempre equilibrado – dificilmente se chegou a uma vantagem de 10 pontos – e com o Maxaquene no comando das operações, estava claro que somente nos últimos minutos se acharia o vencedor. O Ferroviário usou da sua astúcia e da grande qualidade atlética dos seus artistas para protagonizar o “volte-face” no marcador, mas os “tricolores”, mais frescos, humildes e sem galanteios, fizeram o seu jogo de forma calculista e a fazerem-se às faltas, situação determinante para o desfecho da contenda, pois o Maxaquene acabou por desfrutar da maior posse do esférico.
Pressionados por ambos os times, nas quatro linhas, e pelos dirigentes e adeptos, na bancada, os árbitros, nalgum momento, “perderam a cabeça”, principalmente o jovem Mário Getimane, ainda à procura de um lugar ao sol nesta classe.
FICHA DO JOGO
Árbitros: Artur Bandeira, Naftal Chongo e Mário Getimane
FERROVIÁRIO (73) – Ricardo Alípio (3), M. Sobrinho (0), Jerónimo Bispo (1), Recildo Boane (0), Beto Macuácua (9), Octávio Magoliço (22), Novela (1), Quinton Denissen (9), Neo Mothiba (5), Edson Monjane (2), Helénio Machanguana (0) e Gerson Novela (21)Treinador: Carlos Alberto Niquice
MAXAQUENE (78) – Fernando Manjate (19), Manuel Uamusse (0), Samora Mucavele (14), Sílvio Letela (3), Heric Banda (20), Siade Cossa (1), Ivan Cossa (3), Stélio Nuaila (4), Abel Mabetene (3), Jason Hartford (8), Cesário Chipepo (3) e Aniceto Honwana (0)
Treinador: Josseba Garcia
Marcha do marcador: 18-22, 33-36, 52-54, 73-78.
* Alexandre Zandamela
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