Africa Basquetebol

18 outubro 2006

MOÇAMBIQUE : Campeonato da Cidade de Seniores - Maxaquene: a coroa merecida ao velho rei


UMA vez rei... sempre Majestade! Numa prova que teve todos os condimentos para realmente ser catalogada de altamente competitiva, quando falta apenas uma jornada para o seu epílogo, a coroa já assenta muito bem ao Maxaquene, o velho rei que primou pela regularidade e suplantou tudo e todos no Campeonato de Basquetebol de Seniores Masculinos da Cidade de Maputo/Aeroportos de Moçambique. É o prémio justo e merecido àquela formação que, bem ao estilo do seu treinador, o jovem Horácio Martins, se bateu com galhardia e acima de tudo soube, nos momentos capitais do certame, superar as adversidades, nomeadamente nos encontros com o principal rival Ferroviário e até mesmo diante do Desportivo, o seu vizinho que está na corda bamba e corre seriamente o risco de não marcar presença no Campeonato Nacional, a decorrer entre 11 e 18 do próximo mês de Novembro, na cidade da Beira.


À semelhança do Moçambola, o pretérito fim-de-semana era de decisões no campeonato basquetebolístico. No futebol, nada ficou claro, pois os “locomotivas” ganharam aos "alvi-negros" e tudo ficou remetido para uma próxima ocasião. Na bola-ao-cesto não houve lugar para quaisquer adiamentos. Os "tricolores", com a determinação, lucidez e clarividência que lhes são peculiar, resolveram a questão do título na noite de sexta-feira, quando venceram o Ferroviário por dois pontos (41-39), números de certo modo baixos para dois conjuntos desta estirpe, porém, suficientes para o troféu ficar nas vitrinas maxaquenenses. Trata-se de um título que evidencia eloquentemente a forma mordaz como os "tricolores" se bateram ao longo do campeonato. É verdade que o início da prova foi iminentemente "locomotiva", contudo, quando Horácio Martins e seus pupilos decidiram entrar em liça e atirar para as quatro linhas todas as suas qualidades, os triunfos começaram a chover a cântaros, contrariando algumas vicissitudes que lhes surgiram pelo caminho.
ASCENSÃO "CANARINHA"
O Ferroviário, este, nalgum momento a revelar palidez, soube, entretanto, superar-se a si próprio, tendo regressado à normalidade. Terá contribuído sobremaneira o facto de ter efectuado uma segunda volta sem mácula, altura em que, inclusive, logrou bater o Maxaquene e alcançar-lhe no comando. Passava, então, a equipa de Carlos Alberto Niquice (Bitcho), por uma fase de intranquilidade, com o agravante de não ter ido à Taça dos Campeões de África, em Kinshasa, devido à crise política que se vive na RD Congo, o que de certo modo terá afectado psicologicamente os jogadores, naturalmente desejosos de competir numa prova continental. Mas a maior ovação terá de ir, indubitavelmente, para a ascensão meteórica do Costa do Sol, que, sobretudo na segunda e terceira voltas, evidenciou um crescimento extraordinário, o que revela o também magnífico trabalho levado a cabo pelo técnico Milagre Macome, ao conseguir montar um grande "time" praticamente a partir do nada. Os "canarinhos", com todo o mérito, qualificaram-se para o "Nacional", para onde já haviam ganho o direito Maxaquene e Ferroviário. Idêntica situação é vivida pela Académica que, particularmente nesta ponta final do campeonato, registou excelentes resultados, catapultando a turma de Miguel Guambe para uma posição de hoje estar a discutir, de peito aberto, um lugar na prova máxima, em luta com o irreconhecível Desportivo. Aliás, quis o destino que estas duas formações se encontrassem precisamente na derradeira jornada, este fim-de-semana, para a decisão da quarta equipa apurada para Beira.
Resultados:
13ª jornada
Costa do Sol, 60-Académica, 33
Maxaquene, 41-Ferroviário, 39
Conseng, 58-Desportivo, 75
14ª jornada
Conseng, 32-Cossta do Sol, 53
Ferroviário, 59-Académica, 63.

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