Africa Basquetebol

31 maio 2014

MOÇAMBIQUE : LIGA NACIONAL DE BASQUETEBOL: Decisão do título só amanhã

O CAMPEÃO da Liga Nacional de Basquetebol da edição 2013/2014 será conhecido na noite de amanhã com a realização da finalíssima entre os Ferroviários de Maputo e da Beira, em virtude do empate que prevalece depois da disputa de dois dos três “play-offs” previstos para a decisão do título. O Ferroviário de Maputo venceu ontem o seu homónimo da Beira, por 74-61, depois de sair derrotado no primeiro “play-off” disputado na noite de quinta-feira, por 72-62.
Enquanto isso, o Desportivo venceu, à tangente, o jogo com o Costa do Sol (79-78) para o apuramento do terceiro lugar. Pio Matos Júnior deu o golpe de misericórdia ao encestar nos últimos segundos da contenda, superando a desvantagem de dois pontos que prevalecia no marcador.
É caso para dizer que teremos, a partir das 19:00 horas de amanhã, uma noite desportiva muito emotiva, quando os “locomotivas” da capital e da Beira descerem ao Pavilhão do Maxaquene para o tira-teimas. Tivemos ontem um Ferroviário de Maputo com outra disposição, mas encontrou a devida resposta dos beirenses, motivados pela vantagem conseguida no primeiro dia. Mesmo assim, os “locomotivas” empreenderam esforço elevado para travar a força ofensiva dos beirenses, com os temíveis Jeffrey Fahnbulleh e Octávio Magoliço a encontrar uma forte resistência de Edson Monjane e Custódio Muchate. Foi espectacular a batalha travada entre os postes dos ambos lados, tanto na cobertura do garrafão, bem como os ressaltos ofensivos. A disputa homem-a-homem chegou a elevar os ânimos, com algumas tendências para vias de facto.
Por outro lado, assistiu-se de ambos lados as grandes investidas dos extremos de cada lado, com tentativas de encestar a partir da linha limite do grande círculo e algumas penetrações para o pequeno círculo, protagonizados, do lado dos “locomotivas” da capital, por Emelindo Novela, e, do lado contrário, por Ismael Nurmamad. Neste aspecto, o Ferroviário de Maputo foi o mais atrevido, mas a alternância ofensiva foi constante, com o norte-americano a chamar a si a responsabilidade de empurrar o adversário para o pequeno círculo, donde ganhava alguns ressaltos ofensivos e falta que lhe valeram a lançamentos livres que contribuíram para que os beirenses continuassem a acreditar na revalidação do título conquistado na edição 2012/2013. 
Aliás, entraram bem no jogo, ganhando o primeiro período com a diferença mínima (22-20). Aliás, durante este período, os beirenses souberam defender em contra-ataque rápidos, o que não acontecia com o seu oponente, que, inicialmente, acusou nervosismo falhando em situações de vantagem numérica no ataque e nalguns lances livres.
Veio o segundo período, e os maputenses foram melhorando de rendimento e, com um sistema defensivo de um para um, os jogadores mais preponderantes dos beirenses tiveram dificuldades de mobilidade ofensiva e Jeffrey Fahnbulleh teve usar os seus comedimentos para chegar à zona de finalização. Suou muito, à semelhança de Octávio Magoliço, para conseguir pontuar. Enquanto os beirenses valem pelo seu cinco, que resiste até às últimas consequências, os maputenses notabilizaram-se pelo conjunto, dai que foi possível que o técnico dos “locomotivas” de capital, Horácio Martins, refrescasse a equipa com os jogadores mais novos, mas mantendo o mesmo ritmo de jogo. Jogadores como Orlando Novela, que concretizou dois de três lançamentos triplos, enquanto Luís Barros concretizada duas das sete tentativas. Foi assim que deu a volta ao resultado. Aliás, desde que ficou à frente do marcador nunca mais recuou, apesar de forte oposição e ligeira recuperação dos “locomotivas” da capital. Foi a partir do segundo período que tomou as rédeas de jogos, vencendo por 42-35.
Daqui para a frente, assistiu-se a luta bem forte. Foi no terceiro período que o talento maputense veio ao de cima, com alguns jogadores que não fazem parte do cinco base, casos de Ivan Cossa e Helton Ubisse, tomarem conta de recado. Com est5e ritmo, o Ferroviário chegou ao fim do terceiro período com a vantagem de 12 pontos (60-52). Mas, terá sido no decurso do quarto e último período que a “locomotiva” da capital estremeceu, pois perdia dois postes basilares por acumulação de faltas. Trata-se de Edson Monjane e o “capitão” Custódio Muchate, que atingiram a quinta falta, que dá direito a expulsão do jogo.
Horácio Martins não estremeceu, confiou na jovem rapaziada, que, endiabrada, surpreendeu tanto a defender, bem como a atacar, fixando o resultado final, por 74-51, portanto forçando a decisão do título para o terceiro “play-off”, ou seja, para o desempate no domingo.          
SALVADOR NHANTUMBO

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