Africa Basquetebol

25 agosto 2007

ANGOLA : Afrobasket2007: Final / Inteligência e colectivismo podem dar nono título

Esta noite a selecção nacional tem de redobrar o colectivismo, a concentração e inteligência para tentar superar os Camarões, no jogo da final do 24º campeonato africano sénior masculino de basquetebol, marcado para as 19h00 no pavilhão da Cidadela, em Luanda.

Nesta final, que garante o passe para os jogos olímpicos de 2008, de um lado está o país que mais títulos africanos conquistou e que já esteve em 10 finais, tendo ganho oito. Desde 1989, quando conseguiu o seu primeiro título, nunca mais perdeu uma final. Arrebatou as medalhas de ouro em todas as edições seguintes (1991, 1993, 1995, 1999, 2001, 2003, 2005). Em 1997, os angolanos não atingiram a final.

Angola é também o país que mais vezes representou África nos jogos olímpicos, evento que participa consecutivamente a quatro edições, desde a estreia em Barcelona1992.

Na actualidade, esta selecção nacional - integrada só por jogadores que actuam no país e de apenas dois clubes (Petro de Luanda e 1º de Agosto) – vive uma fase de rejuvenescimento, além de ser comandada por um técnico estreante.

Será a primeira final sem Ângelo Victoriano (retirado), o único jogador que participou nas oito conquistas de Angola. Também não terá os técnicos que amealharam os triunfos no Afrobasket, Mário Palma (4), Victorino Cunha (3) e Wlademiro Romero (1). O seu sucessor, Alberto de Carvalho vai dirigir a sua primeira final Africana como treinador principal num Afrobasket. em 1980, foi adjunto no campeonato africano júnior ganho por Angola no mesmo recinto.

Este grupo, que já tem assegurado o apoio de mais de seis mil adeptos, tem de actuar com muita inteligência, paciência e concentração para superar um estreante que se apresenta sem qualquer pressão na sua primeira decisão de um troféu africano.

Depois de 16 anos fora desde convívio onde o melhor que tiveram foi um quarto lugar em 1974, os Camarões estão em Luanda sendo metade da equipa jogadores de universidades norte-americanas (incluindo o treinador principal) e de campeonatos franceses. Apenas dois atletas jogam na terra natal. Em face disso, é evidentemente uma equipa com um basquetebol diferente do praticado em África.

À sua capacidade físico-atlética, característica dos africanos, associam já uma técnica e cultura “americanizada”, destacando-se o poder de concretização e de ressaltos. A falta de pressão nos encontros que até agora disputou, incluindo com o Egipto nas meias-finais, não permitiu testar a sua capacidade de reacção ante forte pressão defensiva – uma das armas da selecção de Angola. Entretanto, alguma disciplina táctica e o factor motivação por estar numa final sem obrigação de vencer podem tornar os camaroneses um adversário difícil para os anfitriões.

Se a selecção nacional adoptar como prioridade o jogo colectivo, algo que tem sido em certos momentos preterido a favor do individualismo, em busca de protagonismo individual, e se jogar rápido poderá contornar as deficiências que tem, nomeadamente na capacidade físico-atletica da equipa, claramente inferior aos Camarões.

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