ANGOLA : Falta de documentos das equipas mancha campeonatos de iniciados
Os Campeonatos Nacionais de basquetebol, nos escalões de iniciados femininos e masculinos, que a cidade do Lubango acolhe desde o passado dia 10, estão a ser manchados pela não apresentação dos documentos dos atletas, por parte das formações participantes.Esta situação tem preocupado os técnicos das equipas presentes na competição. O treinador da equipa feminina do 1º de Agosto, André Manuel, contestou publicamente a falta de apresentação dos Bilhetes de Identidade e cartões de licença das atletas utilizadas pelo Benfica Petróleo do Lubango, no jogo referente à quarta jornada, em que a sua formação perdeu por 46-74.
Para o técnico da formação militar, trata-se de uma atitude preocupante para o futuro do basquetebol angolano e sublinhou ser extremamente complicado para as equipas a falta de apresentação dos bilhetes de identidade e nem cartões de licença dos seus atletas, o que viola o acordado na reunião técnica.Por outro lado, considerou bom o nível competitivo da prova, porquanto os atletas possuem excelentes qualidades técnicas, tácticas e físicas. A única questão que mancha o campeonato, no seu entender, é a suposta utilização de atletas com idades falsas.
“Aconselho a organização a preocupar-se com as idades dos petizes”, disse. André Manuel afirmou que existem atletas a participar nestes nacionais com idade superior à exigida. “Há aqui atletas que não têm idade para jogar neste escalão. Isso é que nos preocupa.Temos que zelar por esta situação o mais urgentemente possível, porque houve uma reunião técnica na qual discutimos e acertámos que as equipas devem apresentar as licenças ou então Bilhetes de Identidades. E até hoje não apresentam. Isto é muito preocupante para o basquetebol”, assinalou.
O treinador acusou a formação do Benfica Petróleo do Lubango, como uma das equipas onde há atletas que jogaram nos torneios escolares e não apresentaram bilhetes de identidades nem licenças na prova que decorre na Huíla.Acrescentou que não sabe a razão pela qual a equipa da casa não apresenta esses documentos para estar uniformizada e sublinhou que quem organiza os campeonatos nacionais deve estar preparado, para poder dar o exemplo aos visitantes.
Antigas Estrelas angolanas realizam acção comunitária
As antigas estrelas do basquetebol angolano deslocaram-se no sábado à comuna da Terra Nova (município do Rangel) para participarem na inauguração de uma quadra de jogos, para a qual o ministro da Administração Pública Emprego e Segurança Social, Pitra Neto, fez o corte da fita.Na ocasião, defrontaram-se Amigos de Afonso Silva e Amigos de Aníbal Moreira, dois antigos atletas da selecção nacional e moradores da comuna da Terra Nova. A estes juntaram-se outros atletas do município e não só, com destaque para Miguel Lutonda, Ângelo Victoriano, Benjamim Avó, Edmar Victoriano “Baduna”, Victor de Carvalho, Eurico Júnior, Walter Costa entre outros.
Os Amigos de Afonso Silva venceram por 54-49, num desafio ajuizado pelo árbitro internacional David Manuel.
O acto, realizado pela Organização Não-Governamental Acção Humanitária Angola Unida (ACHAU), contou ainda com a presença de várias entidades políticas e desportivas.Além da quadra de basquetebol foram inaugurados quatro ginásios comunitários no mesmo município.
Com 12 anos de existência, a ACHAU tem como objectivo apoiar e executar projectos do âmbito social na área da saúde, educação, ambiente, desporto e cultura.No final, Afonso Silva mostrou-se regozijado com a iniciativa, realçando o facto de servir para a ocupação da juventude nos tempos livres, e promover o interesse dos adolescentes na prática do basquetebol.
“Comecei a jogar basquetebol nas ruas da Terra Nova e tornei-me um jogador de nível internacional. Desta quadra podem sair futuros Badunas, Lutondas. Por outro lado, há escassez de pavilhões nos municípios e este vem numa altura em que a modalidade precisa de novos talentos”, frisou.“Nós, os ex-praticantes, estamos dispostos a passar o testemunho aos mais novos para sustentarem as equipas e a selecção nacional”, acrescentou o antigo jogador da Nocal, ASA e 1º de Agosto.
Por sua vez, Aníbal Moreira, campeão africano pela selecção nacional como jogador e técnico, destacou a importância que a obra tem para a juventude e mostrou-se disponível a apoiar acções que visem promover o desporto nacional, tanto a nível profissional como amador.“Somos exemplo para muitos jovens e isso deve reflectir-se nos nossos actos.
A construção de mais uma quadra de basquetebol pode reduzir o índice de delinquência e alcoolismo e aumentar o interesse dos mais novos, independentemente do sexo, no desporto, sendo uma actividade saudável”, sublinhou.Da mesma opinião é o presidente da ACHAU, Emanuel Dias, que apontou a erradicação do consumo de drogas e álcool, além de elevar a qualidade de vida, como principal objectivo na construção da quadra.
Coordenador da prova desdramatiza situação
O coordenador técnico dos Campeonatos Nacionais de basquetebol feminino e masculino, Aurélio Moisés “Lellas”, desdramatizou a preocupação manifestada pelo técnico principal da equipa do 1º de Agosto e esclareceu que a comissão disciplinar vai trabalhar no caso para se pronunciar nos próximos dias.Explicou que a documentação dos atletas do Benfica Petróleo do Lubango está em posse da associação provincial e contou que com excepção do Sporting de Benguela, nenhuma equipa estaria em condições de participar nestes nacionais se não apresentasse os documentos.
Aurélio Moisés disse que o técnico do 1º de Agosto protesta por uma realidade quando comete outro erro. Lembrou que se a formação militar estivesse completamente legal devia reclamar o jogo diante do Benfica do Lubango.“Os atletas do 1º de Agosto que participam neste campeonato também não trouxeram qualquer documentação. Mas o técnico do 1º de Agosto é livre de assinar o protesto. O que está acordado, já que havia equipas de Luanda sem documentos, é que estas deviam entrar em contactos com a Federação Angolana de Basquetebol (FAB) porque realmente havia documentação na federação. Porém, ficou assente que as equipas ficavam sancionadas caso não apresentassem os documentos até ao fim da primeira fase e que não devem transitar”, explicou.
Caso essa decisão não fosse tomada, nenhuma formação “estaria aqui a participar, com excepção do Sporting de Benguela que tem tudo completo”.No tocante à questão de adulteração de idades, que tem merecido controvérsia por parte de alguns técnicos, Aurélio Moisés “Lellas”, disse ser um problema antigo. “As pessoas contestam mas nunca apresentam uma prova de ilegalidade da documentação apresentada pelos atletas. Enquanto isso não acontecer a organização não pode fazer nada. Agora, olhar para um determinado atleta e dizer a idade que tem, isso não funciona, uma vez que todos possuem bilhetes oficiais”, esclareceu.Perante este problema de ordem administrativa, sustentou que a comissão criada há dias para fazer a inspecção e verificação da documentação dos atletas participantes nos campeonatos, não pode fazer nada. GH
Para o técnico da formação militar, trata-se de uma atitude preocupante para o futuro do basquetebol angolano e sublinhou ser extremamente complicado para as equipas a falta de apresentação dos bilhetes de identidade e nem cartões de licença dos seus atletas, o que viola o acordado na reunião técnica.Por outro lado, considerou bom o nível competitivo da prova, porquanto os atletas possuem excelentes qualidades técnicas, tácticas e físicas. A única questão que mancha o campeonato, no seu entender, é a suposta utilização de atletas com idades falsas.
“Aconselho a organização a preocupar-se com as idades dos petizes”, disse. André Manuel afirmou que existem atletas a participar nestes nacionais com idade superior à exigida. “Há aqui atletas que não têm idade para jogar neste escalão. Isso é que nos preocupa.Temos que zelar por esta situação o mais urgentemente possível, porque houve uma reunião técnica na qual discutimos e acertámos que as equipas devem apresentar as licenças ou então Bilhetes de Identidades. E até hoje não apresentam. Isto é muito preocupante para o basquetebol”, assinalou.
O treinador acusou a formação do Benfica Petróleo do Lubango, como uma das equipas onde há atletas que jogaram nos torneios escolares e não apresentaram bilhetes de identidades nem licenças na prova que decorre na Huíla.Acrescentou que não sabe a razão pela qual a equipa da casa não apresenta esses documentos para estar uniformizada e sublinhou que quem organiza os campeonatos nacionais deve estar preparado, para poder dar o exemplo aos visitantes.
Antigas Estrelas angolanas realizam acção comunitária
As antigas estrelas do basquetebol angolano deslocaram-se no sábado à comuna da Terra Nova (município do Rangel) para participarem na inauguração de uma quadra de jogos, para a qual o ministro da Administração Pública Emprego e Segurança Social, Pitra Neto, fez o corte da fita.Na ocasião, defrontaram-se Amigos de Afonso Silva e Amigos de Aníbal Moreira, dois antigos atletas da selecção nacional e moradores da comuna da Terra Nova. A estes juntaram-se outros atletas do município e não só, com destaque para Miguel Lutonda, Ângelo Victoriano, Benjamim Avó, Edmar Victoriano “Baduna”, Victor de Carvalho, Eurico Júnior, Walter Costa entre outros.
Os Amigos de Afonso Silva venceram por 54-49, num desafio ajuizado pelo árbitro internacional David Manuel.
O acto, realizado pela Organização Não-Governamental Acção Humanitária Angola Unida (ACHAU), contou ainda com a presença de várias entidades políticas e desportivas.Além da quadra de basquetebol foram inaugurados quatro ginásios comunitários no mesmo município.
Com 12 anos de existência, a ACHAU tem como objectivo apoiar e executar projectos do âmbito social na área da saúde, educação, ambiente, desporto e cultura.No final, Afonso Silva mostrou-se regozijado com a iniciativa, realçando o facto de servir para a ocupação da juventude nos tempos livres, e promover o interesse dos adolescentes na prática do basquetebol.
“Comecei a jogar basquetebol nas ruas da Terra Nova e tornei-me um jogador de nível internacional. Desta quadra podem sair futuros Badunas, Lutondas. Por outro lado, há escassez de pavilhões nos municípios e este vem numa altura em que a modalidade precisa de novos talentos”, frisou.“Nós, os ex-praticantes, estamos dispostos a passar o testemunho aos mais novos para sustentarem as equipas e a selecção nacional”, acrescentou o antigo jogador da Nocal, ASA e 1º de Agosto.
Por sua vez, Aníbal Moreira, campeão africano pela selecção nacional como jogador e técnico, destacou a importância que a obra tem para a juventude e mostrou-se disponível a apoiar acções que visem promover o desporto nacional, tanto a nível profissional como amador.“Somos exemplo para muitos jovens e isso deve reflectir-se nos nossos actos.
A construção de mais uma quadra de basquetebol pode reduzir o índice de delinquência e alcoolismo e aumentar o interesse dos mais novos, independentemente do sexo, no desporto, sendo uma actividade saudável”, sublinhou.Da mesma opinião é o presidente da ACHAU, Emanuel Dias, que apontou a erradicação do consumo de drogas e álcool, além de elevar a qualidade de vida, como principal objectivo na construção da quadra.
Coordenador da prova desdramatiza situação
O coordenador técnico dos Campeonatos Nacionais de basquetebol feminino e masculino, Aurélio Moisés “Lellas”, desdramatizou a preocupação manifestada pelo técnico principal da equipa do 1º de Agosto e esclareceu que a comissão disciplinar vai trabalhar no caso para se pronunciar nos próximos dias.Explicou que a documentação dos atletas do Benfica Petróleo do Lubango está em posse da associação provincial e contou que com excepção do Sporting de Benguela, nenhuma equipa estaria em condições de participar nestes nacionais se não apresentasse os documentos.
Aurélio Moisés disse que o técnico do 1º de Agosto protesta por uma realidade quando comete outro erro. Lembrou que se a formação militar estivesse completamente legal devia reclamar o jogo diante do Benfica do Lubango.“Os atletas do 1º de Agosto que participam neste campeonato também não trouxeram qualquer documentação. Mas o técnico do 1º de Agosto é livre de assinar o protesto. O que está acordado, já que havia equipas de Luanda sem documentos, é que estas deviam entrar em contactos com a Federação Angolana de Basquetebol (FAB) porque realmente havia documentação na federação. Porém, ficou assente que as equipas ficavam sancionadas caso não apresentassem os documentos até ao fim da primeira fase e que não devem transitar”, explicou.
Caso essa decisão não fosse tomada, nenhuma formação “estaria aqui a participar, com excepção do Sporting de Benguela que tem tudo completo”.No tocante à questão de adulteração de idades, que tem merecido controvérsia por parte de alguns técnicos, Aurélio Moisés “Lellas”, disse ser um problema antigo. “As pessoas contestam mas nunca apresentam uma prova de ilegalidade da documentação apresentada pelos atletas. Enquanto isso não acontecer a organização não pode fazer nada. Agora, olhar para um determinado atleta e dizer a idade que tem, isso não funciona, uma vez que todos possuem bilhetes oficiais”, esclareceu.Perante este problema de ordem administrativa, sustentou que a comissão criada há dias para fazer a inspecção e verificação da documentação dos atletas participantes nos campeonatos, não pode fazer nada. GH
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