ANGOLA : Babo elogia atitude dos seus jogadores
Terminada que está a fase preliminar da 26ª edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol em seniores masculinos, o técnico principal da formação do Petro de Luanda, Alberto Babo, considerou que a sua equipa está agora mais preparada para atacar a última etapa da prova, fruto da mudança de atitude que os seus pupilos tiveram durante as últimas partidas. De acordo com o técnico português, que cumpre a sua terceira época no comando dos tricolores, a sua formação deu um salto qualitativo nas últimas partidas da fase preliminar, factor que pode ser determinante nesta etapa crucial da competição.
“Não há dúvida que estamos a crescer como equipa, estamos a melhorar fisicamente e há jogadores que já começam a encontrar o seu espaço de lançamentos, facto que nos deixa, obviamente, satisfeitos, dado os objectivos que traçámos para esta competição”, disse. Para o técnico petrolífero, na segunda volta da Liga dos Campeões Africanos, que arranca amanhã, a margem de erros deve ser reduzida drasticamente, sob pena de se gorarem os objectivos traçados para a referida competição. “Penso que a partir de segunda-feira (amanhã) não há mais margem para erros e acredito que os jogadores têm consciência disso, daí que, antes mesmo de terminar a fase preliminar conseguiram mudar de atitude”.
O nível competitivo apresentado pelas 12 equipas que disputam a Liga dos Clubes Campeões também mereceu uma análise ao técnico luso, que dirige pela segunda vez os petrolíferos da capital numa competição deste tipo. “No meu segundo ano de experiência numa prova do género, porque no primeiro estive no Ruanda, noto claramente que as equipas estão mais equilibradas. Note-se que os marroquinos são bastante rápidos e altos, e desenvolvem um basquetebol de elevado nível. Falo também dos tunisinos, nigerianos e, como é evidente, das equipas angolanas. Portanto, é uma competição mais equilibrada”.
Os petrolíferos da capital, que foram os vencedores do zonal VI de apuramento, prova disputada em Joanesburgo, África do Sul, perderam nas duas primeiras jornadas da fase preliminar desta edição. Na estreia, a equipa do Eixo Viário baqueou frente ao arqui-rival, por expressivos 90-69, ao passo que na segunda jornada perdeu por 76-86, diante do Etoile Sportive da Tunísia.
Técnico defende uniformização dos calendários
De modo a permitir que mais jovens integrem sistematicamente as equipas de seniores, a direcção técnica da Federação Angolana de Basquetebol deve uniformizar os calendários das competições nacionais, considera Alberto Babo. O técnico fez esta afirmação quando a comunicação social quis saber a sua opinião relativamente ao facto de os técnicos estarem a apostar em jogadores estrangeiros, pondo de parte a formação. “Há um problema grave, quanto a mim, em termos de trabalho da juventude e que está relacionado com o próprio calendário de provas entre aquilo que podemos chamar a primeira “liga” e a “liga” de juniores.
Eu entendo que o campeonato de juniores devia começar ao mesmo tempo que o campeonato nacional de seniores, porque se começasse ao mesmo tempo, terminava, como é obvio, ao mesmo tempo, e nesse espaço que vai entre o fim de uma época e o início da seguinte, íamos trazer esses jovens para as equipas principais desde que tivessem qualidades”. No actual quadro é completamente “impossível” ter-se jovens nas equipas de seniores porque o campeonato de juniores termina em Janeiro, que é exactamente o momento em que a prova de seniores começa a atingir o seu pico, ou seja, nessa altura os juniores ficam cerca de quatro meses sem competir e portanto sem ritmo para entrar na equipa principal. MC
“Miller” quer mais tempo de jogo
O poste do 1º de Agosto, Felizardo Ambrósio “Miller”, que foi preponderante na vitória da sua equipa, frente ao Royal Hoopers da Nigéria, por 95-69, tendo anotado 20 pontos, afirmou no final do desafio que precisa de mais tempo de jogo para mostrar as suas qualidades ao técnico Mário Palma. “Tenho sido pouco utilizado mas, graças a Deus, nas últimas partidas da fase preliminar tive mais tempo de jogo e procurei dar o meu melhor. Penso que preciso de mais tempo de jogo para mostrar as minhas qualidades ao treinador”, afirmou o jovem jogador de apenas 23 anos.
“Miller” tem sido a segunda opção de Mário Palma na presente temporada, recaindo a primazia da titularidade para o poste norte-americano Reggie Moore, uma das aquisições de luxo da equipa militar. Questionado sobre o nível competitivo desta edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos, o internacional angolano, bicampeão africano, afirmou que melhorou significativamente em relação à edição passada. “Este ano as equipas estão muito mais equilibradas, daí que, temos de ter muitas cautelas de forma a não sermos surpreendidos, porque queremos revalidar o ceptro continental”, asseverou Felizardo Ambrósio “Miller”. MC
Lutonda apaga 40 velas
Miguel Pontes Lutonda, um dos bases mais talentosos de Angola, vai comemorar no próximo sábado, o seu 40º aniversário, sendo por isso, o jogador mais “velho” da 26ª edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos. Por sua vez, o poste Joaquim Gomes “Kikas” comemora no dia 23 o seu 32º, ao passo que Felizardo Ambrósio “Miller” festeja o seu aniversário no dia da família, ou seja, a 25 de Dezembro. O jogador, que se estreou no “cinco” nacional com 19 anos, faz 24. Os atletas pretendem conquistar a 26ª edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos como prenda de Natal e deaniversário. MC
Petro confirma terceiro lugar
Com 34 pontos do internacional angolano Carlos Morais, dos quais 21 foram de lançamentos a longa distância, o Petro de Luanda reconfirmou o terceiro lugar do Grupo B, ao derrotar, ontem, no Pavilhão de Bouazzaoui, o Royal Hoopers da Nigéria, por expressivos 88-63, em partida referente à última jornada da fase preliminar da 26ª edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos, competição que decorre na região de Salé, Marrocos. O extremo-base dos petrolíferos da capital e da Selecção Nacional, que não terminou o encontro, em virtude de ter contraído uma lesão no pulso da mão esquerda (ver peça à parte), voltou a ser determinante no triunfo da equipa tricolor, depois de o ter sido no jogo de sexta-feira, frente ao Malabo Kings da Guiné Equatorial, que venceram por 107-51, contribuindo com 27 pontos.
Os nigerianos do Rayal Hoopers, que chegaram tarde à competição que arrancou a 12 do mês em curso, tendo feito quatro jogos em dois dias, numa média de duas partidas por dia, ainda conseguiram equilibrar nos dois primeiros períodos (23-17 e 36-34). No terceiro período, a formação da Nigéria quebrou fisicamente e os tricolores aproveitaram para dilatar o marcador, tendo vencido por um parcial de 32-15, sendo por isso a melhor fase da formação do Eixo-viário. Perante a superioridade dos pupilos de Alberto Babo, os nigerianos tiveram de se render à evidência dos factos.
Nos lançamentos de dois pontos, os angolanos conseguiram uma percentagem de 56 (24/43), contra 48 (12/25) do seu oponente. Nos lançamentos a longa distância, o Petro de Luanda conseguiu 38 por cento (8/21), contra 30 (8/27) do seu adversário. Nos lançamentos livres, os campeões nacionais em título superiorizaram-se com 76 por cento (16/21), ao passo que o Royal Hoopers obteve 65 (15/23). Nos ressaltos, o Petro de Luanda conseguiu 43, contra 25 do Royal. Carlos Morais, que foi o cestinha do desafio, com 34 pontos, teve 32 de valorização. Na formação nigeriana, Usaman esteve em destaque, contribuindo com 22 pontos. Na segunda partida do dia, o Etoile da Tunísia cilindrou o modesto Malabo Kings da Guiné Equatorial, por 127-61.
Ficha técnica
Pavilhão de Bouzzaoui: vazio
Arbitragem:Chilif Abd (Marrocos) e Safir Karim (Buruindi)
Petro de Luanda:Yuri Suingue (4), Carlos Morais (34), Roderick Nealy (16), Abdel Gomes (2), Roberto Fortes (7), Paulo Barros (12), Paulo Santana (2), Miguel Kiala (4), Hermegildo Santos (7), Vladimir Pontes (0), Simão Santos (0).
Treinador: Alberto Babo.
Royal Hoopers: Usaman (0), Dike (12), Daudu (2), Alekandra (1), Ohiero (5), Oyalade (2), Ochama (0), Oyeniyi (0), Usaman (22), Antihount (6), Aguara (9), Onmoye (4).
Treinador: Ogoh Odandu.
Marcha do marcador:
23-17, 36-34, 68-49, 88-63
Union Bank ou BC Mazembe no caminho do 1º de Agosto
As formações do Union Bank da Nigéria e do BC Mazembe da República Democrática do Congo, uma delas pode cruzar o caminho do 1º de Agosto, equipa que à entrada da última jornada da fase preliminar da Liga dos Clubes Campeões Africanos, liderava o Grupo B, com oito pontos, fruto de duas vitórias. A equipa militar despediu-se ontem da fase preliminar, frente ao CR Alhoceima de Marrocos. O Recreativo do Libolo, outro representante angolano, defrontou a equipa Al Ahly da Líbia. Ainda ontem, para a última ronda, jogaram BC Mazembe da RDC-Urunani do Burundi e o Union Bank da Nigéria defrontou o AS Salé de Marrocos.
Competição realiza hoje a primeira pausa
A 26ª edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos regista hoje a primeira pausa colectiva, antes da disputa dos quartos-de-final e das classificativas, que arranca já amanhã. Os quatro primeiros de cada grupo, no sistema cruzado, vão disputar os quartos-de-finais, ao passo que os dois últimos vão disputar as classificativas do nono ao 12º lugar. Angola tem oportunidade de trazer o trofeu. MC
Carlos Morais contrai lesão e é avaliado hoje pelo médico
Carlos Morais, uma das unidades que mais se destaca no Petro de Luanda, contraiu ontem uma lesão no pulso da mão esquerda, após uma queda numa disputa de bola com o seu adversário, e pode ser uma carta fora do “baralho” para o desafio dos quartos-de-final da 26ª edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos que começa amanhã, segunda-feira. Alberto Babo, técnico principal dos petrolíferos da capital, assegurou, em declarações à comunicação social, que o internacional angolano vai ser reavaliado hoje pela equipa médica dos tricolores, a fim de se aferir a gravidade ou não da lesão.
“É prematuro fazermos hoje (ontem) uma avaliação da lesão do Carlos Morais. Teve uma entorse no pulso da mão esquerda e amanhã vai ser reavaliado pela equipa médica”, assegurou o técnico petrolífero, que se mostrou muito confiante na recuperação do atleta, que tem sido a sua principal unidade, sem menosprezar os demais.
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