AFROBÁSQUETE MALI 2011- Ao som de Salif Keita vamos de vento em popa
SALIF Keita é um maliano oriundo de Djoliba, cuja música se encaixa perfeitamente em todo o tipo de gostos. Os seus sons acústicos fazem festa em Bamako e, embalando-se neles, a selecção nacional vai de vento em popa no Afrobásquete-2011, com triunfos briosamente conquistados. Ontem, foi o terceiro consecutivo, diante da Tunísia, pela marca de 69-53.
Num verdadeiro reencontro entre as potências basquetebolísticas do continente, duas semanas após a pomposa festa vivida em Maputo, por ocasião dos X Jogos Africanos, Moçambique é indiscutivelmente um dos candidatos sérios à conquista do título. É verdade que a fase de grupos pode não ser determinante para o futuro, no entanto, ela constituiu um indicativo claro em relação àquilo que irá acontecer quando chegar a etapa decisiva. E, neste caso, a nossa selecção tem estado irrepreensível.
Senão vejamos: depois de uma estreia pouco agradável, na sexta-feira, a despeito da vitória diante da Costa do Marfim por 69-69, após prolongamento, as pupilas de Carlos Alberto Niquice quiseram se juntar ao fim-de-semana festivo que se vive no país, em comemoração do Dia das Forças Armadas, com exibições de se lhe tirar o chapéu. No sábado, foi agradabilíssimo o comportamento das nossas atletas, não somente expresso no inequívoco triunfo sobre RD Congo pela marca de 76-55 como também na forma como o conjunto actuou, na sua globalidade, dando razão a ela própria sobre as excelentes qualidades que possui.
Se as congolesas já eram nossas conhecidas, porquanto foram adversárias derrotadas em Maputo, já as tunisinas encerravam uma incógnita que somente no terreno poderia ser decifrada. E tal aconteceu ontem, com as moçambicanas a não oferecerem tempo rigorosamente nenhum para que as magrebinas pudessem esgrimir os seus argumentos. A estratégia de “entrar a matar” só beneficiou plenamente a equipa, que chegou a desfrutar de uma vantagem de 21 pontos, para depois relaxar e permitir à Tunísia alguma recuperação.
À excepção de Deolinda Ngulela, o pulmão da equipa, que se ressentiu de uma ligeira lesão contraída no sábado, as unidades nucleares encheram o seu peito de orgulho pela forma como jogavam. Com Leia Dongue (Tanucha) destemida como sempre e a ganhar a maior parte dos ressaltos, Deolinda Gimo a acertar nos lançamentos, a selecção lançou-se para uma actuação a todos os títulos deslumbrante.
Aliás, tendo também Ana Flávia Azinheira, Anabela Cossa, Cátia Halar e Ruth Muianga em óptimo estado, o resto foi se impor diante das tunisinas, que na altura de pouco rendimento das moçambicanas, movido pela grande margem pontual que tinham, quiseram dar um arzinho da sua graça, porém, em vão.
Certamente com saudadas do maravilhoso público que sempre encheu os pavilhões do Desportivo e do Maxaquene, para no fim e em uníssono cantar o popular “salani”, ou seja, adeus, as moçambicanas não fugiram daquilo que já é sai imagem de marca: uma ponta final muitíssimo bem conseguida e com algum “show” de permeio, sob o acústico e agradável som de Salif Keita, o homem de Djoliba que, rejeitado pela própria família durante a infância, devido ao facto de ser “albino”, com a sua música tornou-se no cidadão maliano mais internacional da época contemporânea.
Atenção ao Mali
Depois da reedição, sábado, da final dos Jogos Africanos, entre Senegal e Angola, em que as “leoas” voltaram a ganhar, Moçambique e Mali protagonizam amanhã o segundo encontro entre dois candidatos à conquista do Afrobásquete-2011. Havia no seio de todos os participantes na prova algum receio em relação às malianas, uma que não se apresentaram com a equipa principal na Olimpíada continental, preferindo um estágio na França, tendo como objectivo a renovação do título e consequente apuramento para os Jogos Olímpicos de Londres-202.
Porém, em função daquilo que até aqui se viu, as anfitriãs não estão tão fortes como se vaticinava. Apresentam, sim, um time à altura de ganhar o campeonato, mas nada de extraordinário que possa apoquentar os seus adversários. Pois, é este Mali que amanhã se digladiará com as moçambicanas, para a discussão do primeiro lugar do Grupo “A”, já que ambos os conjuntos somam por vitórias os jogos disputados até ontem. O factor casa pode vir a ter peso para as malianas, no entanto, estamos em crer que a nossa selecção discutirá a vitória até às últimas consequências.
O Senegal, medalha de ouro nos Jogos Africanos, dispensa qualquer tipo de apresentação, pois saiu de Maputo com o mesmo charme directamente para Bamako. Após vencer Angola pela segunda vez, ontem, obteve um resultado que certamente ficará na história: 99-32 frente à Guiné.
Num verdadeiro reencontro entre as potências basquetebolísticas do continente, duas semanas após a pomposa festa vivida em Maputo, por ocasião dos X Jogos Africanos, Moçambique é indiscutivelmente um dos candidatos sérios à conquista do título. É verdade que a fase de grupos pode não ser determinante para o futuro, no entanto, ela constituiu um indicativo claro em relação àquilo que irá acontecer quando chegar a etapa decisiva. E, neste caso, a nossa selecção tem estado irrepreensível.
Senão vejamos: depois de uma estreia pouco agradável, na sexta-feira, a despeito da vitória diante da Costa do Marfim por 69-69, após prolongamento, as pupilas de Carlos Alberto Niquice quiseram se juntar ao fim-de-semana festivo que se vive no país, em comemoração do Dia das Forças Armadas, com exibições de se lhe tirar o chapéu. No sábado, foi agradabilíssimo o comportamento das nossas atletas, não somente expresso no inequívoco triunfo sobre RD Congo pela marca de 76-55 como também na forma como o conjunto actuou, na sua globalidade, dando razão a ela própria sobre as excelentes qualidades que possui.
Se as congolesas já eram nossas conhecidas, porquanto foram adversárias derrotadas em Maputo, já as tunisinas encerravam uma incógnita que somente no terreno poderia ser decifrada. E tal aconteceu ontem, com as moçambicanas a não oferecerem tempo rigorosamente nenhum para que as magrebinas pudessem esgrimir os seus argumentos. A estratégia de “entrar a matar” só beneficiou plenamente a equipa, que chegou a desfrutar de uma vantagem de 21 pontos, para depois relaxar e permitir à Tunísia alguma recuperação.
À excepção de Deolinda Ngulela, o pulmão da equipa, que se ressentiu de uma ligeira lesão contraída no sábado, as unidades nucleares encheram o seu peito de orgulho pela forma como jogavam. Com Leia Dongue (Tanucha) destemida como sempre e a ganhar a maior parte dos ressaltos, Deolinda Gimo a acertar nos lançamentos, a selecção lançou-se para uma actuação a todos os títulos deslumbrante.
Aliás, tendo também Ana Flávia Azinheira, Anabela Cossa, Cátia Halar e Ruth Muianga em óptimo estado, o resto foi se impor diante das tunisinas, que na altura de pouco rendimento das moçambicanas, movido pela grande margem pontual que tinham, quiseram dar um arzinho da sua graça, porém, em vão.
Certamente com saudadas do maravilhoso público que sempre encheu os pavilhões do Desportivo e do Maxaquene, para no fim e em uníssono cantar o popular “salani”, ou seja, adeus, as moçambicanas não fugiram daquilo que já é sai imagem de marca: uma ponta final muitíssimo bem conseguida e com algum “show” de permeio, sob o acústico e agradável som de Salif Keita, o homem de Djoliba que, rejeitado pela própria família durante a infância, devido ao facto de ser “albino”, com a sua música tornou-se no cidadão maliano mais internacional da época contemporânea.
Atenção ao Mali
Depois da reedição, sábado, da final dos Jogos Africanos, entre Senegal e Angola, em que as “leoas” voltaram a ganhar, Moçambique e Mali protagonizam amanhã o segundo encontro entre dois candidatos à conquista do Afrobásquete-2011. Havia no seio de todos os participantes na prova algum receio em relação às malianas, uma que não se apresentaram com a equipa principal na Olimpíada continental, preferindo um estágio na França, tendo como objectivo a renovação do título e consequente apuramento para os Jogos Olímpicos de Londres-202.
Porém, em função daquilo que até aqui se viu, as anfitriãs não estão tão fortes como se vaticinava. Apresentam, sim, um time à altura de ganhar o campeonato, mas nada de extraordinário que possa apoquentar os seus adversários. Pois, é este Mali que amanhã se digladiará com as moçambicanas, para a discussão do primeiro lugar do Grupo “A”, já que ambos os conjuntos somam por vitórias os jogos disputados até ontem. O factor casa pode vir a ter peso para as malianas, no entanto, estamos em crer que a nossa selecção discutirá a vitória até às últimas consequências.
O Senegal, medalha de ouro nos Jogos Africanos, dispensa qualquer tipo de apresentação, pois saiu de Maputo com o mesmo charme directamente para Bamako. Após vencer Angola pela segunda vez, ontem, obteve um resultado que certamente ficará na história: 99-32 frente à Guiné.
Hoje, cumpre-se o primeiro dia de descanso geral na prova, mas realizar-se-á um jogo de acerto do calendário, entre Angola e Camarões, a contar para a primeira jornada. Foi na altura adiado devido à chegada tardia das angolanas à capital do Mali.
Tanucha rainha dos pontos
A SUA incrível capacidade de briga, aliada a uma humildade traduzida numa ascensão por ela mesma criada, primeiro no Desportivo – ela agora está na Liga Muçulmana – e depois na selecção, onde ganhou o lugar por mérito próprio, Leia Dongue, Tanucha na bola-ao-cesto, conquistou a simpatia do público durante os Jogos Africanos, chegando-se, inclusive, a gritar-se o seu nome naquelas ocasiões em que o técnico, inexplicavelmente, deixava-a no banco.
Por terras malianas, embora os adeptos da turma moçambicana sejam praticamente inexistentes, Tanucha vai merecendo o destaque necessário e a cotar-se como o verdadeiro “abono de família” da equipa, com a sua mão certeira. Nos três desafios até aqui efectuados, Moçambique marcou 213 pontos, tendo a debutante jogadora marcado 50, uma cifra realmente a ter em conta, sobretudo porque o seu talento também se expressa debaixo da tabela.
Em relação às outras atletas, Deolinda Ngulela, que ontem não se exibiu dentro dos padrões a que nos habituou, devido a queda que teve no sábado, prejudicando-lhe a movimentação do joelho, regista 29 pontos. Por seu turno, Deolinda Gimo, Ana Flávia Azinheira e Cátia Halar têm 24 cada e Valerdina Manhonga 23 pontos.
Alexandre Zandamela, em Bamako
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