ANGOLA : Hoje vai ser a doer
A Selecção Nacional de basquetebol tem hoje um teste difícil diante do Senegal, na segunda jornada do Grupo B do Campeonato Africano, que se disputa em Antananarivo, Madagáscar. Depois de ter passeado classe na jornada inaugural diante do modesto Chade, a quem venceu por expressivos 115-56, os decacampeões africanos têm hoje, no Palácio dos Desportos e Cultura, a sua primeira “prova de fogo”.
Moralizados com a primeira vitória, os angolanos vão hoje entrar com maiores cautelas, já que têm pela frente um forte adversário, que este ano apostou forte na conquista do título africano. Angolanos e senegaleses, que também vêm de uma vitória, obtida sobre Marrocos, com uma reviravolta no marcador, vão hoje lutar pela invencibilidade e consequentemente a liderança do Grupo B. Com 10 anéis continentais, a Selecção Nacional Michel Gomez apresenta-se como favorita à conquista dos dois pontos em disputa, mas, para tal, tem que mostrar argumentos de maior ao longo dos 40 minutos.
As duas selecções são apontadas pela imprensa como fortes candidatas à conquista da coroa continental. Esta manhã, o cinco nacional realiza o último ensaio antes do embate de mais logo. Ontem, no período matinal, o seleccionador nacional Michel Gomez aproveitou a sessão de treinos para corrigir os erros defensivos verificados ao longo da primeira partida. À tarde, a equipa técnica deu folga aos atletas, que estão ansiosos para enfrentar o Senegal, selecção que, em 1997, teve a ousadia de travar o ciclo vitorioso dos angolanos.
Mais forte em termos de altura, a selecção do Senegal vai tentar dificultar ao máximo os intentos dos angolanos, que lutam para alcançar a sexta presença consecutiva em Jogos Olímpicos. Ainda para o Grupo B, o combinado de Marrocos procura hoje a sua primeira vitória, frente ao modesto Chade. Angola e Senegal lideram o grupo, com dois pontos, seguidos de Marrocos e Chade, com um ponto cada. Para o Grupo D, o Togo mede forças com a RCA, ao passo que a Tunísia defronta o Ruanda.
Angola apoia organização
A Federação Angolana de Basquetebol (FAB) apoia, com material de marketing e publicidade, a organização do Campeonato Africano (Afrobasket’2011), que decorre em Antananarivo (Madagáscar). De acordo com o presidente da FAB, Gustavo da Conceição, que deu esta informação à Angop, a organização solicitou o apoio de Angola, que prontamente se disponibilizou a ajudar com o empréstimo de uma Rotating (máquina giratória com publicidade), usada em 2007.
A transportação da mesma, segundo Gustavo da Conceição, só foi possível com a urgência necessária, com esforço do Presidente da República, José Eduardo Dos Santos, que autorizou a disponibilização de uma aeronave para o efeito. Explicou que alguns custos ficaram por conta das Organizações Santos Bikuku, pelo que também vão beneficiar de publicidade durante o evento continental. “Liderar não é apenas conquistar títulos, mas ajudar a resolver situações como estas”, salientou o número um do órgão reitor do basquetebol em Angola.
África do Sul consente
segundo desaire
A selecção camaronesa venceu ontem a congénere da África do Sul, por 87-65, em partida da segunda jornada do Grupo C do Afrobasket’2011, que decorre em Antananarivo. Para o Grupo A, a selecção da Nigéria voltou a triunfar, desta frente à sua similar de Moçambique, a quem bateu por 78-63. Os nigerianos lideram o Grupo A, com quatro pontos, fruto de duas vitórias, seguidos dos moçambicanos, com três pontos.
Ontem, para o fecho do Grupo A, o Mali sentiu imensas dificuldades para levar de vencida a selecção de Madagáscar, por 74-63. À semelhança dos sul-africanos, os malgaxes consentiram a segunda derrota consecutiva. Ainda ontem, para o Grupo C, a Costa do Marfim enfrentou a selecção do Egipto. MC
Leonel ficou em “branco”
A selecção angolana de basquetebol, campeã africana, estreou-se quinta-feira na 26ª edição do Campeonato Africano (Afrobasket’2011), que decorre em Antananarivo (Madagáscar), com uma vitória sobre o Chade (115-56), num jogo em que apenas Leonel Paulo terminou sem qualquer ponto. O adversário, sem experiência internacional, não deu qualquer réplica ao conjunto 10 vezes campeão continental e que teve neste extremo-poste do Recreativo do Libolo a unidade menos produtiva. Durante os 16 minutos e sete segundos que esteve em campo, não marcou qualquer ponto, ganhou quatro ressaltos, sendo três defensivos e um ofensivo.
Independentemente do número de pontos, Leonel Paulo quase não “entrou” no jogo, tendo tentado dois lançamentos de longa distância e dois de curta. Foi também o segundo jogador angolano em perdas de bola (3), num encontro em que os angolanos perderam 24, contra 30 do adversário, uma safra muito negativa para uma equipa aspirante ao título. Os campeões africanos estiveram mal também nas assistências (13). Embora os números sejam razoáveis neste sector, tendo em conta o nível do adversário, esperava-se mais dos comandados de Michel Gomez, que venceram de forma folgada, sem uma exibição de “encher os olhos”.
Carlos Morais, com 25 pontos, foi o melhor do encontro, seguido de Kikas Gomes com 15. Os dois foram também os mais utilizados por Michel Gomez, o primeiro com 20 minutos e 18 segundos e o segundo 20.23. Kikas foi o melhor do jogo em ressaltos, com sete, mais um que Valdelício Joaquim, Carlos Morais e Domingos Bonifácio. Este último, Armando Costa, Carlos Morais e Jorge Taty lideraram as assistências, com duas cada. Angola cometeu 17 faltas, sofreu 28, desarmou 16 bolas, conquistou 54 ressaltos e marcou um total de 115 pontos, tendo sofrido 56.
Luanda regista
“fraco” entusiasmo
A capital do país registou uma fraca presença de adeptos nos locais de concentração de referência para ver o jogo da Selecção Nacional, na estreia do Campeonato Africano das Nações, diante da similar do Chade. Na ronda efectuada pela Angop, nas artérias do centro da cidade de Luanda e arredores, notou-se pouca movimentação de pessoas nos habituais locais de concentração de adeptos, como Sindicato da Cerveja, largo da rádio LAC e quiosque do Aeroporto.
Dirigente associativa no Huambo
pede melhorias frente ao Senegal
A coordenadora do núcleo da associação de mulheres desportistas no Huambo, Cecília Campos, minimizou ontem, nesta cidade, a vitória “esmagadora” obtida pela selecção angolana diante do Chade, por 115-56, uma vez que, em seu entender, o “cinco” nacional fez uma exibição pálida e abaixo do seu estatuto de campeão. Sugeriu, por isso, que hoje diante do Senegal, o combinado nacional deve apresentar-se melhor nos aspectos técnicos e tácticos que estiveram mal na jornada inaugural, sob pena de ser derrotado.
Reconheceu que contra o Chade, adversário de menor expressão, Angola demonstrou alguma falta de entrosamento, problemas na finalização debaixo do cesto, nos bloqueios defensivos e ofensivos, além de se ter apresentado muito ansiosa e com um certo desgaste físico, situação reflectida na morosidade que se verificava nas acções de recuperação. “Somos os campeões em título e a equipa que mais títulos conquistou, daí que precisamos de justificar o nosso estatuto com boas exibições e não apenas com resultados. Contra o Chade, não estivemos bem e se nos apresentarmos assim no sábado (hoje) podemos correr riscos”, referiu.
Cecília Campos mostrou-se também surpreendida com a apatia evidenciada pelos postes da Selecção Nacional, à excepção de Miguel Kiala, e destacou o desempenho do base Armando Costa, que se pautou sempre pela organização defensiva e ofensiva do jogo colectivo da equipa
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